terça-feira, 31 de março de 2015

CULTURA

  Assim Me Ensinou O Bariani Ortêncio
 Joao Joaquim


O pouco que sei de português eu aprendi nas escolas por onde passei e por ter o hábito da leitura. Eu sempre tive dificuldades por exemplo com gramática. Desta, a sintaxe sempre foi o meu tendão de Aquiles. E de fato eu penso ser um nó cego difícil de desatar para todos. Afinal essa parte encerra a estética, a beleza estrutural de qualquer texto.
Existem outros tópicos de grande relevância na arte de bem falar e escrever. A linguagem oral por exemplo tem a questão da acentuação das sílabas. Imagine ouvir rúbrica em vez de rubrica, dói os tímpanos .  Esta matéria na gramática tem até um nome curioso ortoépia, que alguns dicionários registram com sílaba tônica no PI (ortoepia), também chamada de prosódia. A ortografia embora traga dificuldades para muitos tem o recurso do computador. Os editores de textos já fazem a autocorreção e tudo finaliza sem riscos de erro. Agora se tem outro capítulo que sempre me representou em argueiro nos olhos é a tal regência verbonominal. Eu, na dúvida faço como o dilema da ortografia, desassossego é com 4 ou 5 s ? Eu troco a palavra por impaciência, porque aí eu tenho certeza de não errar. Mesma história da secretária que perguntou ao chefe: sessenta é com dois s? O chefe pensa, pensa e tascou essa : troque por trina mais trinta. Um outro recurso que adoto também é ler com bons dicionários do lado. Eu trago sempre uns três em minha mesa. Um de sinonímia, um analógico e outro de regência verbo-nominal. Trata-se do popular pai dos burros (que injustiça com este muar) ou de quem se candidata a deixar de sê-lo(burro). A busca na internet também é uma opção, mas tem que ter cautela com a credibilidade (ou não) da fonte pesquisada. Existe muita abobrinha na grande rede. Eu tenho para mim que o melhor recurso para  se aprofundar e entender bem o Português é na busca da leitura de grandes clássicos de nossa literatura, de escritores dos vários períodos e escolas literárias. Aí podemos buscar desde representantes do barroco até o modernismo de hoje.
A propósito de buscar a influência de luminares na arte de bem expressar e escrever conta-se que certa vez um  repórter entrevistou o nosso pequeno gigante Ruy Barbosa. Inquiriu-lhe então o entrevistador, Dr. Ruy como e onde o Sr. se inspira para tão bem expressar o nosso idioma? Ao que retrucou o grande Ruy, lendo o Padre  Antônio Vieira. Não contente, continuou o repórter, mas Dr. Ruy, quando o Sr. vai para o púlpito, o parlatório, todas as galerias, a plateia se emudece com o clangor  de seus discursos! O Sr. busca alguma inspiração em alguém? E então retorquiu o nosso Águia de Haia ( cognome de Ruy Barbosa), eu me apoio relendo e trelendo o padre Vieira. Como se sabe, Antônio Vieira foi um gênio em várias línguas, dentre elas latim e suas derivadas como o português. Ele foi também o nosso Cícero brasileiro na arte da oratória. Em seus sermões, muito do que ele pregava sobre os governantes, os arranjos e camarilhas de pessoas desonestas e sem escrúpulos com as coisas públicas se aplica perfeitamente aos nossos políticos corruptos de hoje. Como se vê, corrupção ou  malandragem ,  é um mal que está na índole humana que perpassa os séculos.
Com a modernidade da internet tem havido um distanciamento das pessoas no hábito da leitura. Cada vez mais as plataformas digitais, com os textos virtuais (e-books), têm substituído o livro físico, imprenso em vários formatos. Desde o seu surgimento eu nunca esconjurei a utilidade e valor da virtualidade. Para quem sabe bem empregá-la a internet tem mil e uma utilidades. Mas, ela traz também milhares de futilidades. É um mundo sem leis e sem regras. Os pais e escolas de hoje querem educar as crianças e adolescentes apenas com os recursos digitais .  O que  é de uma sandice e asneira sem tamanhos. Gosto do conselho de Bill Gates ( dono da Microsoft) aos filhos, primeiro dou-vos livros , depois computador.
Para mim um bom aprendizado não se faz sem o lápis, a caneta, o caderno  de escrita e livros tradicionais. Iniciada a educação com estes instrumentos e recursos, depois, sim, apresentamos  ao educando, ao aluno, os recursos complementares da informática . O contrário, seria um retrocesso, uma inversão na lógica da verdadeira pedagogia. Em suma e já afunilando o tema de dominar o mínimo, o básico ou o  bastante da língua portuguesa vai depender do uso e exercício que faço com o nosso idioma. E isto se processa num moto-contínuo desde a infância. A família, os pais têm um papel decisivo e eterno na cultura dos filhos. Um dos segredos  na educação dos filhos está no exemplo, no modelo dos pais. Pais bons leitores farão filhos de mesmo comportamento. A esse propósito conto até um diálogo que tive certa vez com um amigo meu de vastíssima cultura. Ele tem nome simples ,Waldomiro. Trata-se de pessoa batalhadora que se apartou nestas terras dos Goyazes e por aqui se aboletou e não saiu mais. Aliás, eu também vim parar aqui desde minha graduação em Medicina. Sou de Ipatinga MG, cidade situada no Vale do Aço, próxima de Itabira do Drummond .
Inquiri então desse bom forasteiro  :  - amigo, como você conseguiu tanto saber, tanta cultura, tanta versatilidade em Ciências e artes tão diversas? Ao que respondeu-me sem vacilo e sem  titubeio - Lendo! Desde criança eu tinha o gosto da leitura. E completou  : - Por iniciativa própria e incentivo de minha mãe e meu pai eu  lia tudo. Pronto! Este é um segredo para se tornar suficiente e proficiente no próprio idioma e depois em outras artes e Ciências.
Falei do exemplo desse amigo Waldomiro. Trata-se de ninguém menos que o nosso ilustre e multicultural Bariani Ortêncio. Waldomiro é apenas seu 1º nome. Paulista de Igarapava que veio para Goiânia na década de 1930 e aqui se tornou um empresário bem sucedido. Hoje o seu maior empreendimento é sua vastidão cultural, com mais de 40 livros escritos, incluindo literatura, folclore, música e arte culinária. Por tantos feitos (e bem-feitos) em vastas áreas da literatura( crônicas, romances, História) e artes mencionadas , nosso querido , magnânimo , sábio e grande romancista Bariani Ortêncio, mais do que merece uma cadeira na casa de Machado de Assis, nossa gloriosa Academia Brasileira de Letras. Está passando da hora de ele vestir o fardão dos imortais, porque por mérito,  ele já se eternizou na memória e coração  dos que lêem e conhecem suas atividades como intelectual e escritor prolífico que é. Eu já o coloco no Panteão dos grandes escritores de Goiás, do Brasil e do mundo. Afinal até o papa Francisco já conhece as suas obras. É pouco coisa ou querem mais? 


João Joaquim 
médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com



UAI !

O QUE SIGNIFICA UAI ?  UAI, UAI É UAI, UAI !

João Joaquim



 Falando de algumas particularidades do Português eu sempre tive algumas rusgas em empregar certas palavras no rigor de suas funções de sintaxe, de regência, de significados conotativos e denotativos etc. O emprego de alguns verbos também sempre me trouxe algumas dificuldades. A tal de transitividade! Tem verbos que nos dão um verdadeiro baile na hora de escrever uma frase, uma ideia. Existe aquele verbo por exemplo que não tem trânsito com ele. Ele se considera intransitivo ou intransigente. Chover por exemplo. Choveu e pronto. Ele não quer saber o que(choveu) e nem para quem. Muito egoísmo. Um outro que já me deu algumas rasteiras é o verbo assistir. Dependendo do contexto ele é igual a ver. Fulano assistiu (viu) o jogo. Como se trata de um verbo altruísta  ele pode também ser igual a socorrer (transitivo indireto). O médico assistiu ao doente. Existem verbos terríveis de feio. Este por exemplo: parte do congresso assaltou os cofres da Petrobras. Assaltar: verbo que expressa uma ação transitiva direta. Se bem que, suas excrescências, vários dos políticos atuais deram uma bitransitividade ao ato de assaltar porque foram ações diretas e indiretas, via doleiros e empresários contratados pelo governo petista. É importante nossos gramáticos ficarem atentos e acrescentar esta noção de assaltar.
 Voltando ao incorruptível que é o nosso idioma português, tido como a última flor do Lácio( Olavo Bilac), continuemos então a discorrer sobre algumas de suas particularidades de difícil domínio. Ele mostra também o quanto é vasto, rico de verbetes, mas que oferece muitos recursos para quem o cultua, o admira, o exercita com prazer e encanto. Uma ocorrência que sempre lamentei, foi a extinção do latim como uma língua formal. Que fosse uma língua não oficial é compreensivo, mas não deveria ter saído dos currículos de ensino. A justificativa maior para fazer parte das grades escolares   é o fato do latim ser a língua mãe, a origem de vários outros idiomas; o Português, o Francês, o Espanhol por exemplo (idiomas neolatinos).
O latim e o grego constituem os idiomas que mais contribuem na formação etimológica das línguas neolatinas, do nosso Português por exemplo. Na minha concepção um dos segredos de entender melhor o Português é saber a etimologia de cada palavra. Isto torna a compreensão dos signos e significados mais fácil. Eu sempre tive uma obsessão por saber de onde vem e o que significa cada vocábulo na sua origem. Para quem não tem esta atração basta experimentar para ver o quanto se torna mais clara a compreensão de cada palavra.
Muitos outros idiomas deram origem ao Português. O tupi-guarani, os idiomas africanos, o italiano e até palavras existem com origem duvidosa, inventivas, folclóricas ou gaiatas. Para quem gosta do tema eu recomendo o livro A Origem Curiosa das Palavras, do jornalista Márcio Bueno.

Para já ir arredondando o tema eu  perpasso sobre a origem da interjeição uai dos mineiros. Primeiro uma pequena anedota sobre tão popular palavrinha. Um historiador da PUC Goiânia foi a Minas Gerais pesquisar o tema. Assim que ele desembarcou no aeroporto da  Pampulha e viu um mineiro foi logo lhe perguntando: afinal o que significa a palavra uai? O mineiro ficou meio meditabundo, pensou, pensou e lascou esta: uai, uai é uai, uai! Tem coisa que não se define, entende-se!
 A verdade real sobre a origem de tão popular interjeição quem  me deu foi o mestre e amigo Bariani Ortêncio. Ei-la : os inconfidentes mineiros para driblar a polícia lusitana ( do Coroa Portuguesa) usavam uma espécie de senha em suas tratativas e quando chegavam nas casas uns dos outros tinham uma comunicação previamente combinada . Eram três toques na porta ou a sigla UAI( união, amor independência). Tal origem foi confirmada por pesquisa encomendada por Juscelino Kubitschek nos anais da arquidiocese de Diamantina( terra natal de JK) e arquivos antigos do estado de MG. O que se tem de certo é que de tão repetida a sigla UAI se tornou a interjeição mais popular dos mineiros e até de brasileiros de outras regiões. É isto aí , uai! Esta explicação foi inclusive noticiada pelo jornal Correio Braziliense , já faz uns bons anos.     


 João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com

PANELAÇO X DILMA

COM TANTA CORRUPÇÃO E TRAPALHADAS, HAJA PANELAS

João Joaquim


O 15 de março 2015 foi mais uma oportunidade que a nação  teve de ver o jeito petista de engambelar o povo brasileiro. Como vimos, as manifestações, previamente combinadas pela sociedade civil, através das  redes sociais da internet foi um sucesso de participantes e de protestos. Foram reclamações justas e legítimas de norte a sul, de leste a oeste, praticamente em todos os Estados e Distrito Federal (Brasília). O interessante desses levantes indignados do povo brasileiro foi que eles  se deram sem nenhuma liderança tipo sindicatos de categorias profissionais ou siglas políticas.
Foram cobranças e reivindicações de cidadãos(ãs) inconformados com um conjunto de crises que vem assolando o país há mais de 12 anos ( tempos do governo petista de Lula da Silva  e Dilma Rousseff ). Os motes ou lemas das queixas têm sido os de sempre desses sombrios e mentirosos anos dos petralhas( ou petistas) no poder: há um não e uma censura da sociedade à  corrupção, aos bilionários desvios e roubos de dinheiro da Petrobras, ao aumento de impostos, à baixa qualidade dos serviços como saúde, educação e segurança pública, enfim à crise econômica e paralisia geral  em que mergulhou o Brasil.
Na verdade a nação vive uma crise de ética, econômica e de credibilidade política, nunca registrada com igual dimensão e duração em toda a sua História. O cálculo das Policias Estaduais é de cerca de dois milhões de pessoas nas passeatas desse 15 de março. Só  em São Paulo capital foram um milhão de protestantes pelas ruas. Ou seja 2 % do Brasil foi para as praças públicas exigir não apenas mudanças imediatas como a renúncia ou impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Findas as passeatas dos brasileiros revoltosos, foi a vez e obrigação do governo de se manifestar. Por que o dever de um governante eleito pelo povo de se manifestar? Considerando ainda que vivemos em um regime representativo democrático. Neste caso qualquer governante é um funcionário público. Este múnus público foi conferido pelo povo via eleições diretas. Então se a sociedade clama por mudanças, necessário se faz que a ora chefa de Estado, a presidente da república venha a público e dê algumas respostas, explicações que pelo menos tragam alguma luz neste túnel de atropelos e trapalhadas que parece não ter fim.
Desta feita, entretanto, nossa desditosa e incoerente presidente foi mais previdente. Fazendo a sua vez, ele escalou dois ministros para falar em seu lugar. Miguel Rosseto, casa civil e José Eduardo Cardozo, justiça. Adivinhem, meus leitores e leitoras quais foram os tons e teores de suas respostas? Foi tudo o mais do mesmo. As mesmas platitudes, as mesmas fabulações, as mesmas pabulagens e vesânias. A oratória dos áulicos governantes do PT encastelados no palácio do planalto se tornou um rosário de lugares-comuns genérico, fácil de mensurar e de antever. Tudo para eles se encerra em termos e frases ou chavões de fraca sonoridade e nenhum convencimento. Ouvir tais discursos e explicações se tornou um momento vazio e destituído de qualquer encanto. Imagine ouvir locuções tipo, democracia é o encontro de ideias contrárias, todos têm o direito de expressão e manifestação, num processo judicial cada um tem o direito a um julgamento justo e ao contraditório, etc, etc. Ou seja é o mais do mesmo reme-reme ou blá blá blá de dar sono mesmo em quem sofre de insônia.
Segundo os dois cortesões petistas tudo com o Brasil vai muito bem e obrigado. O PIB estável (esta é muito boa), a inflação sob controle, os investimentos mantidos, taxas de juros na meta, balança comercial em equilíbrio etc. Quanta Mentira.
Para arrematar cravou o ministro Miguel Rosseto: As manifestações de hoje são de pessoas (eleitores)que não votaram na presidente Dilma.  Com esta sacada do representante do governo eu não dormi, porque fiquei nervoso , mas desliguei o meu televisor.
No dia seguinte às passeatas protestantes, quando todo mundo se encontrava no trabalho, o que fez nossa presidenta ? Ela de modo impostor, ardiloso e  sub-repticiamente deu satisfações ao povo brasileiro. Ou pelos menos tentou de novo nos enganar com o mesmo lero-lero, as mesmas patranhas, pabulagens e trejeitos petistas de governar .   De surdina ela apareceu no parlatório do Planalto e veio com o mesmo reme-reme de sempre, o Brasil vai muito bem, nós vamos tomar atitudes, dialogar com a oposição, enviar um pacote(leis) anti-corrupção  para o congresso. 
 Adivinhem se o povo brasileiro está levando essas intenções a sério. Aliás, de boas intenções  os quintos  do inferno andam cheios. O bom de nossa Constituição e nossas leis é se elas fossem menores e todas cumpridas. Tipo a Carta Magna dos EUA.  Pequena , mas seguida à risca. Aí o Brasil não seria o retrocesso que temos em tudo. Inclusive na arte cavilosa , corrupta e mentirosa de governar  do partido dos trabalhadores.
A presidente esteve em Goiânia  dia 19.03.2105. Ela e comitiva vieram inaugurar o inicio da construção do BRT , parte do PAC que anda empacado. O esquema de segurança ,para evitar mais um panelaço, foi de dar inveja a qualquer ditador e bem menor do que a guarda presencial de Barack Obama.  Tudo para que nossa espevitada e empedernida e arrogante Dilma não ouvisse os sons das panelas velhas do povo goiano.  
Quão tristes tempos estamos vivendo hein !    


 João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com
  

POUCO CÉREBRO E....

MENOS CÉREBRO E MAIS SILICONE  

 João Joaquim


 O Brasil, conforme pesquisa atual, é o 2º país em realização de cirurgias plásticas. O segundo? Será que tal estatística não está equivocada? Confesso que fiquei amolado. Isto porque eu pensava que nesta matéria nós fôssemos também campeões. Mas, vá lá o vice lugar também é honroso, até porque a diferença não foi grandes números.
Dentro do meu encabulamento pus-me a pensar no que leva uma pessoa a trocar ou implantar tantas partes, órgãos , peças ou substâncias no corpo. Alguém  aí, algum leitor ou leitora já teve idêntica preocupação? Aliás, faço esta pergunta  mais para elas, as mulheres, que são as campeãs em tais procedimentos. Mulheres de todo o Brasil, socorrei-me! Dizei-me vós se forem capazes e seguras de suas alegações. O porquê de tantas próteses, tantos botox, tantos silicones, tantas aparas disso e daquilo em vossos corpos. Aliás, até corrijo-me, não só preenchimento, mas esvaziamentos de barriga, de culotes, de braços, de papadas.
Mas, já que vossas senhorias  não me convencem vão aqui algumas hipóteses. Poucas, mas não menos verossímeis. A primeira vem da tese de que somos produtos do criacionismo de Deus. Somos um corpo , arte e um sistema orgânico feitos à imagem e semelhança do arquiteto-mor, o criador do universo e suas milhares de forma de vida. Então mais que de repetente as pessoas ( mais as mulheres) começaram a ficar insatisfeitas com o acabamento. E tudo isto se iniciou com a descoberta do espelho. Digo isto com muita obstinação e pertinácia porque antes do espelho não se têm notícias de tais procedimentos(plásticas e silicones).
E aqui nesta mea-culpa da espelhologia entra também a prática das tatuagens. Atenção, eu disse espelho(speculu)logia, porque na espeleologia , vocês já estariam no buraco, ou melhor, na caverna.  Todavia, é bom que se faça justiça com os precursores da tatuagem. Uma arte , hoje, de emporcalhar o corpo.  Os taitianos já faziam suas pinturas e desenhos corporais antes do invento do espelho, mas só até nos segmentos corporais que alcançasse a visão, braços e pernas por exemplo. Nunca no rosto, dorso ou partes mais pudendas. Esse povo tinha critérios e comedimento em tatuar o corpo. Hoje a pessoa, de tanta tatuagem, fica sem saber qual era a cor primitiva da pele. Diziam alguns tabloides que Michel Jackson conseguiu mudar a cor do corpo inteiro através das tatuagens. De fato antes ele era negro, aí endoidou a mudar de cor que ficou branco. Isto é o que se pode considerar um racismo autólogo ou autopreconceito.
Então o invento do espelho tem sim, muita culpa e participação na invenção e prática das cirurgias plásticas e procedimentos estéticos. Dentro da espelhologia temos que destacar os subprodutos destes instrumentos de se auto-examinar. É de simples explicação, antes havia apenas o espelho plano. Então vieram os espelhos curvos, os de corpo inteiro, os de aumento. Nestes de aumento, justiça e mérito sejam feitos às lupas e lentes de aumento. Nesse estágio então foram que as coisas desandaram. A mulherada, e alguns homens também,  passaram a considerar algumas imperfeições. É uma atrofia aqui outra protuberância nesses e outros lugares, e todos recorrem a alguma recauchutagem para sair melhor na foto .  

Algumas cirurgias essencialmente estéticas, de mudanças de aspectos e contornos corporais deveriam ser pecado. Mas, como não está escrito nos mandamentos bíblicos, tudo passa batido. Eu não duvido que se novas edições das escrituras sagradas fossem feitas pelos primeiros evangelistas, lá estariam algumas cirurgias estéticas como pecado. E refletindo bem estariam cobertos de razão os escribas da Bíblia. Afinal é a criatura, adulterando, falsificando uma arte original de Deus. Faz todo sentido. Seria um pecado de  falsidade ideológica ou estelionato nessa atitude de alterar tantos órgãos e aparências. Pecado inafiançável !
A outra razão do incremento das plásticas advém de outro pecado. Como assim? Da gula ou glutonaria. Explico: a pessoa(mais a mulherada) além do pecado de tanto comer, tem outro pecadinho da modernidade, a preguiça. Glutonaria ou gula  mais sedentarismo resultam em um biótipo obeso e disforme. Excesso de gordura na barriga, na cintura e atrofia de coxas e glúteos. Solução prática o sem esforços? Lipoaspiração e implantes de silicone. Os riscos são uma infecção hospitalar e/ou um espichamento de canela. De quando em vez a imprensa noticia alguém que foi fazer uma lipo e acabou abotoando a blusa ou o paletó . Riscos da vaidade.
Por fim, uma explicação sui generis para tantos preenchimentos quem as me deu foi um neurologista. Ei-la em resumo e finalizo: O corpo humano precisa de um contínuo equilíbrio. Vale para loiras e morenas e alguns homens. O que ocorre nesta que agora se denomina hipermodernidade? Um cérebro pouco exigido e pouco exercitado ou que o exercite , mas com excessos de futilidade, tem a propensão de atrofiar com a redução do córtex  e da massa cinzenta (as mais pensantes e de raciocínio lógico ). Para esses grupos de pessoas, explicou-me o neurologista ,   necessário se faz buscar um equilíbrio corporal. Daí que resulta então a busca frenética e não pensada implantação de substâncias no corpo  para compensar a anatomia e restabelecer o equilíbrio ponderal . Perde-se a massa pensante cerebral  mas ganha-se mais em massa erotizante como bumbum, lábios e seios à La Fafá de Belém!  Para quem demorou a me dar respostas estão aí as razões de tanta cirurgia plástica ou estética, tenham elas ou não algum senso dialético , escalafobético ou  ético. 

          
 João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com    www.jjoaquim.blogspot.com

NÃO ERAM TRÊS MORTOS

QUE ME CORRIJA A POLÍCIA, MAS NÃO  ERAM TRÊS MORTOS

 João Joaquim


 O acidente conforme presenciei dos escombros, não as cenas em si, ocorrera assim: grosso modo, o motorista trafegava pela avenida marginal  em desabalada velocidade a cerca de 160km/h e colidiu com uma árvore. Os três ocupantes do carro,  segundo a Polícia Militar,  tiveram morte súbita. Ou melhor foi mais do que súbita, porque infere-se, pelo impacto, que a subitaneidade dos óbitos se deu em segundos, tal a crueza e severidade do sinistro.
Para dar mais um pouco da visão da tragédia, ou dos rescaldos do evento sinistroso pós mortem havia um carro que não era mais carro porque o antes automóvel estava absoluta e inertemente imoto e perenemente imóvel. Sua deformação se resumia a uma rodilha de ferros retorcidos e mal acabados. Seu aproveitamento poderia ser pensado ,se promovesse ao que lhe restou, na fundição das ferragens no fabrico de uma panela velha. E velha porque tal utensílio culinário seria fruto de matéria não prima mas de segundo uso. A identificação de tal desastrado e mofino veículo só foi possível pelo número do chassis porque a placa do antes automóvel tinha se transformado em migalhas e a numeração tinha se esfarelado pelo asfalto.
De pronto uma guarnição da Polícia Militar chegou no cenário do ocidente. Afinal para que  tanta agilidade? Todos já estavam mortos e nada havia o que fazer. Com as vítimas, bem entendido. Desnecessário dizer, mas eu confirmo que muito antes da Polícia o ajuntamento de pessoas era enorme. Todos se encontravam estupefatos! Não com mais um acidente de trânsito que mata 60.000 por ano mais os mutilados e sequelados. O aturdimento e pasmo dos circunstantes eram com a violência, o impacto e virulência daquela colisão carro-árvore. Os efeitos de compaixão e no coração eram visíveis nos olhos, nos rostos e expressões das pessoas.
Quanto às vítimas. A polícia militar afirma categoricamente que eram em número de três. Os resultados do IML e perícia criminalística foi previsto ser publicado  em 30 dias. O tempo é necessário, afinal trata-se de uma profissão que usa o raciocínio lógico, esmeradas técnicas científicas para se chegar a verdade real, aquela irrefutável, insofismável e que não deixa margens às dúvidas.
Entretanto, eu que estive naquele cenário macabro acabo por me divergir de nossas sempre prestimosas Polícias Civil e Militar. Não foram apenas três vítimas e três mortos. Reafirmo tal dissenso com base no que vi com os meus próprios olhos e com os de dezenas de transeuntes que se detiveram ali antes e durante as diligências dos referidos agentes da lei. Mas, ainda haverá a pronúncia final do IML e Polícia Científica. Eu, de mim para mim e para quem me lê , continuo recalcitrante, não eram três os mortos.
Por fim eu não posso me furtar a um resultado que também me despertou alguma condolência. Falo dos destroços vegetais da árvore, partícipe, mas não culpada daqueles danos humanos e materiais. Eu não sei que nome dar àquela espécie vegetal. Posso afirmar que, pelos restos, era um vegetal com plena vitalidade, certamente de porte médio, próximo de uns 10 metros de altura e copa frondosa. O tronco sofrera várias fraturas. Havia muitas folhas verdes e flores desabrochadas e em botões espalhados pelo chão. Todas ainda com as cores e viço da primavera. Digno também de registro era a fauna que se abrigava e vivia em simbiose com aquele agora sinistrado ser vegetal. Na verdade ali vivia de forma pacífica e muito operosa um mini ecossistema com insetos multicoloridos como vespas, formigas, besouros e joaninhas. Não perdendo de consideração que a copa do imponente vegetal era a casa de pasto e pousada de uma admirável  diversidade passeriforme. Todos esses registros e comunicados ficam aqui consignados não por uma aposta ou ilação achadiça deste tacanho e modesto escriba, mas por testemunhos verídicos  dos passantes,  de moradores da  vizinhança que ouviram e viram aquela  indigitada e funesta ocorrência. Nos frangalhos botânicos, no asfalto estirados, eram notórios a diversidade cadavérica de muitas vidas e convivas   daquela espécie verde. Em meio a essa carnificina microbiótica , notavam-se mutilados, sequelados e muitos insetos em pânico. Eu não entendo a linguagem dos insetos como o fazia Gulliver com os Houyhnhnms(cavalinhos falantes) , mas suponho que o grito de dor e medo daqueles bichinhos eram de despertar muito dó e compaixão.
Por isso e em nome da natureza,  em respeito e memória de outras vidas, do reino animal como um todo, e acima de tudo da botânica e do reino vegetal eu me arvoro e me animo a fazer esses reparos. De pronto e incontinenti faço desse relato um ofício às nossas Polícias Militar e Civil . O número de vítimas nesse ominoso acidente não era de apenas três humanos! Necessário e justo que se corrija a estatística (ou estadística) de também um morto vegetal e dezenas de outros micro e pequenos mortos que ali conviviam de forma pacífica, produtiva e muito ordeira.  

       
João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com

UM VOO SUICIDA 150 MORTOS

VOANDO OU DE PERTO TODOS OS PILOTOS PARECEM NORMAIS
 João Joaquim


 O mundo todo vem se perguntando sobre a tragédia com o avião da Germanwings( ligada a Lufthansa)  que se espatifou nos Alpes Franceses em 24/03/15. Foram 150 mortos. Estremece-nos a causa do acidente. Segundo as autoridades que apuram a ocorrência, o copiloto, que se encontrava sozinho na cabine teve um surto suicida, baixou a avião para que este se chocasse nas montanhas geladas dos Alpes. O piloto tinha se ausentado para ir ao banheiro. Que fatalidade, justamente num momento  de um imperativo fisiológico como este imprevisto do comandante titular (urgência gastrointestinal).
 Como medida de segurança contra ação terrorista, essa porta de acesso à cabine de comando das aeronaves abre sob o controle  de uma senha de 4 dígitos. Digita-se o código, tem-se 5 segundos para puxar a porta, abrir  e ela se fechar novamente, ficando não responsiva  por vários segundos. Assim ocorreu nessa fatídica viagem: o piloto estava fora do comando do avião, o copiloto ficou a sós e responsável no controle do voo, quando num surto suicida fez com que houvesse perda de altitude e a aeronave se chocasse nas cordilheiras alpinas  da França.
Tragédia é tragédia e o que se pode tirar dela é alguma conduta ou estratégia para evitar outras de igual natureza ou causa. Eu penso que esta será mais uma para questionamentos, perguntas de como, do porquê  que ela se repetiu. As próprias autoridades aeronáuticas já fizeram uma retrospectiva estatística de outras tragédias aéreas por causa de surtos suicidas de pilotos. O que fazer para evitar a próxima? Há um princípio ou axioma que preconiza: “Quem não conhece bem a história está fadado a repeti-la”. Parece que é o que se passa  com os órgãos e autoridades da aviação civil no presente episódio. Dada a magnitude e crueza desse desastre com o voo da Germanwings nos Alpes Franceses, as agências reguladoras da Alemanha e outros países europeus já tomaram uma primeira medida. De ora avante, todo voo tem que ter na cabine de comando 2 pessoas. Piloto mais copiloto. Supõe-se que necessariamente haverá no mínimo 2 copilotos na tripulação . Desses três comandantes, vez ou outra um deles terá uma imprevisível urgência fisiológica gastrointestinal, como no presente caso. Urgência evacuatória não tem hora para ocorrer. Uma outra saída mais simples e barata seria piloto e copiloto usarem fraldas. Assim, numa premência intestinal faz-se a necessidade  na fralda e ninguém perceberá .
As autoridades da aviação civil europeia estão chamando essa medida preventiva de princípio dos 4 olhos no comando do avião. Seria o cúmulo do azar pensar em dois suicidas  numa tripulação de 5 ou 6 pessoas. Outra questão que trago à baila são as informações que nos chegam  sobre a sanidade mental do copiloto, Andreas Lubitz . Segundo consta, ele padecia de depressão, já tinha expressado ideias suicidas e tinha omitido ou rasgado atestado médico de sua inaptidão para a função. Seu histórico psiquiátrico era de longa data, como o atestam uma ex-namorada e prontuário clínico apreendido em sua residência .
Sabemos que tais doenças  # depressão, transtorno de ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, tendência suicida#  são enfermidades  que geram um grande estigma social, discriminação e muita rejeição ,seja no ambiente familiar ou funcional. Disto resulta casos de omissão pelo paciente ou mesmo familiares.
Sabe-se que no âmbito médico existe o chamado sigilo ou confidencialidade profissional. Aqui no Brasil é assim,  o que expressam os normativos e código de ética médica?  O paciente tem o direito ao sigilo ou resguardo do seu diagnóstico. Nenhuma empresa ou patrão tem o direito de saber o diagnóstico expresso nominalmente ou em  código internacional de doença (CID) do funcionário. Se ela assim o fizer, está cometendo uma infração ética e legal contra aquele empregado. E atenção: tais garantias individuais ao sigilo do seu estado de saúde é quebrado diariamente , por médicos que são co-autores dessas infrações ético-legais, de forma intencional (dolosa) ou por  desconhecimento de decisão já antiga do Conselho Federal de Medicina.
Todavia, nas atividades profissionais de risco, caso por exemplo de motoristas, operadores de máquina pesada, policiais, piloto e mesmo o médicos; deveria haver uma exceção. Numa avaliação pré-admissional( medicina do trabalho) ou periódica desses profissionais, que fosse lícito e medida compulsória  o médico atestador  comunicar diretamente à empresa sobre a incapacidade e proibição daquele funcionário de  exercer a sua atividade. Se assim tivesse sido feito, essa tragédia inominável com o voo Germanwings teria sido evitado. Quantas vidas e danos materiais se pouparia com um simples comunicado à direção dessa empresa de aviação sobre o veto desse copiloto em estar na direção de uma aeronave desse porte  .
Deixo portanto, essa sugestão ao nosso Conselho Federal de Medicina. Dessa forma poderemos evitar muitas outras tragédias por doenças psiquiátricas tão encontradiças, aqui, na Alemanha e no mundo! Nossos gestores e guardiões da profissão médica aqui no Brasil poderiam ser os primeiros com uma medida tão simples, mas altamente salutar na prevenção de tragédias tão impactantes para muitas familias e a sociedade.   


   
    #JoãoJoaquim médico articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com  www.jjoaquim.blogspot.com

sábado, 28 de fevereiro de 2015

ILUDIR E MENTIR...

A ARTE DA ILUSÃO E DA MENTIRA
  João Joaquim

 É interessante como o mal, o perverso, o ruim, o que é destrutivo se aprende de forma natural, sem o mínimo de esforço. Aliás, digo melhor, que exija até algum esforço ou sacrifício mas o indivíduo aprende facilmente. Não importa a idade. É notório e evidente que quanto mais criança e mais jovem mais rápido é o aprendizado. No foco dessa tese e abstração vamos pinçar aqui alguns exemplos do cotidiano social. Todos os grandes pensadores (Aristóteles, Platão, Santo Agostinho) são uníssonos em que ética e virtude não são inatas na pessoa humana. Elas são valores que devem ser ensinados desde tenra idade. Ninguém nasce com as inscrições da verdade e da justiça no cérebro, na consciência e memória. O argumento da tabula rasa foi usado pelo filósofo inglês John Locke( 1632-1704)  considerado como o protagonista do empirismo. Para ele, todas as pessoas nascem sem conhecimento algum (i.e. a mente é, inicialmente, como uma "folha em branco"), e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido através do ensino e  da experiência . A mesma tese de Jean J. Rousseau, para quem todo homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe. Ou por dedução também o constrói , o educa e o torna um verdadeiro agente do bem e de virtudes.
A vida humana, mal comparada, se equipara a um balanço. São duas pontas de uma grande haste da madeira (um pau). Num polo tem-se o vício, no outro a virtude. O ideal seria o que? Que o lado da virtude, do bem pesasse em absoluto e jogasse o mal para o alto. Mas, estamos a viver e contemplar um mundo, uma sociedade onde prevalece, toda sorte do nocivo, do antissocial, do embuste, do engano, da maldade e da mentira. Melancolicamente os piores  exemplos são os gestores da república, ou das coisas públicas( políticos ).
E aqui poderíamos pegar exemplos e mais exemplos de comportamentos, de condutas e expedientes voltados para todos os resultados daninhos e nocivos à sociedade, ao país, enfim ao outro, não importa se esse outro é meu próximo ou meu distante. Em meio a tanta perversidade que vimos e  vivemos, eu sou uma inelutável criatura que acredito e confio na vocação do ser humano para o bem. Nós não fomos idealizados e concebidos para maltratar e aniquilar quem quer que seja, independentemente desse outro representar  um animal de outra espécie, ser meu semelhante ou ser meu diferente, ou a própria natureza, a terra , a ecologia, etc.
Agora, na prática, em nossa convivência diária, ao que assistimos, o que presenciamos? Justamente intenções, cenas e fatos com a finalidade do engodo, da burla, da mentira, da trapaça, de enganar as pessoas e levar vantagem ( de forma antiética e desonesta) em tudo. Há de se registrar, contudo, que deparamos também com legiões de cidadãos (ãs) honrados, probos, honestos;  não importando, o seu status sócio-econômico. Aliás, vou até um pouco além, parece-me que nas classes mais pobres presenciamos as maiores e melhores práticas do bem e da virtude do que entre as pessoas mais ricas e mais abastadas. Ou será que é uma constatação ilusória de minha parte?
 Mas, afinal, no frigir dos ovos e das batatas o que temos no mundo é o incessante embate, na expressão do velho chavão, “a luta entre o bem e o mal”. Decorrente dessa verdade atemporal e universal  foram criadas as leis, o código penal, os códigos de ética profissional. São todos no sentido de disciplinar, reprimir e punir os desvios de função e de conduta daqueles que trafegam na contramão do bem e da honestidade. No caso do Brasil temos outros vícios e outros males. São leis e normais demais . Aí criaram o que ? Os antídotos das leis e as contra-regras. Têm-se muitos inquéritos , muitos processos , mas eles não chegam ao fim. Viram pretéritos e retrocessos. Só mesmo no Brasil.
Agora eu pego esta deixa de constituição, código penal, e normas de conduta e reporto-me ao múnus público. Desnecessário seria dizer, mas, eu repriso que um funcionário público tem por função servir ao povo, à coletividade. Não interessa se ele ocupa esse cargo por concurso ou eleito por voto popular.   
Entretanto, me apego a esta função de um agente público, um gestor, um parlamentar, um governante eleito pelo povo. Ao que sugere, esse funcionário  público deveria se revestir de grande  responsabilidade, de senso ético , de compromisso com o exercício do bem. Simples! Ele ascendeu àquele cargo não por obrigação, mas por opção própria. E mais, o povo, a sociedade delegou-lhe essa função através de um voto de confiança. Confiança gerada por promessas de bem administrar as coisas que são públicas ( do povo), de atender às necessidades mais básicas e urgentes de uma sociedade como saúde pública (SUS) de qualidade, segurança e educação.
 E novamente, pegando a bola da vez, no caso do Brasil dos mandatários do momento, do ex-presidente Lula da Silva e da tratanta (trata, mas não cumpre) presidenta Dilma Rousseff. Nossa atual chefa de Estado em conluio com o Sr. Lula e outros partidários do PT fizeram o que ? Para reeleger a Dra. Dilma, mentiram, mentiram, difamaram, difamaram  os adversários do PSDB, iludiram o povo brasileiro, usaram o engodo de vários programas  sociais. Uma vez re-en-cas-te-la-dos em Brasília fizeram justamente o contrário de todas as falsas promessas. Eu, a nação inteira, e até muitos eleitores(as) do Sr. Lula da Silva e dona Dilma, perguntamos, o que merecem esses nossos indignos gestores e executivos das coisas públicas de nosso Brasil? Com a resposta os meus leitores e eleitores de nossos governantes, estes de agora , que em campanhas demagógicas andaram por todo o país , mas eleitos, andam mudos e moucos cercados de segurança, conforto, muita água e belos palácios lá em Brasília .   Eu não tenho nenhuma inveja, prefiro continuar sem pompas, pobre , mas honesto e honrado.   

 João Joaquim -médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com  


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