terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Felicidade PIF

PRODUTO INTERNO DA FELICIDADE
João Joaquim  

É muito normal e natural que as pessoas busquem todas as formas e fontes de alegria, prazer e felicidade. Embora esses três estados do corpo, do espírito e da mente não sejam exatamente iguais, eles sempre têm pontos de interseção e são intercambiáveis. Bom é que se tenha em mente que cada um desses estados de satisfação é muito subjetivo em sua intensidade, natureza, duração e causas. Dessa forma e com esse conceito tem-se como certo que cada um tem os seus modelos, objetos, comportamento e hábitos que lhe produzirão alegria, felicidade e prazer.
Uma pessoa alegre, momentaneamente está feliz. A felicidade também não é um estado perene. O  prazer se mostra muito mais fugaz. Nessa relaxada digressão se pretende mostrar algumas curiosidades sobre os três estados de satisfação.
Um indivíduo alegre demais pode não ser muito bom. A alegria do chamado bobo alegre pode  trazer-lhe  algum embaraço e o que é mesmo de espantar, alergia. O excesso de riso e gargalhadas, em algumas pessoas predispostas (geneticamente falando) pode também desencadear uma reação alérgica. Alegria e alergia.  Notaram a particularidade? Uma palavra é o anagrama da outra.  Mas, relaxem os gargalhadores, essa reação alérgica não mata, passa com antialérgico via oral e corticoide tópico. E os gargalhadores ou de fácil riso podem sorrir, à vontade.
Quanto ao prazer,  tem sido ele uma tônica nossa.  A sociedade tem se tornado afeita ao consumismo,  em ter nessa fugaz satisfação dos instintos e do corpo uma única fonte de felicidade. Não é e voltaremos ao tema.
A felicidade se define como um estado de satisfação de maior duração. Não pode ser permanente porque se assim o fosse a pessoa que frui de tal condição benfazeja se acomodaria (zona de conforto) e logo se entediaria e não sentiria mais feliz. Algumas curiosidades sobre a felicidade valem ser comentadas. E é o que se faz aqui.
No Butão, país da Ásia Meridional, foi instituído, já há alguns anos, o PIF, produto interno da felicidade. O país em primitivas eras, contam os historiados domésticos, foi grande produtor de butano, um combustível natural, daí a origem do nome, butano, Butão. O PIF dos butaneses seria uma espécie de PIB, produto interno bruto. Só que no caso de lá,  o PIF.
E não pensem os agora informados que o país tenha um alto PIB material. Longe disto. A felicidade ali (PIF) decorre de razões e valores extremamente abstratos e imateriais. Uma das características dos butaneses é a alegria desmedida. Óbvio que volta e meia chegam nos prontos socorros crises de alergia pelo excesso de alegria. Tal diagnóstico ocorre em pessoas geneticamente predispostas. Elas são tão felizes e alegres que sequer o “SUS” butanês tem estatística sobre a incidência da doença. Trata-se de questão de somenos importância. A população inteira tem uma profunda ligação com a natureza; valoriza-se muito esse respeito e essa aliança com o ecologia, a vida natural. Como se vê na relação com a  flora, fauna e mananciais naturais. A questão da sustentabilidade é levada muito a sério. Não fica só nos discursos e parlatórios .  Todos, literalmente, se engajam na mantença do PIF. O melhor é que esse pif, é permanente, não tem taxas disso daquilo , etc.
Agora falando da felicidade aqui no Brasil. Apesar de tudo o brasileiro é forte e feliz. Motivos para infelicidade não faltam, basta ter em conta as graves, as gravíssimas questões atinentes a corrupção. Um país onde há classes de pessoas voltadas à prática da corrupção tem todas as razoes para a infelicidade. Porque de roldão e permeio vêm outras crises como a moral, a ética. Até a estética, que acaba por perder a sua ética.
Não faz tanto tempo que dois parlamentares propuseram a PEC (proposta de emenda constitucional) da felicidade;  o teor do projeto era tornar a felicidade um direito de todos. Seria uma cláusula pétrea, imarcescível e imutável. Assim a declararam os insólitos e insolentes políticos.
Agora pensemos em uníssonos sobre essa PEC .  Nós, os brasileiros, merecemos, não? Quanta eficácia, não? Tão produtiva quanto oficializar multa de trânsito para ciclistas e pedestres. Os tempos mudam muita coisa, os apelos e os costumes.
Existem em nossa sociedade um grande apelo, propagandas e merchandising voltados para as questões da sexualidade. Tem sido muito recorrente e encontrado nos programas de TV,  internet e redes sociais. Uma preferência por tudo que se refere a erotismo. Há que se distinguir sexualidade de  sexismo e erotismo. Sexualidade se trata com profissionais capacitados na área. Envolve conhecimentos de biologia e científicos e não pura e disseminada enganação dos menos avisados .
Existe até um já badalado programa da Rede Globo intitulado Amor e Sexo. Mas não é só este. Vários outras emissoras abordam o tema. Na verdade são diálogos e tratativas de erotismo, sexismo e pornografia, com uma cosmética e enfoque como se não o fosse. Mas, no fundo é a mesma coisa. Fica aqui a pergunta: será que essas pessoas só têm esses expedientes  como temas de alegria, prazer e felicidade? A mim me( perdoe-me a redundância) ressoa como muita falta de criatividade e busca de  coisas mais saudáveis para elevar a audiência. Mas, as emissoras têm seus motivos. Elas vendem o que os consumidores gostam. Os patrocinadores fazem parte do cartel e do jogo. Sujo ou não , os fins justificam os meios. Que triste .  Fevereiro/2018.    

Automedicação...

ASPIRINA, DIPIRONA E MACONHA TAMBÉM MATAM
João Joaquim 

Se as pessoas dadas à prática da automedicação soubessem do risco a que submetem, elas interromperiam para sempre  esse expediente. De vez um quando eu sinto um frio na barriga ante os relatos de gente que por livre-arbítrio passou a usar tal medicamento ou fórmula xis para tal sintoma ou doença. Trata-se de um hábito sujeito a graves, a gravíssimas consequências. Todos os medicamentos trazem riscos, se não criteriosamente indicados por um médico bem qualificado. Seja este um clínico geral ou especialista em qualquer ramo da medicina. Desavisado ou inocente aquele indivíduo que acha que uma popular aspirina ou dipirona, compradas livremente em qualquer droguesquina,  não lhe trará riscos a saúde. Os efeitos colaterais de medicamentos se fazem da interação com o hospedeiro (que toma o remédio), com as condições fisiológicas desse usuário e possíveis doenças dessa pessoa. Essa tríade será determinante: droga + hospedeiro + doenças concomitantes. Só como exemplo: a aspirina e a dipirona podem provocar uma atrofia definitiva da medula óssea, tão grave quanto alguma forma de leucemia. De igual gravidade uma insuficiência hepática irreversível. Isto porque constituem dois tipos de fármacos de baixa toxicidade, com pequeno potencial ofensivo. E pegando ainda o exemplo da dipirona. Ela é o analgésico e antitérmico (contra febre) mais consumido no mundo. Tendo em conta que dor acomete cerca de 40% das pessoas no planeta.
Existe uma doença renal grave, porque quase sempre incurável, intitulada nefropatia intersticial por analgésicos. Ou seja, uma toxicidade medicamentosa crônica que pode levar o usuário dessas drogas populares a perda dos rins e a necessidade de diálise permanente ou transplante renal.
Um outro grupo de medicamentos com alto potencial de nefrotoxicidade é o dos anti-inflamatórios. E eles têm diuturnamente caído no domínio popular e sido empregados sem a devida orientação médica, apesar da exigência de receita médica. Como exemplos o diclofenaco, o piroxicam, o ibuprofeno e tantos outros derivados e similares, com os seus apelativos nomes de fantasia. Muitos desses produtos são anunciados em propagandas, até televisivas, como se uma panaceia fossem. E o irônico e agressivo dessas propagandas vem nessa frase: “ Se persistirem os sintomas procure o médico”. Em outras palavras: automedique-se, intoxique-se , consuma , à vontade, depois faça o correto, consulte um médico.
Assim como os anti-inflamatórios, uma classe representativa é a dos antibióticos. Três são os erros ou riscos na automedicação com antibióticos. O primeiro, a resistência microbiana pelo uso incorreto, que pode ocorrer por subdose ou curto período de uso; o 2º grande risco é empregar o antibiótico sem eficácia para aquela infecção. O ideal seria para toda infecção fazer a identificação do agente infeccioso através de cultura e antibiograma. Só como exemplo, as infecções por vírus não se tratam com antibióticos convencionais. Algumas viroses exigem antivirais específicos. Como exemplo o HIV e as hepatites. O 3º grande risco na automedicação antibiótica são os efeitos colaterais dessas drogas.
Tomem-se como exemplos dois antibióticos já de gosto popular, o cloranfenicol e a gentamicina. Eles se apresentam em quase todas as vias de emprego. São colírios, pomadas, cápsulas, unguentos e injetáveis. Como riscos no uso indiscriminado desses antibióticos têm-se: o cloranfenicol pode causar a temível anemia aplástica; trata-se de falência total da medula óssea com anemia grave, baixa acentuada de plaquetas e de leucócitos. Com isto o paciente terá quadro de hemorragia e déficit da imunidade. O prognóstico é ruim e a reversão nem sempre possível. A gentamicina pode provocar duas toxicidades no ser humano: insuficiência renal irreversível e surdez definitiva. Ou seja, são riscos sérios que desaconselham o uso de qualquer antibiótico sem uma consulta com um bom profissional médico.
O grupo campeoníssimo da automedicação é o dos psicotrópicos. A maioria deles se torna do gosto e do domínio popular. A origem se dá em uma prescrição médica. O que era para ser restrito ao uso por alguns dias, se torna eterno. O maior efeito colateral dos psicotrópicos é a dependência que se estabelece por mecanismo psíquico e orgânico.
Assim são os ansiolíticos, os antidepressivos, os hipnóticos. O principal mecanismo da dependência é o mesmo que se verifica com outras drogas viciantes; álcool, nicotina e cocaína. Existe uma afinidade (ligação) entre a substância (chave) com o receptor (fechadura). Tudo se dá em tecido cerebral e o indivíduo só passa a “funcionar” sob o uso do medicamento. São os casos dos antidepressivos e dos hipnóticos. Muitos desses produtos, vendidos com receita azul ou branca especial, se tornam de conhecimento popular. Quando não se consegue a receita médica, há o mercado pirata e paralelo, dentro das próprias farmácias. Raras são as famílias, onde alguém não usa uma fluoxetina, um citalopran, um diazepam, um rivotril, um zolpiden e outros da mesma família.
Caberia aos próprios médicos e farmácias o combate à automedicação. Mas, isto em se tratando de Brasil é impossível de ser alcançado. Para o mal e infelicidade de uma sociedade que busca até mesmo a chamada pílula do prazer, da alegria e da felicidade. Somos uma sociedade afeita e que aceita com facilidade a drogadição oficial, porque tem a complacência do governo na insuficiente e pífia  fiscalização e sempre a receita de um médico amigo ou da família, nessa epidemia da automedicação.
 Parece uma fixação desse articulista por tema tão sensível, mas já existem pareceres e ensaios científicos mostrando que há no Brasil, essas duas formas de drogadição: uma legal ou lícita; outra clandestina ou ilícita. A legal , aquela que tem a participação de médicos , farmacêuticos, e fabricantes de remédios. Ela subsiste com o beneplácito do governo e dos órgãos regulares da liberação de medicamentos- Anvisa, conselhos de Medicina e de Farmácia.
A drogadição clandestina ou ilícita , tem na maconha e cocaína seus principais representantes. Em parte já tem também a aquiescência do Governo. Nossa suprema corte de Justiça, ou Supremo Tribunal Federal, já pronunciou favoravelmente. Usar maconha não é crime. Falta ainda definir o quantum o consumidor pode portar de droga, em gramas. Seria 50g, 100gr?  Falta este quesito. Nós, os brasileiros, no estágio em que vivemos, merecemos, não ? Fevereiro – carnaval /2018.  

Cachorro e filho...

CACHORRO SE CRIA COM RAÇÃO , FILHO SE CRIA EDUCAÇÃO
João Joaquim 

Dois são os problemas gravíssimos abandonados por sucessivos governos do Brasil. São eles o planejamento familiar e o controle de natalidade. E eles têm múltiplas causas. Aqueles e aquelas que procriam e têm filhos também têm culpa. Porque estamos aqui a falar de gênero humano, dotado que é de instinto e prazer sexual, mas também de racionalidade, de inteligência e discernimento.
Em outras palavras cada pessoa não só tem, mas detém o dever de escolher (discernir) o que é certo e o que errado, o que é bom para si e para aquela criança que ela colocará nesse mundo.
Vamos iniciar a presente discussão pelo lado do homem ou mulher que vai procriar. No concernente ao pai menor de idade os motivos que o levam a ter um filho ainda adolescente envolve sua insuficiente informação sobre atividade sexual e biologia da fecundação. Essa desinformação em geral decorre de baixa escolaridade do próprio indivíduo e dos pais que por consequência não reúnem condições técnicas e culturais em orientar os filhos sobre sexualidade e métodos contraceptivos.
Os mesmos critérios se aplicam à gravidez nas meninas adolescentes. Baixa escolaridade dessas garotas e das famílias, e falta de diálogo franco e claro sobre a biologia da reprodução humana. Em lugar de educação, têm-se a imbecilização e programas assistencialistas de governos petecomunistas.  Nada contra Lula , Dilma e parças . Mas, deveria ter porque eles destroçaram o país e suas economias.
Agora tomemos a situação dos progenitores bem maiores de idade, nos quais se consideram haver uma plena maturidade da racionalidade, da inteligência e do discernimento, que por conceito é a aptidão em definir o certo do errado, o bem do mal.
Tais considerações se aplicam aos dois gêneros, homem e a mulher. Tome-se agora o exemplo de um pai ou mãe que faz a opção em ter um filho. Mas esse pai ou mãe encontra na categoria de desempregado, ou mesmo com trabalho formal ou informal , mas  de baixa renda. Procriar, ainda que seja um filho, significa custo material, assistência alimentar e médica;  e certamente custo com educação. Tendo em conta que saúde e ensino fundamental são direitos constitucionais, mas no Brasil, são itens de baixa qualidade.
Assim é de previsão cristalina que a criação e educação de um filho único envolvem gastos contínuos e elevados, durante no mínimo 20 anos. Imaginemos então ter uma prole de 5 filhos, sem as condições financeiras mínimas para tal.
Fazendo uma consideração pelo lado dos pais procriadores, que sem esse suporte básico, ainda assim optam por uma prole de 3 filhos ou mais, esses genitores se assemelham a um animal mentecapto, com alguma sandice , leviano, irresponsável e até delituoso. Pelo fundamental e humano fato de insuficiente condições no apoio e provimento  de uma digna criação e educação de uma criança.
Que exalte de maneira bem consistente e severa :  há uma gigantesca diferença entre a criação de uma ninhada de cachorros e de filhos. Bichos apenas se criam. Filhos e gente diferem muito porque exigem (por direitos humanos) criação, educação e formação dignas.
Por  educação e formação dignas entendem-se alfabetização e escolarização de qualidade. São condições que começam com uma boa orientação ética e cultural oferecidas pelos pais, que devem ter um nível de escolaridade básico para tal missão. E no Brasil sabemos que nem sempre isto é possível. Os programas assistencialistas dão bolsas e abonos mas não dão educação.  Porque levam ao discernimento e esclarecimento do eleitor e perda de votos.
Por último ,o planejamento familiar e controle de natalidade de orientação e responsabilidade do Estado. Êi-los .
No Brasil as políticas de saúde pública em tais questões sempre foram pífias e escassas. Basta imaginar a opção de uma laqueadura de trompa ou vasectomia. A burocracia e exigência pericial (junta médica) para obter esta técnica contraceptiva são desestimulantes para qualquer usuário (a) que procura as unidades do SUS para tal procedimento.
Quando se opta por métodos anticoncepcionais mais simples e de baixo custo, a exemplo das pílulas anovulatórias e preservativos, nem sempre eles são encontrados nas unidades de saúde pública.
Somados a tudo isto não vê por parte do governo campanhas e programas de instrução e orientação sobre planejamento familiar e controle de natalidade.
Assim, têm-se esse quadro dramático de descontrole populacional, de crianças, jovens e adultos completamente desassistidos do direitos mais elementares .   São os exemplos de uma educação de qualidade, condições dignas de moradia e assistência médica. São direitos na Constituição, mas na prática, inalcançáveis.
Todos os governantes são uníssonos em suas oratórias e campanhas no tocante aos mais de 200 milhões que é a população brasileira. Mas, nunca mencionam os milhões de desempregados, de analfabetos absolutos e funcionais, de crianças fora das escolas, dos jovens que não completam o 2º grau.
Muito melhor e  seria mais humano, se fôssemos a metade do que somos, mas sem desemprego e sem analfabetismo. Tudo por culpa do cidadão e do governo. Faltam planejamento familiar e controle de natalidade. Cidadãos e governos solidariamente responsáveis , porque todos somos dotados de razão e juízo critico , em saber separar o joio do trigo, o bem do mal . Criar filhos não é o mesmo que criar cachorro. Cachorro se cria com ração. Filho se cria com alto custo, assistência alimentar e médica e educação de boa qualidade , e ponto final .   Fevereiro/2018.   

Ex quase ministra

A LIÇÃO REVERSA DE UMA EX QUASE MINISTRA

João Joaquim 

Eu não tenho e nunca tive vocação para advogado. E mesmo que o fosse não passaria de um reles rábula. Porque nunca foram de meus pendores profissionais, nem de meus  objetivos e modos,  litigar contra quem quer que fosse. Todavia, peço escusas a todos os assim constituídos e saio em prol de alguns fatos e pessoas que andam mal interpretadas e injustiçadas. E acredito que tal sentimento de injustiça possa ter desabrochado no íntimo e coração de outros cidadãos. Não só com esses fatos que conto aqui, como inúmeros outros assemelhados.
A primeira pessoa aqui tratada é do presidente da república, Michel Temer. Longe de querer falar de sua baixa popularidade; conforme pesquisas de opinião pública. Ela anda na margem dos 3%. Considerando a margem de erro, pode ser popularidade zero.  Três pontos  a mais, três a menos, zero. Mas pode ser nove também. Estatística é a Ciência da inexatidão.  Fora os que o consideram ruim ou péssimo, além dos indecisos e os que se negaram a qualquer outra consideração e adjetivo. São os sem noção  e sem opinião .  Agradar a todos é muito difícil .
A questão maior de que falo aqui versa sobre a escolha pelo  chefe da nação, da pessoa da sra Cristiane Brasil, filha do ex preso e ex deputado, Roberto Jefferson (PTB),  para ser ministra do trabalho. Uma vez indicada para o cargo foram conferir o seu curriculum vitae. Aferição esta feita por adversários do presidente da República (MDB), imprensa, associações de classe e OAB. Está consignado em sua folha corrida, aquele apanhado ou registro de culpas em cartórios ou tribunais,  que a  ex quase ministra  já foi condenada pelo tribunal regional do trabalho em duas ações trabalhistas( ali no Estado do Rio de Janeiro). Foram dois motoristas que trabalharam para a deputada  Cristiane, do PTB, sem carteira de trabalho assinada e sem outras obrigações trabalhistas pagas.  Ela foi condenada a pagar aos ex funcionários. Dívida que ela ainda tem algumas parcelas não quitadas. Mas, ela vai pagar, assim o declarou para a justiça e para os reclamantes. Ela deve, não adianta negar porque foi condenada, e pagará quando puder.
Agora imagine bem ! Pura questiúncula e litigância de somemos importância, para não dizer de má fé . Ela deve, não tem negado e pagará, não quando puder. Além  de poder pagar, porque dispõe de bens,  a justiça assim o determinou como sua dívida e seu dever.
Agora em nome do contraditório e ampla defesa das pessoas e dos fatos. Empossar uma pretensa ministra do trabalho que descumpriu leis trabalhistas tem uma razão fiscalizatória e pedagógica.
Ser chefe de um ministério do trabalho dá trabalho, significa ser  regente das relações trabalhistas. Tal múnus público  lhe traria a chamada pedagogia reversa. Porque assim, tendo ela transgredido uma legislação trabalhista, traz-lhe um aprendizado adicional e empírico do que não deve fazer o seu séquito de comandados. Bem  assim , trabalhadores, empregadores e empresas sob sua fiscalização e vigilância. Seria essa contribuição , que a ex quase ministra traria à Nação. Qual o problema ? Eu não vejo.
Portanto, a gritaria e protestos gerais contra a posse da futura ex quase ministra perdem sentido. No mesmo sentido sobrou razão ao presidente Temer na insistência em tê-la tido  como sua auxiliar na pasta do trabalho. Ou eu estaria falando alguma abobrinha ou cometendo alguma tolice?
Outro fato de que falo como causídico se deu em Londrina PR. Nessa cidade, tida e havida como grande produtora de café foi constatado que numa chácara especializada em recuperação de dependentes químicos( maconheiros, cocainômanos , alcoólatras e sucedâneos )  havia uma plantação extensa de mais de 500 pés de maconha. Ora, trata-se como referido na história da ex quase ministra do trabalho da mesma tese. Fiscalização e pedagogia reversa. Não fosse a denúncia do cultivo da cannabis sativa, a polícia não teria ido àquele local numa diligência de monitoração e fiscalização. Assim o fez. E nessa visita, ficou então consignado no inquérito, que os dependentes químicos cultivavam uma grande horta da famosa planta consumida em baseados.  Só isso. Nenhuma outra irregularidade.
O fato de em uma  clínica ou estância para recuperação de dependentes químicos ser encontrado drogas ilícitas está de acordo com o desígnio e objeto das coisas ou da pedagogia reversa. Desígnio das coisas porque não é de chofre que se desmama de qualquer entorpecente. Pedagogia reversa porque como os monitores e profissionais dessa terapia de recuperação irão demonstrar para os internos como abdicar ou abster  do vício?  Tal expediente não se faz com sistemas e exposições teóricas. Torna-se ao que sugere tal empreitada, uma espécie de clínica-escola. Nem só de teorias e ideias se demonstram os danos que o vício faz .
Tal tese e preleção se dão para presídios e colônias penais. Em lá se achando armas de fogo e granadas. Tudo se justifica pela ideologia da vigilância e pedagogia reversa.
Como se depreende desses fatos há um exagero e falação da imprensa e sociedade. Tanto na pretensão do presidente Michel Temer, quanto na sua indicada a quase ministra, deputada Cristiane Brasil. Francamente, quanto falatório maldoso e insosso.  Fevereiro /2018

Religião...

A RELIGIÃO TAMBÉM ALIVIA E CURA NOSSAS DORES
João Joaquim  


A ciência, como aceitação consensual,  se demonstra com matemática, com lógica, com dados concretos, com experimentos, com ensaios, com física, com a química. Enfim com provas universais bem incontestáveis. A medicina é um campo profissional que se vale dos muitos braços científicos. Ela se vale por exemplo da biologia, da química, da física, etc. Todavia, ela não é estanque, nem está vedada à influência de outras áreas do conhecimento e abstração humana, à sociologia, à filosofia e religiosidade. 
Todos esses segmentos da sabedoria, do pensamento e da prática humana, podem e devem fazer parte da estratégia e das diretrizes  terapêuticas e enfrentamento das doenças; tudo a serviço do bem estar, da saúde e da vida humana.
No reforço e defesa dessas premissas basta lembrar que muitas  afecções de origem puramente orgânica terão um componente emocional adicional. Inversamente, muitos transtornos psíquicos na origem (ansiedade, depressão) terão graves repercussões somáticas e físicas ( doença psicossomática). Trata-se do princípio basilar do que seja doença psicossomática. É a emoção ou a alma como porta para muitas das dores e do sofrimento do corpo
, do soma, de nossa fisiologia e economia orgânica.
Uma questão que muitos veem com ceticismo e incredulidade em medicina refere-se ao papel da religião ou religiosidade. O papel da terapia espiritual. Em minha já longa trajetória de médico, já participei de muitos congressos, conferências e simpósios. Nas poucas vezes em que se abordou o papel da fé e da religiosidade do paciente em tratamento tal matéria foi vista com um certo desdém e desprezo .
Tal constatação se mostrou presente não apenas nos ouvintes, mas até mesmo com superficialidade e sem convicção ou entusiasmo dos que conduziram os experimentos ( os pesquisadores condutores do estudo).
Independentemente da crença, religião, fé ou mesmo do  ateísmo da pessoa, o que importa é que somos constituídos de uma dualidade corpo e alma ou corpo e mente. E mente aqui deve ser lida também como a nossa psique, as nossas emoções, nossa capacidade dos mais complexos e variados sentimentos (amor, amizade, afeto, fraternidade, ódio, antipatia, inimizade, egoísmo e vingança). 
Diferente dos irracionais temos racionalidade e memória. Temos a capacidade de ver, ouvir, presenciar fatos e ações e guardar tudo em nossa consciência e na memória. Esse tão nobre atributo dos homens por um lado,  muito ruim por outro porque  pode voltar contra o próprio portador, trazendo-lhe recalques, sentimento de culpa, de  raiva, medo , dor e sofrimento de toda ordem.  
Como referido na introdução Ciência se fundamenta em dados lógicos, concretos e matemáticos. Religião se baseia em intuição e fé . O que há  de consensual é que o organismo humano tem de fato um componente físico (mensurável, palpável) e uma esfera imaterial, intangível, composta do psiquismo, de uma consciência, emoções, a que se pode também nominar de alma. Essa aceitação independe de religião, de fé , de filosofia contrária a essas concepções. Há filósofos ateus e aqueles em profunda conexão com o sagrado, com Deus.
O certo é que o homem (gênero) é o seu corpo (soma) aliado a todos os seus sentimentos, crenças, fé e suas concepções de mundo, de Deus e de todas as coisas que o cercam. Partindo então desses postulados, como imaginar então a pessoa desconectada de todos esses componentes? Quase impossível .
Imaginando as partes interligadas tem-se então que se uma pessoa  adoece, todo o resto será acometido na proporção de sua susceptibilidade e  de sua resistência. Diante das doenças, todos, rigorosamente todos, nos tornamos criaturas frágeis, vulneráveis ; e nessa hora precisamos do cuidado de outrem, das energias emanadas em nosso favor, venham de onde vier.
E a fé inclusive, pode ser essa última energia a nos revigorar e superar o inimigo psíquico ou orgânico( a depressão e a dor física , por exemplo), a doença que teima em romper esse tênue fio que nos segura, a vida.
Para o bem daqueles comtemplados com tais experiências e iniciativas vêm surgindo grupos de estudos e especialidades médicas dedicadas ao emprego de práticas e atitudes religiosas na cura das pessoas. São condutas estimuladas sem nenhuma discriminação de religião. O que importa aqui é religiosidade.
A fé ou firme convicção de que há um ser maior, um criador acima de toda inteligência e engenho humano. O papel da religião aqui, pode ser praticado inclusive por pessoas leigas, por um pastor, um evangelista que atuará com suas orações, suas intercessões. Esse expediente e prática serão adicionais e  aliados  a toda terapia convencional médica ou psicológica seguida pelo paciente.
Abstraindo-se da questão e vocações de fé e religiosidade. De há muito que se conhecem os nexos causais entre transtornos psicológicos e danos físicos. Conceito de doença psicossomática. Muitas são as doenças que na origem tem um transtorno emocional. Como exemplos, a obesidade, a síndrome metabólica, as gastrites, a síndrome do intestino irritável, a asma, as doenças de pele, a enxaqueca, a fibromialgia, a psoríase, os reumatismos.
Pra ficar em exemplos bem concretos: o indivíduo mal resolvido espiritual ou emocionalmente terá descargas intermitentes de adrenalina, insulina e corticosteroides (suprarrenal). Com tudo alterado o paciente  terá resultados negativos : ganho de peso, insônia, mais depressão, diabetes, mais colesterol, mais pressão alta; assim , mais riscos de morte cardiovascular.
Enfim, e num conceito mais estendido, saúde é um completo  bem-estar físico, social, econômico, ambiental, afetivo, psíquico e religioso. Numa frase para os médicos, para os  terapeutas e pacientes “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”  (Fernando Pessoa)      março/2018

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Felicidade..

A FELICIDADE IMPOSSÍVEL   SEM  TRABALHO E SEM ESFORÇO


João Joaquim 


Desde sempre, na mente humana,  houve projetos, desejos e sonhos que se tornaram a ordem do dia. Os termos podem variar, mas no final com o mesmo significado. Se fossem designados em uma palavra, esta palavra seria a felicidade. Tanto que ela passou a ser uma expressão do bem extremo que queremos a quem tanto amamos e temos em nossa mais alta estima.
E tem plena razão todos que buscam esse estado físico e de alma. A felicidade é um fim em si mesma, é o objetivo último e máximo do gênero humano em sua existência. Ninguém em sã e lúcida consciência, em  higidez mental e psíquica vai querer um mínimo de sofrimento ou dor que seja. Se assim o faz é porque padece de algum distúrbio de saúde mental, dano  patológico,  e portanto ,  precisa de algum ajuste terapêutico no campo psíquico , psicanalítico ou até medicamentoso.
Ser feliz . Este tem sido o desiderato de todos em sua humana lida. Mas seria tal estado orgânico e de alma possível? Para aqueles adeptos do determinismo, do existencialismo, tal projeto e desejo seriam inatingíveis. Todos estão predestinados a algum sofrimento, diriam os deterministas e existencialistas. Mas, eu rebato essa tese, e temos que , sim, buscar os caminhos da felicidade.
A vida se faz, se principia, se brota, se vem à luz do mundo entremeada já com um pouco de dor, choro e início de sofrimento. Disso ninguém discorda. Tomemos a vida humana a partir da fase fetal. Esse feto, ainda que em plena higidez física, nos primórdios de sua interação com a mãe e com o meio externo receberá e sentirá os estímulos nocivos e estressores, tanto exteriores quanto aqueles sofridos pela mãe.
O ventre, o útero e placenta não são garantias nem imunidade contra injúrias externas, tanto de agentes físicos quanto  imunes e biológicos . O feto pode adoecer! Tanto que anda em voga a chamada Medicina Fetal. Especialidade que monitora ,  diagnostica e trata as anomalias do feto.  Hoje, se faz até cirurgia fetal.
Com a maturidade plena do feto, vem o período expulsivo ou do trabalho de parto. Pode-se considerar o maior trauma da vida humana. Para tanto a natureza com seus indecifráveis mistérios criou um estado fisiológico chamado amnésia. Ninguém vai se lembrar desse primeiro grande trauma, desse “doloroso transe”  que é o nascimento.

Para tanto sofrimento bastaria imaginar o trabalho de parto de um adulto. Fosse possível, em grandes dimensões, regredir um adulto ao ambiente uterino e ele lutar 10 horas para voltar à luz. Quanto suplício e sequelas psíquicas. Que fique só na imaginação, de preferência com amnésia absoluta desse “sofrimento angustioso”.
Vieram os avanços tecnocientíficos, no mesmo passo as ciências médicas. Dentre essas o aprimoramento da analgesia e da anestesia. Hoje campeiam os partos cesarianos, porque se fazem com uso de analgesia e anestesia. Pena que abrevia-se o trabalho de parto sem dor para a mãe. Mas,  para o nascituro( futuro recém-nascido) o mesmo trauma. O mesmo sofrimento, a perda da proteção da barriga da mamãe  e do  aconchego uterino. Parece um descaso e injustiça da natureza  com o feto. Mas, é a lei, são os mistérios da vida.
Há diversos estudos na área de obstetrícia e neonatologia provando que o parto natural e espontâneo é muito muito saudável para a criança e mesmo para a mãe. Evitam-se com isto um trauma cirúrgico, o uso de vários fármacos na anestesia que têm os efeitos colaterais para a  mãe e feto.
As evidências são de que o esforço e esse sofrimento impostos ao feto para nascer têm efeitos saudáveis nessa transição da vida uterina para o mundo externo. É a passagem da circulação fetal e dependência placentária para a respiração pulmonar e circulação no modo adulto. Todo esse trânsito dolorido e árduo do chamado trabalho de parto é nada mais do que o primeiro ensinamento da natureza de que a vida humana tem como finalidade última e máxima a felicidade. Mas, a vida e a felicidade não têm isenção absoluta de alguma forma e grau de sofrimento, de esforço, de trauma  e de trabalho.
Trazendo esse objetivo e perene busca da felicidade a que todos se dedicam para o contexto de nossos dias, para as novas gerações, para a civilização moderna, munida de internet, redes sociais e tecnologias de informação, do mundo digitalizado.
O século XXI tem se caracterizado por intenso debate e avanços sociais no que se refere às liberdades individuais, garantias as mais amplas de direitos humanos e novas diretrizes na educação. Entre essas novas normas de liberdade e educação têm-se como exemplos a proibição de reprovação escolar e a lei da palmada.
Em outros termos, o aluno mesmo com nota abaixo de 5(50%) tem que pular de série. Não interessa se ele aprendeu o suficiente na série anterior ou não. É proibido reprovar. Lei da palmada: os filhos além de ser criados sem limites ou castigos não podem receber o menor constrangimento físico, a exemplo de uma palmada ou chinelada.
Tomo de empréstimo as palavras da Psicóloga Virgínia Suassuna: “ os chamados psicotapas” , tão úteis das avós das gerações digitais. Até esses estão proibidos pelos novos legisladores, pelas novas diretrizes dos modernos educadores. São novos tempos.
Os pais e famílias dessas novas gerações têm embarcado nessa nova pedagogia e nessas novas diretrizes educacionais. Tudo pode , “ é proibido proibir”  !
Os adolescentes e jovens dessa nossa intitulada sociedade moderna e digital estão sendo criados, formados e protegidos de qualquer esforço, de qualquer sacrifício ou trabalho. Nenhum filho pode cooperar ou se empenhar no seu próprio sustento. O roteiro dos chamados pais modernos tem sido este para os filhos: é proibido sofrer, se esforçar ou trabalhar. Zero dor, zero sofrimento, inclusive o esforço psíquico, a  frustração, o insucesso na busca do prazer, da satisfação dos órgãos sensitivos. 
Para isso, foram sintetizados os ansiolíticos, os antidepressivos, os psicotrópicos de toda ordem. Até os medicamentos que ajudam no rendimento intelectual, no raciocínio , no pensamento lógico. O ato de pensar, calcular, criar se tornou algo torturante. De preferência que todo conhecimento, todo saber  já venham prontos e pensados por outros.
Talvez o resultado dessa nova ordem de vida sejam mais depressão, mais ansiedade, mais suicídios, incapacidade de lidar com as críticas (bullying), mais dependência de psicotrópicos, de psicoterapias e até drogas ilícitas.
Infelicidade na sua forma mais pura.  É a vida sem esforço e sem os sofrimentos, os mínimos que sejam!  -        Janeiro /201

Inteli


O BRASIL ESTÁ PERDENDO OS SEUS TALENTOS E CIENTISTAS



É preocupante ! É muito preocupante a crise que se abate  em uma linha de produção e fabricação em nosso País. Não se trata aqui de  uma produção  industrial convencional . Trago à tona a grave questão da geração de ciência, de talentos, de cientistas e de conhecimento que vem se declinando a olhos vistos.

Uma mostra contundente de tão grave crise se vê na redução do orçamento para tudo quanto é órgão destinado a essa tão significativa produção , e mais , dos investimentos minguados nas universidades públicas ,no desprestígio à  produção de pesquisas e trabalhos científicos. Outro setor que atesta tão preocupante e triste realidade é o próprio Ministério de Ciência e Tecnologia com o seu igualmente reduzido investimento aprovado pelo governo.


Ou em outras palavras, para ser mais incisivo, não bastasse as outras crises, temos agora mais essa, a crise em duas palavras, da Ciência e da Tecnologia. Na verdade as outras crises são tão drásticas e dantescas que engoliram a que está aqui em discussão. Só para registrar para a história do Brasil, tais crises maiores, de momento, e do mundo todo sabidas são a política, a ética, a administrativa, a jurídica e de segurança pública etc. É muita ingerência e desgoverno para um momento só, para um país de dimensões continentais como o nosso. Há uma relação linear com o tamanho do país, mas não precisava tanto.
Por que a nossa crise de ciência e tecnologia nos traz preocupação e incertezas? Basta que se faça esta valorização: a produção de ciência e tecnologia é o maior investimento que um país, uma pessoa, ou uma sociedade podem fazer. É um patrimônio imaterial que logo resultará na maior fábrica de bens e serviços de uma nação para o seu povo, para as pessoas. Estamos perdendo pari passu esse PIB, esse produto interno bruto , em Ciências, talentos e conhecimento.

São visíveis e constatáveis os dados de descaso dos últimos governos (Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer) com o ensino, com a educação em todos os ciclos, com as universidades, com o patrocínio e verbas públicas para os programas de trabalhos científicos. A negligência e desprezo das políticas do ministério de ciência e tecnologia chegaram a um ponto de crise que muitos trabalhos e pesquisas estão sendo interrompidos por falta de quase tudo:  de  material, de instrumentos, de pagamentos a funcionários, de bolsistas e dos pesquisadores.

Outros sinais e provas dessa lenta tragédia têm sido vistos nas universidades públicas. A maioria encontra-se sucateada, com estrutura física e laboratórios de ensino ultrapassados e sem manutenção. E aqui entra uma outra grave questão que é a má gestão dessas instituições, entidades essas com todas as suas dependências, com todos os instrumentos de ensino e treinamento destinados aos professores, alunos e estagiários. E nesse estado de coisas (ou crises) tem-se um item muito sensível e delicado que é a indigna e injusta remuneração aos docentes. Cada vez mais os professores e pesquisadores se veem desestimulados em suas funções por essas duas razões fundamentais: condições precárias de trabalho e baixa percepção salarial. Só de entusiasmo, vocação e idealismo não se vivem os pesquisadores. Todos têm famílias e dívidas a quitar.

Por último como demonstrativos mais ostensivos da crise de produção científica e de cientistas em nosso país têm sido as levas de estudantes, de estagiários e pesquisadores em busca de oportunidades em outros países. Um bom exemplo nesse sentido tem sido Portugal. Esse país tem facilitado cada vez mais a chegada de imigrantes do Brasil que buscam trabalho, empreendedorismo, universidades e formação tecnocientífica. Uma boa notícia nesse sentido é que aquele país vem aceitando alunos com boa nota de nosso exame nacional de ensino médio-ENEM, para ingresso nas universidades portuguesas. Trata-se de um ótimo aceno para os jovens que , frente a tudo de ruim e pior que se vive aqui buscam a sorte em países do velho continente.

O triste e melancólico com o estado de crises porque passa o Brasil é que o país aos poucos vai perdendo esse singular e intransferível patrimônio, que é a inteligência brasileira. E ela existe em grande escala, em todos os rincões de nosso território. Corremos o risco de um dia termos que importar nossos talentos de volta, para nos assistir em muitos ramos das Ciências e Tecnologia. Que triste, não ?  Janeiro/ 2018.

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...