quarta-feira, 30 de setembro de 2015

SOCIEDADE BELIGERANTE....

UMA GUERRA IGUAL A TODAS AS GUERRAS


João Joaquim

De gota em gota( morte em morte)temos um tragédia igual a todas as guerras. Todos assistimos à violência em  nossa volta, pelo Brasil e pelo mundo. Ela tem se institucionalizado de tal forma que aos poucos nos costumamos com ela. Vida é vida e não tem diferença aqui, ali ou em qualquer lugar . Mas, por que nos habituamos com a violência? Não importa contra quem ela ocorra. Contra a criança, a mulher, o idoso, os animais, o meio ambiente, a terra. Ela é sempre perniciosa, daninha, indigna e vil e não poderia ter quem dela divergisse. Não podemos aceitar passivamente a dor alheia.
 No concernente às questões da violência, nós, as pessoas comuns, sofremos uma espécie de adaptação ou analgesia. É um claro exemplo da síndrome de Estocolmo. O próprio Estado entra neste processo de anestesia. Nós, a sociedade e o mundo, nos encontramos num estágio de entorpecimento social. Trata-se de um comportamento de aceitação, de imobilismo frente a tudo aquilo que é ruim, maléfico, ilegal e criminoso. O Brasil com suas quadrilhas de criminosos graúdos e políticos tem sido um exemplo desse mal. A todo dia abrimos as páginas dos jornais, ligamos a televisão e estão lá as imagens  e narrações como se uma novela ou “reality show” fosse. São mortes no trânsito , no tráfico de drogas, mais uma operação  da Lava-Jato, mais empresários e políticos presos, num moto-contínuo .
É o princípio de “no varejo ou de grão em grão nada nos atormenta, nada nos faz mal”. Vamos pegar os casos da violência no trânsito. Dos nossos motoristas assassinos. A cada dia pessoas são executadas por motoristas ineptos e bêbados, por carros velhos e estradas mal conservadas. São poucos casos ,à primeira vista, se analisar uma cidade em  um dia. Ao final de um mês , somando todo o país, têm-se mais de cinco mil mortos (números de uma grande tragédia). Ao final de um ano têm-se mais de 60.000 mortos, números de grandes guerras.
Essa estatística não causa impacto nem abalo emocional nas pessoas comuns, nem no Estado como organismo político e administrativo porque foram pequenas tragédias que sucederam gota a gota. Pequenas, em tese. Pensemos em uma tragédia de trânsito que dizimasse 5000 pessoas de uma vez! Haveria uma estupefação nacional.  Até mesmo Internacional. Países, ONGs, estadistas; ditadores até; se mobilizariam oferecendo ajuda e pedindo ao governo brasileiro uma solução imediata e eficaz para minimizar ou evitar futuros casos de igual impacto.
Nenhum sociólogo e outro cientista precisam buscar exemplos tão remotos na história da humanidade. Tomemos o caso das mortes no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria RS. Passados dois anos, aquela comunidade ainda se acha consternada. Foram 242 pessoas mortas em uma festa de confraternização . Isto choca até hoje porque foram muitas vítimas em um único episódio de incêndio. Se tivesse ocorrido uma morte por dia, ninguém, nem o Estado estavam se lembrando mais do horror daquela data.
Assim vem ocorrendo com os refugiados dos regimes tirânicos de países africanos (Eritréia, Guiné Equatorial, Darfur Sudão) ou nações em guerra. A Síria em quatro anos já exterminou mais de 300.000 pessoas. É o regime exterminador do presente do ditador Bashar Alsaad, contra o qual a ONU tem se mostrado inoperante como uma voz no deserto.
Hoje, em pleno século XXI dos tempos digitais( já tivemos  o século das luzes), estamos ( as pessoas e o mundo) vivendo uma tragédia a granel, de gota em gota, a que Estados Unidos e ONU não dão solução. Parece uma guerra onde os vencedores serão sempre os algozes e assassinos. Estou a me referir aos terroristas , fanáticos e fundamentalistas de países que se dizem muçulmanos. Eles vêm depredando e desmoronando patrimônios culturais  de três , quatro mil anos e o mundo não faz nada para detê-los . São  crimes contra a civilização humana.  Esses ratos e predadores  do estado Islâmico (EI ou Isis, boko-haram) vêm impetrando o holocausto dos tempos modernos. Somadas as vítimas do dia a dia, daqui a pouco, teremos uma tragédia igual a todas as guerras. São facínoras e a pior  face do mal.   Que horror.    setembro/15 

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