sábado, 28 de fevereiro de 2015

PORTADORES DE NECESSIDADES, NÃO.. DE

OS PORTADORES DE VAGABUNDAGEM ESPECIAL

 João Joaquim

 Dias desses, eu e outro amigo,  falávamos sobre a relação do homem com o trabalho. Aqui no sentido o mais amplo possível. Trabalho como esforço físico, mental, intelectual, criação artística. Enfim, qualquer empenho no sentido de produzir algum resultado, quer físico ou abstrato.
Nesta tacanha resenha tenho por objetivo fazer uma digressão pela relação de duas classes de gente com o trabalho. Estas duas categorias referem-se às pessoas denominadas normais e aquelas classificadas por órgãos do governo como “portadoras de necessidades especiais”. Aliás , uma terminologia que não diz nada. Coisas de nosso governo atual .  Dentre os normais temos um subgrupo, os portadores de vagabundagem geral( ou especial como gostam certos gestores da coisa pública ).  
Primeiro discorro então sobre o trabalho para as pessoas normais. Trabalhar deriva da “ultima-flor do Lácio”(Latim), como poetou o príncipe da poesia Olavo Bilac. Tripaliare em latim significa martirizar com o tripalium, instrumento de tortura. Trabalho (tripalium). Observem bem  o que é a semântica de um idioma. Na origem o verbete tinha o significado de sofrimento físico, de martírio, de tortura. Não é sem razão que em algumas nações tirânicas ainda existe a pena (condenação) a trabalhos forçados. Tal punição, aflitiva e muito infamante, é comum por exemplo na Coréia do Norte e na China. Fica evidente que tais condenações são com os labores os mais exaustivos e humilhantes como a lavoura, manuseio de equipamentos pesados, limpeza de pocilgas e estábulos de animais etc. O objetivo é a humilhação e indignidade do ser humano. Quando se fala da relação de pessoas normais com o trabalho é interessante se reportar à chamada vocação profissional. Muitas vezes o indivíduo tem uma aptidão congênita para este ou aquele ofício. São os chamados habilidosos inatos. Quando tais inclinações não são muito perceptíveis pode-se fazer o chamado teste vocacional, feito e aplicado por psicólogos que atuam com seleção de pessoas  e recursos humanos. É bom lembrar que nas habilidades de nascimento , elas podem ser aprimoradas com treinamento e boas escolas. Exemplos temos um  futebolista , um poeta, um escritor, um médico etc.
Agora digno de nota no grupo das pessoas normais estão aquelas que podem ser classificadas como “normais portadoras de deficiências especiais ou normais portadoras de vagabundagem geral  ”. Por estranho que pareça elas existem e num percentual muito significativo. São aqueles indivíduos que são deficientes para qualquer trabalho produtivo. Eles não têm vocação para qualquer tipo de esforço, inclusive o mental . Aliás, nosso glorioso IBGE já os catalogou e os classificou de nem, nem, nem. Ou seja, eles nem trabalham, nem estudam e nem têm interesse em nenhuma das duas opções. Tais categorias de pessoas podem também ser chamadas de nem fedem, nem cheiram. Essa classe de gente existe, especialmente nos tempos do lulopetismo de Lula e Dilma, com seus programas sociais  demagógicos. Agora criaram até bolsas para travestis e gays( nada conta o prefeito de São Paulo , Fernando Haddad , nem contra o grupo LGBTs)).
Muitas vezes temos também uma legião de  jovens que têm até um curso superior, mas optam pela “ociosidade improdutiva”, levam uma vida de futilidades e vivem, às custas dos pais. Para esses o trabalho, mesmo intelectual ou mental tem aquele sentido original do tripalium, suplício, martírio. São autênticos vagabundos, um peso negativo e fardo para as famílias. Muitos desse desocupados subsistem às custas de pais e mães aposentados, avós; dos quais muitos até doentes, inválidos e que sequer são amparados ou cuidados por esses filhos , netos e outros parentes. É algo de dar um tremendo  dó.
Quanto à relação das pessoas portadoras de necessidades especiais com o trabalho - Nesse grupo, sim, podemos tirar os melhores exemplos de vida no que se refere às relações humanas com o conceito o mais amplo de trabalho. Claro que temos também os maus exemplos de malandragem, de mau caráter. O indivíduo , às vezes, tem  um déficit físico ou psíquico mínimo  e se julga incapaz. Muitos  tentam burlar a previdência social ou uma seguradora para obter benefício de aposentadoria ou indenização. São casos encontradiços. Não é ,à toa, que a previdência social ( INSS) está falida.  Além da corrupção e roubalheira que há no órgão pelos companheiros petistas  .
Entre os belos exemplos temos pessoas que com tantas limitações físicas, com dificuldade de mobilidade ou amputadas são altamente produtivas; nunca auto-consideradas deficientes. Desses belos exemplos( que vergonha para os normais) basta observar e assistir às competições paralímpicas. São paratletas cegos, amputados, paraplégicos com desempenho e trabalho físico de dar inveja e canseira em qualquer pessoa classificada como  normal, tipo aqueles nem, nem, nem.
Enfim, o que temos no Brasil é a cultura da malandragem, da vagabundagem e muita preguiça, onde levas e levas de gente querem levar vantagem em tudo, enganar este e aquele outro sistema; e produzir e trabalhar mesmo que é digno e honesto fica relegado em plano secundário. Que triste 
.                                                                                      
 João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com    www.jjoaquim.blogspot.com

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