domingo, 28 de março de 2021

DESpudonor

 

A PEC DOS PRIVILÉGIOS E DA DESFAÇATEZ

João Joaquim  

   Já perceberam o que andam fazendo os nossos congressistas? Isto mesmo! Os nossos representantes da câmara e do Senado, os deputados e senadores ( senadores, senhores!). Eles, deputados e senadores, são eleitos pelas pessoas para representá-las ante os outros poderes; a saber, o Executivo (presidência da Republica) e Judiciário (são 4 instâncias de justiça, como uma escada, 4 degraus).

   Só para relembrar, tudo quanto existe de leis, código de processo civil, código de defesa do consumidor, Código penal; todo esse emaranhado de leis é de autoria de nossos congressistas. Impostos? Toda forma de tributo é de elaboração de nossos representantes. As verduras que ingerimos, a água que bebemos trazem embutidos os impostos. Malquistos impostos! Imposto de renda! Já imaginou que forma de tirania! A pessoa rala, sua a roupa, fadiga, trabalha, trabalha! Quanto menos ganha mais imposto! É um paradoxo já provado matematicamente. O rico paga muito e paga rindo porque para ele não faz falta, ele já é rico. Se ele paga um pouco mais, porque possui muito.

   Se há uma classe de pessoas que anda se lixando para as leis e os impostos, duas classes na verdade, dos políticos, dos congressistas e dos ricos. Para mais exatidão essas 3 categorias de gente. E sabe por que? Aquele que chega à almejada função pública já vai de olho nos privilégios do cargo. Alto salário, verbas até para chapéu e pet de estimação, além de outros arranjos que todo brasileiro já sabe. São os ganhos que não aparecem na conta bancária dele, porque para isso há os laranjas, um cofre particular, bens móveis, joias, etc. Até bancos para guardar as propinas e dinheiro de corrupção. Bancos dos paraísos fiscais.

   Levantamento dos chamados portais da transparência e da imprensa investigativa demonstram que a maioria (77,7%) dos congressistas têm inquéritos e/ou processos em andamento no Supremo Tribunal Federal. Alguns parlamentares respondem a dois ou mais inquéritos ou processos. Muitos são réus e nunca cumprem penas.

   As causas dessas investigações são variadas. Desvio de verbas públicas, propina de empreiteiras, rachadinha, etc. Rachadinha no popular é roubo, assalto de dinheiro dos funcionários de gabinete dos congressistas. De duas uma escolha para o servidor: ou ele entrega parte de seu salário para o patrão ou ele perde o emprego (assalto).

   Diante desse cenário, fica nítido que um trabalho, enorme trabalho a que se dedicam os nossos digníssimos representantes é se defender das apurações, inquéritos e processos pelo Ministério Público e Tribunais Superiores. Para tanto, esses investigados e processados, representantes do povo, dos eleitores, contam com uma turma, uma banca dos melhores criminalistas. E mais, com o tráfico de influência política que eles (parlamentares e advogados) exercem nos juízes e ministros dos tribunais de 3ª e 4ª instâncias. Não é sem razão que raramente os políticos e autoridades recebem punição ou devolvem o dinheiro roubado.

   De momento os deputados, quase todos, de todos os partidos estão muito ocupados, afoitos e trabalhadores numa única empreitada. Trata-se da proposta de emenda constitucional (PEC) da imunidade, ou melhor, da impunidade parlamentar. Refere-se essa hedionda PEC, a uma espécie de salva guarda, uma garantia de um parlamentar não ser preso ou investigado no cometimento de qualquer crime. Não importa a tipificação desses delitos. Homicídio, feminicídio, corrupção, etc. Macacos nos mordam, mas esses são os representantes que elegemos para administrar o país e nossas vidas.  Março/2021

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