sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Natal Material

                         A ADORAÇÃO MATERIAL DOS PRESENTES DE NATAL

João Joaquim   


Eu assistia a um vídeo ( cerca 20 minutos de duração ), e pus-me em seguida a algumas reflexões. O tema era a educação do futuro, preleção essa, ao que parece, de um bem preparado jovem professor em tecnologia da informação (TI). Pelas legendas e caracterização tal aula se passou no auditória da USP, o que traz-lhe ainda mais acreditação e prestígio.
O título da referida palestra já traz uma clara ideia do teor da exposição. Referia por exemplo o palestrante sobre a velocidade das informações. Tudo chega “pronto” e aos borbotões para as pessoas, falava  do que seja a informação e o que fazer com elas, da rapidez com que se renovam as mídias. Por exemplo um “gadget” (mídia digital) pode estar sucateado e ultrapassado por outro que já é oferecido ao navegante (internauta, usuário), em questão de um ano. A relação de uma informação impressa (livro físico, apostilha, revista) com aquela veiculada por áudios e imagens (Instagran, Youtube). A preferência que os jovens têm pelas comunicações via vídeos e imagens. A credibilidade que possa ter cada informação e notícia. O que possa ser um boato, pós-verdade e Fake News. A tendência é apenas o que já está pronto e pensado. Nada de leitura, nada de raciocínio e pensamento lógico. Por isso o domínio das imagens.
Em poucas frases, a exposição do jovem palestrante era revestida de uma absoluta modernidade, para pessoas modernas, de preferência para uma geração jovem, nascida, escolada e educada sobretudo tendo como ferramentas os instrumentos, recursos, softwares do mundo digital. O público presente, pelas imagens, era formado por adolescentes e jovens calouros de universidade (USP provavelmente). O interesse e atenção eram absolutos.
Meus comentários. Por partes e fazendo comparação de épocas, cultura, tecnologias, a essência das coisas e dos humanos; tudo isto às vésperas de Natal e Ano Novo.
É de consenso que nada evoluiu tanto como a(s) tecnologia(s) de informática e de informação nos últimos 10 anos. Há uma tendência de todo processo cultural, informativo, educacional ser dominado pelo emprego de imagens, áudios e vídeos. No que depender dos críticos mais jovens o futuro dos setores de educação, de informação e veiculação de dados se fará com uso em profusão de todos esses recursos imagéticos e de áudios . A escrita, os textos, os livros físicos (em  papel) parecem que na visão faturista serão reservados aos museus. Ao menos é o que sugere o teor da palestra referida no início deste texto, Educação Para o Futuro . Considerando que  ainda seja  eu  um adepto e aficionado aos livros, ao cheiro do papel, do prelo e das gráficas,  já me sinto retrógrado e fora de moda. Ao menos vou procurar fazer uma interface entre essa tão declamada modernidade e a cultura tradicional. Aliás, já faço assim.
Que relação guarda o natal com as tecnologias digitais? Pesquisas e estatísticas da indústria e do comércio mostram que os presentes mais almejados de papai Noel são os de mídias digitais. Ipad, tablets, smartphones. Nossas crianças têm nascido já digitalizadas. Antes de irem para a escola, quase todas já viram centenas de horas de imagens, vídeos e games. Tudo isto aprendido com os ágeis toques dos minúsculos dedos. Habilidade digital(dos dedinhos) que já domina os encantos do mundo digital.
Ninguém de nenhuma cultura deve demonizar ou desdenhar essa nova geração que tem nascido, educada e vive grande parte da vida hiperconectada. Todavia, fica um alerta,  já há estudos mostrando os danos e efeitos nocivos do contínuo status online. Trata-se da webdependência ou nomofobia. Limites no uso e critérios de acesso ao mundo digital, seriam bons conselhos a pais e educadores.
A extrema dependência das tecnologias da informação e todas as plataformas digitais constituem uma face do que pode se denominar a “religião” do materialismo moderno. As novas gerações têm cada vez mais constituído  em um estado ou estágio  a que podemos cunhar de embriaguez da  tecnologia, cujos principais instrumentos são os objetos ou “gadgets” ou recursos digitais de comunicação, pela Internet. Dentre os recursos dessas mídias sobrelevam em preferências as tão massivas e ubíquas redes “sociais” como facebook, instagram e whatsApp. Existe hoje a ansiedade digital. Todos conectados.
Ao se fazer uma confrontação com os festivos momentos  natalinos de nossa era da informática e das tecnologias da informação com os primitivos e originais significados do natal, de passagem de ano, de páscoa, parece que tudo se perdeu!. Por que se tem a figura do papai Noel?  Por que da árvore de Natal?  Dos presentes desta data ?   Por que a páscoa tem como símbolos o ovo de chocolate e a figura do coelho ?
Nesse sentido, do que sejam essas celebrações, essas datas, esses ícones , esses e outros objetos   quem  bem os  explica é a própria Filosofia. Tanto a grega como a oriental. A Filosofia se resume em um  conjunto de princípios, de pensamentos, de reflexões, que não se contenta com o óbvio, com a cópia e repetição das coisas, dos costumes e dos hábitos. Daí, sua constante indagação, por que disso, daquilo, por que dos usos e costumes?
 A “religião” do capitalismo, o fascínio que o materialismo digital desperta nas pessoas, o exagerado apego e dependência dos modernos e coloridos aparelhos de mídia etc;  toda essa nova onda de modernidade e hiperconectividade têm paulatinamente tornado as pessoas como meros robôs e autômatos desse turbilhão de informações e imagens que em nada representam na construção e formação do ser humano. Tem-se muita informação , mas pouca ou nenhuma formação. Talvez o contrário, mas deformação moral e de cultura que crescimento como pessoa humana.
A essência, o íntimo, a alma, a gentileza, a fraternidade, o conhecimento de si mesmo, o sentido do que somos e para onde iremos têm sido desprezados. Tudo esquecido e negligenciado, inclusive em plenas comemorações de Natal e Ano Novo. São ceias, banquetes, manjares, os melhores repastos, libações de champanhes e caros vinhos. Com muitos fogos, áudios, imagens e vídeos.
E a essência, o significado do que sejam o intimo  humano e o simbolismo da  Natal são apagados de qualquer celebração. Quão frio, frágil e vazio o mundo propalado e adorado dos recursos digitais e das redes sociais.
Como nota de rodapé, eu explico. A figura do papai Noel, o velhinho tão cortês e gentil, de barbas brancas, irradiando bondade e simpatia, é uma criação da Coca-Cola. Em si ele lembra a própria garrafa da bebida, um link perfeito, um refrigério para a sede e o corpo. Como os fins justificam os meios, acertou em cheio o marketing e engodo dessa multinacional, que se faz presente até na Lua e em Marte. Todos se refestelam das bebidas  e comidas da marca. Hoje é a indústria de bebidas e alimentos mais rica do Planeta. Que inspiração!  não é mesmo ? E Nós eternos e meros consumidores.   Dezembro/2017. 

Miséria interior

O NATAL EXALTA A MISÉRIA INTERIOR DE MUITAS PESSOAS

João Joaquim 


Eu poderia neste texto estar a falar de abundância, de fartura, de festas e banquetes. São termos e verbetes, cenários e fatos,  muito repetidos em festividades, em celebração de aniversários, de batismos de pessoas e empresas, de natal e passagem de ano. E as pessoas têm absoluto motivo para tanto! Afinal a vida merece todas essas solenidades, esses júbilos e expressões de energia e felicidade. Imagine o que pensaria a sociedade se deparasse alguém com palavras de ordem do tipo viva o desânimo, morra a alegria, abaixo o regozijo e o prazer!
Tal arauto, com tais anúncios negativistas e destrutivos, seria no mínimo tachado de sandeu, mentecapto e atrapalhado do juízo. Então  viva a vida e a alegria. 
E aqui eu exalto e brado eu uníssono  com esses mensageiros da alegria, do júbilo, do riso, do humor. E entremeado a tais sentimentos, o prazer e gozo das deliciosas libações, das bebidas do gosto de cada um, dos apetitosos e gustativos alimentos. Dos capitosos e inebriantes pratos em tais comemorações. São exemplos as tão concorridas e esperadas datas natalinas e de passagem de ano. Aliás, Natal e Ano Novo, cada vez mais perdem o sentido original. Tudo se tornou um mercado e seus mercadores. Assim se vê no comércio, na indústria de tudo, nas cervejarias, nas  empresas e indústrias de bebidas, etc. 
Contudo, feitas essas referências a essas datas festivas de muita pompa, de expansividade, de efusão de nossos sentidos, de nossos instintos de conservação e sobrevivência, como são nosso olfato e paladar no ato de comer e alimentar, vejamos  outras considerações, em um outro polo da vida e de nossa sociedade. Nem só de alegria, efusão  , prazer e festas se faz a vida.
Com todas essas alusões, então tenho como objetivo maior falar de outra condição humana, a miséria. Tal palavra vem do latim, miser e significa desafortunado (desprovido do bens materiais, sem fortuna), desgraçado (sem o benefício ou dádiva de Deus) ou infeliz (desprovido de qualquer condição que traga felicidade, seja moral , emocional ou  materialmente falando).
De forma didática podemos  classificar a miséria  humana em material e espiritual. E para dar formato de melhor compreensão eu trago dois exemplos, de duas mulheres que tem o mesmo nome, Maria. São dois casos concretos, por mim testemunhados em uma atitude filantrópica.
Filantropia. Palavra que vem do grego, philo = amigo, anthopus=  homem, amizade ou  amor ao homem. O contrário de filantropia é misantropia. Termo que lembra miséria, miserável, sem misericórdia. Misantropo. Do grego mis (o) ou misein, aversão ou ódio ao homem, ao semelhante. 
Nessa visita feita à primeira Maria, se constatou que ela combinava em tudo (como pessoa) aos poucos pertences e objetos em sua posse. A começar pelo seu abrigo, casebre ou barracão. Todos aqueles “miseráveis bens” de sua sobrevivência encontravam-se em petição de miséria ou de misericórdia. Todas as condições básicas e mínimas de higiene, limpeza, de organização eram precárias, de penúria e indigência. Combinado a todo esse deplorável estado de desconforto material era o estado de desânimo e de espírito ou de índole dessa mísera pessoa de nome Santo, Maria. Nossa primeira Maria, fez de seu humilde abrigo, um autêntico muquifo. Tomo de empréstimo este termo, com a licença dos puristas de nosso idioma. Nossa primeira Maria, se revelava uma mísera de alma, de espírito, de humor, de espírito; ela tinha deficiência de  várias virtudes internas sem dependência e sem nexo com conforto material ou pecuniário, para encontro da felicidade. 
Ato contínuo de visitação deparo-me na casa da segunda Maria. Ao contrário da primeira  Maria, encontro agora uma mulher efusiva de alegria, receptiva, cordata, gratíssima pelo mínimo conquistado e recebido de terceiros nessas visitações.  Era a pessoa em simpatia e otimismo.
Os humílimos e simples pertences de nossa segunda  Maria  encontravam-se nos padrões de excelência nos quesitos de higiene, manutenção, limpeza e organização. Sua tacanha e singela casinha em tudo combinava com o seu humor, alegria e mostras de felicidade e realização. Essa segunda Maria era uma mostra viva de que nem sempre dinheiro traz felicidade. Ele não constitui um item exclusivo e imperativo de felicidade humana. Quando bem manejado e se usado de forma racionalizada pode colaborar nesse sentido. Tanto que muitos ricos e abastados são eternamente infelizes . E muitas pessoas sem posses materiais maiores esbanjam alegria e felicidade. 
O certo e concreto que ficam nas visitas a essas duas Marias é que os visitantes  voluntários e filantrópicos podem sair mais fortalecidos e confortados do que as visitadas. A conclusão de tais visitas é que a pior miséria de que pode sofrer o ser humano não é a privação de bens e conforto material, mas aquela que está entranhada no espírito, no íntimo e no caráter da pessoa. A miséria de espírito, a miséria  de generosidade,  a miséria de fraternidade , de amor e respeito ao próximo. Estas , sim, são  as misérias mais degradantes de que pode sofrer o ser humano.               Natal/2017.  

Felicidade sem dor

 A FALSA  FELICIDADE  SEM  TRABALHO E SEM SOFRIMENTO

João Joaquim 


Desde sempre, na mente humana,  houve projetos, desejos e sonhos que se tornaram a ordem do dia. Os termos podem variar, mas no final com o mesmo significado. Se fosse designado em uma palavra, esta palavra seria a felicidade. Tanto que ela passou a ser uma expressão do bem extremo que queremos a quem tanto amamos e temos em nossa mais alta estima.
E tem plena razão todos que buscam esse estado físico e de alma. A felicidade é um fim em si mesma, é o objetivo último e máximo do gênero humano em sua existência. Ninguém em sã e lúcida consciência, em  higidez mental e psíquica vai querer um mínimo de sofrimento ou dor que seja. Se assim o faz é porque padece de algum distúrbio de saúde mental, dano  patológico,  e portanto ,  precisa de algum ajuste terapêutico no campo psíquico , psicanalítico ou até medicamentoso.
Ser feliz . Este tem sido o desiderato de todos em sua humana lida. Mas seria tal estado orgânico e de alma possível? Para aqueles adeptos do determinismo, do existencialismo, tal projeto e desejo seriam inatingíveis. Todos estão predestinados a algum sofrimento, diriam os deterministas e existencialistas. Mas, eu rebato essa tese, e temos que , sim, buscar os caminhos da felicidade.
A vida se faz, se principia, se brota, se vem à luz do mundo entremeada já com um pouco de dor, choro e início de sofrimento. Disso ninguém discorda. Tomemos a vida humana a partir da fase fetal. Esse feto, ainda que em plena higidez física, nos primórdios de sua interação com a mãe e com o meio externo receberá e sentirá os estímulos nocivos e estressores, tanto exteriores quanto aqueles sofridos pela mãe.
O ventre, o útero e placenta não são garantias nem imunidade contra injúrias externas, tanto de agentes físicos quanto  imunobiológicos . O feto pode adoecer! Tanto que anda em voga a chamada Medicina Fetal. Especialidade que monitora ,  diagnostica e trata as anomalias do feto.  Hoje, se faz até cirurgia fetal.
Com a maturidade plena do feto, vem o período expulsivo ou do trabalho de parto. Pode-se considerar o maior trauma da vida humana. Para tanto a natureza com seus indecifráveis mistérios criou um estado fisiológico chamado amnésia. Ninguém vai se lembrar desse primeiro grande trauma, desse “doloroso transe”  que é o nascimento.

Para tanto sofrimento bastaria imaginar o trabalho de parto de um adulto. Fosse possível, em grandes dimensões, regredir um adulto ao ambiente uterino e ele lutar 10 horas para voltar à luz. Quanto suplício e sequelas psíquicas. Que fique só na imaginação, de preferência com amnésia absoluta desse “sofrimento angustioso”.
Vieram os avanços tecnocientíficos, no mesmo passo as ciências médicas. Dentre essas o aprimoramento da analgesia e da anestesia. Hoje campeiam os partos cesarianos, porque se fazem com uso de analgesia e anestesia. Pena que abrevia-se o trabalho de parto sem dor para a mãe. Mas,  para o nascituro o mesmo trauma. O mesmo sofrimento, a perda da proteção da barriga da mamãe  e do  aconchego uterino. Parece um descaso e injustiça com o feto. Mas, é a lei, são os mistérios da vida.
Há diversos estudos na área de obstetrícia e neonatologia provando que o parto natural e espontâneo é muito muito saudável para a criança e mesmo para a mãe. Evitam-se com isto um trauma cirúrgico, o uso de vários fármacos na anestesia que têm os efeitos colaterais para a  mãe e feto.
As evidências são de que o esforço e esse sofrimento impostos ao feto para nascer têm efeitos saudáveis nessa transição da vida uterina para o mundo externo. É a passagem da circulação fetal e dependência placentária para a respiração pulmonar e circulação no modo adulto. Todo esse trânsito dolorido e árduo do chamado trabalho de parto é nada mais do que o primeiro ensinamento da natureza de que a vida humana tem como finalidade última e máxima a felicidade. Mas, a vida e a felicidade não têm isenção absoluta de alguma forma e grau de sofrimento, de esforço, de trauma  e de trabalho.
Trazendo esse objetivo e perene busca da felicidade a que todos se dedicam para o contexto de nossos dias, para as novas gerações, para a civilização moderna, munida de internet, redes sociais e tecnologias de informação, do mundo digitalizado.
O século XXI tem se caracterizado por intenso debate e avanços sociais no que se refere às liberdades individuais, garantias as mais amplas de direitos humanos e novas diretrizes na educação. Entre essas novas normas de liberdade e educação têm-se como exemplos a proibição de reprovação escolar e a lei da palmada.
Em outros termos, o aluno mesmo com nota abaixo de 5(50%) tem que pular de série. Não interessa se ele aprendeu o suficiente na série anterior ou não. É proibido reprovar. Lei da palmada: os filhos além de ser criados sem limites ou castigos não podem receber o menor constrangimento físico, a exemplo de uma palmada ou chinelada.
Tomo de empréstimo as palavras da Psicóloga Virgínia Suassuna: “ os chamados psicotapas” , tão úteis das avós das gerações digitais. Até esses estão proibidos pelos novos legisladores, pelas novas diretrizes dos modernos educadores. São novos tempos.
Os pais e famílias dessas novas gerações têm embarcado nessa nova pedagogia e nessas novas diretrizes educacionais. Tudo pode , é proibido proibir !
Os adolescentes e jovens dessa nossa intitulada sociedade moderna e digital estão sendo criados, formados e protegidos de qualquer esforço, de qualquer sacrifício ou trabalho. Nenhum filho pode cooperar ou se empenhar no seu próprio sustento. O roteiro dos chamados pais modernos tem sido este para os filhos: é proibido sofrer, se esforçar ou trabalhar. Zero dor, zero sofrimento, inclusive o esforço psíquico, a  frustração, o insucesso na busca do prazer, da satisfação dos órgãos sensitivos. 
Para isso, foram sintetizados os ansiolíticos, os antidepressivos, os psicotrópicos de toda ordem. Até os medicamentos que ajudam no rendimento intelectual, no raciocínio , no pensamento lógico. O ato de pensar, calcular, criar se tornou algo torturante. De preferência que todo conhecimento, todo saber  já venham prontos e pensados por outros.
Talvez o resultado dessa nova ordem de vida sejam mais depressão, mais ansiedade, mais suicídios, incapacidade de lidar com as críticas (bullying), mais dependência de psicotrópicos, de psicoterapias e até drogas ilícitas.
Infelicidade na sua forma mais pura.  É a vida sem esforço e sem os sofrimentos, os mínimos que sejam!  -        31 dezembro 2017.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Fofoca

A FOFOCA EM SUA ESSÊNCIA
Joao Joaquim

Uma das funções muito em voga das redes sociais se chama fofoca. E essa atividade tem sido exercida ,à larga, porque a internet permite o anonimato, a clandestinidade. Com um aviso e alerta aos fofoqueiros mais afoitos e desavisados: quando a pessoa alvo de maledicências denuncia e faz um boletim de ocorrência (BO) a polícia com uma ordem judicial vai atrás e acha o agressor. Ou seja, o malfeito ou mexerico só ficará sem identificação de autoria se não houver um inquérito policial.
O que se tem de certo e registrado é que o expediente de bisbilhotagem ou fofoca faz parte da história da humanidade. Em todas as épocas, em todas as esferas da vida, em todas as classes sociais esse expediente de explorar e maldizer a vida alheia sempre existiu. Para tanto basta revisitar e estudar as biografias de distintos personagens , e  lá estão os relatos da vida privada das pessoas, sua intimidade, suas relações conjugais e muitos outros feitos e fatos impublicáveis por iniciativa das vítimas.
Se assim pode ser feito, pode-se classificar a fofoca em benigna e maligna, no que se refere ao seu grau de ofensividade. Em termos de consequências para ofensor e ofendido, bem entendido.  Pode se ter a fofoca noticiosa e criminal, a depender do sentido meramente jornalístico ou com intenção  ignominiosa e ofensiva ao outrem. A fofoca benigna é aquele relato de detalhes da vida alheia sem tom pejorativo ou malicioso. São características quase públicas da pessoa alvo desses enredos. Como são os casos da celebridades e famosos.  Como exemplos os hábitos alimentares, o gosto pessoal com roupas, a preferência cultural e de lazer, entre outros comportamentos.
A fofoca maligna busca sempre o menosprezo, algum feito ou um comportamento antissocial e ilícito, um adultério que a pessoa tenha cometido, etc.
Nessa circunstância o fofoqueiro tem como objetivo a desqualificação e vilipêndio do outro.
O que se tem de concreto é que a fofoca traz sempre uma conotação negativa e ofensiva ao outro. Ela gera uma instabilidade emocional, muito mal estar e sofrimento psíquico na vítima. Há circunstâncias em que ela se torna até motivos de crimes e assassinatos. De uma inicial intenção informativa e noticiosa algumas fofocas podem se resvalar  para a esfera penal com graves consequências para vítima e autor das injúrias. Vejamos o enredo fofoqueiro a seguir que envolveu duas famílias, três personagens, um assassino frio e calculista e duplo homicídio.
Foram três integrantes de nomes Mário e Camila, casados;  e um terceiro, Ricardo, casado com Jéssica. História real .  Mário e Camila viviam juntos. Eles viviam tão bem que iam se casar. Camila avistou com Ricardo em algumas baladas (festas e danças noturnas, muito preferidas por jovens). Ricardo era visto em companhia de mulheres em tais festejos. Camila, de smartphone em mãos, fotografa Ricardo e envia para sua esposa. Até que um certo dia, Ricardo vê as fotos (os prints) no celular da própria esposa, enviadas por Camila, noiva de Mário( que já viviam juntos e iam se casar). O que faz Ricardo? Ele pega a esposa, vai à casa do casal Camila e Mário. Eles eram casais amigos. Aperta a campainha, Camila abre o portão. Ricardo mostra-lhe as fotos no celular da esposa. Ele dá-lhe um tiro fatal. Mário, que nada tinha a ver com a história vem em socorro da amada e leva também o tiro fatal.
Nenhuma fofoca justifica um tiro, nenhuma intriga justifica um assassinato. Um duplo homicídio então ultrapassa as raias da loucura e do desvario humano. Mas, quem garante de ele não estar a espreita e não ocorrer. Nas probabilidades humanas tudo é possível, tudo é passível de alguns laivos passionais, tudo pode ter um quê de atos de pessoas aloucadas ou até mais, as tresloucadas.
Todo mexerico, toda bisbilhotice da vida alheia, todo boato e pós-verdade tem esse potencial corrosivo, difamatório e destrutivo. A fofoca, ainda que traga traços verídicos, traz mensagens falaciosas, fantasiosas e pejorativas, com um potencial de trágicos desfechos para os dois lados do enredo. O caso aqui narrado, dos dois casais é apenas mais um de tantos que ocorre aqui e alhures. Basta olhar as manchetes do telejornais policiais e fofoqueiros. Cruz credo! Tal enredo  é uma mostra dessa virulência que traria até inveja em Sófocles, Ésquilo ou Eurípedes. A maldade , a malícia, a astúcia. Que o digam esses luminares autores das tragédias gregas. Como foi o caso do destino de Édipo-Rei , registrado das tragédias gregas.  Novembro/ 2017

Jus Mora

MORATÓRIA DO JUDICIÁRIO E OS RISCOS DA VACA IR PARA O BREJO

JOAO JOAQUIM



Meus caros compatrícios. Falo para todos os brasileiros (as) e mineiros de minha querida Minas Gerais. Tão rica a Minha Gerais, que entre muitos bons trigos produz também alguns nocivos joios;  politicamente falando. E expresso então o que sinto também como brasileiro. Isto depois de assistir mais a  algumas sessões dos três poderes (Judiciário, Executivo e Legislativo). Enfim sessões do Supremo Tribunal Federal, reunião da presidência da República , Senado e Câmara dos deputados. Da reunião do executivo , na verdade li sobre a temática: como salvar o mandato do presidente( a bola ou presidente da vez Michel Temer). E deu resultado mais uma vez. Temer continua presidente. Assim o decidiu a câmara dos deputados.
A que ponto chegou a nossa República (de res publica, coisa pública) Democrática (de demos, povo, cracia, governo) Brasileira (de Brasil, pau-brasil, cor de brasa)! A pergunta que fica é esta: Será que nosso país tem jeito? No concernente ao STF tem razão estar mofando milhares de processos em nossos tribunais à espera de uma decisão final. Porque nos trâmites  têm várias intermediárias protelatórias. Porque nesse entremeio entram recursos, recorrências de toda ordem, embargos de declaração, infringências, chicana  dos advogados dos réus etc.
E nesse interstício o cidadão que recorre à justiça vai sendo fritado paulatinamente. Hajam paciência e perseverança. O paciente é fritado até pelos termos que lhe são infligidos pelo juridiquês, que expressam as decisões e sentenças. Isto quanto aos recursos, à diversidade das leis e a interpretação que estas propiciam. O certo é que até o trânsito em julgado, tem muito reco-reco e ramerrame como meros itens moratórios.
O segundo motivo da lentidão da justiça e o cúmulo de processos refere-se à prolixidade, aos volteios, circunlóquios , perífrases  ou nhenhenhéns  dos julgamentos, votos e comentários das sessões. O que se vê, usando um pouco de juridiquês, é muita teleologia e tautologia; ou seja, muita explicação e interpretação (Exegese), mas, também muitas repetições, lugares-comuns e motos-contínuos ( ou mais dos mesmos).
Agora! O que se tem de lengalenga e eruditice  nos julgamentos é outra característica digna de menção. É nesse momento que se percebem os egos e vaidades dos juízes dessas cortes maiores;  cada um, a seu modo, arrota, brande e exala toda sua sapiência para público e câmaras de TV; com a soberba e jactância peculiares a cada um. São traços personalíssimos .
Uma outra postura que o STF vem assumindo é o tal do ativismo político. Em várias decisões, jurisprudências e liminares , fica nítida a tendência dos juízes em arbitrar a favor desse e outro político ou empresário conforme a biografia do investigado ou réu.
Quando um  tribunal supremo( nosso colendo STF) delega ao congresso a prerrogativa de decidir sobre crime praticado por um deputado ou senador, fica clara a tendência de nosso judiciário em exercer uma jurisdição politiqueira, na medida dos autores dos processos, das petições, dos recursos. A estatura e peso dos acusados e réus são as medidas dos resultados dos julgamentos. 
Outro estado melancólico em que se encontra o País, vemo-lo   no poder executivo; é o fato de um presidente da República (Michel Temer) e seus principais ministros não se ocupar de nenhuma outra atividade relevante que não seja se defender de tantos crimes, conforme os acusam os procuradores do Ministério Público Federal. De igual modo atuam também o Congresso Nacional. As pautas de câmara e senado se encerram nesses temas: defender os seus membros dos inquéritos e processos que tramitam no STF. E são muitos os investigados, indiciados e réus, com processos no STF e na operação Lava-Jata, sediada em Curitiba, sob a batuta do severo juiz Sérgio Moro. 
Enfim, todos nós temos razão em estarmos estarrecidos com os rumos que os fatos e crimes políticos estão dando ao Brasil. Precisamos todos, sociedade, imprensa e segmentos  civis, nos protestar contra  os desmandos e camarilhas de políticos corruptos  e empresários corruptores  e salvar nosso país desses energúmenos e sicários, salteadores e saqueadores da República .  Do contrário naufragaremos nesse odioso lamaçal que ameaça tragar a todos nós. 
Antigamente, dizia-se sobre as formigas-saúvas , ou se  acaba com a saúva , ou a saúva acaba com o Brasil. Não se acabou nenhum dos dois.  Mas agora é sério. Ou se acabam com os corruptos( PT e PMDB inclusos) ou os corruptos acabam com o Brasil.

Uma vez Presos, doentes...

PRESOS DE PESO E SUAS DOENÇAS INCAPACITANTES DE FICAR NA CADEIA
João Joaquim  

Uma questão que me parece de menor relevância e tem passado ao longo das manchetes de jornais tem sido as doenças que acometem nossos presos “notáveis”. Todos os chamados suspeitos, condenados e os intitulados criminosos do colarinho branco. Não escapa nenhum! Assim que vai para a cadeia, o sujeito, através do seu advogado, apresenta um diagnóstico de alguma doença, alguma cirurgia ou procedimento que o impede de ficar encarcerado. Agora, muito curioso e hilário ficamos aqui ,eu  e os leitores,  e cada um no direito de perguntar a esses corruptos e larápios do dinheiro público. E quando foi para roubar e participar das quadrilhas ou mesmo, a sós, de crimes de toda ordem, o meliante não estava doente? Chega a ser cômico para não  dizer trágico, tal pretexto esfarrapado para escapar do xilindró.
A coisa ou estratégia deve funcionar assim. Tudo maquinado pelo advogado de defesa. Afinal, a arte de advogar vem dos ensinamentos dos sofistas. Argumentar, argumentar, convencer, convencer . Vamos lá que cola! , valeu nossa persuasão, valeu nossa arte de convencimento e de iludir a justiça. E tem juízes que caem nessa esparrela.
Apresentasse o réprobo, o precito e corrupto preso, queixas de sorumbatismo( sorumbático), certamente que convergiriam melhor os sintomas  com sua condição de recluso. Porque a perda de liberdade deixa a pessoa triste e macambúzia. A sensação é a mesma da nostalgia, aquela melancolia do exilado, privado que está de sua pátria, do afeto e amor de seus membros parentais.
Até então o preso mais notável que recorreu ao recurso de adoecer na cadeia foi o ex médico Roger Abdelmassih. Passados 2 anos e ele na cadeia, a defesa entrou com uma petição de cumprimento de pena em prisão domiciliar. Ele cumpria a pena na cadeia de Tremembé SP. E em idas e vindas, cadeia e casa, o supremo tribunal federal acatou a argumentação do advogado do condenado. Ela cumprirá sua pena no doce e reconfortante refúgio do lar. Só para refrescar nossa memória, o ex ilustre médico teve uma sentença de mais de 100 anos de prisão por crimes de estupros em suas ex pacientes numa clínica de fertilização. Ou seja, para ele os crimes compensaram. A justiça embarcou em seus diagnósticos pós prisão.
O ex presidente da câmara, ex deputado Eduardo Cunha tentou o mesmo expediente. Foi apresentado um diagnóstico de aneurisma cerebral. Nunca dos nuncas que a justiça poderia embarcar em tal justificativa. Como não aceitou tal petição. Então aquela pergunta inicial, nos tempos dos crimes, das falcatruas, dos atos de corrupção o sujeito estava em plena higidez. Uma vez preso, vem com tais doenças. Onde é que aneurisma cerebral torna o indivíduo e mala incapaz de ficar na cadeia? Nem de trabalhar. Só se for na Cochinchina .
O mesmo ocorreu estes dias com o acusado Carlos Nuzman, ex presidente do COB, em prisão temporária. A defesa do indiciou ingressou com recurso na justiça. Alegando que o cliente passou por uma cirurgia cardíaca e que precisa de cuidados domiciliares. Então as mesmas indagações. Para ter contas e barras de ouro na Suiça o corrupto não tinha nenhuma limitação física. Ele foi solto, cumpre prisão domiciliar. Parece que por vias legais.
Talvez limitação ética e de consciência e de brio. Essas justificativas seriam mais razoáveis .  De permeio faz-se necessário um comentário sobre a participação dos médicos que emitem atestados, relatórios, laudos e diagnósticos para suporte de referidas petições à justiça. O  que se tem de concreto é que um aneurisma cerebral, uma prótese vascular ou cardíaca, stents, infartos cicatrizados e marcapassos, nunca são impeditivos de cumprimento de pena na prisão. Até ao contrário, se o indivíduo está encarcerado, ele está mais de repouso, e menos risco terá de agravamento das citadas doenças. Faz bem a justiça em rejeitar tais estratégias e manipulações.
Quanto à participação dos médicos que assistem esses condenados. Eles (os médicos) deveriam ser ouvidos e inquiridos tanto pelos conselhos regionais de medicina, quanto pelo ministério público. Os casos de diagnósticos falsos, forjados e inverídicos existem. Por isso merecem serias e profundas investigações pelos órgãos de ética e de justiça.  novembro/2017

Doping

USAR MACONHA E COCAÍNA DEVERIA SER TAMBÉM DIREITO DOS ATLETAS

João Joaquim   


Todos aqueles afeiçoados e afeitos aos esportes  não mais estranham os recorrentes casos de doping entre os atletas. A origem do termo é controversa. A mais aceita é que vem de dop, um termo africano para designar uma bebida alucinógena empregada por tribos primitivas em seus rituais religiosos e encontros sociais. Com o tempo, da semântica ficou o sentido de qualquer substância empregada por atletas com a finalidade de aumentar o  desempenho físico. Os medicamentos mais empregados para tais fins são os anabolizantes, os analgésicos, os diuréticos, os broncodilatadores e corticoides. Há uma lista extensa que pode ser consultada na internet.
Um outro grupo de medicamentos vedados aos atletas é composto dos chamados psicofármacos ou substâncias psicoativas. São os também intitulados psicotrópicos, drogas estas “lícitas”, largamente prescritas por médicos e indiscriminadamente ingeridas (consumidas) pelas pessoas. A  aquisição se faz com as receitinhas azuis ou especiais de um médico bonzinho e amigo; ou nem disso precisa, porque se compra no mercado pirata das esquinas ou pela internet.
Um outro grupo de substâncias que constitui um verdadeiro cancro social é representado pelas drogas ilícitas, cujos principais exemplos são a cocaína, o crack e a maconha.
A relação das pessoas com as drogas ilícitas constitui um cenário de muitos debates, discussões, dissenso e conflitos. Pode-se partir de uma parcela da sociedade que acha por exemplo que o consumo recreativo ou dependente da maconha é um hábito normal e inócuo. Ideia chancelada, acreditem, pela nossa suprema corte de justiça. Essa que se intitula a guardiã das leis e da constituição.

Em geral esses adeptos da liberação da maconha  ou são os próprios usuários já adictos ou têm parentes em casa como dependentes. Ou, seja há uma nítida aquiescência em proteger um parente dependente ou a si próprio como viciado.

Todos os trabalhos científicos são concordantes em que o uso não médico ou terapêutico da maconha traz graves danos à saúde psíquica e orgânica de seus dependentes, muita vez com sequelas neuropsíquicas permanentes.
O uso médico do canabidiol( derivado da maconha) é restrito a algumas doenças neurológicas e epilépticas, sob estrita indicação médica.
Com relação às demais drogas proibidas, o que se tem de bom e positivo é que até os próprios viciados têm plena consciência e certeza de seus graves riscos à saúde. Hoje, além da cocaína e seus derivados têm-se no mercado as drogas sintéticas com efeitos psicodélicos, delirantes, alucinatórios e psicóticos, altamente nocivos a quem consome.
São drogas com um alto potencial de risco de alteração comportamental, passíveis de danos ao próprio usuário e às pessoas próximas desses drogaditos.
Como referido inicialmente, muitos são os casos em que no exame antidoping se detectam derivados de maconha e cocaína no organismo (urina) dos atletas. A  punição aos consumidores, nesses casos, se torna muito mais severa do que se fosse um diurético ou analgésico proibido no esporte como os medicamentos derivados da morfina (opioides).
O que se deduz desses casos de antidoping positivo para maconha e cocaína é que muitos atletas do futebol e outros esportes são de fatos usuários “recreativos” ou dependentes e de vez em quando  são flagrados nos sorteios para os referidos testes antidoping.
Uma outra questão ainda conflitante e passível de legislação especifica refere-se a exclusão do candidato a vaga de emprego nos exames médicos pré-admissionais. São os exemplos de função pública das polícias e atividades de segurança pública e mesmo outros cargos de governo.
Muitas das seleções de pessoal( recursos humanos) desses órgãos são tão rígidas que os exames para substâncias ilícitas são feitos no cabelo; com uma característica, esses exames detectam a substância no organismo (cabelo), passados até três meses do uso da droga.
Deixo aqui  um argumento a favor do candidato. Com essa quarentena, bom mesmo é que ele mantenha a abstinência para sempre e garanta o emprego, às vezes, tão almejado.
Assim é a relação do homem, da sociedade, de muitos órgãos gestores de esportes e de empresas com o chamado doping e com as drogas psicotrópicas legais e ilícitas.
Uma questão que chega ser intrigante e inexplicável é como o nosso judiciário vê o consumo de drogas no Brasil. Por exemplo, para o supremo tribunal federal, ser usuário de qualquer droga ilícita é normal, lícito e legal.  Inclusive  portar algumas gramas para consumo. Isto para qualquer cidadão comum.
Uma pergunta me causa comichão e curiosidade: se usar maconha ou cocaína é direito de todos, como o define o nosso colendo Supremo Tribunal Federal( STF) e para o  para o trabalhador-atleta?
Não seria também normal e de direito? É tempo de nossa justiça se posicionar a respeito. Provisoriamente uma jurisprudência ou súmula-vinculante resolveria esse impasse. Afinal, de acordo com o artigo V de nossa constituição , todos são iguais em direitos e deveres. Inclusive o direito  de portar e usar algum baseado. Atletas e jogadores são também cidadãos de mesmos direitos. Eles possuem as mesmas garantias trabalhistas de outras pessoas não atletas. Ou não ? – Com a palavra nossos juízes do STF.   Novembro/2017.  

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