sexta-feira, 28 de maio de 2021

PETs comórbidos

 

A PERIGOSA E INSALUBRE CONVIVÊNCIA COM OS PETS

João Joaquim  

 

Estamos aí com o recrudescimento, com o agravamento da Pandemia da covid 19. Até agora todas as pesquisas investigativas convergem na convicção de que o novo coronavírus surgiu como uma inadequada, esquisita e repulsiva cultura de consumo de carnes de morcegos. Para nós ocidentais soa como um hábito nauseante e repulsivo, tamanho o alto risco de insalubridade. Capturar, manusear e consumir a carne de qualquer animal selvagem constitui risco de contrair inúmeras doenças. Algumas destas com elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Não importa que espécie de animal, se mamíferos, se terrestres, se aquáticos como moluscos ou peixes. Os riscos à saúde humana vão desde o contato com o habitat dos bichos, a posse e manuseio dos animais, e mais grave, como a forma de preparo da carne e consumo desses produtos.

    Agora, imaginemos uma população de morcegos! O quanto de agentes infecciosos que eles podem portar, sendo eles apenas os vetores e hospedeiros de vírus, bactérias, protozoários e muitos outros micro-organismos nocivos, tóxicos, contagiosos e letais aos seres humanos. As relações dos humanos com animais não humanos trazem sempre riscos de aquisição de inúmeras doenças. Quanto mais raro for o agente infeccioso maior a chance de este parasito causar graves danos ao organismo humano. A explicação é simples: ausência de imunidade e baixa resistência àquele agente infeccioso.

   Temos assim a chamada imunidade de rebanho ou coletiva. Esta chamada imunidade natural ou de rebanho ocorre por contato constante com aquele agente infeccioso. Como exemplo a tuberculose. Muitas vezes sem vacina a pessoa possui a chamada imunidade natural, pelos múltiplos contatos da pessoa com o bacilo da tuberculose.

   Poderia citar inúmeros exemplos de perigosas relações entre seres humanos e animais.  Tanto os silvestres como os domesticados e escravizados. Este termo, escravidão animal refere-se a todos àqueles animais apelidados de pets, ou por essa subliminar e dissimulada ironia como animais de estimação. Para se ter ideia dessa disfarçada malvadeza humana dos proprietários é suficiente fazer uma inversão de papéis. Imaginemos então que por alguns dias os donos de seus bichos de estimação fossem presos e puxados por coleiras pelas vias públicas, confinados em estreitos espaços e apertados apartamentos e sem liberdade até para se aliviar dos excrementos. Imagine as cenas. À semelhança do que fizeram os porcos na magnífica obra “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell. Nessa ilustrativa paródia, de tiranizados os bichos se tornaram tiranos.

   Tornando então à ideia central e tendo os cães como ícones dessa espúria, insalubre e anti-higiênica relação. Em tempos remotos os cães domésticos eram criados da porta de casa para fora. Motivados por múltiplos fatores, entre eles o emocional, a docilidade do animal, e mesmo como um ser alvo de afeto, etc, os cachorros são adotados e hospedados dentro dos domicílios, junto com as pessoas, com as crianças e idosos. Os animais são tratados como membros da família. É uma relação de íntima proximidade altamente perigosa pelas inúmeras doenças que esses simpáticos bichos transmitam às pessoas. E com um agravo, muitas dessas doenças se dão de forma silenciosa, sorrateira, mas com comprada nocividade à saúde de seus donos, das crianças, e coabitantes portadores de comorbidades.

   Essa promíscua relação tem como grandes incentivos as indústrias de produtos pets, os mercadores e criadores de cães e todos os profissionais e comércio que vivem dessa atividade. Inclusive veterinários e indústria de medicamentos vets e pets.

A ARTE DE MENTIR

 

MENTIRAS E FACTOIDES

João Joaquim  

 

A CPI da Covid 19, transcorrendo neste maio/2021, vem consubstanciando e dando aulas práticas e experimentais da arte da mentira. Mentir é uma arte histórica. Tanto assim que a mentira dispõe de uma extensa prole de igual importância e alcance. Como exemplos: a fofoca, a invencionice, o factoide, a pós verdade e a tão globalizada Fake News. Esta última tão significativa, insinuante e destruidora de reputações que até o macarrônico e falastrão ex presidente Donald Trump usou e abusou de seu efeito.

   Na história os primeiros grandes mentirosos foram os filósofos sofistas. Eles foram contemporâneos e antagonistas de Sócrates. Os maiores sofistas gregos desses idos tempos foram Pitágoras e Górgias. Pitágoras afirmava que o homem é a medida de todas as cosias e Górgias referia a eloquência, a retórica e o argumento como poderosas armas no sentido de convencer o interlocutor, mesmo que aquelas afirmações não fossem reais e cientificas. Imagine o quanto esses filósofos não fariam sucesso se vivos hoje fossem.

   Se naqueles remotos tempos gregos (400/500 a.C.) já havia o embate entre os mentirosos e verdadeiros. Imagine então em nossos dias. Essa chamada polarização está presente sobretudo no âmbito político. A vida pública e política está contaminada por mentiras, factoides, pós verdades e Fake News. 

   Em se falando da CPI da Covid 19, tivemos ali naquelas midiáticas e muito vistas sessões exemplos e teatralização ou arte da mentira. Para tanto são suficientes os oitivas e depoimentos de dois ex ministros: Ernesto Araújo, das reações exteriores e Eduardo Pazuello, da saúde.

   Segundo conclusões dos senadores inquisidores, esses indigitados depoentes mentiram tão bem que contraditaram, contradisseram o que eles próprios já tinham afirmado em suas gestões quando eram ministros do presidente Jair Bolsonaro. Instigante e merecedor de análise psiquiátrica é o longo e fatigante depoimento do ex ministro e general Eduardo Pazuello. Relatório preliminar da CPI aponta e prova que ele mentiu 15 vezes.

   Enfim, a arte de mentir, de sofismar, de produzir factoides não é para qualquer amador. O mais surpreendente no mentiroso é ele manter-se com a mesma caradura, a mesma feição impudica e cínica, sejam mentiras ou reais as suas afirmações.

   Profissionais sérios do chamado jornalismo investigativo dão conta de que nossos aqui citados depoentes na CPI da Covid 19 foram treinados de como mentir, de como tergiversar, de como burlar e convencer os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito de suas versões e inverdades.

   Houve nesse treinamento simulações com interlocutores no papel do Relator (Senador Renan Calheiros), do presidente da CPI, senador Omar Aziz e outros inquiridores senadores sabidamente com grande expertise na atividade de interpelação e articulação, nesses inquéritos. O treinamento para nossos dois depoentes funcionou porque muitas mentiras e contradições deles tomaram ar de verdade. 


quinta-feira, 20 de maio de 2021

Sério Arauto e da Paz

 

 REBUS Cada

 

Sua identificação por obséquio:

 -Eu me chamo....

- O Sr disse Honesto Sério Araújo ?

Essa foi a audição inicial, do personagem que vamos conhecer hiper sucintamente. O referido diálogo é verídico, porque é contado por seus contactantes, de redes sociais e idos tempos de juventude.

O Segundo personagem . Aqui mencionado, também reporta histórias curiosas de sua vida pública, inteiramente pública, mas, usemos apenas algumas onomatopeias e metonímias, ou mesmo anacolutos, para esta digressiva crônica.

Trata-se de ser chamado entre os íntimos, fora das lides de caserna por Edu. Mas que se tomarmos os cardos da vida, e somando com o primeiro nome, mais um recurso sincopal, temo-lo aqui como definitivo e apresentado.

Agora pegue esse sujeito de alto coturno e de rígidos cânones e cartilhas de negras agulhas. Daria  um nome pomposo. Mas ele é de paz, embora de preparo para até embates marcianos ou belicistas. Porque ele tem ligação, tem Elo. Detém formação.

 

Voltemos ao primeiro(a) personagem. Sério , honesto e ainda com missão das mais nobres e paladinas.

Uma personalidade é oficiada (ex offcio) para certa missão. Ele não está sozinho. Está , sim, com.

O ambiente é mais para lamentar do que queria nossa insigne persona. Mesmo quem não queria gostaria de iniciada a palestra ali estar.

Os presentes ajuntados. E quem capitaneava o sodalício deslindou seu texto do que gostaria e deveria ser falado pelo Arauto, Sr Araújo, nequela vistoriada e querelada missão.

Ou melhor Comissão Parlamentar (para lamentar, melhor dizendo) de Inquérito – CPI..... do senado, para investigar os descaminhos, ingerências e desmandos do governo Federal na pandemia da COVID.

ENFIM, foram depoimentos dos ex ministros Ernesto Araújo E Eduardo Pazuello.

Foram mentiras, ironias, hipocrisias, aleivosias e perfídias, nos mais altos graus.

Existem mentiras que quando ditas muitas vezes atingem aparência de verdade.

Ernesto: Significa “combatente sério”, “combatente firme”, “o que batalha até a morte”. Tem origem no germânico Ernust, a partir de Ernst, que quer dizer “combatente resoluto, sério, corajoso''.

 

 

 

 

segunda-feira, 17 de maio de 2021

HINO

 

HINO À VIDA à Beleza - ao Logos- à inteligência
 
por
 
 
 
 
Tão certo quanto o amigo ama o amigo,
Também te amo, vida-enigma
Mesmo que em ti tenha exultado ou chorado,
mesmo que me tenhas dado prazer ou dor.

Eu te amo junto com teus pesares,
E mesmo que me devas destruir,
Desprender-me-ei de teus braços
Como o amigo se desprende do peito amigo.

Com toda força te abraço!
Deixa tuas chamas me inflamarem,
Deixa-me ainda no ardor da luta
Sondar mais fundo teu enigma.

Ser! Pensar milênios!
Fecha-me em teus braços:
Se já não tens felicidade a me dar
Muito bem: dai-me teu tormento.

Hino à Vida (Lou Andreas Salome)

Necedade especial

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