sábado, 26 de agosto de 2017

Educação

O RETROCESSO NA EDUCAÇÃO DE NOSSOS JOVENS
João Joaquim  

Eu tenho defendido uma tese, e volto a ela neste artigo, que é a importância da educação “lato sensu” e do trabalho na formação cidadã e do caráter do indivíduo. Impressiona-me sobremaneira a constatação do quanto a sociedade, os educadores e as famílias vêm perdendo o bonde da história; o bonde  da importância desses dois recursos ou expedientes no que se pode chamar ou nominar de a construção da pessoa humana, e expliquemo-la.
Quando se fala em educação, devemos entendê-la em toda sua abrangência, em toda a vida do indivíduo enquanto esse indivíduo é susceptível de mudança e aprendizado (educando, aprendiz, aluno, discípulo). Um componente determinante na primeira fase educacional da criança, adolescente e jovem é a família. O indivíduo será , em grande parte, o reflexo da família onde criado.
 A construção quase que absoluta e total do indivíduo se dá até  os 21 anos de idade. O que foi moldado nele até essa idade se tornará definitivo para o resto de sua vida. Isto no que se refere ao seu caráter e qualidade moral. De ora avante o que se terá vai ser um aprimoramento desse qualitativo cívico (cidadania) e da moral. Qualitativo esse que poderá ser adicionado à aquisição técnico-profissional e cultural. Os atributos construtivos relativos à ética e à moral influenciarão na formação técnica e  profissional e científica do indivíduo. São condições inter-relacionadas que se complementam para o bem do sujeito.
Outro componente fundamental na construção e formação do caráter do sujeito é o trabalho. Tal iniciativa, um dever das famílias, deve se dar ainda na infância. O trabalho infantil aqui defendido, muito diferente do trabalho do adulto, tem um significado pedagógico. Ele deve ter características lúdicas, adaptado à faixa etária e à aptidão da criança, do adolescente e do jovem. Muitas formas e objetos de lazer e entretenimento entram nesse expediente. Seria o entreter trabalhando.
Como exemplos vamos imaginar uma menina de 6 anos ou 8 anos que brinque de bonecas e suas casinhas e outros objetos nesse entretenimento. Como deve se dar esse ensinamento simbólico do trabalho? Treinar a criança no cuidado, organização e guarda desses brinquedos, uma vez findadoS o entusiasmo e alegria desse entretenimento. Com isso está se ensinando a essa criança o senso e significado do trabalho, tendo esta etapa como um reforço da personalidade e da importância do zelo e do cuidado com os seus pertences, os seus objetos de entretenimento e diversão .
À  medida que essa criança vai crescendo e desenvolvendo em suas habilidades físicas e cognitivas, devem ser ensinadas a ela pequenas tarefas domésticas compatíveis com seu vigor físico e sua  aptidão.
Aos adolescentes (12 anos-15 anos) devem ser delegados atividades domésticos como cuidar de seu dormitório, limpeza e higiene de banheiros, montar uma mesa de jantar e lavagens de louças.
Pelo que assistimos das famílias brasileiras, elas, muitas dessas famílias andam na contramão dessas premissas e dessas preleções. O que temos ouvido e visto são tendência de um completo relaxamento e abandono dos filhos e alunos nesses quesitos e diretrizes no concernente a esse binômio tão determinante e tão decisivo no pacote de educação e na formação da pessoa humana, o binômio educação e trabalho.
Hoje convivemos com correntes de pais, educadores, grupos de direitos humanos etc, dos quais ,  são proferidas diretrizes de amplas liberdades, muitos direitos, afrouxamento na correção e disciplina das crianças e jovens. E toda essa orientação, já se comprova, tem tido resultados muito negativos no que se refere a conduta e ao caráter de nossos jovens e futuros cidadãos.
Das gestões públicas para educação,  pouco se pode esperar. Um exemplo da imbecilidade de nossos legisladores foi a tal lei da palmada. Impor limites e corrigir os filhos com mais rigor se tornou até um risco dos pais e escolas serem processados. Ninguém é favor de castigo físico a uma criança birrenta e rebelde , mas palmada e limites só vão melhorar o seu comportamento.
As consequências nefastas de toda essa frouxa criação e educação de filhos têm sido o surgimento de uma sociedade em transe, doente, imbecil e demente. Para tanto basta ler e se informar da baixa qualificação de nossos jovens para tudo, a começar pelas relações interpessoais frágeis, pela banalização dos valores éticos e aumento da taxa de crimes infanto-juvenis. Os índices que avaliam nossos alunos e respectivas escolas, tipo Ideb, Prova Brasil, Pisa, provas de Português e Matemática atestam bem o que acima foi exposto.
 Julho /2017.

Igrejas e Futebol

IGREJAS  E FUTEBOL  EM COMUNHÃO

João Joaquim  


Até alguns anos atrás existiam algumas atividades das quais existia uma unanimidade de que eram intocáveis e impossíveis de se envolver com qualquer forma de corrupção e outros atos ilícitos e criminosos. Se existiam, não existem mais. Nenhum ramo da vida humana se mostra imune à investida dos espíritos rapinantes, dos voos e garras dos gaviões e abutres.
 Não se trata aqui de estilo ou efeitos retóricos. De há muito que vimos assistindo o quanto as ações  delituosas, as fraudes, os subornos, o engano, o logro, o embuste, o fingimento, o jeitinho desonesto, a burla, a fraude, a pirataria, a corrupção, o assalto aos bens públicos e privados se incorporaram à vida diária da nação.
Para tanto basta abrir os jornais, ligar o rádio e a televisão e lá sobram manchetes e mais notícias dos fatos e feitos das quadrilhas, dos crimes em série. Procuram-se pessoas e entidades honestas! Quem se candidata ?
Se tomarmos como uma delimitação o surgimento da televisão. Vamos imaginar essa linha divisória do tempo. Antes e pós TV (ATV, PTV). Na era ATV pouco se via falar de corrupção e outras falcatruas nas igrejas, no futebol e na política. Para ficar nestas três áreas.
Aliás, falando de igrejas, como imaginar que até os religiosos têm sido envolvidos com crimes estarrecedores pelos seus membros e pregadores (pastores, padres, bispos).
Agora eu tenho uma comichão com esse termo. Por que tem essa hierarquia funcional na igreja católica e em  algumas igrejas evangélicas? Aliás, até no jogo de xadrez tem lá o bispo. A igreja universal por exemplo tem muitos bispos. E eles não jogam, ou melhor, eles não pregam para perder. Como gostam de dinheiro esses operadores da religião. Trata-se da “”teologia”” da riqueza e da prosperidade. Foi criado o deus da riqueza e do dinheiro. 
E quando se fala em falcatruas, em embustes, não sobra quase nenhuma seita. Basta revisitar os recentes casos de corrupção envolvendo o banco do vaticano. Imagine o mau humor com que devem ter ficado muitos santos como São Pedro, São Paulo e São Lucas. Ainda que no céu, e eles lá estão, devem ter ficado decepcionados com os seus supostos fieis da católica e outras seitas.  
Outros fatos repugnantes e condenáveis também tem sido a elucidação dos crimes de pedofilia, cometidos por sacerdotes da própria igreja católica. São delitos continuados;  muitos ficaram ocultos e impunes. Não vieram ao conhecimento da sociedade pela imprensa investigativa. O lamentável é que havia, em muitos casos, a omissão, o silêncio e a proteção da direção dessas filiais da igreja católica pelo mundo a fora. São crimes odiosos que vieram à luz na era pós TV. Vejam o bem que essa tecnologia trouxe. Assem como há também a banda sadia e útil da Internet e redes sociais. Santa tecnologia.
Uma outra questão, fora do âmbito criminal, relativa às religiões e igrejas refere ao mercado das próprias  religiões. Tal constatação e atividade se tornaram mais patentes e ostensivas justamente na era televisiva (PTV). Trata-se em verdade, ao que me parece, como um desvio de função da instituição. Da intenção de igreja do  reino  de Deus passou-se à prática de igreja para o  reino dos homens. Basta ver o quanto muitos de seus donos e dirigentes têm enriquecido nos últimos anos. Algumas têm sido até denunciadas por suspeita de lavagem de dinheiro. Como se fala em doações, dízimos e ofertas em muitas dessas igrejas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo!  
Um privilégio de que gozam as igrejas católicas e evangélicas é a isenção de impostos de renda. Tal concessão nunca me convenceu quanto a sua legalidade e licitude. É aqui que entra a oportunidade da lavagem de dinheiro.
Uma outra atividade que parecia incólume a crimes e desonestidade era o esporte. Parecia apenas. Nenhum tipo de esporte está mais a salvo. Que o atestam os gestores das olimpíadas, COB, COI.  Poucos se salvam de seus dirigentes,  de seus empresários , de seus  cartolas corruptos e ladrões. 
O futebol tem encabeçado a lista dos maiores escândalos. Até a bilionária FIFA que se mostrava a mais honesta e incorruptível. A cada investigação da justiça e FBI têm-se provas de como ali reinava uma máfia por décadas e décadas. Será que acabaram as traficâncias nada esportivas no reino do futebol ?
Os gestores do futebol brasileiro guardam um paralelo e infeliz coincidência com nossos governantes. O atual presidente da CBF, Marco Del Nero está sendo investigado e processado pelo FBI. Ele acha-se homiziado na sede da própria CBF.  Dos dois últimos presidentes, um, Sr. Ricardo Teixeira, está foragido do FBI. Ele está refugiado no Brasil. Não se trata aqui de piada. Ele está foragido da justiça americana. Está livre, leve e solto aqui no Brasil. O outro, José Maria Marin, foi passear na Suíça e foi preso. Está preso em território americano.
Alguma semelhança desses cartolas do futebol brasileiro com nosso ainda presidente Temer, os  ex presidentes  Lula e Dilma, não é mera coincidência. A cultura, as leis brasileiras e nossas autoridades lhes favorecem nos objetivos comuns! Só mesmo no Brasil.  Julho/2017

CIDADANIA no Brasil

CRITÉRIOS PARA SER CIDADÃO E ESTADISTA NO BRASIL. ELES EXISTEM ?

João Joaquim  


Quando eu era menor, em tamanho e idade, gostava muito de ouvir pessoas idosas a me contar os chamados contos ou histórias (estórias). Muitas vezes ficava de olhos arregalados como a rever e ouvir aquelas cenas do que me era narrado. Meus avós eram desses que me deixavam admirado com os contos e memórias de suas experiências e testemunhos. O encanto daqueles que contam um conto é o espanto que eles provocam no expectador. Ainda que haja aumento de um ponto naquilo que contam. “ Quem conta um conto aumenta um ponto”( ditado popular).
Na verdade o que há de muito construtivo e pedagógico em cada história é o valor filosófico e moral em cada narrativa. Pouco importa se encerra em lenda, mito, fantasia ou realidade. Como ilustração basta fixar nos mitos de cada cultura (grega, romana, escandinava, indiana, tupi-guarani). Cada mito desses povos antigos encerra em grande ensinamento, um símbolo de vida, um valor moral imenso. Quem não  conhece por exemplo, os mitos tupi do  boitatá ou saci-pererê?  Quanto de simbolismo e alegoria não traz o mito da caverna de Platão.
A própria obra “A República” deste grande filósofo encerra em grande lição de idealismo no que deveria ser o funcionamento de Estado, de uma organização administrativa e política de um país .
É justamente sobre tal questão que faço essa singela dissertação, organização estatal. Falo também sobre os homens de Estado. E para tanto remeto-me a alguns detalhes do que era a concepção grega e romana em se tratando da grande responsabilidade com o que era público e privado.
Se fizermos um paralelo entre a concepção política da Grécia antiga e do Império Romano com o que vimos hoje certamente que aqueles povos ficariam horrorizados. Em especial se tal comparação fosse feita com a política praticada no Brasil.
Vamos deter de início no campo dos direitos individuais. Para os romanos, os critérios de cidadania, o título de cidadão, eram muito mais rígidos do que o que se vê hoje no Brasil. O cidadão romano deveria ter qualidades éticas e morais para ser cidadão do mundo. Ele tinha como que um salvo-conduto para Roma e para o planeta.
Aos olhos e à crítica de nossos tempos tais exigências e triagem soariam como  discriminatórias.
De fato, ao crivo das leis de Estado da época, a sociedade era dividida por estratos. Havia a classe dos nobres e dos plebeus, dos senhores e dos escravos.  Os direitos tinham restrições, inclusive na escolha  dos representantes do povo, na eleição dos membros do parlamento( deputados e senadores)  e dos chefes do Estado. O indivíduo para ser eleitor ou eleito deveria reunir senso muito crítico, deveria ser  independente, ter discernimento , portar uma  conduta e honradez irretocáveis. Enfim, deveriam ser pessoas boas e honestas no sentido o mais amplo possível .
Afinal qual era a ideia de cidadania,  de cidadão, de civilidade e civismo para os  gregos e romanos? São termos e conceitos inter-relacionados. Para simplificar, cidadão deveria ser aquele indivíduo capaz de viver em grupo, em comunidade com outras pessoas, por isso formando o quê? Um todo harmônico e solidário  , onde todos deveriam ser inspirados e imbuídos de direitos e deveres iguais. Por isso a esse conjunto se deu originalmente o nome de cidade (civilate para os romanos) e polis (polis, metrópole, para os gregos).
Nos ensinamentos e regras na memorável obra “A República” de Platão, tem-se o desejo do autor , Platão, do  que ele  concebia como sendo uma organização estatal ideal . Tudo é muito hierarquizado conforme a aptidão de cada participante no funcionamento dos órgãos e divisões da república. Havia muita rigidez no concernente àquilo que pertencia ou dizia respeito ao público e ao privado, ao que era um bem do povo e ao que era particular. Na obra discute-se inclusive qual a melhor forma de governo. Seria a aristocracia, seria a democracia ?
Por fim, fazendo um paralelo no que era um direito na  Hélade, ou antiga Grécia e Roma e no  que seja um direito hoje no Brasil . Ser cidadão e exercer cidadania em nosso país significa ser apto a que ou portar o que? Não significa  nada. Ser cidadão brasileiro, ser eleitor e escolher os representantes ou se tornar eleito para qualquer cargo público político (parlamento) nada mais precisa apresentar do que um RG e CPF e um endereço fixo. Existe um grupo ou ONG no Brasil, chamado Direitos Humanos, ligado à ordem dos advogados. Eles apregoam e defendem muito os direitos das pessoas, falam muito em direitos. Quase nunca falam em deveres do cidadão, em responsabilidade social, em respeito ecológico, ou condutas do individuo em sociedade. Deveriam bater também nos deveres. Não o fazem .  Viver em cidades, em sociedade, se entende uma conduta  de mão dupla, um equilíbrio de direitos e deveres.

Quantos de nossos políticos aqui no Brasil não respondem a inquéritos e processos na Justiça pelos seus crimes financeiros, por improbidade , por peculato, por corrupção ? O congresso está infestado desses tipos.
Agora, fica a pergunta: que discernimento tem um “cidadão” analfabeto ou funcional em ser eleitor de seu representante ou ser eleito para um cargo no poder executivo ou legislativo?
Por causa de  essas faltas de exigências e de regras em ser cidadão, de  ser eleitor e eleito, é que  temos o estado( situação)  de (des)governança  e de caos em que se encontram o país e os brasileiros. Que triste!. Falar nisso, quem é mesmo apto a ser o próximo presidente do Brasil. Parece que ninguém sabe.  Julho/2017

Castas...

OS BRAMANES E PÁRIAS DO BRASIL. PROPOSTA DE UMA INOPORTUNA PEC
 João Joaquim  
Vou começar esta dissertação estribado em um sentimento de protesto. De protesto e de conserto. Aliás, de consertos e de muitos protestos é que está o Brasil carecendo em meio à mais trágica crise em que estamos vivendo. Na verdade uma crise política que adveio de uma crise ética  e moral;  e que agora resultam em outras duas, a econômica e de credibilidade.
No entanto o meu protesto de então foge a essas  questões tão repicados por todos os braços da imprensa e das mídias sociais. Eu venho em especial para falar na categorização humana . A classificação das pessoas conforme sua importância social. Social, profissional e política. À  semelhança  do que se praticava  antigamente na Índia, de que ainda há alguns resquícios. E dessa tomo de empréstimo alguma influência e inspiração na divisão das gentes. Ei-la.
Em tempos remotos prevalecia na Índia o chamado sistema das castas. Em suma, as pessoas pertenciam a cinco categorias sociais. Bramanes; os pertences a 1º casta; xátrias, os de 2º casta, os vaixás; aqueles de 3º casta; sudras, os de 4ª casta  e os párias, os de 5ª  casta. Essas eram categorias bem estanques e delimitadas, com regras muito rígidas de direitos sociais, profissionais e religiosos. Direitos e deveres que se caracterizavam muito pelo ofício. Brâmanes. Nessa categoria estavam os religiosos de alta hierarquia e sacerdotes. Muitos desses se dedicavam às escolas, ao ensinamento de matérias  religiosas que se resumiam à interpretação dos quatro vedas, escrituras sagradas do hinduísmo e do bramanismo( deus brahma). Nada a ver com marca de cerveja.
Xátrias. Pertenciam a 2ª  casta, ou legião dos guerreiros. Esses se dedicavam à defesa do território, se dedicavam à guarda e segurança do país e dos chefes da nação.
Vaixás. Essa 3ª  casta era representada pelos comerciantes, pelos criadores de gado e pelos agricultores. Essa classe de pessoas era responsável pela movimentação da economia, finanças do Estado. Eram os gestores dos insumos e das comodities de subsistência das pessoas. Os produtos da atividade agropecuária.
Sudras, ou os de 4ª casta. Eram os servis, os trabalhadores braçais sem nenhuma instrução.
Párias. A essa classe pertenciam os escravos, os de  5º casta. Eram considerados os excluídos de qualquer direito civil ou religioso. Enfim, eram os sem classe. Eram como    mendigos e sem nada. Mas, não tinham sequer direitos a movimentos de reivindicação a esse e outro bem ou garantia , sob risco de punição do Estado, até com pena de morte.
Foi então tomando de empréstimo essa classificação do antigo sistema hindu que resolvi propor uma classe ou casta de pessoas para o nosso país tupiniquim . O Brasil,  que ficaria assim ordenada  e bem hierarquizada.
Primeira casta. Nesta categoria estariam os mandatários da nação. Entre eles entram membros dos três poderes : Executivo, Legislativo e Judiciário. Nessa categoria entrariam também os muitos ricos. Notadamente se donos de grandes empreiteiras de carnes e de infraestrutura cujos donos andassem de jatinhos e fossem amigos de membros dos três poderes.
Segunda casta. Nesta classe entrariam os executivos de empresas estatais ou privadas e os parlamentares de 2º escalão como deputados e senadores, subentendido , aqueles políticos responsáveis, na Câmara e Senado, pelos orçamentos de obras e construção com dinheiro do Estado. São os custos de arenas de futebol (o Itaquerão  do corinthians por exemplo) , rodovias ,sondas e estaleiros da Petrobras. Obras e construções de onde saem dutos de próprias para os corruptos do Estado. Além, de derivados de petróleo roubados por crime organizado, ante um Estado sem organização .
Terceira casta. Nesta categoria entrariam as autoridades em geral do 1º escalão, que seriam os representantes do Judiciário, de polícias estaduais ou federal. Também  os segundos ricos, criadores de gado e altos comerciantes. Nessa casta dois critérios são fundamentais. O status profissional (ex juízes, desembargadores) ou o econômico-financeiro, movimentação de dinheiro, de preferência muito dinheiro.
Quarta casta . Seriam funcionários públicos dos vários governos e políticos menores, gestores de autarquias, pequenos empresários e mesmo autoridades civis e militares de 2º ou 3º escalões.
Quinta  casta. Seriam os outros fora das castas anteriores. Não havendo impedimento que alguém desta classe de gente ascendesse às  4  categorias anteriores. . A constituição não o proíbe. Nessa 5ª categoria  estariam por exemplo os rebanhos de eleitores, que a cada dois ou quatro anos escolhem os próprios representantes para o executivo e legislativo da união e dos Estados. Nessa classe de pessoas estão  até os desempregados e os com direito, mas sem nada, sem casa, sem assistência médica, sem escolas, sem segurança, sem as garantias citadas na constituição. Os desempregados( 14 milhões de momento) , analfabetos absolutos e funcionais e uma galera menor de informais e ambulantes compõem  essa camada de pessoas,  como que os párias da sociedade.
Enfim, que tal a minha inoportuna PEC, proposta de emenda das castas? Julho/2017

Estadistas honestos

PROCURAM-SE ESTADISTAS E POLÍTICOS HONESTOS
João Joaquim  

Os fatos e ocorrências em nossos tempos andam tão atrapalhados e esquisitos que há pessoas que até se enojam em comentá-los. E eu me incluo dentre esses. Todavia, não podemos também fugir a essas crises porque é justamente delas que surgem as soluções para um país e uma sociedade melhores.
Todos os críticos, jornalistas e ativistas de variadas classes têm expressado que o Brasil se encontra na mais dramática crise de toda a sua história. Alguém menos atento aos fatos e à nossa historiografia poderia se arvorar e lembrar de nossa guerra contra o Paraguai no final do século XIX (1860-1870), um verdadeiro massacre e genocídio contra aquela nação.
Poderiam ser lembradas as epidemias de febre amarela e tifo no inicio do século XX (1905).  Ou ainda a ditadura militar (1964-1985). Mas, o contra-argumento é enfático e direto, essas referidas crises foram de uma única natureza. Na guerra do Paraguai por exemplo foi uma crise de segurança e de soberania nacional que resultou também para o Brasil em uma crise econômica e humanitária. Embora vencedor do conflito, nosso país foi dilacerado em perdas de vida e na economia. Nas epidemias a população sofreu com a insegurança sanitária. Não se tinha antibióticos, saneamento de água e outros insumos sanitários. Vacinas, eram poucas.
Se fizermos uma comparação de nosso período democrático com a ditadura militar (de 1964-1985) concluiremos que naquele regime não tínhamos os direitos e a liberdade de hoje. Entretanto não havia crise ética, moral e econômica.
Estamos vivendo dias e anos que por mais que queiramos não temos condições e clima para nos alienarmos da situação vivida pelo país. E eu apresento um dentre outros motivos. Todos inescapavelmente foram e estão sendo vítimas da recessão econômica que se instalou no país há quase uma década. Crise econômica que trouxe de roldão o desemprego (são cerca de 14 milhões os desempregados), a inadimplência, a falência de muitas empresas e insegurança social. Fala-se até em insegurança alimentar, estamos nos venezuelando( verbo derivado da Venezuela), uma ditadura com apelido de Democracia.
Uma crise gera outra crise. Torna-se um círculo vicioso ou efeito dominó. Desde a reeleição de Dilma Rousseff (2015) instalou-se a instabilidade política. Os esquemas de corrupção com participação de políticos e empresários solaparam as economias de estatais (caso da ou do Petrobras) e do próprio país. Pior do que essas crises política e econômica são  as de natureza ética, moral e de confiança nos governantes e nas instituições públicas.
Eu fico a imaginar os homens públicos que temos hoje e em alguns estadistas e vultos históricos do passado (com perdão da redundância). E assim recordar de alguns desses verdadeiros filhos pródigos e patriotas.
O que diriam ou sentiriam alguns desses baluartes de nossa pátria e que muito fizeram pelo país, sem o menor deslize ou desatino que tisnasse a sua biografia? Vamos imaginar por exemplo um Dom Pedro II ! Um Ruy Barbosa. Mais recentemente um Juscelino Kubitschek, um Mário Covas ou um Tancredo Neves. Quanta tristeza e frustração não sentiriam todos esses grandes brasileiros se vissem os fatos e feitos de seus pares de agora! Numa força metafórica, eles devem estar se contorcendo nos respectivos túmulos .
Enfim e ao término dessa crônica, o nível de desqualificação, descrédito e denúncias contra os políticos são tamanhas e de natureza tão grave que fica difícil escolher algum parlamentar com aptidão moral e ética para ser governador de estado (unidade da federação) ou presidente do Brasil.
No caso por exemplo do afastamento do atual Michel Temer (cassação de mandato ou impeachment). Quem reúne os qualificativos e aceitação popular na sucessão presidencial? Pelo que temos no mundo político, não há ninguém que seja de consenso. Se permitido fosse, poderia se pensar em importar algum candidato. Mas é inconstitucional.
Em sendo assim eu tenho uma sugestão: ou me aceitem como candidato (prometo manter minha candura, por isso me sinto cândido e candidato) ou importemos alguém de outro país. Sugiro alguém da Suécia, da Suíça, da Islândia, ou até mesmo da Groelândia. Nessas nações pouco se sabe o que é corrupção e caixa 2. E propina é só um gorjeta doada ao garçom. julho/2017

Eu e Deus

NEM TUDO SE DEVE A DEUS
JOAO JOAQUIM

Conta-nos a narração bíblica da criação do mundo que até Deus trabalhou duríssimo para a conclusão se sua monumental obra. Até Deus, imagine. Acabada   a sua obra, veio-lhe a mais divina de suas criações, o próprio homem. No tocante ao seu maior engenho, o universo (talvez não um, mas multiversos   ) Ele laborou durante 6 dias. Ao final , Ele se deu o direito de um dia de descanso, o domingo, do latim dies dominicu, dia do senhor. 
Não é sem razão que muitas seitas religiosas e tradições têm o 1º dia da semana, domingo, como um dia santo, em que além de reservado ao descanso é também dedicado aos ritos religiosos, missas, cultos, celebrações e toda devoção a Deus.
Concluída então a sua maior e preeminente obra, entendeu  o criador que precisava de alguém que administrasse esse feito épico, essa divina epopeia . Se não todo o cosmo , ao menos o planeta Terra. Porque aqui em princípio, foi o planeta escolhido para o acolhimento de todos os outros animais. Mas, enfim que bicho, que animal iria ter uma atuação de liderança, para gerenciar toda a natureza, suas riquezas e toda a bicharada. Aí que estava mesmo a maior charada. Não podia ser um elefante, um dinossauro, ou uma anta qualquer. Foi então que nosso Deus teve aquela centelha (divina por sinal), aquele “insight”. Cogitou então o criador”. Eu concebo um animal (de animus, alma), que seja bípede, racional, inteligente e criativo; e que possa reinar superior aos outros irracionais”.
Assim concebido, assim foi criado. No princípio, para todo regalo, deleite e plena felicidade da criatura, esculpida à imagem e semelhança do próprio criador. Deus fez surgir também o Éden, aqueles campos e prados elísios. Um paraíso da mais almejada bem-aventurança. Era como que o panteão dos santos, heróis e justos. Entrementes, como uma cláusula  de barreira, havia uma árvore, cujo fruto era proibido. Era como que um segredo de Deus. Algo como que o sabor da sabedoria. Deus tinha esse sagrado direito, não dar todo o conhecimento e revelação ao homem.  Era ter um pouco de sabor daquele apetitoso fruto e ter-se-ia a máxima sabedoria, todo o saber dos segredos da vida.
A sequência é de todos agora sabida. Entre os bichos, tinha lá a tal da serpente, pérfida e maliciosa. Ela se acerca da Eva, companheira e cônjuge de Adão. “Que nada, prove dessa fruta e o segredo da vida e do universo, virá ao seu  conhecimento”. Inocente e sem malicia, Eva foi aliciada e caiu na esparrela de pecar e comer o fruto proibido. Resultado, foram-se para água abaixo toda aquela  pureza, a eterna ventura e bem-aventurança.
A maior e pior consequência dessa desobediência de Eva foi o chamado pecado original. Acabou-se ali o que era doce e terno. Todos tiveram que passar a trabalhar com transpiração e inspiração para o próprio sustento. Essa foi a pena imputada pelo criador a todas as suas criaturas. “Labor, laborai todos para o vosso sustento, seja de dia ou de noite, com chuva ou com sol. Vivereis com o pão e com o suor de vossos rostos.
O que remanesceu de bom e útil é que Deus, de sua infinita onisciência e vontade não esvaiu ou espoliou o ser humano  de sua razão, alma e inteligência. Foram mantidas em cada pessoa essas centelhas divinas, essas chamas que dão sentido de humanidade a todas as criaturas de Deus.
Santas e divinas razão e inteligência. Porque através delas o homem e a mulher podem prover o próprio sustento. É tudo isto! Porque Deus tendo outras lidas e atributos maiores delegou ao homem o condão, a condição de inteligente. Assim, com a aptidão, força e criatividade para muitos feitos, sem de Deus precisar para  tudo. O que se tem de concreto é esta diretriz. Vamos deixar para Deus só aquilo que nos é impossível. Portanto aquele hábito e reco-reco de tudo ter sido feito e conseguido  graças a Deus tem que ser relativizado . Nem sempre tal hábito  verte  razão. Graças também à própria pessoa que já tem essa prerrogativa concebida pelo próprio Deus do discernimento, do racional e da inteligência.  Assim muitos coisas que fazemos podemos lembrar Graças a mim e a Deus. Tipo aquele sujeito que volta e meia tem um utensilio, um automóvel, um traste utilitário, e tem-se lá um dístico, um mote “ presente de Deus”. Será . Deus não tem nenhuma pretensão material para nós, o que ele nos quer dar , isto sim/ é a garantia, se assim o merecermos, a morada no Paraíso, no céu , quando findada nossa jornada nessa Terra. Aqui sim, se Deus quiser. E ele há de querer o meu e o seu ingresso em sua morada. Julho/2017

Cachorros na rua

CACHORRO NÃO É BURRO MAS EMPACA
João Joaquim  

Eu trotava pelas ruas de Belo Horizonte MG( caminhada ) quando, de súbito, deparei-me com um pequeno cenário que se dissesse que fora inopinado não estaria fazendo imagem nem estilo. Isto porque além de não tão raro, ele pode mesmo se suceder pela natureza bravia e resistida do animal. Vamos aos fatos. No meio-fio havia uma dona ( suposta proprietária) de dois cães, animais que a mulher  puxava pelas coleiras. Na verdade um cão e uma cadela, um da raça labrador, o outro sem raça, o popular vira-lata, neste caso a vira-lata. O  que de inusitado ocorreu foi que os dois bichos estavam empacados. Eu suponho que um se embirrou e não queria passear. A cadela foi induzida e também se empacou. Dois pets empacados na rua, e a dona estática sem saber o que fazer.
A gente sabe por natureza e rebeldia que quem empaca e não anda é asno. Agora eu sei que cachorro não é asno mas também empaca. Assistindo àquela cena veio-me o ímpeto em parar em socorro à dona. Mas, ato contínuo ,refleti que eu poderia ser atacado pelos animais  e continuei minha jornada. Ainda assim pude tirar daquela inesperada ocorrência algumas assertivas do bicho-homem condutor e dono de todos os demais animais classificados de irracionais, classificação essa  sem muita razão, penso eu. O humanos racionais e os outros irracionais. Ora essa!
Uma mulher e seus dois bichões de estimação, mas empacados. Digo bichões  porque ,além dos portes grandes, eram obesos os bichos; em semelhança com o próprio biotipo da dona. O que representavam aquelas criaturas empacantes na vida da própria dona? Em seguida  me vêm a cabeça alguns qualificativos : estrovenga? trambolho?, estrupício?  estorvo? embaraço? trangalho? Chega! São muitos os qualificativos possíveis!
Quantos são os estrupícios na vida de uma pessoa? Quantos deles são possíveis? São muitas as variantes. Por definição temos que trambolho ou estrupício se constitui num ente concreto ou abstrato que traz alguma dificuldade, sofrimento, privação, humilhação, trabalho, ônus entre outros efeitos negativos na qualidade de vida e relações sociais.
No sentido de concretizar, robustecer e aclarar as assertivas do que seja um estrovenga ou embaraço tomemos o exemplo de alguns bens pessoais. Imaginemos o sujeito com um automóvel em idade de sucata, de 20 anos, 30 anos de uso. Além de um trambolho com ônus em sua precária manutenção, tal bem (patrimônio automóvel) representa na verdade um mal, e um risco à integridade física e à vida desse dono( dona).
No campo abstrato. Imaginemos agora um sujeito, um pai de família ou mãe de família, ou dois pais ou duas mães de família. Enfim, não importa. Ia me esquecendo que a conformação de família mudou muito com as chamadas uniões ou casamentos homoafetivos. São tempos modernos, com legislações avançadas.
No caso então de uma dessas pessoas, a pretexto de se mostrar bem apessoada ela começa a adquirir bens duráveis e perecíveis através de crédito e financiamento bancário; ou através do cartão de crédito (na verdade cartão de dívida, olhe o engodo). Que ironia do marketing capitalista e consumista, o sujeito contrata um cartão de “ crédito” que pode lhe trazer a pior das dívidas , porque ou se paga, ou se tem os bens alienados e a vida arruinada.
Com o passar do tempo tais expedientes podem se tornar em autênticos trambolhos e empecilhos na vida dessa pessoa. Tais compromissos têm tudo para arruinar a vida do devedor inadimplente e sua família. Tais estrupícios, voluntariamente contraídos, podem derreter a harmonia familiar e conjugal.
Um outro estrupício ou autêntica estrovenga que a pessoa pode adquirir se dá no campo concreto nas relações conjugais. Quantas pessoas não representam autênticos trambolhos e embaraço na vida de outra pessoa! Temos exemplos aos milhares pelo Brasil e pelo mundo, de indivíduo que, uma vez acabado o namoro ou casamento se julga inconformado, abandonado e parte para perseguição, assédio moral, alienação parental, quando não raro, comete feminicídio ou homicídio, pelo ciúme doentio em não aceitar a separação conjugal. São indivíduos insanos e autênticos trambolhos conjugais na vida e liberdade da outra pessoa.
Enfim, são esses os trambolhos mais encontradiços nos tempos modernos. A aquisição (contração) de dívidas impagáveis em nome de um status ou vaidade pessoal; a aceitação de uma relação conjugal de alto risco, seja na perda da autonomia ou liberdade pessoal;  e naquele expediente tão comezinho e da moda de se criar um animal de estimação que, às vezes, traz negatividade, risco à saúde, ônus no seu cuidado, um ladrador  estorvo e empecilho até nas relações sociais com outras pessoas e no direito de ir e vir. 
Agora reconheçamos em alto e bom som, trata-se de questão pacificada, líquida e correta, cada qual tem o direito de ter os estrovengas ou trambolhos que bem lhe aprouver e ponto de exclamação  ou final !   Julho/2017.   

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...