SEM SAÍDA
TÚNEL SEM FIM E SEM LUZ.
João Joaquim- médico cronista DM joaomedicina.ufg@gmail.com
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João Joaquim
Volta e meia, frente a algum reboliço social, de
greves e manifestações anônimas ou de algumas categorias
profissionais, nós ouvimos os mesmos truísmos justificativos de
nossos políticos e governantes. Os lugares-comuns mais encontradiços são: não,
não há risco para nossa democracia, nossas instituições são sólidas e sem
perigo de qualquer ruptura.
E então a gente pergunta, será? Eu lembro-me bem do
regime militar, do golpe de Estado de 1964, que vigorou até 1985. Lembram-me
muitos fatos e cenas da época, pré e pós-revolução. Como estudante secundarista
da época, cheguei a ser inquirido por agentes militares do governo. Sem trauma,
sem coação, tudo resultou inócuo para mim.
Não, não, cem vezes não! Ninguém quer e tem
saudades daquele regime de exceção, a não ser, imagino, um grande percentual
dos próprios militares. Que aqueles anos de chumbo e de muita censura e caça ás
bruxas sejam um período de exceção único em toda nossa história e ponto final.
Todavia, uma reflexão e comparação são
inevitáveis. Olho os fatos e políticos que antecederam a revolução
de 1964 e os de hoje em plena democracia. O que mais enoja, inquieta e traz
insegurança a qualquer brasileiro(a) de bem neste governo Lula e Dilma(
lulopetismo)? Eu reforço a frase, brasileiros de bem, aqueles(as) que trabalham
e vivem com um kit básico de honestidade e decência.
Eu acredito que muitos de nós estão
intranqüilos com o presente e incertos quanto ao futuro. Isto , sim, tem sido
inquietante, repito, preocupação para as pessoas que de fato
trabalham honestamente, pagam seus impostos e esperavam mais de um grupo de
políticos que antes pregava ética e moralidade com as coisas públicas.
Fica a sensação de que estamos vivendo uma
guerrilha urbana, com hordas de delinqüentes e bandidos aterrorizando o país.
Brasileiros decentes e probos mereceriam mais proteção de nossas lideranças, e
não temos tido esta garantia das autoridades oficiais no comando do país .
Neste rol de brasileiros(as) decentes e honestos
ficam excluídos todos aqueles que recebem as bolsas eleitoreiras do governo,
bolsa família, fome zero, minha casa minha vida e muitos cotistas das
universidades. Com uma ressalva, as pessoas agraciadas com estes benefícios do
governo, não têm tanta culpa porque compõem a legião dos milhões de
analfabetos. Mas, são todos venais, com a garantia de votos aos petistas que os
sustentam.
Hoje somos milhões que vivemos num clima de
incerteza e insegurança com os fatos que se desenrolam pelo país. Perdemos a
paz e alegria de ir e vir, de assistirmos a um jogo de futebol nos estádios, de
sair à noite com a família. Escolas, universidades, comércio e shopings se
tornaram espaços de alto risco para estudar e trabalhar. As manifestações
carbonárias e incendiárias que vêm aterrorizando e matando as pessoas desde
junho de 2013 são um rotundo e retumbante acinte, desrespeito e arriscada
irrupção da ordem que deve governar um país democrático e civilizado.
Em 40 dias( 2014), só no Estado de São Paulo, foram
destruídos e queimados 180 ônibus. Bancos e lojas depredados, assaltos,
agressões e assassinatos cometidos por hordas de Black blocs criminosos. A
dignidade das pessoas, o patrimônio público e privado têm sido dilapidado por
essas alcatéias de lobos urbanos. Vândalos, da pior estirpe. Denúncias surgem
de que estes criminosos vips são financiados por alguns partidos políticos e
outras facções do mal. Torna-se necessária uma força-tarefa das autoridades
para apuração destas graves e agourentas notícias .
O que temos ouvido de autoridades e líderes do
governo (PT e aliados)? Trocas de insultos, bravatas e acusações deselegantes.
Atingimos um clima de presidiários políticos ficar de bate-bocas com ministros
da suprema corte que os condenaram.
Será que precisamos de mais desordem para ameaçar
nossa organização democrática, nossas instituições republicanas? Se for já
estamos num poço sem fundo e no começo de outro túnel sem luz do início ao fim
. Salvai-nos senhor!