sexta-feira, 30 de março de 2018

Lixo e Civilidade

O DESTINO DE NOSSO LIXO E NOSSO GRAU DE INCIVILIDADE
 João Joaquim  
Se há um exemplo de sandice ou falta de civilidade que possa exibir o homem civilizado, eu citaria o descaso ou abandono com o lixo que ele produz. Que fique bem repisado este resto da frase: não o lixo produzido em si, mas o abandono ou destino que se dá aos resíduos, descartes, objetos inúteis, papéis, plásticos, embalagens, alimentos não aproveitados e sobras de tudo quanto  se faz uso.
As palavras cidade (do latim civitate), cidadão (o habitante da cidade e no gozo de direitos e deveres para com o Estado e outros cidadãos) e civilidade (latim civilitate) são cognatas. Elas têm a mesma origem e são inter-relacionadas. Politica , também tem tudo a ver, vem de polis, cidade. A arte de administrar uma cidade ou Estado.
Civilidade deve ser entendida como uma cartilha ou manual de atitudes observadas por todos nas relações mútuas, em sinal de respeito e consideração ao outro. Outros verbetes equivalentes seriam urbanidade, gentileza, cooperação, solidariedade, delicadeza e fraternidade.
Existem também um tempo e um espaço nos quais podemos expressar nosso grau e nossa evolução civilizatória. Assim têm-se uma data comemorativa e os espaços festivos e de celebrações. Basta lembrar que as pessoas são useiras e vezeiras de dois espaços em suas vidas, banheiro (sanitário) e mesa de refeições. Estes são dois espaços mais comezinhos na rotina de qualquer pessoa. Não importa onde situados estes espaços, diariamente usufruídos pelos cidadãos. Aqui, cada qual, inescapavelmente, deixará o seu grau de civilidade (ou de incivilidade). Para tanto, basta uma comparação do antes e depois do uso desse espaço , desses móveis, desses bens públicos ou privados.
De como o indivíduo recebeu e deixou esse espaço? Pode-se qualquer um perguntar. O grau de limpeza e organização, o acondicionamento dos utensílios, o destino do lixo, dos dejetos etc. Aqui, sim, ficarão os sinais, os indicadores, as marcas do grau educacional, de civilidade e respeito de qualquer pessoa.
Imagine-se agora em uma casa de eventos festivos, de festas de aniversário, casamento e outras datas solenes. Todo aquele cenário está ricamente preparado e organizado em limpeza, decoração, disciplinado e vistosamente mobiliado. Finda a festa tem-se um cenário de completa desorganização, com mesas tomadas de restos de alimentos, forros sujos e desalinhados, guardanapos sujos e deixados no chão, banheiros fétidos, lixos fora dos recipientes próprios, excrementos fora do vaso sanitário, entre outros desleixos. Todo esse cenário, passada a satisfação dos instintos do estômago, passadas as libações de toda ordem e os gozos gastronômicos, no mínimo, esse desfigurado cenário revela  o que? Uma regressão aos instintos animalescos, a um comportamento irracional, ou quando menos, de absoluta incivilidade e desrespeito ao outro cidadão, seja esse outro o funcionário ou empregado (garçom, funcionário de limpeza) ou mesmo outra pessoa, a próxima a usar aquele espaço. Toda forma de civilidade, de relação solidária e respeitosa com os ambientes públicos e privados e com as pessoas devem ser uma constante na educação às crianças.
Ética, cidadania e civilidade são práticas aprendidas, ensinadas pelas famílias e escolas (nas pessoas de monitores e educadores). Virtude e honestidade, assim como civilidade e solidariedade são expedientes que devem integrar os ensinamentos das grades curriculares do ensino fundamental. Aristóteles deixou essa tese, de que a Ética e virtude devem ser ensinadas e praticadas com as crianças. Não são qualidades inatas, mas adquiridas.
Tem sido muito falada e repetida a palavra sustentabilidade, o mundo sustentável, o clima, o efeito estufa, a emissão de CO2, a poluição, o equilíbrio ecológico, o destino dos lixos, o respeito ao meio ambiente. São esses os tantos termos do tão propalado mundo sustentável. Fala-se tanto, tantos encontros, painéis, protocolos, reunião do G10, do G20, das nações mais ricas e poluidoras.
Muito se fala, pouco se faz. Assim têm sido os estadistas dos países mais poderosos, assim têm sido as advertências dos cientistas do clima, dos ecologistas. Assim têm sido os cidadãos, ditos civilizados que cientes dos repetidos atos de desrespeito e lesão à natureza continuam nas mesmas atitudes e expedientes de falta de civilidade e sujeira   em datas solenes  e espaços comemorativos.
Tome-se como modelo uma festa de réveillon. Que seja, numa via pública, num clube. Imaginem-se as orgias regadas de bebidas e comidas na passagem de ano novo em Copacabana RJ. Ao amanhecer, têm-se um cenário destruidor  de furação. Nessa data e ambiente, intitulados de alegria e celebração, tem-se uma prova, um certificado autêntico do grau e da evolução civilizatória do animal humano. São toneladas de lixos, dejetos e excrementos que exigirão centenas de trabalhadores braçais, os garis, um trabalho hercúleo  para o correto destino produzido pelos convivas e comensais daquela noite. Isto sim, é uma mostra repetida e vivida pela sociedade de nosso estágio de não educação, de incivilidade  e  não fraternidade. Enquanto os convivas, satisfeitos dos festejos orgíacos e dionisíacos , regados a vinho, champanhe e manjares vão embora, de ressaca;  os pobres e malvestidos trabalhadores braçais, num trabalho escravista e mal remunerado irão limpar os lixos, restos alimentares, papeis, garrafas pets e dejetos( cocô, xixi) deixados pelos festeiros da noite. Quanta incivilidade, não ?  março/2018.     

Impostos

IMPOSTO PELO USO DO VENTO E DO SOL, ACREDITEM!
João Joaquim  
Aqui no Brasil existe um obrigação que qualquer cidadão, inclusive o analfabeto, tem uma verdadeira antipatia por ela. Se alguém adivinhou, parabéns! É esta mesmo, imposto. O nome por si só já gera uma certa ojeriza e repulsa porque se revela opressivo, absolutista e tirânico. Mais que isto, é injusto e desonesto. Porquanto deveria retornar aos pagantes e contribuintes sob a forma de serviços. E nada disto chega de forma digna às pessoas pagadoras.
Por uma simples questão diferencial, imposto não é sinônimo de taxa. O imposto se mostra tão injusto que o governo cobra sem a contrapartida na prestação do serviço. São os casos por exemplo de uma profissão autônoma. Mesmo o indivíduo não trabalhando, ele tem que pagar ao conselho da categoria, para ter o direito daquele registro. De um imóvel seria outro tipo. O proprietário utilize ou não aquele bem ele se vê obrigado (imposição legal) de pagar imposto daquela propriedade. Taxa, se refere a um percentual de um serviço prestado, sempre.
O Brasil, notoriamente é um país campeoníssimo em tributação ao cidadão. Beira aos 38% do que o cidadão ganha, compra e consome. Agora pergunte o quanto e com que qualidade o brasileiro recebe de volta? Praticamente nada. Se comparado a outros países como Suécia, Suíça e Escócia, seriam justos tantos impostos para tantas necessidades do contribuinte. Porque nessas nações europeias, se paga também muitos impostos mas há também um justo retorno como educação de qualidade, saúde digna, segurança eficaz, serviços públicos outros eficientes e rápidos, obras de infraestrutura garantidas e justiça na sua acepção a mais próxima do ideal.
 Fazendo então esse paralelo, basta se perguntar: quantas vezes eu fui bem atendido pelo SUS? Em situação de emergência o paciente morre por absoluta falta de atendimento;  por omissão do estado; como aliás é comum ocorrer em muitos cenários da vida brasileira.
Dois outros setores mostram bem o quanto os brasileiros são desassistidos. Segurança pública e rodovias. Juntando essas duas omissões do pais, são 120.000 mortos por ano. Ao sair de casa o indivíduo tem dois grandes riscos: ser assaltado e executado ou morrer nos crimes de trânsito, por motoristas infratores, e também estradas mal conservadas.
E aqui não precisa nem trafegar pelas rodovias. A violência provocada por infratores no trânsito começa nas vias urbanas mesmo. As avenidas se tornaram pistas de motovelocidade e rachas de automóveis. Vez e outra os pedestres e motoristas prudentes saem todos rachados, mutilados e mortos dessas criminosas porfias e disputas. São cenários de sandices e insanidades. 
Agora para pasmo e estupefação da sociedade e dos cidadãos eu trago à baila um tema que parece desconexo. Mas, não é, e eu provo. Tem se falado nos últimos tempos em sustentabilidade, em ecologia, em degradação do meio ambiente, em poluição, emissão de CO2 e efeito estufa. Dentre as questões de sustentabilidade há que se falar na modalidade energia limpa. Como fontes de energia que degrada o meio ambiente têm-se a hidroeletricidade e uso de combustível fóssil.
Duas significativas fontes de energia limpa são a eólica e a fotovoltaica. Com o emprego do vento (moinhos ou usinas eólicas) e o próprio sol ,com emprego de placas solares. Agora pasmem os brasileiros, os políticos, nossos digníssimos legisladores estão com planos e projetos (de lei) de tributar , não . Não ,  porque imposto para eles é uma obviedade. Existe umas cabeças pensantes no congresso com a estapafúrdia ideia de propor cobrança de royalties pelo uso de energia eólica e fotovoltaica.
Acreditem! Macacos me mordam. Mas, correm na câmara dos deputados ideias desse naipe. Um desses tem nome até filosófico e curioso. Heráclito Fortes (PI). Eu não posso afirmar que o deputado Heráclito se inspirou na xará de Éfeso. Mas, que o parlamentar se mostra forte nessa ideia basta ouvir sua retórica com o projeto de lei para cobrar royalties pelo uso de energia dos ventos e da luz solar. Acreditem, está lá no congresso para ser levado à votação no plenário daquela casa legislativa. Eu reitero, eu não estou com piadinha de mau gosto. Março/ 2018.

Casamento

O CASAMENTO NOS TEMPOS DA MODERNIDADE LÍQUIDA
João Joaquim 
 Cada vez através dos meios de comunicação e acesso à informação (internet, redes sociais) se vê muitas mudanças na legislação atinente ao direito de família. São as questões ligadas às relações parentais, dos deveres dos pais, dos direitos dos filhos e das ligações  conjugais. Uniões estas que, hoje, ganharam novos formatos, novos arranjos. A forma conjugal mais tradicional se refere ao casamento ou união entre um homem e uma mulher. Mas, hoje têm também os arranjos homoafetivos. São fatos e acontecimentos da chamada hipermodernidade. Ou modernidade liquida conforme Zigmunt Bauman, onde tudo acontece e se desfaz rapidamente.
Discorrer sobre gênero, sobre homossexualidade e sobre o movimento LGBTI não é de competência desse artigo. Aliás, devido ao patrulhamento do politicamente correto ou incorreto tem-se tornado até perigoso pelo enxame de xingamentos e críticas ferinas daqueles que opinam sobre tais melindrosos temas. Sejam tais pareceres contra ou a favor dessa ou aquela minoria ou opção sexual, estilo de vida entre outras escolhas .
Esse artigo se propõe a dissertar sobre a relação conjugal tradicional, homem mais mulher, uma vez que ela se dá desde que o homem se organizou em sociedade como Estado. Notável é também de se registrar o quanto as leis, o código civil tiveram que sofrer reformas e adaptações com a evolução e aprimoramento dos direitos sociais, individuais e humanos. E como se propagam os chamados grupos (OAB por exemplo) dos direitos humanos!  Bom e útil seria também criar os grupos de Deveres Humanos. Questão de equilíbrio direitos/deveres.
E esse ativismo numa sociedade democrática é muito positivo e construtivo, em termos de liberdade, igualdade e fraternidade (“liberté, egalité, fraternité,” lema da revolução francesa).
Uma questão que tem me despertado o interesse o observação no casamento tem sido a frequência das separações. E nesse contexto a legislação sofreu uma flexibilização na obtenção do divórcio. Por exemplo, se o casal decide separar e não tem filhos, ou os filhos são maiores de idade, o processo se tornou simples, não se exige mais advogado. Basta os cônjuges ir ao cartório e oficiar o pedido, sem a participação do profissional do direito. O próprio cartório formaliza o processo e o juiz da vara de família assina e pronto. Isto, é evidente, em se tratando de uma separação consensual e amigável. Se litigioso, continua como antes. Advogado, audiência na justiça e outros aborrecimentos.
Uma outra questão seriíssima e encontradiça na hora da separação têm sido as desavenças na partilha dos bens do casal. Muitos litígios e contendas surgem e não raro resultam até em assassinatos, feminicídios. Muitos desses crimes executados por encomenda. Os motivos em geral envolvem seguros de vida a ser resgatados, rixas na divisão de bens e outros conflitos envolvendo patrimônio obtido na vigência do casamento.
No Brasil, quando se compara o casamento antes e depois da constituição de 1988, ou antes e depois do novo código civil, percebem-se muitas mudanças. Independentemente de legislação, pode-se fazer um paralelo no concernente ao padrão cultural de antes, e com os avanços dos direitos humanos e conquistas tecnológicas e científicas de era da internet. Então antes e pós internet.  
No tocante ao papel da mulher no casamento. A jovem, na maioria das vezes, nos idos tempos pré-constituição de 88, se casava para literalmente ser “doméstica” ou do lar.
Em outros termos, ela contraia casamento para procriar, cuidar dos filhos, da casa e servir ao marido em todas as suas exigências, em três palavras, na cama, mesa e banho. E era um trabalho árduo com ou sem uma emprega doméstica, porque muitas vez tinha-se um marido mandão e exigente. Além, de muitas vezes, ciumento e possessivo, tendo a mulher como um mero objeto animado para cuidado das prendas da casa, na educação dos filhos e um papel como amante.
Com o progresso que se tem hoje em todas as áreas, com a conquista da liberdade em todos os ramos de atividade e igualdade em termos de direitos humanos constata-se um novo comportamento da mulher no casamento. Basta registrar o quanto a mulher busca sua realização profissional e socioeconômica. Em todos os ramos profissionais a mulher tem assumido o seu protagonismo. E no casamento, ela tem se comportado de igual forma. De um papel antes de muita dependência do marido ela passou a gerir seu próprio orçamento, pela sua atuação no mercado de trabalho. Prova disto é que na maioria das uniões conjugais o regime adotado é a comunhão parcial de bens ou até de cada um administrar os próprios rendimentos o que se mostra justo e mais simples numa eventual separação.
Ops, agora cá entreouvidos, verdade que têm muitas mulheres que gostam de dar o golpe do baú, ainda se têm até hoje, nos tempos modernos, da internet, redes sociais e mídias sociais. Disto ninguém duvida.

Eu x Ciências..

NOSSA GRATIDÃO AOS CIENTISTAS E ÀS CIÊNCIAS
João Joaquim  

Eu sou muito grato aos grandes homens da história e  das ciências, a todos os cientistas que tornaram a vida, a sociedade e este mundo melhores. Muitos são os benefícios, muito melhores se tornaram as condições de saúde e da vida, graças ao heroísmo, à dedicação, à pertinácia, à ousadia e inteligência de homens da ciência e da tecnologia, do passado e do presente.
Assim ocorre, assim aflora minha gratidão quando vêm-me à memória os feitos daqueles sábios da antiga Grécia, como o foram Pitágoras, Euclides, Aristóteles, Sócrates, Platão ; entre tantos outros, nos  séculos e séculos antes de cristo. Dando um grande salto na história, como esquecer as contribuições de um Galileu Galilei, de um Copérnico.
Só para refrescar nossa memória , Nicolau Copérnico e Galileu foram os precursores do heliocentrismo. Demonstração científica do sol como centro do universo, e não a terra como defendia o achismo da igreja católica da época. Pode-se afirmar que este era um dos dogmas da igreja. Uma verdade( para a igreja) que não aceitava contestação e dúvida. Ou se aceitava como verdade definitiva ou era julgado pelo santo ofício (inquisição), com risco de pena de morte por incineração. Havia uma dupla finalidade: execução e cremação. Ao que sugere o processo, os pecados eram queimados no mesmo forno. Tomás de Torquemada foi um grande inquisidor da época .
O próprio Galileu foi processado e condenado, caso persistisse com sua teoria do sol como centro do universo. Não em  2ª  ou 4ª  instância, como se dá aqui no Brasil.  Era  justiça de grau único, soberana e definitiva. Galileu escapou do braseiro porque ele abjurou de sua tese em público. Ele negou sua descoberta para os homens da lei, no caso, das leis canônicas ou dogmáticas da igreja  católica. Foi liberto, mas sob liberdade vigiada. Foi proibido de pregar suas ideias na época.
Giordano Bruno, foi outro teólogo e pensador que não teve a mesma sorte. Era dele ,na época, a teoria do infinito. Deus e o cosmo são infinitos. Para ele cada ser neste universo de natureza biológica ou não, tinha uma energia interior a que chamava alma ou espírito. Ele contrariava alguns cânones e dogmas da igreja. Não renunciou às suas ideias e foi condenado pela santa inquisição e queimado vivo. Um horror!
Ele foi de um caráter e espírito socráticos. Morreu fiel ás suas ideias e teses.
Dando mais um salto na história, o exemplo de Isaac Newton (1643-1727) com o estudo das  leis da gravidade e da matemática. Um outro  cientista e filosofo por que tenho uma admiração é o Immanuel Kant (1724-1804). Ele é autor das obras críticas da razão pura e críticas da razão prática. Um dado significativo na vida e trabalho desses cientistas, a partir do século XVIII, foi a desvinculação com as crenças, “verdades” e imposições da igreja. Ao menos no campo das ciências, a maioria dos estados eram laicos, sem interferência de diretrizes de cunho religioso, bem reiterado, pelo menos na seara das ciências, porque no campo político muitas nações ainda sofriam as ingerências da igreja. Fazendo um trampolim para o século XIX, três foram as grandes invenções que mudaram para sempre a vida das pessoas e da sociedade. São a eletricidade, a telefonia e o automóvel. Não verdade a eletricidade foi uma descoberta, o telefone e o automóvel duas invenções. Há que se diferenciar uma invenção, a roda por exemplo, de um achado ou descoberta, a gravidade por exemplo.
Algumas palavras sobre esses grandes cientistas. Graham Bell foi o britânico da  invenção do telefone, em 1876. Além de inventor foi empresário do ramo, ele fundou a cia Bell. O automóvel, embora tenha havido quem registrasse patente anteriormente, quem de fato criou e se tornou empresário e fabricante foi o americano Henri Ford. A popularização do carro e a sua  comercialização se dão  mesmo em 1900, ou seja, já nos albores do século XX. Já a eletricidade, como a conhecemos, e dela utilizamos nos dias de hoje, se torna acessível para uso doméstico e industrial por volta de 1880.
Três foram os cientistas nessa contribuição: Nicola Tesla, Thomas Alva Edison e Westhinhouse. Para ser justo esses três personagens, Tesla, Edison e Westinghouse foram a um só tempo cientistas e empresários do ramo (1880-1891).
Sem descer a pormenores, a curiosidade que se estabeleceu nessa época foi a denominada guerra das correntes. Nada mais do que a preferência de um e outro inventor pela corrente contínua ou alternada. E por que dessa chamada guerra? A corrente alternada (CA) era considerada muito mais perigosa do que a corrente continua (CC). Mas logo em seguida, tudo se pacificou e quem lucrou foi toda a humanidade. Até  hoje e sempre, como imaginar o mundo sem eletricidade?
No século XX temos dois gigantes das ciências que eu destacaria, Albert Einstein, autor da lei da relatividade. Stephen Hawking( 1942-2018) autor da teoria das cordas e estudioso dos buracos negros.
Enfim e como conclusão, eu me declaro grato a todos esses gênios cientistas, que tanto bem e qualidade de vida deixaram para a humanidade. Tenho certeza que todos, numa breve reflexão , ao lembrar, também têm no íntimo sua eterna gratidão por esses benfeitores, que merecem o nosso galardão e um acento eterno no panteão dos heróis da humanidade.    Março/2018

M.U.L.H.E.R

O QUE SERIA DO HOMEM SEM A MULHER

João Joaquim  

No dia internacional da mulher muitas têm sido as homenagens a ela. Merecidamente, porque imagina não fosse essa criatura tão grácil, tão meiga, tão cuidadora e maternal! O que seria dos homens?
Ao sexo robusto e forte portanto que é a mulher nossos protestos, nosso preito de estima e alta consideração. Não sei de onde veio essa locução de sexo frágil. Ressurge pedante e deselegante tal nominação. Para  rebate de tal acinte basta imaginar o homem grávido. Seria um ótimo divisor de águas em saber onde possa ter mais fragilidade, se o corpo de uma mulher ou do homem. Em graciosidade, em charme e beleza, obviamente que a mulher dá de dez no homem.
Aliás, já houve até algumas tentativas pontuais de algum homem conduzir uma gravidez. Mas, no final restaram fracassos e lamentações. Melhor então encerrar inútil discussão.
Quando criança, contaram-me que o galo, uma vez na terceira idade (velho) é capaz de por ovos, como as galinhas. Até hoje na prática nunca pode averiguar. A mitologia grega também nos fala que de Júpiter , de sua coxa mais precisamente, nasceu baco. São relatos míticos. Minerva nasceu da cabeça de júpiter.
Fortes, frágeis ou sensíveis, o que importa é que os dois sexos são complementares, interdependentes e tanto melhor quando vivem numa simbiose de dois em um, um em dois e nessa mútua troca se fortalecem eternamente.
Nestes albores do século XXI, ainda vivemos muita discriminação contra as mulheres. Muito já se foi conquistado em matéria de direitos humanos e capacidade profissional, mas ainda falta muita coisa.
Basta fazer uma retrospectiva da atuação da mulher na política e em cargos executivos e de administração de empresas e órgãos públicos. De exemplos pontuais até fim do século XX, a mulher vai aos poucos assumindo funções de relevo, seja no âmbito privado e em funções públicas e políticas.
Buscando informações da história tem-se que a ONU oficializou o dia da mulher em 1975 em atendimento a uma reivindicação da igualdade de gênero. Em países da Europa e nos Estados Unidos, desde início do século 20, muitas eram as reivindicações e protestos contra as más condições de trabalho e exploração do trabalho feminino.
Em 25 de março de 1911 houve um incêndio na companhia de Blusas Triangle, com morte de 125 mulheres e 21 homens (a maioria das pessoas  judias).
O dia nacional das mulheres nos Estados Unidos, pode-se considerar que ocorreu em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York. Foram 15 mil feministas na passeata. A reclamação geral era por redução da jornada de trabalho de 16 horas por  dia, sendo até estendida em domingos e feriados.
Em agosto de 1910 a alemã Clara Zetkin participou da 2ª  conferência internacional das mulheres socialistas. A proposta de Zetkin, era estabelecer uma jornada anual de manifestações. Outra ativista que defende a igualdade de direitos e melhores condições de trabalho é  a socióloga brasileira  Eva Alterman  Blay. Ela foi senadora da República.
Enfim , o dia 8 de março se consolidou como essa merecida homenagem e lembrança do papel e isonomia da mulher em todos os cenários da vida social, cultural, profissional e política.
Tanto que hoje, em vários países se comemora o dia da mulher  e se fazem  justas referências a essa figura, a essa personagem tão marcante na vida das pessoas, na sociedade e no mundo. Imagine o mundo sem a mulher.
Nesse sentido a própria Rússia, a China e os EEUU são as nações que mais reconhecem o significado, a atuação e a participação da mulher na evolução e construção de uma sociedade e um mundo melhores, mais fraternos e mais justos.
O que se tem de muito positivo hoje é que grandes conquistas foram alcançadas. Basta registrar por exemplo no campo dos direitos humanos, nos direitos sociais e políticos, na liberdade de participação na vida política e administrativa. Quantas não são as mulheres hoje, que dirigem grandes corporações, empresas e atuam como estadistas.
Um exemplo bem representativo tem sido a ocupação de funções políticas como parlamentar ou no poder executivo. Para tanta basta fazer uma comparação do número de mulheres no congresso (deputadas e senadoras) na década de 1980 e nesse início de século XXI.
Em que pesem todos esses avanços, deixemos aqui alguns conselhos e preceitos às mulheres. Ei-los.  
Mulheres do Brasil e do mundo, procurais ser mais exigentes e seletivas em vossos relacionamentos. Não vos torneis satisfação dos desejos masculinos, apenas.
A vida, a dois, deve ser previamente experimentada se há comunhão de sentimentos, ideias, valores, princípios éticos e morais. Namorastes, paquerastes, convivestes  um pouco e  percebestes que não dá certo, buscais outras relações.
Não vos deixeis ser enganadas por palavras, aparências, gestos, expedientes maliciosos e aliciantes. Muitos serão os homens, os jovens, os conquistadores e outros varões com palavras e gestos melífluos. Não caiais  nas armadilhas de tais predadores.
Muitas de vós apanham, são seviciadas, estupradas, torturadas e mortas porque se tornam venais, ingênuas e facilmente enganadas. Não sejais mercadorias, não sejais objetos e satisfação da sanha de crápulas, cafajestes, predadores e assassinos.  Mostrai que não são frágeis , mas gráceis , fortes e decididas.   Março/2018.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Lavagem...

LAVAGEM CEREBRAL NAS RELIGIÕES E NA POLÍTICA
João Joaquim  

Eu como um animal pensante e racional, ou seja, dotado que sou de razão e pensamento concreto, mas também emotivo e sensível, dotado que sou de emoção e coração, gostaria muito de compreender e saber mais sobre a lavagem cerebral. E pouco ou nada sei sobre esse fenômeno psíquico.
Quisera ter hoje um Sigmund Freud para auxiliar-me nesse entendimento. Além da psicanálise tal efeito psíquico e na consciência,  tem sido objeto de estudo da psicologia, da sociologia , da  neurologia; e mais recentemente na Política. Mas, dúvidas e perguntas persistem: como se dá todo o processo da tão disseminada e refratária lavagem cerebral? Aos fatos.
Por conceito tem-se que é um mecanismo ou expediente empregado em muitos cenários de atividade. Na religião e na Política por exemplo. Muitas seitas religiosas ainda se valem desse suporte pedagógico como captura de fieis, incutindo-lhes na consciência e memória sobre os seus dogmas e postulados. Algumas denominações ou igrejas adotam a chamada teoria ou “teologia” da riqueza ou da prosperidade junto aos seguidores. Referida prática se constata em seitas ditas pentecostais e neopentecostais. Esse expediente, uma espécie de Simonia  (tráfico de coisas sagradas) nos remete às mercancias da própria igreja católica dos séculos XV e XVI, com as venda das indulgências papais e outros líderes católicos. 
O sectarismo e fidelização em muitas das religiões de nossos tempos se estabelecem pela mercancia de feitos e objetos sagrados. Para tanto, muitas se valem das mídias de massa como rádio e televisão através da oratória e persuasão de seus pastores executivos e bons oradores. Desta forma se constrói o adesismo dos fieis. Os seguidores são impelidos a fazer ofertas, mensalidades, dízimos e muitas outras doações, num sistema de compra da remissão de culpas e pecados e garantia de um assento no paraíso quando morrer. Muitas são as promessas, recompensas e objetos ungidos (“consagrados”) direta ou indiretamente vendidos aos “irmãos”. É um autêntico e lídimo processo de lavagem cerebral.
Assim também o fazem as formas de governos, assim procedem os regimes tirânicos socialistas, comunistas e de direita, o mesmo mecanismo de impressão e sugestionamento é adotado pelos líderes carismáticos e opressores, ou carismáticos e populistas demagogos  desses partidos e dessas ideologias e liderança. Foram dessa forma que vingaram as prédicas e oratórias de Lenin, de Stalin, de Hitler, de Mussolini e muitos outros ditadores de antes e de hoje.
Muitos desses déspotas e sanguinários tiveram uma longa sobrevida com o emprego maciço e único da propaganda de mentiras e falsidades, ou da hoje tão conhecida lavagem cerebral. Um exemplo foi Joseph Goebells , ministro da propaganda do Nazismo, que cravou essa: " Uma mentira repetida 100 vezes se torna verdade ". 
As primeiras referências mais explícitas de lavagem cerebral se dão nos templos taoistas. O taoísmo é considerado uma filosofia ou religião de tradição chinesa. Um dos lemas ou mantras pregados nessas casas religiosas era a limpeza de coração das coisas nocivas à alma. Esse foi um mote muito repetido e empregado pelo partido comunista Chinês (PC Chinês). Ainda o é pelos seus líderes e ideólogos, numa clara estratégia de incutir suas ideias e “verdades”, nas mentes dos cidadãos (lavagem cerebral). Dois autores, Edward Hunter e Robert Liftor, nos idos de 1950, época da guerra fria, fazem extensas referências ao processo de lavagem cerebral imposto às pessoas.
De momento aqui no Brasil estamos vivendo um modelo bem nítido de lavagem cerebral. Ela se dá nos apoiadores, eleitores e seguidores do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como do mundo inteiro sabido, ele foi condenado por um tribunal de 2ª  instância (TR4, de Porto Alegre -RS), a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Eu disse do mundo inteiro sabido, mas disse mal, porque à exceção de seus eleitores e seguidores.  Mesmo  que ressoe pelos quatro cantos do país, eles negam a ouvir e acreditar no que prolataram (proclamaram) os três juízes do TR4.
No presente caso, Lula é o personagem, líder do partido dos trabalhadores (PT). Como poderia ser outro líder, PSDB, MDB, ex -Arena, ex UDN, etc. A referência aqui é apartidária e sem engajamento.
“lamentavelmente, Lula se corrompeu -É  essa conclusão a que se chega com uma análise técnica e isenta da prova, e não com uma visão que se faz míope pela veneração à figura política que foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”- Maurício Gerum, procurador da República, no julgamento do TRF4, em 24.01.18.
Dois comentários  se fazem pertinentes nesses caso de líderes carismáticos e populistas. Sejam eles de uma Venezuela, da Bolívia ou do Brasil. Dois são os grupos de seguidores e apoiadores. O daqueles que formam a claque e o palanque do líder.  Estes  têm memória e conhecimento dos fatos e feitos daquele político, mas dão –lhe apoio e guarida porque são participes e beneficiários dos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro. Esses são leais ao chefe e líder porque também são corruptos e têm culpa na justiça e no cartório.
O outro grupo, mais numeroso,  daqueles desvalidos e menos escolados. Eles foram ou ainda são agraciados com algum programa social assistencial. Muitos desses eleitores e seguidores se negam a acreditar no que apuram os órgãos de polícia e de justiça. Esses últimos constituem os autênticos  cidadãos portadores do processo já tão conhecido de lavagem cerebral. Trata-se de um processo de arregimentação  empregado por líderes políticos , religiosos e outros  falsos profetas e falsos messias.   Janeiro/2018.   

Pedantismo linquistico

NOSSOS JANOTAS COM SEUS ESTRANGEIRISMOS E SUAS TOLAS EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS
JOAO JOAQUIM 

O tempo e a semântica se encarregam de muitas transformações. E assim nosso idioma não escapa a esses efeitos dos homens, da sociedade e de seus organismos com suas deformações e subversões. Isto porque os homens criaram as chamadas  convenções, normas, leis e diretrizes. Imagine se não recebessem esses títulos.
Podem-se iniciar estas considerações pelo tanto de vocábulos estrangeiros  que são incorporados ao português. São tantos vocábulos que dariam um subdicionário. Eu nem quero lembrar os termos de informática e do mundo virtual, porque esse léxico se tornou uma espécie de esperanto. Um idioma universal. Seja aqui, em Kuala Lumpur ou na Cochinchina os verbetes são os mesmos. É a globalização da tecnologia e do capitalismo americano. Fora da internet e suas ubíquas redes sociais têm-se como pitadas os termos compliance, impeachment, coach, personal trainer, trainee, CEO (chefe executive officer), delivery, layout, fashion, approach e sister, etc.
O emprego destes vocábulos é tão frequente que o sujeito não sabe sua origem e significado mas sabe em que cenário (contexto) empregá-lo. A repetição pela sociedade torna-os conhecidos.  Certamente já ouvimos muitas madames e homens garbosos e galantes  contar que está no curso de coaching ou "fazendo atividade física com um personal trainer"  . Nunca ouviu?  Então  preste um pouco  mais de atenção.  
Os verbetes importados  se tornaram tão useiros e vezeiros que aqueles(as) que o expressam sequer saberiam a sua grafia correta. São os casos por exemplo do test driver, do CEO e outros tão encontradiços nos falantes autointitulados bem antenados com a modernidade. Aliás, hipermodernidade.
Tornando aqui para nossa última flor do Lácio. Ah tempo! Ah semântica! Ah sociedade.  Como vocês judiam de nosso idioma. E disso se valem muitos falsos mecenas, disso se valem muitos de nossos beócios e vilipendiadores de nossas palavras. Que os corroboram os  abusos e ofensas ao gerúndio, uma das formas nominais do verbo. Os campeões deste vício têm sido os atendentes e secretárias(os) de serviços e empresas, os tão encontrados serviços de “call center”. Olha o estrangeirismo aí! Para se certificar dessas pérolas basta ligar numa operadora de telefone. Isto quando o ligante tem paciência porque o cardápio (menu) de opções é infinito. A resposta com pouco versatilidade é esta: ”aguarde um pouco  que estarei transferindo sua ligação para o setor competente”.
Mas, aqui, com a devida vênia, e até me penitencio, porque  faz sentindo o "estarei  transferindo". Considerando o gerúndio uma ação prolongada, em curso, interminável, etc;  está  em conformidade com muitas das centrais de atendimento ao consumidor (usuário). Em geral, a resposta e solução da demanda do cidadão não se dão com uma, três ou mais chamadas, mas com uma série de contatos com a mesma empulhação .
Uma outra palavrona surrada pelos nossos néscios e parvos da comunicação é a conjunção temporal enquanto. Ainda está  chegadinho de fresco em minha memória, e eu conto;  assisti a uma entrevista de uma professora, feminista engajada e arrotando impropérios contra os assediadores sexuais, gaiatos e impostores do mesmo gênero. O chamativo nas assertivas dessa boa oradora era a repetição do enquanto. Enquanto mulheres, enquanto profissional, enquanto cidadã, enquanto isto e aquilo. A primeira impressão que tive é que sua condição de gênero era transitória e ela submeteria a uma cirurgia de transgenitalização (para mudança de sexo). E nas entrelinhas... que mudaria também  de profissão e cidadania. Enquanto tem sido empregado à exaustão no lugar de como, na condição de . Outro campeoníssimo( permita-me o termo) tem sido a expressão a nível de. Esta tem sido de dar repelões nos tímpanos.
Tão inócua   como pedante e repelente. O politico ou  o executivo (CEO) sai lá do nível do mar, vem para as alterosas ou para o coração do Brasil e começa suas falas e prédicas pelo “a nível de", a nível  disso, daquilo e é um moto-continuo fútil e vazio o mais enfadonho de se ouvir .
E o agregar valor, agregar conhecimento, agregar lucro. E são muitos os sujeitos dessa grei, os proclamados experts (de expertise). Coitados  dos gregos, nem imaginavam os helenos do quanto iam maltratar a boa herança linguística deixada pelos séculos dos séculos.    Agregar , de (ad, grex), juntar, associar ou agrupar. Bonita, mas  que se tornou um lugar-comum corrosivo e rebarbativo dos janotas com suas expressões idiomáticas.
Um grupo de pessoas que deveria ser processado por maus tratos e crime de lesa-idioma se constitui de políticos e gestores públicos. Eu tomo como exemplos os termos cidadania e inclusão. A palavra cidadania se tornou a coringa dos feitos e façanhas de nossos governantes e parlamentares. Se usa ao deus-dará. Em tudo se tem esse tempero, a repetitiva cidadania. Ela entre nas alocuções as mais disparatadas.
E nos mesmos motes e refrões  entra a nossa almejada  inclusão. Têm-se a inclusão social, a inclusão digital, a estatal, a batatal, pré-natal, a financial, etc.
Tem-se , acredite, um   candidato( quanta candura ou caradura), de um certo parlamento aqui no Brasil,  com um  projeto de lei versando sobre inclusão menstrual e  sexual . A   mulher, servidora pública ou privada teria direito a três dias de faltas abonadas motivadas por tensão pré-menstrual- TPM e fastio sexual. Nós merecemos ser regidos e legislados por esses representantes, ou não ?   Fevereiro/2018. 

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...