sexta-feira, 30 de junho de 2017

Crack...

A Tragédia da Narcodependência( Maconha, Crack)  na Cracolândia de São Paulo
Conforme jurisprudência do STF, ser usuário já é tri legal, falta tornar o traficante também Legal. É o prenúncio do fim dos tempos. 
João Joaquim  

Todos nós vivemos tempos tão estranhos e esquisitos que há  momentos e dias que pelo que ouvimos, vemos e lemos nos jornais temos o direito e a normalidade a alguns questionamentos e perguntas. Sejam tais questões e dúvidas as mais naturais e inocentes possíveis. Não estou aqui a questionar a ida do homem a marte que já considero uma extravagância , nem algum terremoto ou furação que fazem parte das tragédias naturais, desde que o mundo é mundo. Nada dessas intempéries e desastres naturais me preocupa porque simplesmente provam as teses do filósofo Heráclito de Éfeso que cravou a máxima:” A única coisa permanente no mundo é a mudança”.( Teoria do Devir, de tudo que se transforma).
O que tem me causado pasmo e muitas interrogações nos últimos tempos tem sido o papel ou atuação do homem. E aqui me refiro a muitas pessoas. Desde um simples pedinte de rua ou Barnabé aos homens que ocupam posições de líderes, presidentes de empresas, de autarquias  ou sobretudo os chefes e gestores de órgãos públicos, enfim os representantes do povo. Ou os supostos tais representantes, contra os quais sinto-me no direito de indagar: representantes de quem? Baseado no que tenho visto dessa classe de gente, representantes meus eles não são! E nem sei se vou ter opção de escolher alguém que me represente nas próximas eleições. A julgar pelos que estão hoje nos governos de Estados( unidades da federação) ou da União, nenhum deles reúne condições éticas e morais para representar os eleitores, sequer cuidar de bens públicos, porque como refere o termo, público é  de todos, da comunidade, da nação e não de nenhum interesse privado.
Eu não quero ocupar minha coluna no jornal com as nefandas e repetidas manchetes de jornais e televisão narrando os crimes cometidos por políticos de todos os poderes como prevaricação, malversação, lavagem de dinheiro,  peculato, crime de corrupção ativa ou passiva. Tais ocorrências, às pessoas de bem e honestas, têm causado náuseas e engulho, pelas tantas repetições, como num seriado de filmes de horrores.
Eu quero, enfim, ocupar aqui de um tema que esses dias ganhou as manchetes do Brasil e do mundo. Falo da intenção e do expediente da prefeitura de São Paulo( na pessoa do prefeito João Doria) em acabar com a cracolândia naquela populosa cidade. Analisando vulgarmente tal questão de saúde pública. A que ponto se chegou tal tragédia humanitária. Existe um local público, insidiosamente construído pelos usuários e traficantes, um local destinado ao consumo e tráfico de uma das drogas ilícitas a  mais nociva e destrutiva do ser humano. A cocaína na sua forma mais viciante e indutora da dependência psíquica e orgânica. E assim o é porque ela tem uma meia vida curta; e o usuário pela reuso rápido da substância, mais rápido também se torna extremamente dependente, porque o efeito passa rápido .
E aqui frente a mais esse capítulo da tragédia que é o uso de drogas, qualquer que seja essa substância, eu mostro meu espanto e minha surpresa com os homens. Notadamente aqui, com os homens do judiciário. O supremo tribunal federal (STF) já tem uma jurisprudência no sentido de não criminalizar o uso de drogas. Só faltou um detalhe nessa decisão suprema, porque da suprema corte de justiça: quanto em gramas, o sujeito pode portar em seu bolso, na bolsa, na cueca, nas meias, na condição de usuário. Porque, assim decidiram os juízes do STF, ser usuário é legal e Legal. Ou até tri legal, quem sabe !
Ou seja nem uma tragédia social, sanitária e individual como essa da cracôlandia de são Paulo  será capaz de fazer nossa corte máxima de justiça rever sua posição. Ser usuário é duplamente legal( bacana e lícito), ok.
Agora minha indagação mais importante. Consumir qualquer produto, significa comprá-lo de algum distribuidor, no caso o traficante. Para quem defende o uso descriminalizado das drogas ilícitas só faltou esse detalhe da jurisprudência do STF, tornar o traficante pelo menos Legal( de acordo com a Lei). Vender também seria Legal. Nesse caso não precisaria nem quantificar, o quanto ele pode transportar para atender seus clientes consumidores,  porque os usuários são aos milhares.
E então me resta afirmar: só mesmo no Brasil poderia sair decisão desse quilate, desse disparate e desse desplante. Junho/2017. 

João Joaquim médico e cronista DM -  whatsApp (62) 9.8224-8810   

Álcoolatria

ALCOOLISMO E DOENÇAS CÉREBRO-VASCULARES      
                                                                                João Joaquim de Oliveira 



O derrame cerebral é a 3ª  causa de morte entre adultos e a principal causa de invalidez de idosos no mundo. Nos EEUU ocorrem em média 150.000 óbitos e 2 milhões de sobreviventes de acidente vascular cerebral  (AVC) por ano.  A doença arterioesclerótica ( placa de colesterol) está na gênese da maioria dos casos de derrame. Existem vários fatores de risco pessoal e ambiental para as afecções cerebrovasculares.
Os principais fatores são a tendência hereditária, o tabagismo, a hipertensão arterial, o diabetes, sedentarismo, colesterol alto, alcoolismo etc.
 Neste artigo discorreremos sobre o álcool como um fator de risco significativo para doença cerebrovascular ( derrame, isquemia cerebral).
A literatura médica é farta em trabalhos científicos mostrando a estreita relação entre o consumo excessivo de álcool e maior ocorrência  de acidente vascular cerebral (AVC). Esta relação existe mesmo naquele bebedor ocasional em função de sua predisposição genética e outros fatores pessoais de risco. O consumo moderado de bebidas alcoólicas (40-60g álcool/dia), contínuo ou esporádico, já representa risco aumentado para complicações e doenças cardio e neurovasculares.
As principais anormalidades associadas ao consumo abusivo de bebidas alcoólicas são alterações:  da função hepática e da coagulação sanguínea, hemorragias, baixa de plaquetas e hipertensão arterial. O álcool aumenta a liberação de cortisol, renina, aldosterona, vasopressina e adrenalina. A consequência desse pool de substancias é o surgimento de grave crise hipertensiva, infarto do miocárdio, edema agudo de pulmão e hemorragia cerebral. Doenças estas de alta mortalidade, e muitas sequelas incapacitantes permanentes.
Além dos acidentes vasculares cerebrais ou encefálicos (AVC) o alcoolismo é fator causal de vários outros distúrbios orgânicos com elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Dentre estas pode-se listar: arritmias cardíacas, miocardiopatia , hipertensão arterial, trombose venosa ou arterial, embolia pulmonar, hemorragias internas, pancreatite aguda ou crônica, cirrose hepática, neuropatias periféricas, demência precoce, etc.

Como em tudo na vida, trata-se de questão de equilíbrio. Não se quer abominar e abolir a ingestão de bebidas com os mais variados teores etílicos. Basta prudência, senso critico e sopesar bem a relação prazer etílico e os agravos á saúde.
Então em relação ao consumo do álcool podemos deixar as seguintes recomendações:
Adolescentes e jovens abaixo de 25 anos não devem ingerir nenhuma bebida alcoólica . Nesta faixa etária o risco de dependência e vicio é muito grande. Nos adultos saudáveis a ingestão não continua de até 30gr /dia ( 1 taça de vinho 250ml, 1 lata cerveja) não representa nenhum agravo à saúde.
Em qualquer pessoa portadora de hipertensão arterial, diabetes, miocardiopatias e outras doenças cardíacas e vasculares o álcool tem contraindicações  relativas . Neste grupo de pessoas deve-se consultar o médico sobre a ingestão de bebidas alcoólicas . O álcool é incompatível  com a maioria dos medicamentos de uso continuo. Como exemplos temos os anti-hipertensivos,  medicamentos para cardiopatias, antidiabéticos, antinflamatórios, antibióticos, etc.
Usuários de medicamentos psicotrópicos ou neurotrópicos jamais devem ingerir bebidas alcoólicas.
A interação de efeitos álcool + psicotrópicos são graves e encerram seriíssimos riscos para o usuário e pessoas à sua volta pelos efeitos psiquiátricos e neurológicos que essa associação pode provocar . 

Torcidas...

DISTORÇÃO DAS TORCIDAS  (DES)ORGANIZADAS DE FUTEBOL

João Joaquim  


Todos nós e o mundo temos assistido ao fenômeno das torcidas de futebol. Fala-se aqui em futebol porque tem sido o esporte que bem representa esse agrupamento de pessoas com suas simpatias e preferências por esse esporte. Tal fenômeno se dá  pelo planeta a fora. Muitas outras modalidades têm também os seus sectários e adeptos, mas se resumem a uma galera ou claque menos representativa, e menos vigorosa  em suas manifestações.
Mas, enfim vamos a esse tão useiro e vezeiro fenômeno das torcidas dos times de futebol.
Tal ocorrência vem obtendo tanto espaço, importância e notoriedade que ela ganhou um qualificativo. Organizada. Temos agora as chamadas torcidas organizadas. Tal adjetivo, agora no masculino me lembra uma outra ocorrência, de igual modo useira e vezeira, facção criminosa organizada, ou simplesmente crime organizado( predomínio de homens) . E de fato com participação massiva do masculino. Até nesse ramo de atividade a mulher tem tido remuneração e destaques mais acanhados. É mais uma daquelas discriminações do sexo frágil.
Num esquadrinhamento mais raso e mais inteligível vamos deter nessa relação que existe entre aquele seguidor e admirador de um esporte com foco maior aqui no futebol. Tal mecanismo de afeição e vínculo de indivíduo com o esporte tem despertado o interesse de estudiosos na área da psicologia, da sociologia, da psiquiatria entre outros segmentos das ciências humanas. E não é sem razão esse objeto de estudo porque trata-se de mobilização e participação de milhões de pessoas em todos os quadrantes de planeta. São milhões de pessoas, no Brasil e no mundo.
O que se tem de certo é que é uma mobilização humana que ganhou corpo e visibilidade ao mesmo tempo e na proporção que o futebol se tornou mais divulgado pela imprensa. Mais expressivamente com o surgimento e popularização da televisão.
Análise sociológica e psiquiátrica das torcidas organizadas de futebol. Trata-se aqui de um dos capítulos mais instigantes e incisivos da natureza dessa relação de admiração e afinidade. É o mesmo processo e funcionamento psíquico que se estabelece nas relações conjugais (namoro e casamento). Em termos mais claros pode-se avaliar pelos pronomes utilizados. Minha namorada, minha mulher, meu marido. De igual forma, meu time, meu ídolo, o clube de meu coração. Basta atentar para o signo e peso desses pronomes. O que se revela numa absoluta deturpação dos termos, porque se revelam uma ideia de posse, de apropriação (“indébita”).
A alienação e perturbação relacional oriunda da afinidade e senso de posse com essa ou aquela equipe esportiva envolve os mesmos circuitos sinápticos cerebrais dos “vínculos pessoais afetivos”.
Os termos mais corretos que os namorados e casados deveriam empregar são ser e estar, e não,  minha,  teu, tua. Ela está namorada comigo, ele está namorado ou marido comigo. Ninguém é propriedade ou objeto de outro. Quando muito e ao máximo podemos fidelizar uma relação por tempo indefinido, mas não eterno. De preferência prolongada enquanto saudável e feliz para os dois cônjuges. Acabou-se , procura-se outra melhor, etc e tal.
Os mesmos princípios se aplicam com o torcedor de futebol. Tal time do meu coração, nunca me pertence. Tenho apenas uma admiração pelas suas cores, seu futebol vistoso e belo. Ele tanto não é meu que para eu ir aos estádios e arenas tenho que pagar o ingresso.
Ainda que veja seu jogos pela TV aberta ou fechada, sou bombardeado o tempo todo com o marketing dos patrocinadores que pagam milhões em reais para mostrar e propagar os seus serviços e produtos (cervejarias, bancos, grifes de roupas) etc.
Assim, é dessa relação torcida e distorcida das torcidas organizadas( na verdade um aberração e desorganização absoluta) o nascedouro das badernas, das brigas, das agressões, das guerras dos grupos rivais. É o mesmo germe, o mesmo fermento de ódio  destrutivo das relações mórbidas, doentias e passionais dos crimes de feminicídio do homem contra a mulher.
É um  sentimento mórbido, deturpado e canhestro de que a ex não pode constituir outro vínculo afetivo. De igual forma, o outro torcedor não poder simpatizar e torcer por outro time. Piração total e desvario completo. Só isso!

Bufões do TSE

TRÊS BUFÕES E UM FURIOSO
João Joaquim  

Passadas as sessões que julgaram os crimes de toda ordem da chapa Dilma-Temer (Dilma Rousseff e Michel Temer), vieram-me à cabeça alguns personagens e outros fatos do mundo real e ficcional. O mundo todo então soube que o até então colendo (agora nefando) Tribunal Superior Eleitoral-TSE, inocentou a impedida Dilma Rousseff (sofreu impeachment em agosto 2016 ) e seu então  vice-presidente Temer, pelos crimes perpetrados na campanha das eleições para presidente e vice em 2014.
Relembrando para a posteridade, a então candidata, como fartamente documentado pelos órgãos de polícia federal e de justiça cometeu os crimes de falsidade ideológica, propaganda enganosa (discursos mentirosos para os eleitores), abuso de poder econômico, divulgação de dados falsos sobre o principal concorrente à época, senador Aécio Neves; uso de caixa 2, recebimento de propinas da empresa Odebrecht; entre outros ilícitos fora desta lista.
O que fez o nosso agora nefando TSE? Simplesmente inocentou a dupla Dilma/Temer de qualquer crime ou ilícito. Não incluiu as delações dos marqueteiros Joao Santana e Mônica Moura, feitas ao próprio TSE agora em 2017.  A sessão última se tornou uma sentença irrecorrível, definitiva? Ainda não se sabe.  Uma alforria e salvo-conduto para os ainda encrencados com a justiça, porque outros inquéritos estão em andamento contra a ex presidente Dilma e o atual presidente Temer( empossado em 31 de agosto de 2016).  Já se sabe que o DEM, entrou com recurso no STF e o relator será o ministro Ricardo Lewandovsky ( petista por afinidade e simpatia). Dificilmente ele relatará em favor de cancelar o julgamento do TSE .
Agora, durmamos todos com essa ocorrência! De acordo com nossos adestrados maestros do TSE, de ora avante, tudo vale em uma campanha eleitoral; tudo pode. Houve uma permissividade generalizada. Contanto que seja eleição para cargo graúdo. Não vale para prefeitinhos ou vereador. De preferência mandatários de alta patente. Passados já dois dias da última sessão (9.06.17), lembraram-me a farsa, a ópera-bufa, a fanfarronice que foram as conferências, as escaramuças, os socos e pontapés de palavrório entre os ministros pró e contra a cassação da chapa eleita.
Como sabido, o tribunal se compõe de sete juízes. Gilmar mendes (presidente), Napoleão Nunes, Tarcísio Vieira, Admar Gonzaga, Luiz Fux, Rosa Weber e Herman Benjamin (relator). Os burlescos e parlapatões ministros da absolvição foram Gilmar, Napoleão, Tarcísio e Admar. Os justos e democráticos a favor da cassação foram Luiz Fux, Herman Benjamin e Rosa Weber.
O que ressoa pelo mundo é que a robustez e quantidade de provas dos crimes estão fartamente comprovados, e ainda assim ,os quatro ministros bufões pela absolvição não se coraram e não se vexaram com a  aleivosia e desplante de seus votos. Se tornaram inimigos e vilões da democracia e da justiça.
E assim fugindo do lado trágico, grave e afrontoso para nossa democracia e nossas instituições, veio-me outra face no mínimo tragicômica que foi esse histriônico  julgamento. O enfadonho e modorrento voto de cada um desses burlescos e adestrados  julgadores me evoca uma figura agora ficcional, mas símbolo máximo da justiça (a virtude de atribuir a cada um o que é seu).
Eu lembro aqui da deusa têmis (filha de zeus). Ícone maior do senso de justiça. Para tanto ela traz dois adereços: uma balança e a venda nos olhos. Uma balança de dois pratos (dois lados) simbolizando o que? O equilíbrio, a prudência, a ponderação. Aqui sim, a melhor definição do que vem a ser justiça. É  atribuir a cada pessoa o que lhe é de direito (razão) ou dever (culpa). Em outras palavras, dar a cada um o que é seu. Para chegar a esse equilíbrio, no peso correto e justiça, a deusa têmis precisa estar de olhos vendados. Dessa forma ela irá pesar (ponderar) o atributo, o direito, a culpa de cada julgado sem saber a cor, a beleza, a cara, o status social ou força econômica e autoritária do paciente(acusado).
O que fez nosso mofado TSE? Retirou de têmis a venda dos olhos e quebrou-lhe a balança. Por isso ela chora copiosamente. Seu pranto se dá  porque foi afrontada, vilipendiada e maculada indelevelmente.
Oh, até então justíssima têmis, receba da nação brasileira o nossa pesar. Todos nós sentimos também a mesma ofensa. Esse labéu, essa decepção e descrença são  de todos aqueles brasileiros honestos e  justos , que ainda vivificam nossa esperança em um país melhor. 
Na verdade essa sessão do TSE, mais pareceu um ópera-bufa, com três bufões( Napoleão, Admar e Tarcisio )  e um furioso( ministro Gilmar Mendes)
Seriam bons casos para nosso afamado Alienista e psiquiatra Dr Simão Bacamarte , no estudo da loucura. Viva nosso Machado de Assis. Em tempo, todo o teatro julgador também me lembrou outra não menos famosa obra, a revolução dos porcos ou melhor “  A Revolução dos Bichos” de George Orwel . Estimulo a quem não leu dar uma lida nesse livro. Vale a pena . Qualquer semelhança dos porcos orwelianos com os integrantes do TSE não será mera coincidência .  Junho/2017. 

Educação uterina

EDUCAÇÃO UTERINA

João Joaquim  

 Se educássemos toda criança como educamos um feto na vida intrauterina a humanidade teria mais virtudes do que vícios. Sei que tal provérbio pode impactar algumas mentes e sentimentos. Mas, é uma forma de dar vazão a algumas reflexões e pensamentos; e tanto melhor se tiver anuência e consonância nas considerações e críticas dos que  me leem, de pais e educadores.
Vamos analisar o ser humano desde a sua fecundação e ver o que se faz providencialmente nesse sentido. Um grave erro e vício já fazem muitos genitores nessa etapa da vida humana. Isto se dá justamente na ausência de  providência e preparo dos próprios genitores na concepção dos filhos. 
Em outros termos: quantos e quantos filhos não são gerados sem uma previsão bem racional?  Enfim, sem um mínimo planejamento familiar. Se um filho não é emocional e racionalmente bem projetado têm-se aí vários riscos de um produto (leia-se pessoa, indivíduo) mal acabado em todas as suas características e dimensões. Grosso modo, tal resultado pode-se comparar a outro produto inventivo, que primeiro é idealizado, pensado , refletido, preparado, raciocinado( com uso da razão), concebido primeiro na esfera do afeto, da emoção e do amor.
Mas, deixemos tais equívocos e desvios à margem de análise e tomemos o processo conceptivo e formativo da pessoa humana (não é redundância, porque  há pessoa não humana).
Numa analogia de fácil entendimento podemos dividir a educação e formação do indivíduo (embora este seja indivisível) em duas “fôrmas”( como se fosse uma fôrma de bolo) . A primeira fôrma indissociável da vida já é de todos conhecida. É  a fôrma uterina na qual se principia a concepção ou formação da criança. Daremos ênfase ao termo porque ele resume o ponto central dessa digressão, destas reflexões. 
O verbete criança vem do latim, crear, creantia, criança. Processo de gerar, formar e educar, “lato sensu”, a pessoa humana.
Hoje, se sabe, que estamos num processo evolutivo muito acelerado graças aos avanços de informação, das Ciências e das tecnologias. 
Sabe-se que um adolescente de 16 anos está quase completamente formado em todos os seus processos psíquicos e biológicos. Daí aquela recomendação: se se quer formação de um bom cidadão, forme-o enquanto ele for criança, porque uma vez crescido e adulto pouco ou nada se pode fazer para modificá-lo. É o princípio ou força determinante, do pau que cresce torto, torto ele morrerá.
Na primeira fôrma da vida então, o útero, o indivíduo vai se conformar ou se adaptar  a esse modelo que a vida lhe impõe através do ventre materno. E de seus contornos, limites e laços (ligamentos) o feto não pode se desprender. É a primeira condição “sine qua non” para a vida. Trata-se do primeiro regramento e fôrma na educação da pessoa humana.
E o que é mais construtivo, mais reconfortante: o feto se conforma; e vive  nessa fôrma (útero) no melhor bem estar, na maior segurança e felicidade. Tanto que a sua primeira experiência de sofrimento, de ameaça, e de dor é justamente quando é trazido à luz do mundo (luzes artificiais e fortes) e ao alarido das vozes humanas. Tem-se aí o primeiro choro no contato com o mundo exterior e com os outros humanos, além da mãe.
A segunda fôrma a que o indivíduo deveria ser submetido tem maior importância por ser ela a de maior duração, de finalização, de arremate, de acabamento; aquela  de se  tornar pronto o indivíduo. A segunda fôrma da vida da pessoa humana poder-se-ia ser resumida nesses três processos: 1- criação desde a fecundação e crescimento físico; 2- educação; e 3- formação. 
Bem compreendidos referidos processos. Criar;  se cria um animal e uma criança. Educar;  (treinar), se faz com uma criança e um cachorrinho. Todavia, a formação do indivíduo, de um cidadão, necessita das duas primeiras etapas e um longo período de aprimoramento e ensino de todas as virtudes, de valores éticos e morais, de boas normas nas relações sociais, de todo um conjunto de regras de humanização do indivíduo.
Todo esse conjunto de atitudes e ensinamentos  deve ser feito quando criança, quando ela é mais “plástica”, mais modelável. Assim tornamos esse indivíduo  sensível o tudo que se lhe  é ensinado, educado e formado.
Todo esse trabalho  de transformação -criação, educação e formação – é o segundo útero, a segunda e definitiva fôrma que está faltando aos nossos genitores, aos pais e mães de nossa sociedade. E por que não até aos nossos educadores e psicólogos que vêm se mostrando muito permissivos e pouco uterinos nos limites e regras aos filhos e alunos dos tempos digitais e da internet.
E essas novas tendências e diretrizes  têm me deixado preocupado com o destino e com os rumos da humanidade . Onde iremos parar com os descaminhos que andam permeando nossa sociedade?  Nosso processo educacional , nossos valores éticos? Há tempo e oportunidade de repensar todas essas novas normas que se propagam e se dizem antenadas com o mundo moderno!  Há tempo de mudar.  Junho /2017.

Crimes x Natureza

DELITOS CONTINUADOS CONTRA A NATUREZA
 João Joaquim  
 Se todos os governantes pensassem mais  com a razão e menos  com a emoção, todos eles, indistintamente, se preocupariam mais e investiriam mais na natureza. Preservar o que o planeta tem, ao natural e graciosamente, ainda é o melhor investimento que os homens podem fazer. Para a própria terra e todos os seus terráqueos, aí incluídos os viventes vegetais e animais.
Eu tenho acompanhado com uma certa preocupação e pitadas de desconfiança e ceticismo o que se tem feito com os nossos bens naturais. Desses bens, os que nos trazem mais desassossego são os vegetais, matas e florestas. Será que estamos condenados a ter ao invés de tapetes e cenários verdes enormes campos áridos e desérticos como os já vistos pelo nordeste brasileiro?
As taxas de desmatamento e descampados têm aumentado de forma preocupante. A especulação econômica capitaneada por empresas madeireiras e pecuaristas têm sido uma constante desses crimes ambientais.
A Amazônia, mata atlântica e florestas do cerrado têm sido as principais vítimas desses predadores de bens naturais. O Ibama, órgão estatal dessa fiscalização, tem sido pouco eficiente nesse controle e rigor punitivo. E assim o faz de forma deficitária não por inaptidão e incompetência em seu múnus público. Ele na verdade tem sido insuficiente, dada a extensão territorial do país. São vastidões de terras e matas com poucos fiscais no seu cuidado diário.
Verdade seja dita que, volta e meia, surgem agentes corruptíveis e corrompidos por fazendeiros e outros traficantes de madeiras e outros bens. Fatos esses os mais encontradiços nas relações público-privadas do Brasil. Que o atestam agora, mais do que nunca, as delações de fim de mundo e do Brasil, dos ex executivos da empreiteira Odebrecht e da JBS.  Essas megaempresas fizeram com o país a parceria público-privada (PPP) mais lucrativa do mundo. Mais lucrativa e rentável para o lado privado. Para eles traficantes de políticos e  politicas públicas, no seu interesse e no interesse desses corruptos, travestidos de gestores da coisa pública.
Outra questão ambiental que tem crispado as expressões e deixado os ambientalistas de pelos eriçados se refere aos rios e outros mananciais aquíferos. Os desmatamentos e perda de matas ciliares já trazem perdas e danos irreparáveis de córregos e rios.
Outro fator de muita gravidade são os resíduos, descartes e produtos químicos das mais diversas indústrias. E nesse quesito o próprio ente estatal (união, estado, município) tem sua parcela de omissão e conivência( cumplicidade) com pouca fiscalização e punição aos poluidores. Ao que parece, o alvará permissivo para esses agressores do  ambiente são o recolhimento de impostos para os cofres públicos. Pagos os impostos tudo se torna permitido aos poluidores e sujismundos da natureza, rios e mares.
Tributos nada baratos, em se falando de Brasil. Outro face cruel quando se fala em agressão ambiental se refere a nossa fauna. Quantas espécies de animais já extintas e outras em risco de sê-lo pelas ações predatórias, virulentas e destrutivas das pessoas. Sejam esses atos de forma individual, coletiva ou de grupos empresariais.
Enfim, todo tipo de devastação e ações deletérios do meio ambiente não se dão de forma seletiva. Sejam expedientes nocivos aos rios, florestas e aos animais, eles são interdependentes, tem graves danos ao planeta e ao próprio gênero humano.
Agora, imagine bem! Veja se isso cabe na inteligência mais tacanha! O homem lesar, poluir, emporcalhar a terra, os rios e mares, de onde ele extrai o próprio sustento. Me explique! Não tem base! São atitudes de uma horda de gente imbecil e abilolada, para não dizer aloprada, como já se referia o ex presidente Lula, de seus irmãos camaradas e idiotas. Só podia ser! Arre!

Guerras

APELO À ONU E  AOS ESTADISTAS De BEM

João Joaquim 


Há vários tipos de infortúnio que vêm ocupando as manchetes de jornais dos quais dei de falar neste artigo. São sofrimentos que vêm acometendo a humanidade, contra os quais todos os que escrevem, os que emitem opiniões não podem deixar  de manifestar.
Ainda que uma andorinha só não faça verão, ela não deixa de exercer o seu papel e continuar seu voo de consciência limpa e em paz com as demais do bando. Por isso o meu protesto veemente e de indignação.
O sofrimento que trago à memória de todos refere-se ao que acomete as vítimas de guerra. E  são vários conflitos em andamento em várias partes do mundo. Aliás, se fôssemos ser mais exatos há muitos países que nem guerras têm com emprego de armas de fogo. E nem precisam, mas a violência e desrespeito aos Direitos Humanos são uma constante.. Em muitos casos têm-se as vítimas de regimes tirânicos, das ditaduras perpétuas ou vitalícias. São exemplos muitas nações africanas, a Coréia do Norte, vários estados da Ásia e Oriente Médio.
Para ser mais exato, existem até nações que se intitulam democráticas, mas na verdade são governantes autocráticos, autoritários e que cooptam e controlam todos os poderes, ministério público e judiciário; e governam como autênticos imperadores e déspotas;  sem obediência ao que rege a constituição. Muitos governantes emendam a própria constituição e tornam-na alinhada com suas ideologias e jeito arbitrário de governar.
São  os casos por exemplo na América do Sul de uma Venezuela, de um Equador e Bolívia. Para tanto basta ler o que tem ocorrido nesses países vizinhos.
Falando então do ponto nevrálgico, sofrimento das vítimas de guerra. Dois grupos de vítimas existem dos quais eu  gostaria de relembrar, um que envolve e conflito entre Sudão e Sudão do Sul. E essas não têm sido objeto de manchetes e discussão de organismos como a ONU. Tendência  "normal" com os povos da África. Afinal são nações pobres, sem petróleo e sem interesse para nações de primeiro mundo como EUA e Rússia. O segundo grupo refere-se às vítimas da guerra da Síria versus Estado Islâmico e rebeldes contra o regime de Bashar Al-Saad.
Do mundo inteiro já sabido, o governo Sírio fez mais um daqueles horrores e hediondezes próprias de guerras. Só que desta feita com o emprego de armas químicas. Ainda está fresquinho na memória das pessoas que veem noticiários de guerra.  Um dos expedientes mais nefastos e macabros porque atingem indistintamente os inimigos; mas, ao mesmo tempo muitas pessoas inocentes, entre elas crianças, idosos, doentes e grávidas. São cenas as mais terrificantes a apavorantes como as mostradas de pessoas e crianças agonizantes. 
Essas bombas químicas liberam gases que causam queimaduras e paralisias respiratórias. Ou se morre rapidamente ou sobrevive com graves sequelas pelas queimaduras ou pneumonite química. Frente ao que já sabemos dos 6 anos dessa pavorosa tragédia da guerra Síria, mais de 5 milhões de refugiados, mais de 500 mil mortos, milhões de órfãos e mutilados; tornam-se instigantes algumas perguntas. E elas são dirigidas aos chamados homens bons e não aos sanguinários governantes que perpetuam no poder.
Vós governantes que detêm o poder das nações civilizadas. Especialmente os EUA. Até quando a ONU vai permitir essa barbárie que espanta e pasma o mundo inteiro? Até quando? Até quando um regime ditatorial como esse de Bashar Al Saad continuará  cometendo milhares de crimes, de indignidades e massacres contra civis e crianças! Torna-se necessária e urgente uma intervenção para deter tanta infâmia e atrocidade contra a população civil e contra as crianças em sua pureza e inocência. É o mínimo que a consciência civilizada e generosa do estadistas do bem  podem fazer.
Junho /2017.

inveja

MALIGNA E SANTA INVEJA
João Joaquim  

Para falar do presente tema eu inicio com uma reflexão pontual sobre um sentimento humano. Um sentimento que pode se subdividir em dois polos quase antagônicos. Estou a me referir à inveja. Dois são os significados que podem-se atribuir a tal sentimento. O primeiro de tendência negativa e destrutiva. Nada mais é do que a cobiça, o desejo patológico pelo fracasso do sucesso de outem .  Sucesso ou atributo que vejo em outra pessoa. Ou ainda, nesses mesmos termos um certo sofrimento ou incômodo em não possuir o que o outro possui, seja em atributos sociais e intelectuais ou bens materiais( essa também dita inveja maligna).
O segundo significado refere-se à inveja construtiva e benfazeja. Também nomeada de santa inveja. Essa forma de inveja se torna construtiva e saudável sobretudo quando o indivíduo se propõe a repetir, copiar, mimetizar e estender os feitos, realizações e talento de outra pessoa. Trata-se de uma imitação do bem, quando esse atributo traz benefícios morais, intelectuais e até material a esse repetidor e imitador (copiador   do bem). Mais importante que beneficiar o próprio agente dessa imitação, se essa prática da santa inveja resultar no bem de outras pessoas, sejam elas das relações ou não desse agente propagador ( bom invejoso).
De como surgiram as duas invejas. O que se narram lá do nascedouro das coisas e da vida dos seres viventes:  deram-se assim o surgimento das duas invejas, a santa e a maligna inveja. Diz a lenda que acabado o mundo Deus impingiu em sua criatura todos os sentimentos do bem. Inconformado, o renegado lúcifer, o decaído e antes habitante do paraíso mostrou-se invejoso das virtudes do criador e instituiu-se o seu demoníaco sentimento antagônico em antítese a santa inveja. Deus se tornou invejado. “Invejado! A invejar os invejosos” (Castro Alves).
Foi dessa passagem e circunstância que estabeleceram-se essas duas faces ou tipos de sentimentos em relação a outra pessoa. Alguns ramos das ciências humanas nas áreas do comportamento e psicologia já iniciaram ensaios e estudos das invejas, mas todos resultaram inconclusivos. De todo modo, segundo  a Estatística, a ciência da imprecisão dos números e nas conjecturas, afirma peremptoriamente que a inveja maligna supera geometricamente a inveja santa. O que fazendo também uma análise observacional e empírica tem-se a mesma conclusão.
Assim seguem o mundo e a sociedade. Assim se dá a toada das coisas e dos homens que comandam a humanidade. Bom e virtuoso seria que o planeta fosse povoado e cuidado só de gente imbuída e movida por aquela santa e construtiva inveja.
Dessa forma, esse generoso sentimento seria aquela vetor, aquela força-motriz a propagar tudo que fosse útil, benfazejo, construtivo e consútil.
Como  se daria o empreendimento da santa inveja? Tem-se em minha cidade ou em outras plagas alguém que chegou-se a uma boa descoberta ou grande invento. Vamos disseminar o seu emprego a todas as pessoas. Tem-se lá um grupo filantrópico, acolhendo e socorrendo carentes e deficientes. Vamos num gesto e inciativa fremente replicar tal feito caritativo a todas as gentes, sejam elas indigentes ou de outros cuidados e sentimentos carentes. Não importa!
Entretanto, o que tem grassado, reverberado e desgraçado a sociedade tem sido essa iníqua, malvada e diabólica inveja. E tal sentimento tem vicejado e germinado em todas as searas da vida. Do campo  estatal ao religioso, do empresarial ao pessoal, do coletivo ao individual. São os invejosos do mal, são os invejosos vandálicos, sãos os invejosos a invejar o que não lhes pertencem e nem lhes diz respeito!
Assim vem prosperando o mal, a malignidade e todos os seus herdeiros e correlatos. A corrupção, a impunidade, os crimes passionais, o feminicídio são exemplos deles. Toda forma de violência  que se assiste contra a mulher é uma classe de inveja maligna ou diabólica inveja> Outro grupo movido da maligna inveja, o de políticos. Tem-se lá os da situação, que estão se locupletando, se corrompendo com dinheiro público. Novas eleições, novos ocupantes do Poder. A a corrupção volta na mesma toada. Era pura inveja dos que estavam fora do governo.  Ou alguém pensa diferente? Se tem gente que assim o faz e reflete, eu não tenho a mínima inveja dessa classe de gente e fim de papo.Junho/2017.  

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Vendilhões dos feriados

O MERCADO DOS FERIADOS CIVIS E RELIGIOSOS 
João Joaquim  

A  páscoa se passou mas falo dela nesse artigo. Há passagens e datas tão solenes, tão magnificentes que são atemporais. Assim penso para o Natal, para o 7 de setembro, para o dia do Índio, para  o 15 de novembro da Proclamação da República, etc.  A Páscoa.  Trata-se de mais uma ocasião quando podemos observar, constatar e analisar o comportamento, as atitudes, as tendências das pessoas, do gênero e bicho homem e do sistema mercadológico que nos engana, alicia e nos  escraviza. Há um cartel capitalista, comercial e de marketing que se tornou escravagista e escravocrata dos consumidores.
Estamos vivendo tempos políticos tão sombrios e tenebrosos que relembrar o símbolo da Páscoa faz bem à alma , aos corações. Oxalá pudéssemos viver o espirito de Natal e Pascal ,eternamente.
Antes de adentrar à questão central, vale a pena relembrar o que vem a significar a palavra. Páscoa vem do hebraico, pesach, com o significado de passagem, ou também de renascimento, renovação. Ao que parece, pela história geral e ensinamentos bíblicos, a origem remonta aos tempos pré-mosaicos.  Ela era a festa de primavera dos pastores nômades, quando se davam os dias  festivos com muita alegria e júbilo pela renovação (flores) da natureza. Ela se refere também ao Êxodo, a fuga dos hebreus do Egito. Se transformou em símbolo e memorial desse magno acontecimento.
No âmbito do cristianismo (muito celebrada pelos católicos) a páscoa simboliza a ressurreição de Cristo. E aqui dou ênfase a esse simbolismo. Páscoa, passagem (pesach). Nada mais nos traz à lembrança do que  a vitória de Cristo sobre a morte, com a sua ressurreição. Ou seja, Ele deixa a dimensão humana e torna à condição de Deus-Filho, para o convívio com o Deus-Pai. E assim acreditamos todos nós cristãos e religiosos (religados) com o salvador e com Deus. “ Eu sou o caminho, a verdade e a vida, quem crê em mim ainda que esteja  morto viverá”, Jesus Cristo.
Retomo o tema central então e reitero que a Páscoa é mais uma daquelas datas que é contaminada com o desvio de significado e de finalidade. Nos mesmos fins que tomou o Natal e ano novo. A figura do papai Noel por exemplo foi uma criação da capitalista e multinacional coca-cola. Basta verificar o biotipo do barbudo e bom velhinho e os frascos e garrafões da bebida, comprada e ingerida por todos os terráqueos.
Papai Noel e garrafas de coca são muito parecidos. As indústrias do chocolate, de trigo, do açúcar e do leite tiveram os mesmos “insights” da coca-cola. Pode parecer estranho mas, muitos “chocolates” industrializados e vendidos, têm menos cacau do que estes citados ingredientes(açúcar , leite) muito mais baratos e de baixo poder nutritivo. Além de outras substâncias aromáticas e sabor muito agradável. Numa clara estratégia de se tornar uma isca e aliciar as pessoas ao consumo exagerado. As crianças, como em muitas armadilhas de marketing, são os principais alvos. Os produtos (chocolates) são consumidos pela maioria das pessoas, sem uma consulta aos rótulos da composição e percentual dos ingredientes. Muitas vezes o que menos contem é o anunciado nos rótulos e propagandas( os “ chocolates” são exemplos padrão ).
Os preços oferecidos ao consumidor constituem uma outra página digna de reflexão. Grosso modo, conforme uma pesquisa de alguns Procons e associação de donas de casa, a variação chega a 120%. Ou seja, conforme a embalagem, o plástico, as cores e formato do invólucro, o quilo varia de R$ 22,00 a R$ 250,00. Considerando que se come a mesma composição, dá a impressão que a embalagem é foleada a ouro. E na verdade não é porque todas têm o mesmo destino, o lixo.
Enfim e ao cabo das coisas, dos seres e dos víveres e  viveres, feitas tais e quais considerações, tiveram elas as simples e puras análises do quanto somos produtos e pessoas resultantes do meio, da cultura e das imposições dos sistemas que nos rodeiam. Sofremos sempre dos efeitos das ondas contra ou a nosso favor. Somos diuturnamente influenciados pelo chamado efeito-manada.
Assim ocorre com a cultura do saber e dos sabor, do lazer e do entretenimento. Assim se dá com a relação de consumo, com as tendências da moda. Até  nas ideologias. Somos eternamente os(as) maria-vai-com-as-outras.
Que tal se criássemos nas datas de 21 de abril ( Inconfidência Mineira, Tiradentes), 7 de setembro (emancipação do Brasil) e 15 de novembro (Proclamação da República) produtos, livros e objetos históricos relativos aos heróis desses feitos épicos de nossa Pátria . Ainda que se vendesse pouco em comparação com os chocolates e presentes de Natal e da Páscoa  , já seria um bom começo para melhor instruir e formar nossas crianças e juventude de nossa História.       Maio/2017.  

Antifinalidade das pessoas

PESSOAS E COISAS  SEM FINALIDADE
João Joaquim  



Uma questão que é intrínseca ao próprio homem é a preocupação com a finalidade de cada coisa, ser, ação e atitude. É tão importante que existe um sistema filosófico nesse sentido, o finalismo. É um modelo de pensamento que tem por objetivo simplesmente essa relevante matéria: a finalidade de tudo quanto há nesse mundo de meu Deus, ou mesmo do diabo.
Deus e o diabo por exemplo entram nos questionamentos do finalismo. É de todos sabido por exemplo que o embate  do bem versus  o mal é uma luta eterna, desde que o mundo é mundo, desde o surgimento do homem.
Aplicar a finalidade a toda forma de existir pode-se principiar pela existência do próprio  gênero humano, mais seletivamente pelo homo sapiens sapiens. Ou seja, desse animal humano, pensante, inteligente e considerado superior a todas as outras  espécies de vida do planeta.
A introdução foi longa, mas não à toa, dado que o tema é complexo, inextricável em sua plenitude  e despertante de atenção, discussões e permanentes estudos e reflexões no campo das ciências e ramos da filosofia(finalismo, metafísica, existencialismo).
Uma eterna pergunta que envolve finalidade refere-se aquela inerente a própria presença do homem no planeta: de onde vim? Onde estou? O que sou? Para onde vou? Na verdade são quatro questões emblemáticas do por quê, que finalidade tem a  existência do bicho homem neste planeta.
Em se falando em  tais assertivas da finalidade das coisas e das ações humanas vamos em tese e de forma mais compreensível deixar algumas proposições e resultados de muitas coisas e empreendimentos cometidos pelos humanos.
Iniciemos  pelo próprio fim (destino, razão, finalidade, do homem). Tem-se que o objetivo era cuidar, povoar e administrar o planeta e toda a forma de vida animal e vegetal. No quesito povoar se começou e continua mal porque há lugares que têm gente de mais, outros de menos. Uns têm muito o que comer outros morrem de fome e de sede; catastrófico!
No quesito cuidar e administrar a terra e os outros viventes. Aqui também temos outras derrapadas e fracassos. A terra na verdade pede socorro. São degradações do meio ambiente, poluição de rios, mares e ar. A coisa anda tão feia que corre-se o risco de extinção da vida no planeta e ter-se aqui extensões de deserto e de calor. Condições incompatíveis com qualquer forma de vida. Ainda catastrófico!
Por falta de espaço e licença vamos afinar e afunilar para o mundinho de cada um, no seu dia a dia. Que finalidade por exemplo vê um indivíduo de baixos teres e haveres em ter uma prole de dois, quatro ou sete filhos? Seria aumentar o rebanho de analfabetos, desempregados e desqualificados? Já não bastam os que aí existem aos milhões? Já não chegam os membros nem, nem ,nem? Aqueles que nem estudam, nem trabalham, nem ânimo têm para ambas as coisas?
Assim então temos nesses exemplos a antifinalidade das coisas e ações do homem ou mulher, no senso de isonomia e responsabilidade entre os dois sexos . Ainda catastrófico!
Adentrando e particularizando como conclusões dessa digressão da finalidade de tudo existente e vivente. Tem-se lá um casal. Não importa o status social e econômico,  casal que  mora num apertado e restrito apê. Vida que anda muito difícil, de muitos impostos, prestações vincendas e cartão de crédito inadimplente. Pergunta final de finalidade: por que ter e criar um bicho de estimação, um pet? Por quê? Qual a finalidade? Por gentileza, quem estiver me ouvindo e  tiver as respostas que me as  traga , que continuo curioso e intrigado! Sempre catastrófico. Maio/2017. 

Os aditivos fúteis e vazios da Internet e redes sociais

  E nesses termos caminham rebanhos e rebanhos de humanos. Com bastante fundamento e substância afirmou o filósofo alemão Friedrich Nietzsch...