sábado, 28 de fevereiro de 2015

ILUDIR E MENTIR...

A ARTE DA ILUSÃO E DA MENTIRA
  João Joaquim

 É interessante como o mal, o perverso, o ruim, o que é destrutivo se aprende de forma natural, sem o mínimo de esforço. Aliás, digo melhor, que exija até algum esforço ou sacrifício mas o indivíduo aprende facilmente. Não importa a idade. É notório e evidente que quanto mais criança e mais jovem mais rápido é o aprendizado. No foco dessa tese e abstração vamos pinçar aqui alguns exemplos do cotidiano social. Todos os grandes pensadores (Aristóteles, Platão, Santo Agostinho) são uníssonos em que ética e virtude não são inatas na pessoa humana. Elas são valores que devem ser ensinados desde tenra idade. Ninguém nasce com as inscrições da verdade e da justiça no cérebro, na consciência e memória. O argumento da tabula rasa foi usado pelo filósofo inglês John Locke( 1632-1704)  considerado como o protagonista do empirismo. Para ele, todas as pessoas nascem sem conhecimento algum (i.e. a mente é, inicialmente, como uma "folha em branco"), e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido através do ensino e  da experiência . A mesma tese de Jean J. Rousseau, para quem todo homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe. Ou por dedução também o constrói , o educa e o torna um verdadeiro agente do bem e de virtudes.
A vida humana, mal comparada, se equipara a um balanço. São duas pontas de uma grande haste da madeira (um pau). Num polo tem-se o vício, no outro a virtude. O ideal seria o que? Que o lado da virtude, do bem pesasse em absoluto e jogasse o mal para o alto. Mas, estamos a viver e contemplar um mundo, uma sociedade onde prevalece, toda sorte do nocivo, do antissocial, do embuste, do engano, da maldade e da mentira. Melancolicamente os piores  exemplos são os gestores da república, ou das coisas públicas( políticos ).
E aqui poderíamos pegar exemplos e mais exemplos de comportamentos, de condutas e expedientes voltados para todos os resultados daninhos e nocivos à sociedade, ao país, enfim ao outro, não importa se esse outro é meu próximo ou meu distante. Em meio a tanta perversidade que vimos e  vivemos, eu sou uma inelutável criatura que acredito e confio na vocação do ser humano para o bem. Nós não fomos idealizados e concebidos para maltratar e aniquilar quem quer que seja, independentemente desse outro representar  um animal de outra espécie, ser meu semelhante ou ser meu diferente, ou a própria natureza, a terra , a ecologia, etc.
Agora, na prática, em nossa convivência diária, ao que assistimos, o que presenciamos? Justamente intenções, cenas e fatos com a finalidade do engodo, da burla, da mentira, da trapaça, de enganar as pessoas e levar vantagem ( de forma antiética e desonesta) em tudo. Há de se registrar, contudo, que deparamos também com legiões de cidadãos (ãs) honrados, probos, honestos;  não importando, o seu status sócio-econômico. Aliás, vou até um pouco além, parece-me que nas classes mais pobres presenciamos as maiores e melhores práticas do bem e da virtude do que entre as pessoas mais ricas e mais abastadas. Ou será que é uma constatação ilusória de minha parte?
 Mas, afinal, no frigir dos ovos e das batatas o que temos no mundo é o incessante embate, na expressão do velho chavão, “a luta entre o bem e o mal”. Decorrente dessa verdade atemporal e universal  foram criadas as leis, o código penal, os códigos de ética profissional. São todos no sentido de disciplinar, reprimir e punir os desvios de função e de conduta daqueles que trafegam na contramão do bem e da honestidade. No caso do Brasil temos outros vícios e outros males. São leis e normais demais . Aí criaram o que ? Os antídotos das leis e as contra-regras. Têm-se muitos inquéritos , muitos processos , mas eles não chegam ao fim. Viram pretéritos e retrocessos. Só mesmo no Brasil.
Agora eu pego esta deixa de constituição, código penal, e normas de conduta e reporto-me ao múnus público. Desnecessário seria dizer, mas, eu repriso que um funcionário público tem por função servir ao povo, à coletividade. Não interessa se ele ocupa esse cargo por concurso ou eleito por voto popular.   
Entretanto, me apego a esta função de um agente público, um gestor, um parlamentar, um governante eleito pelo povo. Ao que sugere, esse funcionário  público deveria se revestir de grande  responsabilidade, de senso ético , de compromisso com o exercício do bem. Simples! Ele ascendeu àquele cargo não por obrigação, mas por opção própria. E mais, o povo, a sociedade delegou-lhe essa função através de um voto de confiança. Confiança gerada por promessas de bem administrar as coisas que são públicas ( do povo), de atender às necessidades mais básicas e urgentes de uma sociedade como saúde pública (SUS) de qualidade, segurança e educação.
 E novamente, pegando a bola da vez, no caso do Brasil dos mandatários do momento, do ex-presidente Lula da Silva e da tratanta (trata, mas não cumpre) presidenta Dilma Rousseff. Nossa atual chefa de Estado em conluio com o Sr. Lula e outros partidários do PT fizeram o que ? Para reeleger a Dra. Dilma, mentiram, mentiram, difamaram, difamaram  os adversários do PSDB, iludiram o povo brasileiro, usaram o engodo de vários programas  sociais. Uma vez re-en-cas-te-la-dos em Brasília fizeram justamente o contrário de todas as falsas promessas. Eu, a nação inteira, e até muitos eleitores(as) do Sr. Lula da Silva e dona Dilma, perguntamos, o que merecem esses nossos indignos gestores e executivos das coisas públicas de nosso Brasil? Com a resposta os meus leitores e eleitores de nossos governantes, estes de agora , que em campanhas demagógicas andaram por todo o país , mas eleitos, andam mudos e moucos cercados de segurança, conforto, muita água e belos palácios lá em Brasília .   Eu não tenho nenhuma inveja, prefiro continuar sem pompas, pobre , mas honesto e honrado.   

 João Joaquim -médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com  


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