sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

ANESTESIADOS...




ESTAMOS TODOS ANESTESIADOS


  http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20140124&p=22



 João Joaquim 


 Eu tenho a sensação  de que a maioria dos brasileiros e brasileiras perdeu a capacidade de indignar-se e de escandalizar-se. Alguém menos atento ao que acontece e sucede à sua volta poderia me interpelar. Mas, como assim? Muitos de nós estamos entrando num estado narcótico, de estupor. São tantos fatos e acontecimentos ruins que já nem ligamos mais.
Muitos de nós estamos parecidos com aquele profissional que trabalha na produção de gases anestésicos. Imagine num laboratório que fabrica anestésicos inalatórios. Éter, clorofórmio e halotano por exemplo. Vamos supor um funcionário que trabalhe neste ambiente sem equipamentos de proteção. No começo, ao inalar estes gases ele sentirá mal-estar , tonturas, enxaqueca, sonolência. Com o passar dos dias ele sentirá um certo entorpecimento cerebral e nem sentirá mais  que são os gases inalados do ambiente. É a narcose ou torpor-dependência.
Nós como pessoas, sujeitos ativos e membros da sociedade civil estamos entrando num processo de estupor, de anestesia frente a tudo que há de ruim e podre neste país. As autoridades civis, jurídicas e militares estão num processo de narcolepsia. As coisas andam tão destrambelhadas e atrapalhadas que elas estão num processo de torpor. Ninguém mais se cora, se vexa, se envergonha com os fatos torpes, com a imoralidade, com os crimes de toda ordem.
Os nossos gestores públicos, os nossos representantes legislativos, os nossos governantes já não se tocam mais, já não se espantam mais com a miséria, com a violência, com o poder dos criminosos, com a fome, com a dor das pessoas.”Está tudo normal” explicam nossos governantes.
A saúde pública  anda muito doente. Da enfermaria ela  passou para a UTI. Seu estado é grave e progressivo. Oxigênio e respiração assistida já não resolvem mais. Ela caminha para um grau de falência de múltiplos órgãos governamentais. A educação ou melhor a desedução pública no Brasil está num estágio de claudicação intermitente. Ela patina, patina,  mas,  não sai do lugar. O prognóstico como o demonstram o pisa e o ideb é sombrio e não há sinais vitais de recuperação. O ministro da educação Aloizio Mecadante deve estar meio estuporado. Para ele  está tudo normal e há até motivos para comemoração. Já imaginou se para ele estivesse ruim e precisando de melhorar !
As tsunamis da violência vêm atingindo todo o país. Os assaltos a bancos agora se fazem ao ar livre. São usados para isto bananas nanicas e das grandes, com polpas de dinamites. Os caixas eletrônicos e tudo em volta vão para os ares. Sobram apenas  dinheiro que levam os bandidos. E os arrastões e rolezinhos que a bandidagem  promove? Agora os locais preferidos são os shoppings centers. Depredam e quebram tudo! A polícia não pode fazer muita coisa. As leis favorecem os meliantes.
E o PCC? O primeiro comando da capital? Por falar nele, quem é o atual presidente do PCC?  No estado do maranhão, parece que há pedido de mudança de comando. A OAB local pediu o impeatchment da chefe do executivo.  Em recente entrevista, a governadora Roseana Sarney disse não haver motivo para deixar o poder. Ela foi enfática;   que a violência urbana e nos presídios aumentou porque o “estado” está mais rico. Claro que ficou subentendido na verdade o estado não ente da federação( o Maranhão )  , ela deve ter se referido ao  estamento (o clã, a dinastia , a classe) Sarney. De fato eles sempre foram e estão cada vez mais ricos.
Enquanto ela discursava toda impávida e solerte, deu para perceber um cena curiosa,  nosso ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, parecia entorpecido, de mão  no queixo como que anestesiado.
 Nossa digníssima presidente  Dilma Rousseff  idem. Ela como muitas outras autoridades, continua entorpecida, sonolenta e com distúrbios de alguns sentidos. Ela nada sabe, nada vê, e pouco se espanta com o que está acontecendo no Brasil e à sua volta . Tá tudo normal! Já pensou quando alguma coisa começar a dar errado! Aí vamos lembrar daquele slogan da ditadura: Brasil, ame-o ou deixe-o .  

        
  
João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com



                                 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

ESQUISITICES DO...



 ESQUISITICES DO BRASIL

http://www.dm.com.br/jornal /#!/view?e=20140120&p=21
                                                                                  João Joaquim 


 Além do complexo de vira-latas, descrito por Nelson Rodrigues, o Brasil padece de outras esquisitices que vale a pena lembrar de algumas que envolve um misto de comicidade e abuso de nossa inteligência e tolerância.
Vamos começar por nossa saúde pública. Mais divertidamente do programa “ mais médicos”. Além de não melhorar bulhufas os indicadores de saúde, há aquele aspecto infamante de discriminação com os cubanos. Cerca de 80% do salário deles é enviado para o PC da família castro. PCC , relembro não é primeiro comando da capital é  partido comunista cubano.
No campo político são produzidos as maiores patacoadas. Eu citaria duas por falta de espaço. Temos a tal imunidade parlamentar, que muitos chamam de impunidade ( ou inimputabilidade) penal, privilégio de uma casta de gente, os representantes do povo.
Nos tempos antes dos condenados do mensalão, quantos presidiários políticos havia no Brasil? Que eu me lembre, só o ex-deputado Natan Donadon. Vejam que para eles esta lei funciona mesmo.  E a jornada de trabalho do congresso? Eles vão às sessões duas ou três vezes por semana; nos outros dias se dizem estar nas bases eleitorais ou viajando. Ás vezes nos jatinhos da FAB, fazendo implantes de cabelo. Existe ainda o tal do recesso parlamentar. Na verdade um(a) recessão, porque nesse período a gente até esquece que existe senado e câmara federal. Deveria haver também um recesso de salários. O parlamentar não receberia os vultosos salários enquanto não voltasse a trabalhar ( ou seria trapalhar?).
 E na justiça? Olha, para ser bem justinho, os operadores de nossa justiça são também campeões em uma cultura e leis muito excêntricas. Para começar, a justiça é a primadona em concentração de renda e privilégio salarial. Em geral os prédios que abrigam o judiciário são de fazer inveja até aos antigos faraós do Egito. São obras nababescas padrão-fifa. O judiciário também tem o recesso forense. Dezembro e janeiro quase nada funciona. Agora o supra-sumo da esquisitice do mundo jurídico são as penas cominadas aos juízes e outros figurões da mesma esfera. Quando flagrados em crimes como corrupção e peculato a pena aplicada é a aposentadoria compulsória. Mas, os contemplados com esta doce punição não têm culpa! Quem fazem as leis são aqueles mesmo trabalhadores da imunidade penal ou recesso parlamentar. São poderes independentes e coesos. Quanta coesão,para tantas coisas esquisitas. Já imaginou se essa regra valesse para todo mundo, inclusive na âmbito privado. O funcionário cometeu algum ilícito, aposentadoria nele.  A  previdência oficial ( o INSS) estaria falido há muitos anos.
E no campo político do poder executivo? Aqui também três trapalhadas de nossos governos , por falta de mais espaço. Especialmente na gestão petista. Duas esquisitices são:  mudança do imutável,  horário de verão e desvio de curso do Rio São Francisco. São projetos e obras que até agora só geraram danos e gastos de bilhões. Benefícios para o povo mesmo, necas de pitibiriba. Na tentativa de mudar o leito natural deste importante rio, o que tem mudado, não se sabe para onde,  tem sido o destino dos bilhões para o projeto.  Já o horário de verão , bem, deixa pra lá , tem gente que gosta.
Para fechar, mais uma esquisitice, o projeto do trem-bala Rio - São Paulo. Orçado em cerca de 25 bi, ele ainda não andou nem no papel. Todavia, nossos gestores responsáveis por essa maravilha do mundo moderno já gastaram cerca de 3 milhões com blá blá blás e lero leros. Nossos governantes não dão conta de cuidar nem da rede de ônibus para estudantes e trabalhadores. Imagina o projeto do trem-bala.  São esquisitices próprias de nossos políticos e de nossa Pindorama. Depois ainda fazem piadas dos portugueses. Só mesmo no Brasil!     


  
João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

AGONIA NO OCTÓGONO



 AGONIA NO OCTÓGONO, O COLISEU DA HIPERMODERNIDADE.
                                                                                                                                                       JOAO JOAQUIM





Quando se fala em Coliseu vem-nos à mente a cidade de  Roma, não a Roma de nossos tempos, que abriga, pode-se assim dizer, o Estado do Vaticano, sede papal da igreja católica.
Este anfiteatro gigante( o coliseu), maravilha do mundo contemporâneo lembra uma Roma da era medieval.
E os coliseus brasileiros? Vejam os leitores! Parece até mania de grandeza, mas nós temos sim, nossos Coliseus. Ah! Ah! Imagina! O Brasil não ia ficar fora desta. Se somos penta no futebol, se temos arenas padrão FIFA para o esporte mais popular, por que também não os nossos Coliseus?
Todavia, vamos primeiro fazer um tur pela Roma do período pré-medieval e sabermos um pouco de sua maior obra arquitetônica, que está de pé até hoje. O Coliseu.
O termo coliseu vem de colosso(colosseo), em homenagem a estátua colossal do imperador Nero, que existia nas proximidades dessa gigantesca obra, uma materialização de poder e opulência daquela época. . Também denominado anfiteatro Flaviano (dinastia dos Flávios ), ele foi erguido pelos imperadores Vespasiano e Tito (80 d.C).
A obra tinha (ou tem) quatro andares e cerca de 80 entradas com capacidade para 100.000 pessoas. Desastres naturais e os terremotos de 847 e 1231 provocaram grande avaria nas estruturas dessa magnífica  obra. Sua construção durou 10 anos e foram “usados” cerca de 60.000 escravos judeus. Quem imaginava que escravos eram só os de etnia negra, pode constatar que naquela época os brancos também sofriam nas mãos dos ditadores.
Agora o que deixa as pessoas civilizadas  estarrecidas no mundo de hoje, e com toda razão, foram os espetáculos que se encenavam, ou melhor que se praticavam nas arenas do Coliseu. Coisas próprias da época pré-medieval. Lá no interior daquele “esplendor” da engenharia da época as penas de morte se transformavam em espetáculo ao vivo. Todos tinham entrada e comida de graça. Foram os tempos da cultura do pão e circo. Era uma forma dos imperadores deixarem a plebe, o povão de barriga cheia . Assim eles não reclamavam das agruras de se viver sob as leis ditatoriais dos poderosos de então . Alguma semelhança com o Brasil de hoje( do pão e circo) é mera coincidência.
 Cristãos e inimigos dos imperadores eram soltos nas arenas e feras como tigres e leões famintos os devoravam sob os apupos da nobreza e de populares. Calcula-se que mais de 500.000 pessoas morreram e um milhão de animais selvagens tiveram o mesmo destino em “divertidos” safáris para delírio dos presentes. Havia também lutas humanas. Eram os gladiadores,  numa espécie de vale-tudo. Eram espetáculos onde os homens se nivelavam com animais os mais bestiais e selvagens possíveis. Eram crueldades e mais crueldades e o povo em delírio .
Bem ! e os nossos coliseus ?  Uma réplica dessas lutas dos gladiadores romanos, lá daqueles tempos medievais, se dá hoje no Brasil e em outros países como U.S.A. São as lutas de UFC e MMA realizadas em arenas especiais chamadas octógonos. Com uma diferença básica; nesses coliseus de Pindorama ou em  terras do tio Sam que são montados onde se faz o espetáculo , além da platéia presente há transmissão pelas TVs, rádio e internet. São milhões de pessoas que vêem as bestas-feras humanas apanhando e massacrando os adversários. Além de reprises em TV aberta e fechada, pela internet pode-se assistir tudo, sem nenhuma censura.  Ganha aquele que mais ferimentos e danos provoca no adversário, ou deixa-o desmaiado, quando não  em coma, inválido ou morto. O inusitado é que o indivíduo pode também se autolesionar . Foi o que ocorreu com o brasileiro Anderson Silva, na madrugada de 29.12.13, quando ele tentava recuperar o título de pesos médios de UFC contra Chris Weidman em Las Vegas (U.S.A). Anderson fraturou a perna esquerda ao tentar atingir o adversário. Uma cena  dantesca, trágica e muito dolorosa.
Para políticos do esporte, gestores do bem-estar e da paz, para nossos governantes  e simpatizantes dessas rinhas humanas está tudo normal. Agora pense que péssimo exemplo representa  esses massacres sendo televisionados e repetidos para quem quer ver. Imagine  se nossas crianças e adolescentes vão ficar de fora, sem  assistir  a esses dantescos e sádicos espetáculos . Eu duvido.
Os empresários, do ramo, os patrocinadores, as TVs transmissoras como Rede Globo e afiliadas chamam estes massacres humanos de esporte. Tudo sob os beneplácitos e chancela de nossas autoridades e da justiça.
Como se conclui, o sadismo, o gozo com o sofrimento alheio, o espetáculo que envolve o aniquilamento, humilhação, carnificina e sangue alheio são coisas não apenas dantescas e medievais, mas bem atuais. Tem gente que gosta, se diverte, se delira com tudo isto e paga caro para ver. E há os algozes e vítimas, empresários e patrocinadores que levam milhões.
Depois desta, fica então a reflexão, os milhões de espectadores destas brigas talvez não tinham pensando. Mas, nossos octógonos de UFC e MMA são mesmo nossos coliseus do Brasil e da hipermodernidade. Isto porque somos humanos, racionais , dotados de inteligência , às vezes propagamos a paz e condenamos a tortura, os crimes impunes, a violência contra a mulher etc. Já imaginou que hipocrisia! Só mesmo no Brasil , ou em Las Vegas ,  e em países de mesmo quilate civilizatório.   

     

    João Joaquim -médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

CHUVAS DE MINHA INFÂNCIA



AS CHUVAS DE MINHA INFANCIA   
                            
                      João Joaquim 


Escrevo esta crônica sob o mavioso som de uma chuva fina que cai desde a madrugada. Chuva devolve-me a infância! Nasci e cresci em  rincões  das Minas Gerais. Costumo fazer um chiste do nome de minha cidade natal. Iapu. Lembra o que? Nome de imposto, ipi ,  Iptu. Fazendo um anagrama  perde por uma letra. Mas, para quem não conhece, não pensem que morar em Iapu é uma imposição. Trata-se de uma cidade pequena, cerca de 10.000 habitantes, mas muito aprazível de se viver. Fica a 250 km de Belo Horizonte e a 30 km de Ipatinga.
Chuva e minha infância. Lembra-me bem; quando criança sempre que chovia costumava sair de casa após a chuva. Normalmente quando era torrencial ou a cântaros. Chover a cântaros (potes, moringas) é expressão idiomática comum de MG que se abrasileirou.
Por que do atrativo de sair depois de uma tromba d’agua ou chuva  a cântaros? Além da formação de imensas lagoas e águas correntes, surgem “erupções” de águas da terra. São espécies de arroios temporários. Lembra-me muito bem que isto era encontradiço em terras de cupins e formigueiros. O misterioso é que esses insetos nem se quer eram removidos das locas e túneis subterrâneos. Passada a torrente de água lá estavam eles firmes e mais vigorosos a picotar as plantas. As formigas saúvas são pragas de difícil combate.  Houve um tempo , idos de 1970 ,em que se dizia : ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil. As saúvas mais nocivas ao Brasil de hoje estão entocadas em Brasília, bem ali na praça dos três poderes. Penso que o presságio daquela época era para estas formigas entocadas no distrito federal.  
O risco de se brincar nessas águas da chuvarada eram os animais peçonhentos. Cobras, aranhas e escorpiões. Os bichos são desentocados e se tornam mais agressivos. O perigo era  iminente. Recordo-me de tê-los visto muitas vezes. Mas, velhaco e sabedor dos ditos cujos, nunca fui picado pelos infelizes. Nessas brincadeiras dos aguaceiros das chuvas de roça havia outro risco já calculado. Eram as broncas ou descomposturas recebidas dos pais, quando não algumas lambadas de cinto ou de vara de marmelo. Mas, infância e natureza em festa eram tudo  isto. Toda aventura temerária valia a pena.
Uma outra lembrança que as chuvas me trazem eram as casas da época. Eram construções com o pé-direito muito alto e sem forro (gesso). As noites de chuva encerravam uma harmonia muito acolhedora e agradável para se dormir. O doce murmúrio dos filetes da chuva nos telhados com o escoar das águas no entorno das casas criavam um clima ímpar de muita bonança e paz. Algo só visto com toda magnitude no ambiente rural.
Hoje ,com a maciça urbanização das pessoas, a juventude e as crianças perderam a noção desse encanto bucólico pela natureza selvagem, aquela onde temos selvas de puro  verde em vez alamedas de  concreto e pedras que são as cidades. São legados do progresso e da tecnologia. Tenho por hábito repetir que vejo cada chuva como um sorriso da natureza. São gotas e torrentes de alegria, quando toda vida se renova e se remoça. Não compreendo quando vejo as pessoas se irritarem em dias chuvosos. Basta que essas pessoas de almas empedernidas e pouco antenadas com a natureza se lembrem que toda forma de vida, inclusive a humana, se sustenta graças às dádivas das chuvas.
Por tudo isso que tenho a estação das águas como a mais bela. Toda a terra molhada se torna uma alfombra de verde, rios e mananciais se enchem de águas do céus. Os cardumes e passarada povoam mais a natureza. Todos os seres se confraternizam num uníssono maravilhoso.
 Assim , que me perdoem os não apaixonados pelos dias chuvosos. Eu não me canso de voltar aos meus dias de menino em tempos de chuva. Chuva me lembra vida, me lembra nascimento, me lembra flor, me lembra beleza, me lembra a mais generosa aliança do azul dos céus com os verdes a brotar na terra. Benditas as chuvas que caem das nuvens e me fazem de novo uma saltitante e feliz criança. Que venham mais chuvas, Amém!         


João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com


Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...