quinta-feira, 14 de junho de 2018

Beleza de Jesus e...

JESUS E MARIA NÃO TINHAM ESSA BELEZA DAS OBRAS DE ARTE. TUDO NÃO PASSA DE UMA FRAUDE

João Joaquim   

O padrão de beleza que o mundo capitalista e consumista, que a indústria da cosmética e da beleza nos apresentam hoje constitui um farsa, um grande embuste. Trata-se se uma assertiva forte e ousada. Se assim não  for, eu registro outra que se mostrará mais contundente e reveladora. Os modelos de beleza, de uma pele, de cabelos, de rostos e físicos perfeitos são contrafações e fraudes do que eram por exemplo um Jesus Cristo e Nossa Senhora. Em outras palavras, os padrões e design de beleza, aos olhos da história constituem em uma autêntica heresia ou simonia (tráfico de coisas e símbolos sagrados) do que eram Jesus e Maria, fisicamente falando, carnalmente falando, anatomicamente falando.
Quem  disse que Jesus era esse homem de rosto anguloso, olhos azuis, cabelos belos e longos, porte esbelto e atlético, lembrando um corredor olímpico de alta performance física? Todas essas imagens estilizadas, plenas de garbo, de linhas harmônicas e simetria foram imaginadas, fantasiadas pela sociedade. Pelo mundo capitalista, consumista e da beleza.
Ao que sugerem os estudos científicos de arqueologia, de antropologia, Jesus tinha um biótipo e feições completamente diversos de tudo que o mundo nos apresenta. Notadamente o mundo cinematográfico, fotográfico, iconográfico e da beleza. De  igual argumento, com base nos mesmos estudos étnicos e antropomórficos, as ideias e modelos físicos de Maria, a Mãe de Jesus. Ao que nos aproximam todas essas compilações científicas, Jesus era completamente estranho e distante de todas as pinturas, retratos e esculturas do que nos mostra a sociedade civilizada. Um homem mulato ou moreno, de estatura mediana, biótipo normolíneo, rosto redondo e cabelos em carapinha.
Em suma: tudo que a sociedade do consumo, da beleza e da moda nos passa de Jesus e Maria revela uma fraude e fantasia. E isto seguramente têm impacto e grande apelo nos exemplos e formatos de beleza e corpo, vendidos e impostos às pessoas. Tudo uma fraude e contrafação.
Quando se fala em modelo de beleza e corpo perfeito dois mundos ou duas tendências devem ser confrontadas porque se revelam antagônicas ou contraditórias. A primeira dessas tendências se refere ao consumo gastronômico ;  e a segunda à do corpo perfeito, belo e na harmonia e formas ditadas por essa mesma sociedade; ao apelo ao prazer do comer, dos festivos e felicidades da mesa; das libações alcoólicas de toda  natureza. Indireta e subliminarmente têm-se os apelos e os incitamentos à que toda felicidade e toda recompensa estão postas à mesa, nos vistosos, coloridos e odoríficos nacos de comida. Os apelos e convites podem ser assim expressos e sugeridos: comam, empanturrem, bebam à revelia, a vida, o gozo, a felicidade estão nessas apetitosas iguarias, nessas inebriantes e psicotrópicas bebidas. Comam e se embriaguem à vontade .
Em paralelo a todos os gozos e orgias da boca e do baco vieram as tecnologias da mobilidade e do imobilismo humano. Da imobilidade, através de todos os meios de transporte, do imobilismo através de todos os controles remotos. Ninguém precisa de ir à padaria à pé, ninguém se levanta do sofá para ligar a televisão ou do carro para abrir o portão da garage. Estão em curso até invenções de ginástica virtual, nada de esforço ou transpiração da pele.
Como consequência tem-se o paradoxo ou contrassenso dos diversos graus de obesidade e deformação corporal. Nessa fase entra então outro mercado consumista com seus apelos e marketing da moda, da beleza, do corpo turbinado e perfeito.
Surgiram então a indústria da beleza, e a medicina da estética e plástica corporal. Se da felicidade da boca e do estômago vierem mais gorduras localizadas, mais abdome em pneu, maior sobrepeso, para que preocupar? Fazem-se lipossucção, abdominoplastia! As mamas que já eram avantajadas se tornaram gigantes e um peso a mais para coluna vertebral? Cirurgia de mamoplastia! Se pequenas também por genética e constituição , tem jeito. Podem ser turbinadas com silicone e outros implantes.
E tantas outras lipos quanto necessárias para o alcance da beleza esculpida nos moldes da moda de momento. Um alerta que se faz em tantas técnicas de aspira e corta é que se tira a gordura e banha exterior. Mas, aquelas entranhadas nas vísceras, coração e artérias lá ficam ocultas. Como se nitroglicerinas ou ferrugem estocadas fossem. A qualquer hora podem romper ou causar obstruções circulatórias que resultam em infartos ou AVCS( derrames) de alta taxa de sequelas e mortalidade. Está aí o preço que se paga pela zona de conforto, pelos prazeres orgíacos da comida e libações etílicas .
O que se quer deixar desse artigo como mensagem final é que a mulher, muito mais do que o homem tem sido vítima da sociedade de consumo e da beleza. Há uma busca neurótica pela magreza como o modelo de corpo perfeito, pelo tamanho de partes anatômicas e contornos corporais. As diretrizes impostas pela indústria e profissionais da cirurgia plástica têm sido reducionistas. Elas trazem implícitas a mensagem de que a mulher se resume em seu corpo e contornos anatômicos. Isto é uma fraude, uma fantasia, um engodo. Porque a mulher é o seu interior, o seu pensamento, o seu coração, a sua alma, o que ela tem de intelecto e bem estar interior. O  corpo é apenas uma parte disso. Nada mais. Ou será que se disse alguma abobrinha, alguma platitude ou futilidade aqui. Há que se pensar.  Abril / 2018.

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