sábado, 30 de março de 2019

EDUcação

A EDUCAÇÃO COMO LIBERTAÇÃO DO INDIVÍDUO

JOAO JOAQUIM 


Na sua filosofia da educação Paulo Freire(1921-1975) sofreu influência de outros pensadores como Karl Marx (marxismo), Jean Paulo Sartre e Kierkegaard. Ele dava relevo especial à conscientização do indivíduo nas políticas da educação como um processo pedagógico libertador. Na instrução, crítica e conhecimento como um processo do desenvolvimento do homem ou da mulher que por ventura se encontra numa condição de opressão ou submissão (pedagogia do oprimido). O melancólico é constatar que Paulo Freire não teve o merecido e justo reconhecimento dos políticos e governantes de seu tempo. Coisas e ocorrências bem próprias de nosso país. Quantos não são os cientistas, pesquisadores e doutores que saem do Brasil, por falta de incentivo e suporte financeiro?
São centenas que deixam o próprio país por falta de financiamento para suas pesquisas. Além do salário que, às vezes é indigno, quando comparado com o que recebe membros do ministério público e do judiciário, ou mesmo os congressistas. São fenômenos  e jabuticabas próprias do Brasil.
A citação dos dois indigitados cientistas da educação no presente artigo foi um modo, um mote do tema central, a educação como transformação e formação do indivíduo. Ortega y Gasset disse que “o homem é o homem e sua circunstância”. Vale dizer que cada pessoa é o produto de seu meio social que começa pela sua educação. E aqui eu cito outro grande pensador, Jean Jacques Rousseau (1712-1778). Ele foi um franco-suiço, grande pensador da formação do ser humano. Autor da teoria do bom selvagem. Foi um dos iluministas e precursor do romantismo. Seu pensamento lapidar foi: “ Todo homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe”, teoria do bom selvagem.
Ele fazia acerbas críticas às instituições públicas, inclusive às escolas, capazes de desviar o indivíduo de suas potencialidades naturais. Ele é autor de duas obras seminais: o Emílio e o contrato social.
Rousseau  discorreu muito sobre relações sociais e atividade política. Das relações do homem com o estado. Das leis e estamentos.
Trazendo a temática da educação na construção e formação da pessoa humana. Não é pleonasmo a expressão pessoa humana. Serve para dar ênfase e distinguir de pessoa física e pessoa jurídica. Muito se tem negligenciado quando a questão é educação, notadamente com os avanços sociais, com o surgimento do instituto dos direitos humanos.
Ao que parece grande parcela da sociedade humana tem a fixação apenas no termo direitos. Nunca se fala em deveres humanos. Há na verdade uma corrupção, uma subversão desses princípios. E aqui entra o processo educativo. O maior reflexo da educação boa ou má, distorcida, canhestra, viciada, mambembe, customizada, individualista, egoísta se vê no conjunto de hábitos do sujeito.
O que é o habito? É o comportamento permanente do indivíduo, fruto de sua educação primeira, aquela que se inicia na fase da amamentação e da chupeta. A família, os pais, os cuidadores iniciais, sejam as babás e outros monitores da infância serão os modeladores do futuro caráter e padrão comportamental do indivíduo.
Nesse processo de educação e hábitos entram as atitudes mais básicas da vida. Assim temos os cuidados higiênicos, sejam os de ordem pessoal e ambiental, o respeito sistemático aos pais e aos idosos, ao cultivo da gentileza no trato com qualquer pessoa, ao respeito hierárquico a quem de mais experiência e de mais conhecimento, etc.
Enfim, os bons ou maus hábitos  são  o resultada da educação recebida e da família, complementada com os ensinamentos técnicos de uma boa escola. A educação é tudo na vida do indivíduo.    
    

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