sábado, 26 de dezembro de 2015

REMÉDIO PARA ENGORDAR ...

RECEITA-SE MEDICAMENTO PARA ENGORDAR 

João Joaquim 

  
Antigamente não se tinha o conhecimento  sobre os riscos e malefícios da obesidade. A Medicina agora sabe de forma muito nítida e comprovada, através de ensaios clínicos, exames bioquímicos e de anatomia patológica os nexos etiológicos entre o excesso de peso corporal e muitas doenças de difícil controle, às vezes incuráveis, de grande mortalidade e alto custo para os planos de saúde e previdência social.
Na verdade, ainda permanece no senso comum vestígios e crença de que uma pessoa mais gordinha é mais saudável do que aquela que, por questão constitucional e genética, ou por um hábito alimentar mais comedido passa a vida inteira com peso normal,  mesmo sem nenhuma doença orgânica ou atividade física que o justifique.
Antes dos conhecimentos que temos atualmente sobre a doença obesidade, era inclusive status de saúde, de estar de bem com a vida. Obras artísticas e pinturas retratavam as pessoas bem repimpadas e robustas num nítido signo de que aquela  pessoa ou família se mostrava feliz e bem nutrida. Ledo e maldito engano daqueles tempos. Se esses artistas pudessem voltar no tempo quanta decepção pelo mico ou gafes cometidas em suas obras .
Mas nesse pequeno passeio sobre peso corporal e biótipo das pessoas, quero ater-me sobre a magreza, a antônima da obesidade. Ao falar de tal tema eu me baseio na própria experiência profissional. Muita vez somos procurados por alguns pacientes ou pais de adolescentes magros, no sentido de algum tratamento para ganho de peso. E então como rábulas e charlatões existem em todas as profissões, têm sempre aqueles que se propõem a medicar tais indivíduos com vitaminas, complexo disto ou daquilo, suplementos nutricionais, chegando aos absurdos de até prescrição de hormônios, insulina, anabolizantes e outras embromoterapias de mesma inocuidade ou graves riscos para a saúde. Esses referidos profissionais são autênticos falsos profetas e blasonadores de promessas de cura de uma afecção ou mal inexistente. Na verdade, medicamentos para pessoas magras por natureza, constituem um grande risco de gerar distúrbios metabólicas e hormonais de difícil esclarecimento e cura.
A titulo de orientação  às pessoas faço aqui um alerta. Referido expediente de charlatanismo não se dá apenas com os profissionais de saúde. Ele ocorre também entre as indústrias farmacêuticas que numa atitude de empurroterapia fabricam remédios para tudo. Chegando-se em qualquer farmácia de nossas esquinas  se acha remédio para feiura, quebranto, mau olhado , até gagueira. Talvez muitos não conheciam tal termo , empurroterapia. Farmacêuticos e balconistas de drogarias conhecem bem essa prática. É o ato de empurrar no cliente toda sorte de droga procurada. Em termos de consumo de medicamentos o Brasil continua como uma feira livre,  se acha de tudo. Somos um festival de drogas, inclusive as lícitas, aquelas receitadas por médicos e farmacêuticos.
Assim como tem os medicamentos anti-obesidade,  os anorexígenos, a maioria proibida pela ANVISA; têm se em contrapartida os “anti-magreza”. São conhecidos no meio médico por orexígenos e no popular por estimulantes do apetite. Muitos desses produtos  foram outrora, mas, ainda são, prescritos por pediatras.
Torna-se necessário e como esclarecimento a todos que a magreza hereditária (constitucional), ou aquela por um estilo de vida saudável, não traz nenhum prejuízo à saúde das pessoas com esse biotipo. Ao contrário dos obesos, essas pessoas abaixo do peso ideal, têm muito menos fatores de risco do que as com excesso ponderal. O uso dos tais complexos vitamínicos, compostos protêicos , aminoácidos e hormônios pode ocasionar distúrbios metabólicos e glandulares tão ou mais graves do que os medicamentos anorexígenos{ os inibidores de apetite para obesidade}.
 Reitero por fim o alerta:  nunca compre de vendedor de remédios , lícitos ou pirateados, medicamentos para ganho de peso ou magreza. Algum médico que se propuser a tal terapia tenha em seu desfavor a mesma desconfiança . São enganadores de pessoas de boa-fé e outras que acreditam em promessas não menos fúteis que falsas.  Dez/15



João Joaquim - médico - articulista DM 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

PENA DE MORTE...

JUSTIÇA E LIBERDADE . QUEM DISSE QUE NÃO HÁ PENA DE MORTE NO BRASIL  ?

João Joaquim  


Muito tem sido dito e redito nos últimos anos, notadamente depois da constituição de 1988, sobre as várias formas de liberdade. E aqui poderíamos abrir uma grande chave sobre essa prerrogativa de que goza a pessoa humana nos regimes democráticos. Não, é claro, falando de liberdade , nos regimes apenas de títulos e fachadas de democracia, mas, naqueles constituídos, de fato e na prática com esses direitos usufruídos pelos cidadãos. Se pegarmos a denominação de muitos países, eles trazem em sua bandeira e outros brasões o nome de república popular, de nação  democrática; mas na prática são formas as mais tirânicas e restritivas de direitos de liberdade e outros como de expressão e de imprensa. Venezuela, Bolívia , Equador por exemplo.  Quem disse que nesses regimes se tem liberdade de expressão e de imprensa?
Uma das liberdades mais nobres de que goza o ser humano é a de locomoção, ou numa bela locução verbal, o direito de  ir e vir. Tanto assim que uma das formas mais cruéis do Estado impor uma pena ou vingança a um criminoso é privando-o da liberdade de conviver com outras pessoas. A privação do direito de se viver livre só não é pior do que a tortura ou pena de morte, porque em tal natureza estaríamos nos igualando ao próprio criminoso. Quando a Justiça encarcera o indivíduo e preserva-lhe a sua integridade física e psíquica ela já impõe-lhe uma preleção no sentido de sua recuperação social; quando esse delinquente é passível de regeneração. Há muitos criminosos que, dada a natureza de suas ações, nada, nenhuma estratégia de ressocialização vai condicioná-los a volta do convívio social com outras pessoas honestas e de bem. Tais pessoas, com esses estigmas deveriam ficar em prisão perpétua.
A Psicologia e a  Psiquiatria têm plenas condições de classificar e oferecer ao Estado o suporte e nominar os criminosos quanto ao grau de risco que eles oferecem para a sociedade. Muitos delinquentes (menor ou maior de idade) não carecem nem de exame criminológico para se inferir que eles não têm condições e aptidão para o convívio com outras pessoas. Para tanto basta considerar a torpeza e crueldade de seus crimes.
 Dentre esses tantos tipos de agentes do mal temos aqueles que, embora não tenham traços características de alguma psicopatia, trazem uma índole e personalidade propensa a toda forma de infração e delito. Fora esses tipos inclassificáveis temos os pedófilos, os estupradores que só prisão perpétua para contê-los em seus instintos animalescos e predatórios . Muitos psicopatas clássicos como os esquizofrênicos e outros transtornos de personalidades são inimputáveis e necessitam ficar reclusos em clínicas especializadas ou manicômios. Eles representam permanente ameaça para a família e sociedade.
 Falando um pouco do sistema penitenciário do Brasil, de código penal e das leis. Comentar sobre estas questões se torna inevitável não comparar com outros países. O país cuja Justiça é mais conhecida são os EUA. Ali se sabe que as leis são diferentes em cada Estado. A pena de morte, por exemplo, vigora em algumas unidades, noutras não.
O Brasil já teve pena de morte. Ela vigorou do Brasil colônia até no II império de D. Pedro II. No fundo e no oficial de fato a pena capital não existe. Já na prática, tanto do lado das polícias e da bandidagem ele ocorre quase todos os dias. Duas penas de morte emblemáticas da perversidade dos agentes de Estado foram a de Tiradentes ( Brasil Colônia ) e de Manoel Mota Coqueiro em 1855, no governo de D. Pedro II. Muitas outras existiram ainda no II Império e nos governos militares . Institutos que o País e a Sociedade, desejam nunca mais ver.
O que o Brasil poderia copiar da terra do tio Sam seria a eficácia e cumprimento das leis. Essa história de primariedade, bons antecedentes e endereço fixo lá nos EUA não tem nenhum valor para quem pratica crime. Outra característica de se imitar as prisões americanas é o sistema de segurança e a garantia no cumprimento da lei.
Enfim, é isto aí,  o Brasil que importa e copia tantas coisas lá de fora, boas e ruins,  poderia seguir o exemplo americano. Olha o quanto de bandidos pobres e ricos iriam para a cadeia! Além , a bem do erário e da sociedade, de  devolver muitos milhões pilhados e desviados pelos diversos dutos das estatais. A Petrobras , Eletrobras ,  Telebras e outras Bras como exemplos  .

Nov./2015

LAMAS

LAMAS, LAMAS E MAIS LAMAS


João Joaquim  


Nada mais escatológico  e pavoroso ocorreu neste novembro do que os atentados terroristas em Paris e o desastre humano e natural com o rompimento das barragens da mineradora Samarco(Vale S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton) em Mariana MG. O tamanho da frase vai na proporção dos acontecidos. Tem  fatos tão infaustos que só a imaginação e sentimentos de pesar não são bastantes para aquilatar e medir os seus impactos no senso humanitário das pessoas .
Agora, lembram da filosofia ou princípio do abutre, de que nem toda desgraça ou tragédia lhe seja neutra ou inútil. Para alguns, esse raciocínio está presente em qualquer infortúnio. Tomemos o caso do terrorismo da França. Em meio a tudo veio a reflexão e ilações  dos carniceiros pelo mundo . Aqueles que pensam e agem como o  ditador Bashar Al-Saad, da Síria. E assim veio a alocução de um desses espíritos não menos  tirânicos que  vulturinos :
- Estão vendo? Vocês que me tinham na conta dos mais perversos dos governantes. Eu nunca mandei executar ninguém que estivesse em suas noites festivas ou casa gastronômica (boate Bataclan,  e restaurante Casa Nostra,  de Paris, dos atentados terroristas de 13 de novembro de 2015); eu nunca iria explodir um avião cheio de inocentes em viagem para o Egito (alusão ao  avião explodido pelo Isis com 224 passageiros a bordo, que caiu na Península do Sinai  em 31 de outubro 2015). Olha  a numerologia aí. A tragédia do avião, dia 31 de outubro , o terrorismo de Paris, dia 13 de novembro. Só inversão dos dígitos. Tudo muito treze e tenebroso.
O interessante e pitoresco é como uma má notícia apaga ou ofusca a outra, quando esta tem uma dimensão ou apelo maior do que a primeira. Foi o que sucedeu com os atentados na Cidade Luz e no aterramento do distrito de Bento Rodrigues de Mariana, 05 de novembro.
A noite de sexta feira,13 de novembro, em Paris, por alguns dias ofuscou a tragédia do Rio Doce em Minas. As condolências e minutos de exéquias pelo mundo, nas arenas de futebol por exemplo, se referiam, de início,  tão somente às vítimas dos terroristas. Como as lamas tóxicas, da segunda tragédia ,  desciam rio abaixo e matavam peixes e outros viventes aquáticos, voltaram a lembrar de nossa catástrofe . E lembraram porque perceberam que a mortandade de animais e plantas  e danos aos ecossistemas  eram contínuos. E perenes serão por não se sabe quantas décadas. Nossas autoridades Federais( encasteladas em Brasília)  e Estaduais(MG) sobrevoaram o curso dos rejeitos tóxicos no Rio que era doce. É bom que se realce, que isso ocorreu uma semana após o rompimento das barragens de contenção do lixo da mineradora. Nessa primeira semana  não se via autoridade federal, se pronunciando em solidariedade às vitimas mineiras ( do Estado e da Mineradora).
O que tem de patético e tétrico nessas horas são os discursos. Os rasgos retóricos são os de sempre. Não, não! Os responsáveis serão punidos. As vítimas terão que ser indenizadas; as comissões tais e outras mais serão criadas para avaliar os danos humanos e ambientais. Nossa presidente Dilma lá foi, sobrevoou parte dos escombros, voltou e está paladina em Brasília. Talvez venha a ser criada a CPI da Samarco, cujo apuração se sabe, noves fora a corrupção, não sobra nada, zero de resultados. Como muitas do gênero.
  Tudo em meio à tragédia humana e  ecológica( ou escatológica)  em Minas e Espírito Santo transcorre com poucos verbos e muitas   verbas ; ao menos nas entrevistas e promessas. Quem imagina que não temos também os  espíritos urubuzeiros, aqueles, dos quais se diz que    de toda infelicidade se tira alguma coisa de proveito, basta uma recapitulação em alguns acontecimentos políticos e policiais de nossa atual  República. Todos, acompanhamos a operação lava-jato, aquela em que a Justiça Federal em Curitiba, apura os crimes de corrupção de empresários e empreiteiras, de gestores  da nossa estatal  Petrobras e de políticos do PT.
 Nesse doloroso transe das vítimas do ex  Rio Doce, os réus e acusados da lava-jato foram um pouco esquecidos. Houve como que um armistício de imprensa, acusação e defesa dos indiciados e réus nos processos, chefiados pelo Juiz Federal  Sérgio Moro  . Tem interessados do governo , fazendo loby para desmembrar ou fatiar os processos que apuram propinas e desvios de dinheiro para o Partido dos Trabalhadores. Uma forma de enfraquecer as investigações contra os saqueadores da República e Petrobras. 
Todos, temos também fresquinhas em nossas memórias, as escaramuças no congresso e comissões de  ética pela cassação do presidente da câmara dos deputados, Eduardo Cunha;  e do impeachment de Dilma Rousseff.
 Os ânimos e arroubos pela condenação da presidenta(Brasil) e presidente(Câmara) agora serão   arrefecidos, pela mais nova tragédia ética, política e de honestidade. O dia 25 de novembro de 2015, deverá ser lembrado como o mais triste do congresso nacional, com a prisão do Senador petista Delcídio do Amaral e do banqueiro André Esteves, do Banco BTG pactual. Sua Excelência , o senador Delcídio maquinava contra a operação Lava-Jato. Havia uma camarilha ou quadrilha no sentido de livrar um réu( Nestor Cerveró) das investigações e providenciar sua fuga para a Espanha. São tramas de fazer tremer até os companheiros do PT.  É provável que silenciados os tiros de Paris e as cachoeiras de lamas Rio doce abaixo e outras putrefações das searas políticas  , voltem no ano que vem os processos na lava-jato e os discursos contra Cunha e Dilma Rousseff, na intensidade das acusações e provas dos ilícitos cometidos por quem nos governam ( ou desgovernam) .


 Isto, se não houver tragédia maior até lá.     Nov./2015 

AIDS E CÂNCER...

CLÍNICA - CARDIOLOGIA joao joaquim consultoriojoaojoaquim@gmail.com

17 de nov (Há 13 dias)
para OpiniãoOpinião
   
MORRE-SE DE AIDS E DE CÂNCER  QUEM QUER
João Joaquim  


 Algumas questões interessantes e curiosas sobre saúde e medicina. É o que  eu quero exaltar nesse modesto artigo. É uma constante nos congressos e encontros científicos o debate sobre as causas das doenças e os avanços dos meios diagnósticos. Hoje, nos encontramos já em um estágio tão alto de avanços nessas áreas, que ficamos a perguntar: o que de novo nos espera ? Ao que parece, sobram por exemplo as terapias com célula tronco, a redução ou eliminação do fenômeno da rejeição  ao transplante de órgãos, a terapia genética e progressos na área de oncologia (tratamento e prevenção de toda forma de câncer).
 Uma área que também guarda muitos enigmas é a da Neurologia (Neurociências). Os acidentes vasculares cerebrais e o mal de Alzheimer são ainda doenças que desafiam a medicina no que se refere à prevenção e tratamento. Pelo cheiro dos estudos, o crânio humano guarda não só esse prodigioso órgão, o cérebro , mas outros mistérios para a eternidade. Pode ser que ele seja o recôndito e cofre também de nossa alma. Sendo mistério, só Deus para desvendá-lo. Essa é a diferença entre fé, mistério e Ciência . O que é cientifico se prova o que é místico se intui e acredita.
Sobre as causas de morte, as doenças e os recursos diagnósticos. Nos anos ou décadas de 1930 e 1940 se morria muito de doenças infectocontagiosas. A tuberculose nessa época era a nossa AIDS de hoje. Aliás, se morria muito mais de tuberculose naquela época do que por infecção do HIV neste século ,   que embora sem cura há pleno controle da doença. Outras doenças que matavam muito eram a cólera, o tifo e as viroses como varíola, o sarampo, a difteria e febre amarela.
Tais doenças são agora plenamente conhecidas quanto ao agentes etiológicos, modo de transmissão, tratamento e prevenção. Quando se fala em profilaxia das doenças infecciosas  quase tudo se resume ao combate de vetores, saneamento em geral e campanhas vacinais. As vacinas e soros hoje são administrados assim que a criança nasce. Há um calendário vacinal muito rígido para as diversas doenças contagiosas. A varíola por exemplo é uma doença já extinta do planeta, a poliomielite está em fase de sê-lo. O grande foco das Ciências Médicas atualmente são as vacinas para Aids, dengue, malária , entre outras .
A dengue, embora tenham um pouco de culpa os governos na sua eterna incompetência com a saúde pública, tem muito também da participação dos brasileiros(as) com os desleixos da higiene pessoal, domiciliar e no destino com os descartes e lixos domésticos. A salvação pode ser a vacina anti-dengue que parece será aprovada e lançada  brevemente.
Um ramo das doenças que mereceria mais atenção dos governantes e indústria farmacêutica é o das doenças degenerativas. Como exemplos, cito dois grupos:  as doenças cardiovasculares e as doenças oncológicas (câncer). No que se refere a história desses dois grupos de doenças, fica a pergunta: se morria mais antes (1940)  ou hoje, de doenças cardiovasculares? Percentualmente (%), é possível que o infarto e derrame cerebral matassem menos do que hoje. Isto porque as pessoas eram menos sedentárias, a alimentação era mais saudável e havia menos estresse. Agora temos alimentos muito insalubres, embora apetitosos, vida estressante, alto índice de sedentarismo , obesidade e pouca prevenção para as  doenças que mais incapacitam e matam, o infarto e derrames cerebrais.
São doenças com alta mortalidade,  e o que é pior , governos, laboratórios e as pessoas não se preocupam com prevenção. E para o setor farmacêutico as terapias paliativas, protéticas e curativas são fontes de lucros permanentes. A medicina sabe bem as causas de um infarto, de um derrame cerebral;  mas, de preventivo o que existe é  muito escasso e pouco recomendado para a população.
Na área de oncologia houve grandes avanços. Percentualmente (%) morria-se mais de câncer nos anos 1930/40, porque não conhecia muitos agentes etiológicos e genéticos e o tratamento era meramente paliativo e sintomático .  Eu digo quase sempre como conselhos para as pessoas  : morre-se de AIDS e de câncer quem quer. Para HIV há preservativos e câncer,  prevenção .  Hoje, 80% dos tipos de câncer é bem prevenível. Para tanto basta não fumar, não ser alcoólatra, combater a obesidade e sedentarismo, mínimo ou zero de alimentos industrializados (bacon, salsichas e carnes vermelhas )e check-ups periódicos conforme orientação médica.
 Quais os tipos de câncer que mais matam no mundo? De mama, útero, colo de útero, intestino, de pulmão (99% no fumante), próstata e aparelho digestivo como um todo. Todos preveníveis e bem conhecidos. É recomendável que o homem, por exemplo, vá ao proctologista a cada cinco anos( câncer de intestino), ao urologista a cada 2 anos;  a mulher ao ginecologista e mastologista anualmente.
Enfim, a Medicina e seus meios diagnósticos e preventivos evoluíram no sentido de mostrar a cada pessoa os riscos que ela traz (de forma hereditária ou adquirida),  e quais as chances que cada um tem  de morrer dessa ou daquela doença. Simples, não?   NOV/2015

A MORTE DOS BOIS...

O SILÊNCIO DAS AUTORIDADES COM A MORTE DOS BOIS NO RIO PARÁ

  João Joaquim



De quando em vez eu gosto de falar sobre os bichos. E aí dependendo de como e o  que se fala, tem gente que discorda, vocifera e falta pouco nos excomungar pelo que expressamos. Trata-se muitas vezes de questão de opinião, trata-se em outro ensejo, de afirmações com fundamentos na biologia, na zoologia e também na medicina (dos humanos). Uma coisa é o diletantismo com tempero de humor e desfastio; outra coisa bem diversa é quando se fala de matéria  com indícios e evidências científicas. Como médico eu tenho um profundo gosto e fundamentação, quando escrevo, sobre a  chamada medicina baseada em evidências (MBE). São dados com critérios  científicos, nada de achismo ou  simples pitaco.
Lembra-me bem um certo artigo que escrevi cujo título era  -os riscos da convivência com animais de estimação. Para quem não leu vá na busca de meu blog, www.jjoaquim.blogspot.com. Nessa matéria, eu abordo justamente quais as consequências para os humanos da proximidade entre as pessoas e seus intitulados animais de estimação. Diferente de outros brinquedos , esses amiguinhos e mimados pets , de forma inocente, simpática  e irracionais que são, podem ser a fonte também ,de maneira insidiosa, lenta e imperceptível de doenças, algumas, às vezes  incuráveis. Toxoplasmose, microcefalia, tuberculose, entre outras.
Desde criança em sempre tive uma relação próxima e amorável com os animais. Nascido e criado em zona rural até os 13 anos de idade, eu  fazia uma interação permanente com os bichos domésticos e selvagens. Desde as galinhas com seus pintainhos até bois e cavalos. Sei bem quando uma mula empaca e, às vezes, o tombo é  certo. Por sorte nunca me feri cavalgando esses animais. Já fui atacado por cachorros e guardo as cicatrizes até hoje. São instintos selvagens que os territoriais e fieis canídeos carregam de seus ancestrais. Que os cães  são amigos e protetores dos donos é ponto pacifico e pronto. A diferença entre o cão e o gato é esta . O cão morre pelo dono, o gato frente a alguma ameaça é o primeiro a fugir e salvar a própria pele.
Já adulto e pré-senescente eu continuo com meus sentimentos de cuidado e proteção aos irracionais (termo que tem momento parece invertido com os humanos). Eu sempre fui um fã ardoroso de São Francisco de Assis, porquanto ele foi e é o santo protetor dos animais. Suas notas biográficas dizem que ele se dizia amigo até das formigas e plantas daninhas e as chamava de minhas irmãzinhas. No que eu o admiro de forma incondicional. Todos os animais, penso eu por intuição e convicção, foram postos no mundo como criação divina. Isto pensando no mundo macro. Agora no micro, tenho para mim que as pragas e as bactérias foram uma criação do diabo, aquele anjo decaído e das trevas que se rebelou e tudo fez para contrariar Deus, o criador do universo com suas belezas. Basta lembrar daqueles micros da tuberculose, da sífilis, da dengue, do HPV , das hepatites e da temível Aids.
Torno ,ainda, a um pouco da minha história com os bichos.  Ainda recentemente, morava em um sobrado com um baita quintal. Lá tinha os pássaros livres no quintal e dois outros  tipos de bichos que poucos apareciam para as pessoas. Eram as minhas minhocas (anelídeos) e escargot (caracol). Bastava chover e eles vinham à tona da terra para passear. Alguns se esticavam até à calçada e rua, eu corria lá e os recolhia para o quintal. Alguém via, fazia cara de asco com expressões de bicho nojento!
- Eu retrucava, não importa, são de estimação e os protejo  e trato como se fossem meus cachorrinhos. A biologia nos informa que é um dos bichos mais antigos sobreviventes na terra, são da era paleolítica. Na França e mesmo no Brasil há pessoas que os consomem como pratos exóticos e apetitosos. Eu nunca os experimentei, mas que são carnosos , são .
Por fim, quero registrar uma tragédia que poucos jornais e TV a mencionaram, quando muito  em rodapé de páginas,  como algo corriqueiro e que a mim me provocou repulsa, dor e muito pesar. No dia 6 de outubro/2015, uma empresa de nome Minerva (SP) embarcou 5000(cinco mil) bois no porto de Vila do Conde, Rio Pará /Barcarena PA. Estes animais seriam transportados em condições de tortura e degradantes para frigoríficos, não se sabe para onde. No porto, no momento da partida, o navio de bandeira libanesa naufragou;  99% dos animais morreram afogados.
Além das cerca de 3000( três mil)  toneladas de animais mortos, o navio, certamente sem capacidade e potência para tamanha carga, tinha também 700 toneladas de óleo diesel (petróleo), que estão presos no fundo do rio. Um ponto pacífico é que as consequências para o meio ambiente, as águas do Pará e ribeirinhos da região estão sendo  e serão, por tempo não sabido, catastróficas.
A sociedade brasileira, autoridades, pessoas se condoem com os maus tratos e morte de um cãozinho, com uma ave de estimação. Algo normal e compreensível porque qualquer bichinho tem sensibilidade, emoção e dor. No porto de Barcarena PA, 5000 bois, vacas e novilhos morreram sob tortura, asfixiados e afogados enjaulados em um geringonça  chamada de navio. O Brasil praticamente não tomou conhecimento desse morticínio de animais (3000 toneladas de reses estão enterradas no fundo do Rio Pará). Eu continuo triste e amolado com tanta maldade com os bichos ali mortos de forma tão cruel e degradante. Quem são os culpados? Haverá punição para tais gigantescos e odiosos maus tratos à vida animal e ao meio ambiente?  Por que o silêncio dos chamados grupos protetores dos animais? Por onde andam  os protetores  dos cães beagle , do Instituto Royal, de São Roque- São Paulo( outubro/2013) ? Vocês que depredaram o laboratório do Royal, resgataram os cães que eram, aliás, muito bem tratados , só porque eles eram usados como cobaias. Vocês não vão protestar pelos milhares de bois mortos afogados, por questões de insegurança e maus tratos de quem os comercializa ? E os frangos que são mortos aos milhares nas granjas do Brasil, por falta de energia elétrica ? Ninguém vai protestar ?
O que vão dizer as autoridades responsáveis e os governos do estado do Pará e Federal? Por que todos silenciaram após a tragédia ? Vivemos em um mundo onde os cães domésticos são tratados como gente, pessoas no trabalho e coletivos urbanos andam como bois e bois em geral são tratados como cachorros . Quanta falta de senso humanitário e bovino .   Nov/15.  

EDUCAÇÃO PARA QUÊ

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10 de nov
para OpiniãoOpinião
ESCOLAS E EDUCAÇÃO DE QUALIDADE FAZEM MAL AO MODO COMUNISTA E POPULISTA DE GOVERNAR

João Joaquim  



A cada reportagem que  vimos , eu como outros que usam o córtex cerebral, nosso órgão pensante, devem se não chocados, ficar aborrecidos e preocupados com mais uma daquelas notícias de dar engulho e tristeza só de pensar no seu impacto para o país. Trata-se de uma matéria  exibida, recentemente,  pela TV anhanguera sobre as escolas públicas de Goiânia. Como  de resto todas as noticias sobre a quantas anda nossa Educação Pública.  Quando nós imaginamos que o cenário anda ruim, quando o assunto é educação, vendo o estado dos imóveis e mobiliário que abrigam nossas crianças e adolescentes para estudar, a situação é muito pior do que o imaginado. Um autêntico cumprimento das profecias de Murphy. Os locais e prédios das escolas mostrados numa ótima matéria jornalista da referida emissora mais parecem locais de penitência ou casas assombradas e abandonadas.
 São cenários que lembram muita coisa lúgubre, ruim, menos qualquer incentivo ao aprendizado e educação. Relembrando alguns itens: alguns estabelecimentos não têm água potável. Água para consumo humano e preparo de alimentos é retirada com uma mangueira de PVC de uma cisterna onde não se vê que tipo de outro conteúdo tem naquele reservatório. Noutros imóveis há uma “faltura” de tudo. Falta biblioteca, faltam carteiras para os estudantes, falta merenda escolar, faltam professores. Faltam até autoridades nas escolas para as explicações de praxe.
Fazendo uma análise administrativa e ideológica  de quem nos governa têm razão os nossos mandatários. Se alguém discorda, o que é um direito político e constitucional  de qualquer dissidente, senão vejamos: o que faz uma boa escola e uma educação de qualidade? Formar bons cidadãos. O que é um bom cidadão? Um sujeito livre, de livre pensamento e expressão. Um indivíduo de senso crítico e capaz de bem eleger os seus representantes no congresso ou os governos de sua comunidade, Estados e União. Então, novamente a pergunta. Os atuais mandatários da nação, houvessem eleitores bem educados e críticos, seriam eleitos? Nunca dos nuncas.
Para melhor entender o que pensam nossos atuais governantes; nossos esquerdo-comunistas do partido dos trabalhadores (PT), eu fui buscar a ajuda de uma doutrina, ela já de todos conhecida para mais de dois séculos, a doutrina espírita. Isto mesmo. O espiritismo além de religião é considerado uma doutrina, uma conexão com aqueles que já se foram para a outra dimensão.

E então eu comecei a imaginar quem no passado poderia me fazer uma leitura não labial, mas ideológica, de nossos petecomunistas que regem nossa economia, nossa saúde, o ministério da Educação e cultura (MEC), enfim a educação de nossas crianças e jovens; potenciais eleitores dos mesmos atuais mandatários da nação cujo desejo maior, é notório, seria a perpetuação no poder. É o caso por exemplo de nosso ex(ou atual) presidente Lula, da ainda presidenta Dilma Rousseff etc. Pode parecer esdrúxulo , mas temos atualmente dois presidentes, uma Dilma no papel de fantoche, e outro que manda tudo , o operante e falante Lula da Silva. O pior é que não há mangueiras e esguichos de lava-jato que lavem as sujeitas que o rodeiam.
Lembrei-me então de alguns luminares comunistas e socialistas como Karl Marx, Iosif Stalin , Wladimir Lenin. Dentre esses o espírito de Stalin me causou melhor impacto e convencimento. Em concisão, sua preleção do modo comunista ou esquerdo-socialista de governar. Ei-las:
-Governar, ponderou o grande comunista ,  é manter as massas de gente no máximo da pura ignorância. Quanto mais broncas e ignaras forem as pessoas melhor para quem governa. Assim basta dar a essas pessoas um pouco de pão, talvez um pouco de circo ou futebol. Pessoas escoladas e instruídas fazem mal à nação, ao nosso projeto de poder e corremos o risco de perder as eleições e nossos assentos nos palácios de governo.
É isto aí. Nada mais lúcido do que as instruções do comunista-mor de todos os tempos, o ainda saudado Stalin.
- Gente com boa escolaridade, continua o mestre comunista , gente  bem informada, faz muito mal com seu senso crítico aos governos. O que um governante esquerdo-socialista precisa não é de gente de discernimento, que conhece os seus direitos; mas de uma massa parva e tarda em pensamentos, que não pensa por si mesma.
- Por isso quanto mais analfabetos, mais fome zero e outras bolsas-esmolas, mais chance do poder de nossos irmãos aí no Brasil e alhures.
 Pronto, estão aí as razões e utilidades de tantos iletrados  em terras brasis governada pelos próceres do PT. Falou e disse nosso maior ditador em espírito , o  comunista de ontem e de hoje,  sr Josef  Stalin .

RUY E RENAN

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6 de nov
para OpiniãoOpinião
O PARLAMENTO DE RUY E O SENADO DE RENAN 
João Joaquim



Quando olhamos hoje o que se passa no Brasil no cenário político, no cenário econômico, no cenário policial, no jurídico, na vida pública e privada; enfim na sociedade como um todo é imperioso que perguntemos, será que sempre foi assim?
Quando olhamos no retrovisor de nossa História, para não ficarmos tão longínquo, lá nos primórdios da república, é oportuno que façamos algumas comparações . Claro que naqueles tempos havia alguns partidos políticos , poucos por sinal. Os embates entre governo e oposição também se davam. Os interesses mesquinhos e escusos também existiam nas tribunas do parlamento. Basta ler por exemplo os discursos de Ruy Barbosa como senador, para ficar só neste exemplo. Mas, não era a tônica no congresso .  Uma marca dos regimes democráticos, onde e quando todos têm o direito pela busca de consolidar suas ideias e propostas de leis, de administração dos interesses do Estado e do povo.
Uma diferença significativa dos primeiros anos da vida republicana é que o povo naquela época era pouco informado do que ocorria no governo central, nas casas legislativas, nos arranjos dos partidos políticos e mesmo nas campanhas eleitorais. Tal timidez na participação popular  tinha duas explicações básicas, poucos meios de comunicação, representados por alguns jornais e alto índice de analfabetismo.
Por outro lado um cenário tinha enorme distinção em relação ao que vemos hoje, de nossos sombrios tempos do lulopetismo de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff. Essa grande diferença se dá nas pessoas da política da época. Que distinções eram essas? A biografia e honradez dos homens que se engajavam na vida pública. Numa frase de nossos dias ,eram, na maioria,  pessoas fichas-limpas. A maioria dos gestores públicos e governantes de então tinham uma nítida noção do que era público e do que era pessoal e privado.
Eu não sou político por engajamento de siglas partidárias. Sou na medida em que opino, critico e como eleitor, na hora do voto. Quando faço um paralelo entre os homens públicos dos primórdios do século XX (e de fato por questões legais e culturais só havia homens e não mulheres), eu o faço por revisitar um pouco a nossa História política e pelo gosto das biografias de grandes vultos da nossa História Geral.
Para não se divagar com tantos nomes, do público pouco conhecidos, eu citaria aqui três personagens, políticos e escritores daqueles tempos da chamada república velha.
O primeiro desses foi o notável, sábio , multicultural e polímata  Ruy Barbosa. Grande advogado, jurisconsulto e senador da época. Ele foi candidato a presidente. Merecia ter sido eleito pela visão que ele tinha das leis, de política e de administração pública. Nisso os arranjos e conchavos da época se pareciam com o que vemos hoje. Nem sempre os melhores e mais aptos são eleitos.
Outro notável da época foi Joaquim Nabuco. Ele se notabilizou não só como agente público (embaixador e deputado) mas também magnífico  escritor. Segundo consta de suas notas biográficas era tido como o nosso Cícero tupiniquim, tamanhos eram o vigor e impacto de sua retórica.
Por último uma figura que compõe o panteão dos nobres da época não foi político partidário. Viveu como amanuense ou  funcionário público, mas teve sua importância como escritor e crítico ferino dos costumes da época, Machado de Assis. Suas crônicas , ensaios e romances daqueles tempos encerram ficção com feições de realidade da sociedade da época e que lembram personagens atuais.
Quando assistimos ao seriado que é nossa política deste início de século XXI, com um ex-presidente (Lula da Silva) acusado de conivência e cumplicidade de tantos crimes cometidos por aliados;  com uma presidente sucessora (Dilma Rousseff) agonizando na impopularidade e incompetência, presidentes do senado (Renan Calheiros) e da câmara ( Eduardo Cunha) acusados de crimes por recebimentos de propina, entre outros  parlamentares no mesmo balaio; nós brasileiros temos o direito de perguntar. O que houve com o Brasil da nova república? O que houve com nossa constituição  da nova era? O que foi feito da nossa justiça? Será que as leis foram criadas só para pobres, prostitutos(as) e pobres? Será que código penal se aplica ao baixo clero e o civil aos políticos e ricos? Fazendo todo esse paralelo entre a política de um século atrás e de agora  dá para imaginar por que a coisa está  pra lá de feia , não ?  Nov/2015     

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