segunda-feira, 26 de julho de 2021

Filhos de muitos direitos....

 

NOVOS FILHOS

João Joaquim

 

Muito na teoria e pouco na prática; é admirável o que expressa a Declaração Universal dos Direitos Humanos. É lamentável e triste que poucas pessoas alcancem, em todos os países membros da ONU, as regalias expressas nesse documento. Uma obra interessante, de mesmo gênero, é a teoria do Contrato Social, defendida pelos filósofos Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau e John Locke.

Pode parecer não ter vinculação, mas há nexo, sim. A referência a esses textos e obras é apenas no pretexto de falar na cultura e modo de criação de muitos filhos das novas gerações de pais. São os novos filhos dos novos tempos. A impressão que se tira com os avanços dos Chamados Direitos Humanos é que os filhos das novas gerações de pais só têm Direitos e nenhum dever. Está passando da hora de se criar também os chamados Deveres Humanos. Declaração Universal dos Deveres Humanos. Que tal ser encampada esta ideia pelos grupos defensores dos Direitos Humanos?

   Ao se analisar a questão dos Direitos Humanos eles se tornam indissociáveis do processo educativo. A fundação ou base da Educação do indivíduo é a família, é o núcleo familiar composto sobretudo pelo pai e pela mãe. Na falta desses, mas de eficácia diferente -contra ou a favor- outros cuidadores parentais ou não. As escolas, desde o Jardim da infância, terão uma função distinta no complemento da formação ética, moral e técnico-científica na construção da criança, do adolescente e futuro adulto.

   E assim, falando seletivamente dessa categoria de pessoas. Os filhos dos tempos modernos. Assim como tivemos a idade média e idade das luzes, hoje vivemos a idade das mídias. Assim podemos ter essa delimitação. Idade ou era antes e pós Internet. Abstraindo-se de convencionalismos ou complexidade de compreensão podemos analisar os filhos de todos os tempos com um retoque filosófico sob a ótica do finalismo ou finalidade das coisas. Qual a finalidade de cada ser, cada ente, cada coisa real ou abstrata. Os filhos, novos habitantes do planeta não diferem deste contexto. São os novos habitantes planetários da Terra. 

   Deste ponto de consideração pode-se listar algumas finalidades no processo de fecundação, gestação e criação de um filho. Vamos a alguns desses: perpetuação da espécie, a maior das finalidades); ampliação familiar; futuro cuidador e arrimo da família quando os pais se encontrarem idosos; continuidade genética dos próprios genitores; entre outras finalidades. Os tempos mudaram. Mudaram também os modelos de educação. Vivemos tempos de exaltação dos Direitos Humanos, exaltação de todas as formas de liberdade, como de expressão, de opiniões e de educação dos filhos, dos arranjos familiares, das uniões conjugais.

   Mudaram também os arranjos familiares, com os direitos das pessoas homoafetivas. Mudaram também os objetivos nas relações conjugais e nas intenções da maternidade. Assim, temos na finalidade na gestação de um filho. Da primeira finalidade da perpetração da espécie e genética pessoal até outras menos tradicionais. Existe assim a chamada gestação com a barriga de aluguel; o golpe da barriga; a criação de filho (a) boneca; o filho como reforço e mantença da aliança conjugal; o compromisso da mulher na satisfação e desejo de paternidade do marido, entre outros arranjos nas uniões a dois.

   Criados os filhos, há outros capítulos no tratamento dessa classe de pessoas. Mas, dois tipos já resumo. Há aquele filho que se torna um eterno solteiro. Este nada faz de errado. Não tem vícios, é bonzinho, educado, cordato, obediente. Ele nada faz de errado. Perguntado o que faz de bom, também nada. Ele não fede e nem cheira. E há o filho hóspede. Este é semelhante ao primeiro. Ele se torna um hóspede de luxo. Quer tudo pronto e arrumado. E assim, vão se estabelecendo os novos arranjos familiares, inclusive na gestação, criação e educação dos filhos. Este é o planeta Terra de uma nova era.

CHARLATÕES

 

CHARLATANISMO

João Joaquim  

 

Fico eu, o aqui cronista a imaginar nos mecanismos psíquicos e mentais que que induzem as pessoas a pensar e acreditar em afirmações falsas, em mitos, em propagandas enganosas. Enfim, em um rosário de proposições e descrições com objetivos de enganar a quem lê, a quem ouve e vê essas locuções e publicações. Sobretudo nos efeitos audiovisuais empregados. Tudo com as artimanhas, os engodos e armadilhas para capturar a crença, a adesão e concordância de pessoas tontas, trouxas e ingênuas, para não usar outros adjetivos indignos.

   Nossa sociedade está repleta, infestada e tomada por esse perfil de gente trambiqueira e trapaceira. Não importa o gênero de atividades. Pode ser comércio, religião, saúde, relações conjugais, Medicina, finanças. Nada escapa à sanha, às lábias, à habilidade dos vendilhões e espertalhões.

   A grande interrogação que paira no ar é esta- como funciona a mente do sujeito enganador e do enganado. Um mecanismo interessante na acreditação de coisas falsas e mentirosas é aquele da repetição do fato. Houve um princípio, ou melhor, um expediente da propagada Nazista (Adolf Hitler) que parece ter funcionado bem. Para o mal, é obvio. O expediente foi de se repetir uma mentira 100 ou + vezes e ela adquirir convencimento de verdade. Ares de verdade.

   Existe ainda um outro expediente, o do rebanho ou manada: quanto mais pessoas o enganador consegue enganar, mais efeito terá a sua proposta falsa e mentirosa. Um outro expediente muito empregado pelos falseadores e embusteiros é o do audiovisual. Daí se infere o quanto as televisões, a Internet e redes sociais exercem os efeitos da mentira nos usuários e clientes desses recursos eletrônicos e plataformas digitais.  

   Vamos tomar aqui 3 ramos de atividades que infestam nossas redes de comunicação, TVs e redes sociais como bons exemplos dos embusteiros, charlatões e falsos profetas. Finanças, religião e saúde. Como se dão os chamados golpes financeiros? Eles oferecem juros fora da realidade e rendimento enorme. Esta uma forma. Outra: se passam por empresas idôneas, com logotipo, CNPJ e outros ardis convincentes. As pessoas mais ingênuas e de boa fé fornecem seus dados pessoais e de conta bancária. Puro golpe de inteligentes estelionatários e autores de falsidade ideológica.

Nas atividades religiosas. As igrejas usam muito a teatralização televisiva para causar pasmo, espanto e estupefação nas pessoas. Existe nesses expedientes a exposição muito bem orquestrada e articulada da teologia da prosperidade. Existe um preço. Como as antigas vendas de indulgências pela igreja católica. O fiel e prometido agraciado paga o dízimo, vultosas ofertas, salários e bens. Em troca ele tem abstratamente a garantia da salvação da alma. E até de retorno financeiro aqui mesmo na terra. Ou seja, o paraíso prometido começa aqui mesmo.

   Uma outra seara rica, repleta e próspera de propagandas enganosas, mentiras, mitos e charlatanismo é as atividades de saúde. Em todas as atividades terapêuticas temos os charlatões, os vendilhões, os curandeiros e falsos terapeutas.

   A Medicina então está repleta, infestada dos charlatões, dos falsos profetas, das promessas terapêuticas de toda ordem. Nenhum ramo ou especialidade escapa. Os piores exemplos são encontrados na Internet e nas redes sociais.

   São as clínicas de estética, de cirurgias plásticas de todo gosto, os enxertos, os silicones, os Botox, as mudanças de sexo (redesignação sexual).

   A pandemia da Covid-19 trouxe agora outras faces perversas do charlatanismo, dos efeitos dos mitos e mentiras. O lado perverso tem sido das pessoas comuns e leigas exercendo a medicina como prescritoras de medicamentos e kits para covid-19. Tudo mentira, falso e sem nenhuma prova de ensaios científicos. E existem ainda a face mais perversa desses charlatões. O negacionismo. Eles negam por exemplo a eficácia e segurança das vacinas. Trata-se aqui do chamado charlatanismo reverso.

   E por fim, fica a pergunta, qual o mecanismo psíquico da mente das pessoas enganadas e enganadoras? Matéria para médicos alienistas e psicólogos.

LIVRE- arbítrio

 LIVRE-ARBÍTRIO

Uma condição muito inerente e praticada pelos humanos se chama livre-arbítrio. Por definição, livre-arbítrio é a pessoa exercer ou satisfazer literalmente a sua vontade. Tomando exemplos simples: o sujeito tem a vontade de comer 1 kg de pizza em um rodízio desta iguaria. Ele vai lá e come. Há a vontade e sede de beber uma garrafa de whisky, ele vai lá e bebe. Ele é tomado pelo desejo de andar em um carro do ano; mas não dispõe de dinheiro no momento, ele compra o carro e dica com uma dívida de 30 meses.

   Mas, eis que surge uma questão seríssima. Existem consequências. Estas podem ser construtivas ou destrutivas. Tanto podem ser consequentes benéficas ou maléficas para a própria pessoa que exerceu o seu livre-arbítrio ou para as pessoas de suas relações humanas. Exemplos: para credores, para colegas do ciclo profissional e família do sujeito que exerceu a prerrogativa do livre-arbítrio.

   Com esta breve análise já se pode concluir o seguinte: nem todo livre-arbítrio ou livre direito é ético e honesto. Justamente porque ele pode trazer malefícios e danos para o próprio sujeito e outras pessoas das relações sociais e familiares do autor daquela escolha, daquela vontade, daquele direito subjetivo.

   Para melhor contexto e compreensão vamos tomar dois casos modelos encontradiços em nossa sociedade. Caso 1. Aquele cidadão que desde a juventude vive na esbórnia de corpo e alma, se entregou à vida de boêmia, de libações etílicas e orgias da mesa. O seu livre-arbítrio foi beber desbragadamente como se não houvesse o amanhã, como se vida fosse um eterno hoje e agora. Mas, a vida tem o amanhã, tem o retorno e a conta de bônus ou ônus vai chegar. E chega mesmo!

   Na evolução de sua jornada, esse sujeito vai envelhecendo. Senilidade mais alcoolismo não combinam. Consequências: um acidente vascular, uma cirrose, alguma queda e fratura óssea, invalidez permanente. Conclusão: aquele reconhecido e defendido livre-arbítrio desse caso, trouxe no futuro graves danos, custos mensais com tratamento médico, esforço e desgaste físico e emocional para os familiares cuidadores e muitas outras humilhações pessoais e familiar. Enfim, aquele livre-arbítrio foi exercido sem considerar essas potenciais e nocivas consequências para o sujeito e praticante do livre-arbítrio. Para o próprio autor e o que é pior para outras pessoas, familiares e o Estado.

   Vamos imaginar um caso 2 de livre-arbítrio. Uma pessoa no seu livre-arbítrio de sair de carro em alta velocidade, sozinho. Esse motorista tem esse livre-arbítrio. Mas, de repente ele perde o controle do veículo, atropela e mata pessoas e fica mutilado do acidente.

   Nos dois casos, os indivíduos exerceram livremente e satisfizeram a sua vontade. A livre vontade ou o livre-arbítrio. Todavia, houve resultados trágicos e danosos para o autor e terceiros. Na verdade, esse livre-arbítrio foi exercido de forma imprudente, irresponsável e desonesto. Em resumo, houve nesse exercício de livre-arbítrio um verdadeiro escárnio ético. Nada além deboche e desdém com o outro que, com os familiares, filhos, cuidadores e até o próprio Estado, que de ora avante se achara no obrigado dever a cuidar dessa pessoa incapaz, inválida, e depende de sobrevivência para tudo

Assassínios (as) de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...