sábado, 29 de abril de 2017

HUMOR

 SER FELIZ   FLEUMÁTICO OU RAIVOSO E BILIOSO
João Joaquim  


Quando se fala em humor em nossos tempos vem logo à nossa memória aquele sentido que tem o termo de se referir à vocação ou tendência latente em cada um para a alegria, para a graça, para o riso, enfim àquele momento de relaxamento de ansiedade, enfim estar em  serenidade. Tal predisposição da alma e do espírito se tornou até uma arte, uma profissão. No Brasil, temos como exemplos um Tom Cavalcante, um Jô Soares e Chico Anísio (falecido) entre muitos outros humoristas  menos famosos.
Na verdade, trata-se de uma habilidade nata. O indivíduo já nasce engraçado. Um exemplo muito sabido , em âmbito mundial,  foi Charles Chaplin. Ele em si era o humor em pessoa, além de grande dramaturgo e exímio ator.
A origem do que hoje entendemos como humor vem de priscas eras e tinha outro significado. Ainda hoje temos resquícios do que era estudado pela antiga medicina. Vamos então a questões pontuais da história. Hipócrates, considerado o pai ou precursor da medicina propôs a teoria dos quatro humores. Eram eles o sangue, a fleuma, a bílis amarela e a bílis negra. Outro pensador e médico que defendia a mesma teoria foi o grego Claudio Galeno, de Pérgamo. Admite-se que a homeopatia criada por Samuel Hahnemann (1755-1843) foi inspirada na teoria dos quatro humores de Hipócrates e Galeno.
De fato há mesmo um certo nexo lógico entre os dois cientistas . Galeno pode ser  Considerado o pioneiro das chamadas formulações magistrais. São aquelas cujos princípios ativos são variáveis, a depender do paciente e profissional que as indica. Diferente da chamada fórmula  oficinal cujos ingredientes são fixos e tem validade mais prolongada.
Eu disse que a medicina atual tem resquícios da medicina hipocrática e galênica. Ao menos em terminologia. Por exemplo, nos olhos temos dois tipos de humor, o aquoso que preenche a câmara anterior do globo ocular e o humor vítreo (translúcido como vidro) que preenche a parte posterior dos olhos antes da retina. São componentes gelatinosos de grande importância na fisiologia da visão.
Outros pensadores e cientistas também defenderam a teoria inicial de Hipócrates e Galeno. Um exemplo que a história registra é a do médico suíço Paracelso (1493-1541). Ele dava muito realce por exemplo à composição e efeito dos minerais no organismo humano. Talvez dele  é que tenha nascido a ideia da chamada “medicina ortomolecular”. Prática não reconhecida pelo conselho federal de Medicina.
A tese central da teoria dos quatro humores de Hipócrates era que a saúde do indivíduo, a chamada homeostase interna dependeria da perfeita concentração e equilíbrio dos quatro humores: sangue, fleuma, bílis negra e bílis amarela.
O sentido das ideias de Hipócrates em sua teoria dos humores remanesce na medicina moderna e na cultura popular, senão vejamos alguns significados.
Do sangue temos os adjetivos  sanguíneo, sanguinário e pletórico. Traz a conotação de um indivíduo avermelhado, mau,  raivoso e colérico. De fleuma temos, fleumático  e diz-se do indivíduo sereno, pacífico, calmo. De bílis, bilioso, angustiado, deprimido. O termo humor negro por exemplo traz esse sentido, amargurado, deprimido, sem nenhuma graça ou encanto.
Por isso e como recomendação de boa saúde é  que eu, o que aqui vos escreve,  continuo fleumático, banhado dos humores da alegria, do riso e de felicidade.
Em termos científicos o que temos hoje? Dos quatro humores de real temos o sangue e a bílis. A cor da bílis é amarela e única. Ela pode se tornar negra, no caso de uma inflamação , de uma infecção o em sangramento de vias biliares. Talvez a fleuma a que se referia Hipócrates seja a linfa, da circulação linfática, de cor esbranquiçada tirante ao leite. Mas, ela nada tem a ver com efeito de alegria e bom humor. Se alterada e represada ela vai causar inchaço, edema e muito desconforto no órgão envolvido. A bílis fora da circulação hepática ( vias biliares) é uma substância altamente irritante e passível de graves complicações no abdome. O sangue quando diluído, com hemoglobina baixa gera  a anemia. Se muito concentrado, contrário da anemia, ele causa um estado pletórico, o indivíduo fica afogueado, vermelho e tem tendência a trombose. Por isso, nessa condição existe a indicação para sangria, que consiste em simplesmente o indivíduo  doar o sangue num banco de sangue e tratar a causa dessa chamada poliglobulia, alta concentração de hemácias e hemoglobina  .   Abril  /2017.  

FÉ ILIMITADA

 NOSSO SENSO E SESTRO  DE ACREDITAR EM TUDO
João Joaquim  



Todos nós temos visto e acompanhado os grandes feitos e fatos pelo Brasil e pelo mundo afora. São os acontecimentos por exemplo do Brexit no reino unido, das trapalhadas e trampadas do presidente ianque Donald Trump, da crise humanitária e política na Venezuela, da sanguinária e fratricida guerra da Síria do carniceiro Bashar Al Saad e de nossa crise ética, econômica e política. Conturbação e crise nunca antes registradas na história do Brasil.
Assim intituladas eu tomo como deixas e motes, os fatos lembrados para trazer à baila uma característica da mente e percepção das pessoas, aquela de se acreditar de forma definitiva ou prontamente em tudo que se é narrado, noticiado e divulgado como verdadeiro.
Todos temos uma tendência em aceitar tudo que nos é apresentado como real e verídico em uma primeira versão. Isto porque somos imediatistas ,  susceptíveis e sugestionáveis pelas funções sensoriais e nosso senso crítico.
Acreditar de pronto no que nos é proposto e contado em uma primeira versão exige pouco ou nada de nossa elaboração mental, de nosso ceticismo e de nosso raciocínio lógico e de nosso cabedal de conhecimento. Ou seja, quanto menos preparado o indivíduo, cultural e profissionalmente, menos crítico ele é , menos exigente também no que vê, ouve e assiste.  São esses os processos que nos levam ao não contradizer, ao não contra atacar com nossas dúvidas e questionamentos.
Nesse processo da imediata aceitação das ocorrências como verdades prontas e acabadas entra também um outro fenômeno; o conforto ou comodismo da não ciência ou conhecimento dos fatos narrados. Como exemplo desses mecanismos vamos citar alguns fatos ocorridos, bem atuais, aqui no Brasil, para dar mais consistência dessa eterna predisposição da sociedade na acreditação espontânea e  fácil das coisas.
A notícia da chamada pílula do câncer, a fosfoetanolamina. Milhares de pessoas, das mais distintas classes sociais, profissionais e culturais, acreditaram naquela substância como o elixir de cura e salvação de milhares de pacientes portadores de câncer. E muitos de fato melhoraram, não pelo uso da pílula, mas pela  força de tratamentos convencionais que já faziam e por reação do próprio organismo e baixa malignidade de seus tipos de câncer.
Várias ações judiciais foram movidas em favor da liberação da substância e até juízes entraram na onda na concessão de liminares pelo direito à aquisição e uso do medicamento. Hoje, já se sabe que a fosfoetanolamina e água morna têm o mesmo efeito anticancerígeno. Ou seja, nenhum.
No campo político, entre tantos outros fatos, temos como amostra grátis a discussão sobre a tão propalada e combatida reforma da previdência. É de majoritário entendimento, no qual este escrevinhador se inclui, de que as propostas se apresentam com muitos pontos e cláusulas desfavoráveis aos trabalhadores. Tanto aqueles servidores públicos como os privados. E agora o governo do presidente Michel Temer quer excluir da reforma os funcionários estaduais e municipais. Todavia, o meu tema e debate aqui fogem aos pontos negativos e construtivos para quem vai se aposentar pelas regras (novas) da previdência social.
A questão central é desta crônica é a acreditação e fé imediata nas casas que nos são narradas e noticiadas ; assim pergunto: quantos ferozes críticos da reforma fazem tais viperinas críticas com o necessário conhecimento e leitura das propostas ali apresentadas?
Em suma e ao término da crônica ficam os tão repetidos e encontradiços fenômenos em acreditar em tudo à primeira vista, nos boatos tidos como verdadeiros, na pura e simples fé em algum relato como algo concreto e  não contraditável. Numa frase, estamos mais do que nunca na era e nos tempos das pós verdades. Isto pode ser muito perigoso e mostras do quanto temos nos tornado frágeis de crítica, de intelecto e de conhecimento do mundo. Ou eu estou exagerando ? Abril/2017

IMPOSTORA

A IMPOSTORA


João Joaquim



FELIZ E DIGITAL

HIPERCONECTIVIDADE , VIDA BOA E REALIZAÇÃO PESSOAL 

João Joaquim  


O que é uma boa  vida? O que é felicidade? O que é satisfação ou realização pessoal? Se dermos essas três perguntas  para cem pessoas, penso que haverá mais dissenso do que coincidências de respostas, dado que os sentimentos, os desejos, os anseios são muito subjetivos e portanto divergentes entre os seres humanos, quanto a esses estados tão almejados e buscados por todos.
Nessa sumária digressão pretendo fazer algumas reflexões sobre essas três condições tão intrínsecas e tão peculiares aos humanos ,nesses tempos da hiperconectividade.
Inicialmente vamos, a título comparativo, pegar dois jovens de mesma idade( 25 anos por exemplo), mas vivendo em épocas diferentes, um na década de 1980, outro na década de 2010; e que estes dois indivíduos tenham características socioeconômicos semelhantes.
O que poderia ser a vida para esse jovem de 1980? Talvez estar matriculado numa boa faculdade, talvez ter um emprego estável. E para o jovem de 2010? É possível que os desejos coincidissem. Uma boa faculdade ou quem sabe estar bem empregado. Mas, não seria surpresa se esse jovem da era da internet considerasse a vida como sendo estar bem conectado com a virtualidade através das melhores mídias (iPhone, smartphone), participar das baladas com sua tribo e talvez isto lhe bastasse para estar numa “boa vida”.
O que seriam a felicidade, a realização pessoal para esses dois jovens de épocas diferentes? Muito provavelmente a felicidade e realização para eles coincidissem com os seus projetos pessoais de vida.
 Mas, o por quê dessas reflexões sobre essas condições ? Vida, felicidade, realização pessoal? Vamos a uma análise de nossos tempos. Estamos numa época a que podemos denominar de  a era da internet, da virtualidade, da globalização e massificação das comunicações . A esse estágio do sociedade mundial vamos dar o nome de hiperconectividade. O que vem a ser a hiperconectividade? Trata-se do estado coletivo, no qual todos ”necessitam” estar conectáveis e/ou conectados  de forma fácil e instantânea ao outro.
Como isto se dá? Através de um ou mais recursos ou mídias de comunicação (telefone móvel, smartphone, iPhone,  iPad etc). Na prática esta dinâmica de conectividade se dá pelo uso de celular, onde se fala ao vivo com o interlocutor, ou redes sociais via computador ou uma mídia tipo smartphone ou iPad( redes sociais tipo facebook, mensagens sms, whatsApp) etc.
O que se tem de certo é que todos, quase sem exceção, se encontram num permanente estado de ansiedade pela não ruptura de se manter “on-line” e alcançáveis pelos denominados contatos ou “amigos”. Tal condição é o que se denomina, quando em grau extremo de Neurose Digital, também referida como webdependência. Tal distúrbio já vem sendo objeto de estudo pela Psicologia e Psiquiatria com tratamento psicoterápico e medicamentoso; a exemplo de uma dependência (adicção) química como cocaína ou maconha .
O que tem a ver o estado de ansiedade, ou a neurose digital com a condição de vida, a felicidade e realização pessoal de cada indivíduo? O que se tem de concreto é que esses estados( vida, felicidade, realização) mudaram de forma proporcional ao  progresso e aos  avanços tecnológicos e científicos em nossos tempos(modernidade).
Muitos de nossos jovens continuam tendo a vida boa , realizada e feliz  como o acesso a uma boa faculdade, a um emprego estável e mesmo a um trabalho autônomo e empreendedor. O que a hiperconectividade tem gerado é um estado paralelo de empecilho ou desvio do objetivo das pessoas (mais os jovens) a esses projetos de vida, felicidade e realização pessoal.
A obsessão ou compulsão pela  permanente conexão ao mundo da internet se tornou condição  de parasitismo ou de competição nociva ao estado de atenção , cuidado e dedicação do indivíduo às suas outras atividades; sejam estas na vida escolar, nas atividades produtivas, e mesmo em sua vida de ralações afetivas com o cônjuge, familiares e amigos no contato físico face-a-face.  
Para uma parcela, não menos significativa de pessoas, a vida, a felicidade e realização não vão além de estar perenemente plugadas na internet, em suas mídias e redes sociais.
Para essas pessoas, para as quais a vida, o bem estar e zona de conforto se resumem à hiperconectividade 24 horas por dia, deixamos as seguintes perguntas( auto-dirigidas) como um balanço de conquistas pessoais. Ao final de cada mês, de cada ano civil, de um quinquênio que seja: o que as minhas mídias; no caso o meu smartphone, o meu facebook,  o meu whatsApp agregaram de melhora para mim como pessoa, como profissional, no meu “curriculum vitae”? Enfim, que crescimento ou ascensão socioprofissional eu construí com a minha hiperconectividade ?  Seriam ótimas perguntas para início de cada mês e ano!        Abril / 2017.

PÓS-VERDADE

PRÉ-MENTIRAS E PÓS-VERDADES

João Joaquim  

Umberto Eco(1932-2016):   escritor e filósofo italiano , afirmou que as redes sociais dão o direito à palavra a uma "legião de imbecis" que antes falavam apenas "em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade".
Diversos jornais e críticas elegeram a palavra de 2016 como sendo a pós-verdade (“pós-truth”). Em 2015, não foi  uma palavra, mas uma carinha de emoji , uma figurinha que ri tanto até chorar. Tem ideias e criações que só mesmo vindas do Japão( criação deles, as tais emojis) e propagadas pelos  americanos para lançá-las. O próprio Donald Trump parece ser uma pós-verdade( uma genuína criação ianque ).
Mas, afinal de contas o que é mesmo pós-verdade. Vamos ao conceito. O primeiro pós-verdadeiro que conheci era alemão e trabalhou como ministro de propaganda do nazismo de Hitler. Josef Goebbels era seu marqueteiro. Foi dele a frase de que se uma mentira é espalhada 100 vezes, ela se torna verdade. Essa é uma chave de definição do que é a pós-verdade. Em outros termos é todo boato, fofoca, imagem ou ideia tola que ganha mais credibilidade e seguidores do que um fato real e antagônico a essa divulgação fantasiosa e falsa. Depois da chamada delação do fim do mundo, dos executivos do Odebrecht, temos certeza de abrigar muito mais pós verdadeiros políticos do que sonhava nossa filosofia.
Temos três pós-verdades que circularam pelo mundo recentemente e que ganharam adeptos e fieis. A primeira, a narrativa de que o Brexit acarretaria 470 milhões de dólares em prejuízo para a Grã-Bretanha por semana. A segunda narrativa foi que o papa Francisco apoiava a eleição de Donald Trump. Por último dizia-se que Barack Obama era o real e legítimo criador de estado Islâmico.
O jornal “the economist” afirmou uma coisa que o Brasil inteiro já está careca de saber: de que políticos sempre mentem. Só que lá o Trump ultrapassou os nossos limites de pós verdades.
Pelo  que constatamos, as novas mídias como facebook, twitter e whasApp são os grandes propagadores de boatos, fofocas e factoides. Enfim são molas propulsoras de pós-verdades.
Aqui no Brasil temos mais do que nunca presenciado outros fenômenos quando o assunto é a criação de palavras e pós-verdades.
Estamos a nos referir à pré-mentira. Funciona mais ou menos assim, mais para mais : muitas de nossas excrescências da política (não confundir com excelências) são flagradas com a boca na botija; ou melhor, expressando e verbalizando uma verdade. Ou seja uma verdade em segredo porque de natureza criminosa. Tipo “a parte que me toca será de 10%;  minha conta na Suíça aguarda o seu depósito de 10 milhões”, etc e tal. Advirto, são afirmações corretas.
Ou então aquele papo de que “temos que interromper a sangria da lava-jato, limitar a atuação da polícia federal, a suruba não pode ser seletiva”. Entre outros palavreados do submundo do crime politico. Tal qual o submundo putrefato do PCC , são Paulo, comando vermelho, Rio de Janeiro.
Ora! vindo à público tais diálogos, áudios e vídeos, de pronto o falante tem sempre uma nova versão, uma nova definição daquele vocabulário. É como se eles criassem um novo glossário para seus diálogos. Um verbete muito buscado tem sido o contexto. O corrupto não tem como negar porque têm imagens e áudios, mas flagrado  na esparrela, o embusteiro e larápio tem logo uma explicação: não, não, tal afirmação foi dita em outro contexto. “ Aqueles 800 mil dólares de minha conta na Suíça não são meus. Não foram depositados por mim.”
Enfim, se a era Trump criou as chamadas pós-verdades, nossos políticos e empreiteiros corruptos criaram as chamadas pré- mentiras, que antecedem as  pós-verdades. Já somos exportadores de muitas frutas exóticas, agora temos mais essas jabuticabas , que só vingam , florescem e amadurecem aqui no Brasil . Abril /2017.

sexta-feira, 31 de março de 2017

SAPIENS

A ANTIFINALIDADE DO HOMO SAPIENS

João Joaquim  


Uma questão que é intrínseca ao próprio homem é a preocupação com a finalidade de cada coisa, ser, ação e atitude. É tão importante que existe um sistema filosófico nesse sentido, o finalismo. É um modelo de pensamento que tem por objetivo simplesmente essa relevante matéria: a finalidade de tudo quanto há nesse mundo de meu Deus, ou mesmo do diabo. Deus e o diabo por exemplo entram nos questionamentos do finalismo. É de todos sabido por exemplo que o embate bem versus mal é uma luta eterna, desde que o mundo é mundo, desde o surgimento do homem.
Aplicar a finalidade a toda forma de existir pode-se principiar pela existência do próprio  gênero humano, mais seletivamente pelo homo sapiens sapiens. Ou seja, desse animal humano, pensante, inteligente e considerado superior a todas as outra espécies de vida do planeta.
A introdução foi longa, mas não à toa, dado que o tema é complexo, inextricável em sua plenitude  e despertante de atenção, discussões e permanentes estudos e reflexões no campo das ciências e ramos da filosofia(finalismo, metafísica, existencialismo).
 Uma eterna pergunta que envolve finalidade refere-se aquela inerente a própria presença do homem no planeta: de onde vim? Onde estou? O que sou? Para onde vou? Na verdade são quatro questões emblemáticas do por quê, que finalidade tem a  existência do bicho homem neste planeta.
Em se falando em  tais assertivas da finalidade das coisas e das ações humanas vamos em tese e de forma mais compreensível deixar algumas proposições e resultados de muitas coisas e empreendimentos cometidos pelos humanos.
Iniciemos  pelo próprio fim (destino, razão, finalidade, do homem). Tem-se que o objetivo era cuidar, povoar e administrar o planeta e toda a forma de vida animal e vegetal. No quesito povoar se começou e continua mal porque há lugares que têm gente de mais, outros de menos. Uns têm muito o que comer outros morrem de fome e de sede; catastrófico!
No quesito cuidar e administrar a terra e os outros viventes. Aqui também temos outras derrapadas e fracassos. A terra na verdade pede socorro. São degradações do meio ambiente, poluição de rios, mares e ar.
 A coisa anda tão feia que corre-se o risco de extinção da vida no planeta e ter-se aqui extensões de deserto e de calor. Condições incompatíveis com qualquer forma de vida. Ainda catastrófico!
Por falta de espaço e licença vamos afinar e afunilar para o mundinho de cada um, no seu dia a dia. Que finalidade por exemplo vê um indivíduo de baixos teres e haveres em ter uma prole de dois, quatro ou sete filhos? Seria aumentar o rebanho de analfabetos, desempregados e desqualificados? Já não bastam os que aí existem aos milhões? Já não chegam os membros nem, nem ,nem? Aqueles que nem estudam, nem trabalham, nem ânimo têm para ambas as coisas?
Assim então temos nesses exemplos a anti-finalidade das coisas e ações do homem ou mulher, no senso de isonomia e responsabilidade entre os dois sexos . Ainda catastrófico!
Adentrando e particularizando como conclusões dessa digressão da finalidade de tudo existente e vivente. Tem-se lá um casal. Não importa o status social e econômico,  Casal que  mora num apertado e restrito apê. Vida que anda muito difícil, de muitos impostos, prestações vincendas e cartão de crédito inadimplente. Pergunta final de finalidade: por que ter e criar um bicho de estimação, um pet? Por quê? Qual a finalidade? Por gentileza, quem estiver me ouvindo e  tiver as respostas que me as  traga , que continuo curioso e intrigado!

Concluo: Juntando guerras perpetradas pelo homo sapiens, governos tirânicos que matam até os de próprio sangue com gás VX, guerra da Síria contra civis com 300 mil mortos em 05 anos, desgoverno do presidente parlapatão e histriônico Donald Trump, corrupção de bilhões no Brasil. Catástrofe humana, mais catástrofe , ainda catástrofe , Sempre catastrófico. Fevereiro/2017

EDUCAÇÃO DE CASA...

ESTÁ FALTANDO EDUCAÇÃO DE BERÇO
João Joaquim  
  
Segundo Aristóteles o homem é um animal social. Em outras palavras quis cravar o grande pensador que os humanos se caracterizam por formar sociedades. Mais do que formar sociedade a convivência é  essencial à sobrevivência das pessoas. Viver sozinho como um leopardo é quase impossível a qualquer indivíduo . A humanidade é uma sociedade. E quando nos referimos ao coletivo de pessoas usamos esse mesmo termo, sociedade. E de permeio como reforço dessa teoria da sociabilidade dos indivíduos bastam ser lembrados os inúmeros adjetivos sociais pospostos como qualificativos de muitas condições, empresas e organismos públicos ou privados.
Só como exemplos: serviço social, dialetologia social, mobilidade social, capital social, ciências sociais, evolucionismo social, previdência social, razão social, escória social. Imagine-se bem ! até para aqueles lá na mais baixa escala de classificação há um qualificativo, escória social . Tem umas certas excelências paladinas ali no distrito federal que não passam de excrescências e , grosso modo, podem ser incluídas nessa categoria, escória social .
 Enfim, esse é o animal humano, concebido e vocacionado ao convívio com os semelhantes de sua espécie e com tantos outros bichos de diferentes espécies. Agora torna-se útil colocar em evidência que esse convívio, esse vínculo com outras pessoas, não tem a vocação da harmonia, do perene compromisso de paz e amor. Muito ao contrário! As relações sociais das pessoas são marcadas por muitas contendas, desavenças, conflitos e tormentos. São   agressões  de toda natureza, nos mais variados graus. E tal eterno conflito se dá até  por exemplo com animais de outras espécies. Parece uma insanidade , mas o homem como animal racional é o maior predador de outros animais e da natureza. Uma autêntica aberração e maluquice! O homem que deveria ser o maior cuidador da terra e da fauna e flora , se tornar o seu maior algoz e destruidor. É o que ele mais tem feito.
De forma sumária, dado que o tema é dos mais amplos, podemos pontuar que as anomalias, disfunções e deformações nas relações interpessoais iniciam na infância com incisiva influência no processo educacional da criança. Na certa o comportamento, o estilo de relação e mesmo o caráter de cada pessoa têm dois componentes: o genético e o do meio ambiente; ambiente aqui entendido como todo o aprendizado de família, das escolas e da esfera social global. Basta lembrar da teoria da lousa em branco ou tábula rasa, do pensador  John Locke. Todos nascemos absolutamente ignorantes. Como se fôssemos um disco rígido virgem e sem nenhum registro ou arquivo salvo. Com o tempo é que vamos gravando todas as informações sensoriais e aprendizados que os pais, as escolas e meio social vão nos transmitindo. A ética, a virtude, o comportamento são ensinamentos de família, escolas e meio social. Ninguém, absolutamente nenhuma pessoa nasce sabendo o certo e o errado, o ético e antiético. São valores e atributos ensinados e exercitados desde a infância .
O componente genético tem uma participação no comportamento e caráter do indivíduo. Mas, ele pode ser remodelado com todo o processo educacional que, obviamente, se inicia na infância. A educação que a criança recebe, primeiro, dos pais e cuidadores, depois das instituições de ensino (escolas) será decisiva e definitiva em todo o conjunto comportamental dessa criança no futuro. Assim, o indivíduo é muito o produto de todo o conjunto de aprendizado da família, das escolas e do meio social. Essa percepção é inescapável de qualquer teoria do conhecimento voltado para o ser humano. Basta revisitar as ideias de um Rousseau, de um Piaget, de um Paulo Freire, de um Aristóteles que estão lá cravadas essas teses da formação e educação do indivíduo .
Uma educação adequada, corretiva, com preleção e treinamento de limites e códigos de ética ,  de conduta honesta em tudo tornará essa criança, esse educando e aluno um futuro cidadão com grandes chances de sucesso e integração social harmônica, civilizada e fraterna. Porque são as regras de boa conduta e boa ética que permitirão uma relação social mais humanizada, sem conflitos e generosa, num sistema de mão dupla, de doação e recepção de acolhimento e generosidade.
Como  têm se dado as relações sociais nesses esquisitos e funestos tempos digitais, das tão alienantes e nocivas redes sociais?
Primeiro, as famílias vêm banalizando e terceirizando a educação dos filhos. Muitos pais dos tempos digitais( gerações Y, Z) têm delegado a educação dos filhos às escolas.
Esta é a mais nefasta característica das novas gerações. Ou seja, há uma certa omissão  ou ausência da  primeira , da mais eficaz e decisiva educação da criança, aquela de uma família bem estruturada e civilizada.  Assim, com essas novas mentalidades de que  tudo pode, é proibido proibir;  já estamos assistindo aos frutos desta deseducação. Daí uma geração de jovens e já adultos sem limites nos atos e atitudes sociais, numa absoluta banalização de comportamento nas  relações humanas, independentemente  do interlocutor dessa criança; se com os pais, idosos em contato com esses pequenos.
E assim o é não por culpa de um fator genético, mas por um falho processo educacional e corretivo quando se fazia urgente e necessário (infância e adolescência). E então , nesses termos, aquele previsto animal do filósofo Aristóteles se tornou um pervertido. Aquele sujeito concebido como amorável, amistoso, fraterno e generoso tem se convertido em um animal intratável, conflituoso e antissocial. Que triste, não? Eu fico triste e preocupado. Você que lê e me ouve  não fica ? Se não é porque está faltando educação.  Março /2017. 

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...