Nem o Apocalipse, nem Nostradamus previram
Diário da Manhã
João Joaquim
Há de se supor que nem os profetas das sagradas escrituras, nem Nostradamus, nem Júlio Verne conseguiram antever o que todos temos visto de ruim; e mais, com jeito de que ou vai continuar assim ou até piorar pelo andar da maionese.
As coisas por aqui andam esquisitas e duvidosas que até o passado anda imprevisível. Um exemplo tem sido a comissão nacional da verdade(CNN). Quando achávamos que sabíamos muita coisa, olha quantos fatos escabrosos e medonhos têm sido desvendados. Alguém imaginava que existiam as casas da morte no regime militar? Pois é, isto era imprevisível. E ainda outros fatos terrificantes ainda poderão ser deslindados. Desde minha adolescência eu pude presenciar muitas tragédias em nosso país. Excluo destas que me impactaram as naturais, as de trânsito e mortes inesperadas. Falo daquelas tragédias político-sociais que atingiram a sociedade como um todo.
Eu começo pelos idos de 1960; no governo de Jânio Quadros e João Goulart. A nação inteira vivia sob um clima do medo, da incerteza. Havia o temor das forças esquerdas e o comunismo se implantarem no Brasil. Tais medos e sobressaltos não eram, sem razão. Jânio e Jango tinham admiração por líderes comunistas (Mao Tsé Tung, Fidel Castro, Che Guevara). Estes ícones de esquerda eram reverenciadas e tratados como heróis socialistas. Che Guevara chegou a ser condecorado por Jânio Quadros. Foi um autêntico escárnio e um surto esquizofrênico-delirante do então presidente da nação.
Depois veio o golpe inevitável de outras forças, as armadas. A rigor pareceu necessária, uma intervenção cheia de outras tragédias para muitos perseguidos políticos e comunistas de ideologia e de carteirinha como o sr. Prestes e aliados.
Foram 21 anos de um regime totalitário, tirânico, com terror de estado, censura, tortura de militantes de esquerda, mortos e desaparecidos.
Elegeu-se Tancredo Neves em 1985 pelo colégio eleitoral. Mais uma tragédia com a morte do Tancredo antes da posse. Uma comoção nacional.
Assume o vice José Sarney. Muito blá blá blá, estardalhaços, inflação galopante, planos econômicos desastrados. Elege-se o histriônico e “caçador de marajás” Fernando Collor. Outro desastre político sem precedentes. Muito barulho, luxúria , corrupção, roubalheira e final trágico com o impeachment. Uma trégua com a posse do vice Itamar Franco e depois 8 anos de governo FHC, sem turbulências e poucos escândalos.
Inicia-se o governo Lula em 2002. O ex-metalúrgico se apresenta como o sal da terra, o novo messias do Brasil. Suas prédicas, discursos e sermões lembram a Antonio Conselheiro (vide Canudos, Euclides da Cunha). Grande parte da plebe analfabeta e ignara acredita em tudo prometido. E muitos , dada a lavagem cerebral por que passaram, continuam acreditando em promessas vãs.
Numa sumária resenha vamos quadrando ao que foi a débâcle (ruína) do governo lulodilmista nestes 12 anos (2002-2014). Estabeleceu-se o regime político da mentirocracia, da mitomania, da vaidade, da arrogância, do não sabia de nada quando eram questões de rapinagem e improbidade administrativa de assessores, ministros e companheiros ideológicos petecomunistas.
Lula da silva para governar teve paralelo o maior esquema e quadrilha de corruptos e corruptores em toda história do país. Foram milhões de dinheiro na compra de apoio e votos de parlamentares no congresso. Estamos a falar do mensalão (ação penal 470 STF), cujos chefes da quadrilha eram os eternos e fiéis companheiros José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares.
Mas, não parou por aí! Foram desmandos e outras roubalheiras e outros feitos nada fiéis e nada patrióticos com o sofrido e passivo povo brasileiro.
Só para ficar em alguns eu finalizo. Perdão a dívidas bilionárias a ditadores sanguinários africanos, construção do porto Mariel para a família castro em cuba, negócios escusos com o governo chavista da Venezuela, desvio de milhões para o regime comunista de cuba através do nebuloso e ilegal programa mais médicos. Interrupção de pesquisa do IBGE (pnad contínua), que mostraria entre outras mazelas, a piora da renda familiar em todo o país. Uma desvantagem quando se trata de reeleição da presidente Dilma.
Para fecho com chave de ouro de tanta desgraça e desfaçatez governamental temos de mais novo a bancarrota da PTbrás (ex Petrobras). Só aqui calcula-se em cerca de R$ 3 bilhões o prejuízo para os cofres já saqueados do Brasil. E olha que tem outros saques fraudulentos. É que falta-me espaço para citá-los!
(João Joaquim, médico, cronista do DM - joaomedicina.ufg@gmail.com)