sábado, 30 de abril de 2016

VILANIAS NO PARLAMENTO,,,

para OpiniãoOpinião
 O IMPEACHMENT DAS CENAS DO IMPEACHMENT DE NOSSA PRESIDENTE

João Joaquim  

Finalmente o impeachment em curso no Senado Federal pode mostrar a quantas anda muitos indicadores de progresso, de civilidade, de educação no sentido técnico-científico, de educação no sentido moral e ético, nos sentimentos de convivência entre pessoas civilizadas; enfim em muitos atributos caracterizadores do bicho-homem como um animal racional e inteligente! Não é assim que nos mantêm classificados? animal superior, racional e inteligente?
Pelo que assistimos na admissibilidade do processo de demissão por justa-causa da presidente Dilma Rousseff, nesse 17 de abril de 2016, nós estamos muito mal no filme em questões de educação, cidadania e civilidade.
Pode parecer estranho, mas impeachment é a rescisão contratual trabalhista a mais traumática , mais onerosa e a  mais lancinante; que deixa os contra e os a favor em polvorosa. Basta lembrar que esse, de nossa primeira presidente mulher do Brasil, tem sido o mais longo da história do Brasil e do mundo. São mais de quatro meses. Ele iniciou em banho-maria em dezembro de 2015,  e hoje se encontra em fervura diabólica.
Mas, enfim naquela sessão de domingo, 17, o Brasil e a sociedade como um todo puderam mostrar as suas caras e os seus caras. Parodiando Barack Obama, ali não estava o cara, mas as caras do Brasil, nossos representantes.
Como me referi acima, naquela plenária de nossa câmara dos deputados, em uma das sessões mais importantes do parlamento brasileiro, ressoaram os mais variados indicadores de nossa gente brasileira. Quem somos afinal?
Em civilidade por exemplo. Parece que tivemos até progresso tecnológico, mas no item educação cívica, continuamos como na época das cavernas. Temos eletricidade, água potável, televisão, internet, telefones celulares; mas no trato de gentileza e generosidade continuamos como os homens de “cro-magnon”. Quão triste! Isso porque somos animais racionais e os mais inteligentes. Já imaginou se não fôssemos como tais!
Vamos agora apreciar os quesitos alusivos a educação no sentido de formação técnico-científica. Vale ressaltar que em um parlamento está o escol, a nata, o suprassumo da sociedade brasileira. Pelo menos é o que todos nós supomos. Afinal temos ali, entre os 513 deputados eleitos pelo povo, todos os estratos das faculdades e universidades brasileiras. Não impropriamente, são além de doutores, pronominados de suas excelências. Agora imaginem bem junto comigo!  se os julgadores ou juízes( esses mesmos deputados e deputadas) para demitir uma presidente (a) da república são capazes de tanta patacoada, chocarrices, desconchavos, tolices e abobrinhas; pensem nos eleitores brasileiros, ou seja ; no rebanhão de gente , amigos e apaniguados  que os elegeram. Não é sem razão que temos milhões e milhões de pessoas analfabetas absolutas e funcionais, em completa cegueira de crítica e de discernimento. São os eleitores de nossos parlamentares.
 E nos quesitos de moral, ética e respeito ao outro. Quanto escracho, ostentação ridícula e asnices vimos ser pronunciadas em nossa mais alta casa legislativa. Isto mesmo! Em nossa assembleia onde são redigidas nossas leis, nossa constituição. Não esqueçamos que nossa chamada Carta Magna, a Constituição Cidadã, é redigida pelos parlamentares, os representantes do povo no Parlamento.
Enfim, nossos lídimos e legítimos representantes ao expectorar e arrotar tantos impropérios, tantos xingamentos e outros termos chulos, ofensivos, caluniosos e de baixo calão, bem justificam toda a manada que são os eleitores e pessoas acríticas que neles votaram. Nossos parlamentares (e não todos, que façamos justiça) que vociferaram tantas platitudes, termos desconexos naquela sessão de impeachment, encerrada na noite de domingo 17,  espelham bem o que vemos no dia a dia de nosso trânsito, que mata 60.000 pessoas por ano;  em nossas casas de shows e diversões;  nas vias públicas;  e nos grupos de desocupados, caluniadores e vagabundos das tão badaladas redes sociais. Que espetáculo triste e nauseante estamos assistindo nas cenas e cenários brasileiros, na cultura, nas mídias ; e sobretudo nas instituições públicas que nos governam.

Abril/2016. 

João Joaquim - médico - articulista DM - www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

QI HUMANO

GALILEU VERSUS SHAKESPEARE
João Joaquim


Tem momentos em minha visa que me forçam a fazer certas comparações entre algumas épocas. Por exemplo no referente à criação humana “lato sensu”. Imaginemos as artes humanas antes da impressa de Johann Gutemberg (1398-1468). Tudo, sob o ponto de vista material e técnico, era muito mais penoso e difícil. Vejam nesse quesito da produção de um texto, um livro, como era precário e laborioso.
Ainda dentro dessa mostra de se produzir toda forma de registro, de um artigo, de um relatório, uma obra literária. Já em tempos mais modernos .  Como era árduo, lento e custoso o trabalho da escrita antes da informática e da internet. O trabalho das gráficas e editoras exigia muita paciência e dedicação.
No campo das ciências. Tomemos como exemplos as descobertas de um Galileu (1564-1642), com a demonstração do heliocentrismo. De um Johann Kepler (1571-1638), criador do sistema cosmológico idêntico ao heliocêntrico de Galileu.
O que é admirável ao fazer essas comparações não são as tantas descobertas e demonstrações deixadas por esses geniais artistas científicos, mas como eles conseguiram tamanha façanha ante tanta precariedade material e tecnológica. Para quem tem fé, como é o caso desse modesto articulista, esses gênios da humanidade tinham parceria com Deus, tamanha a engenhosidade de cada criação e a contribuição feita à humanidade.
Quando comparamos alguns desses gênios humanos do passado torna-se forçoso fazer um paralelo entre eles. Tomemos os casos de Willian Shakespeare (1564-1616) e de Miguel de Cervantes (1547-1616).  Dezessete anos separavam os dois gênios da Literatura mundial em idade, e eles morreram no mesmo ano. Coincidências ou pacto do destino ? Com esse por quê sonha minha modesta, mas não vã  filosofia, parodiando o próprio bardo de todos os tempos.
Não sobrepaira e não restará nenhuma dúvida sobre a capacidade criadora, o estro, a genialidade desses eternos escritores. Todavia quando avaliamos a exigência, naqueles tempos (século XVI), da criação de um físico e um escritor, fica convincente que o feito de um Galileu era muito mais complexo, intrincado e desafiador do que de um Shakespeare. O que parece consensual era a mente igualmente brilhante e divinal do escritor e do cientista. A diferença entre o autor de Dom Quixote e o descobridor do heliocentrismo, por exemplo,  foi apenas questão da vocação. Mas, temos que lembrar que o cientista além das hipóteses iniciais e muita intuição  precisava de instrumentos para provar a sua tese.
E assim veio caminhando a humanidade. Poder-se-iam ser citados vários outros casos; e  pontuar diversos exemplos da aptidão e potencial criativo da mente, do intelecto e da inteligência do gênero humano.
 Um dos sonhos do homem (gênero) sempre foi compreender a natureza, o cosmo, o universo, os fenômenos naturais, as transformações químicas, as leis da Física  que nos governam.
Uma outra preocupação da humanidade foram as grandes invenções, as tecnologias que facilitassem o transporte, a produção industrial, o trabalho e as comunicações. E por mencionar comunicações, é pertinente repisar esses avanços tecnológicos de nossos tempos! Como em tão pouco tempo, quando se pensa em história, chegou-se a um nível de excelência e qualidade em tecnologias da comunicação. O que se tem hoje de facilidade em transmitir informações era impensável nos idos de 1960  e 1970. Máquina de datilografar era luxo de poucos.
Torno-me à ideia inicial, comparação entre diferentes épocas, a arte, a capacidade de pensar, a aptidão criadora da mente das pessoas.
Nunca, em toda a história humana, atingimos tão alto grau de progresso tecno-científico e recursos de comunicação como os verificados nos últimos 50 anos. A quantidade de informações que temos sobre qualquer coisa, feitos e fatos vem se tornando incalculável. A grande questão é: o que devo saber sobre o que?  Sem dúvida que o quantitativo é gigantesco em relação ao qualitativo. Resta-nos então a opção de selecionar o que há de relevante, o que seja útil e construtivo para a cultura, para as exigências na vida profissional e cotidiana de cada um.
E então eu finalizo com uma questão, não menos digna de registro. Refiro-me à criatividade, ao engenho criador das gerações de jovens em tempos de tanta tecnologia. Ficam-me a sensação  e a convicção de que as gerações  da internet, das mídias digitais, das tão massificadas e públicas redes sociais se tornaram embotadas e bestializadas intelectualmente. Todos (as) estão idiotizados, embriagados com as mídias. Ninguém mais pensa, escreve, raciocina, calcula ou cria. Tudo de informação e cultura tem se tornado descartável, fútil e sem valor.
Conta-se, de forma emblemática da criação da juventude, que um jovem administrador, recém-formado recebeu um pedido , um  relatório de uma empresa interessado em contratá-lo. Para tal ele tinha que escrever , dissertar sobre os seus objetivos ao cargo pretendido. Ele não sabia como fazer a tal redação. Foi que então buscou a ajuda de alguém da área, uma cola, digamos assim. O profissional procurado( sem que o candidato soubesse) era consultor da tal empresa. Não precisa nem dizer se ele foi aprovado ou não na tão renomada empresa.  Que triste.   Abril/2016. 



João Joaquim de Oliveira  Médico Cronista do DM Goiânia Go  www.drjoaojoaquim.com   joaojoaquim@drjoaojoaquim.com 

O LÍDER...

EFEITO MANADA


João Joaquim


Deparou-se-me uma situação comezinha, a que todos um dia poderão ter assistido, mas que me inspirou o tema desta crônica. Não queiram achar-me com laivos de fuga de realidade. Porquanto, um feito, um gesto por mais ínfimo que seja pode dar azo a fatos de maior monta e grande significado.
Com efeito, estava a espiar uma fila de nuvens a se mover no céu de abril. E só não era mais azul pela alvura algodonosa das referidas. Mas, não foram aqueles rituais nubífugos os que tanto me causaram enlevo e incendiaram outros pensamentos. Ao rés do chão, algumas moitas de gramíneas sem flores. Pousada, uma borboleta, relaxada e com ares de adormecida. De repente, ela esvoaçou-se e se foi. Continuei admirado e indaguei: será que causei algum susto, alguma perturbação em tão vaidoso inseto?  Não era! Concluí de fora para mim. Era um vento que se assoprava e o colorido inseto foi-se nesse suave embalo daquela aura vespertina.
No deslizamento do comboio das nuvens no céu e no voo da borboleta pelos ares veio-me outro fenômeno, este agora de maior peso. O chamado efeito manada. É de se pensar também nessa influência universal. Quem nesse mundo um dia não foi movido pela energia do seu grupo, pelos companheiros desse e outros objetivos. Se assim não for, que então se afaste da manada.
Os estudos da efeito  manada têm uma de suas bases na própria natureza, nos animais irracionais. Dessas observações e registros vêm os estudos no comportamento humano. Os dados empíricos, a experiência e deduções de  observações com muitas espécies animais sempre foram os pontos de partida para que os pesquisadores empregassem outros ensaios e pesquisas científicas em tão importantes questões do mesmo comportamento e efeitos na espécie humana.
Nesses termos tornam-se de bom grado e esclarecedores alguns casos bem característicos no meio animal (os irracionais). Numa família de elefantes por exemplo. Quase sempre nos grupos desses bichos há uma fêmea, carinhosamente chamada matriarca, que conduz os demais membros do grupo. Em geral essa matriarca é a mais velha a ser seguida. É a sua maior experiência, melhor percepção sensorial, as razões de ser seguida fielmente pelos outros animais da família.
O mesmo comportamento se verifica com outros animais inferiores. Nos cães por exemplo. Todos tendem a seguir um líder. As mesmas características se verifica nas criaturas humanas.  Nas atitudes, nas iniciativas, nos gestos,  nas mais diferentes ações das pessoas há um comportamento muito repetitivo do efeito manada, à semelhança do encontrado entre os irracionais.
Vamos pontuar alguns expedientes, gestos, mímicas e outros feitos como exemplos do efeito manada entre nós humanos. Na audição de uma música. Se ela tem uma melodia agradável, aos poucos toda a plateia, mesmo se não entende a letra tende a vocalizar as notas e fazer alguma mímica ou movimentos de pés e mãos em harmonia com o vocalista e outros presentes.
 E assim muitos outros cenários dos mais simples  aos maiores expedientes. É uma influência semelhante à cola, à imitação, à repetição dos feitos e atitudes de uma terceira pessoa. Uma experiência já repetida por psicólogos consta do seguinte: um grupo de 10 pessoas é chamado a participar. Isto se dá em via pública. O primeiro participante está caminhando e subitamente para( verbo parar) e olha de forma atenta para uma direção do céu como se estivesse vendo um objeto no espaço. E assim os outros componentes do grupo vão parando admirados, olhando no mesma direção do primeiro membro. O certo é que ao final da experiência, dezenas de pessoas param em busca de ver aquele objeto estranho no céu. Mas, não há nada no céu, que pode estar limpo e azul. Mais que isso, alguns dos primeiros 10 pesquisadores  dizem estar vendo o tal objeto fantasma. Resultado final: vários transeuntes(dezenas) começam a relatar a visão do tal objeto inexistente , por pura sugestão. É o clássico  efeito manada.
O fenômeno ou efeito manada sempre foi e sempre o será uma atitude e ação construtiva e de afirmação em todas as espécies animais.
Entre os humanos ter referencial de gestos e atitudes se torna além de um recurso de sobrevivência em um fator decisivo no cabedal de civilidade e de  educação para a criança e o adolescente. Os primeiros referenciais e modelos para os filhos são os pais. Puro efeito manada. Este comportamento tem uma influência marcante e definitiva , inclusive, na educação como ética e civilidade e até na  personalidade do indivíduo.
As questões negativas e destrutivas do efeito manada entre os homens se dão quando um líder, um guia, um chefe, um governante do grupo opta por incitar e instigar  os outros membros para caminhos e objetivos ímpios, corruptos e criminosos. Nesses efeitos manadas é que muitos seguidores mais manipuláveis e frágeis de caráter se enveredam pelo ilícito, pelo desonesto, pelo antiético e tanta forma de infrações, fraudes e corrupção.
 Muitos grupos no Brasil têm sido tais e agido de forma desonesta exatamente pelo efeito manada. Quão triste!
 Ainda bem que muitos outros brasileiros de bem, puros e éticos seguem outras manadas de honestidade, de civilidade e do bem . Que bom.    Maio /2016.



João Joaquim de Oliveira  Médico Cronista do DM Goiânia Go  www.drjoaojoaquim.com   joaojoaquim@drjoaojoaquim.com  

quarta-feira, 30 de março de 2016

AMIGOS E Transas na Rede

NAMOROS , AMIZADES  E EDUCAÇÃO COLORIDAS

João Joaquim  

  
Nesses tempos digitais se tem uma palavra que sofreu os efeitos da semântica se chama amigo ou a sua mãe e cognata, a amizade.

Essa mudança, para pior, do sentido de amigo e amizade de deve muito ao advento da internet,  de mídias e redes sociais. As plataformas virtuais com todas as maneiras de comunicação trouxeram outros significados a esse sentimento de afeição, estima e afinidade, e  até a muitos outros valores como o namoro, as confidências , o  casamento e outras interações conjugais, e  mesmo à educação de filhos .

O que se tem de certo é que todos esses sentimentos aqui lembrados como a amizade, namoro e casamento nos parecem  que foram banalizados e subestimados . A mim fica a sensação de que os recursos digitais da internet provocaram uma certa embriaguez nas pessoas. Pessoas essas que ganharam novos nomes, às vezes, sem maior sentido e significado. Na grande rede nós somos o que? Usuários, contatos, “amigos” (virtuais), internautas. Parecemos todos náufragos em um oceano; sem barcos, sem âncoras, sem bússola ou GPS.
 Poder-se-ia  iniciar essa discussão com algumas provocações aos grandes inventores da internet, das mídias e aplicativos virtuais e das tão massificadas redes sociais. Como chamar de amigo alguém com quem nunca tivemos um contato físico, de olho no olho, de um aperto de mão, de uma troca de sorriso, de conquista de confiança mútua, de forma  paulatina e duradoura ?

O que fica então de conclusão é que os conceitos desses sentimentos, amizade, namoro e casamento sofreram um rebaixamento de signos e significados. Numa frase e lugar-comum, não se faz mais amigo , namoro e casamento como antigamente.
Dizer ou opinar que as tecnologias da informação trouxeram mais malefícios do que benefícios seria pura toleima de quem nasceu antes desses avanços, como esse articulista. A questão central e diferencial está no uso de que se faz dessas ferramentas. A diferença está nas pessoas , ou nos usuários desses recursos.

Cada recurso digital, a começar do próprio telefone celular foi concebido com o desígnio e a concepção de facilitar a comunicação utilitária entre pessoas e empresas. Hoje, esse objetivo (original) se tornou obsoleto. Todos empregam o seu utensílio móvel, o smartphone e iphone e tablet para tudo, menos como recurso telefônico ou intercâmbio de conhecimentos . O uso massivo desses objetos se dá com as redes sociais. Há uma ansiedade de seus “usuários” pela permanente conexão. Existe um permanente alerta( bips, apelos, chamados eletrônicos )  pela conectividade, pelo estado “online” dos contatos (amigos). Todos parecemos meros imbecis que não podemos deixar nossas mídias sequer para uma almoço fraternal em família, para assistir uma reunião, para uma missa ou culto religioso ou para um passeio ou caminhada de atividade física. Vivemos uma autêntica neurose digital

Quando olhamos para os adolescentes de antes e os pós internet percebemos uma grande diferença. Diferenças no que eram os sonhos, os projetos e o idealismo da juventude que não conheciam o celular. Os jovens se falavam, se associavam, se politizavam. Eram pessoas na efervescência hormonal e de ideias. Todos tinham sonhos e utopias. O mundo  virtual parece ter entorpecido as crianças e jovens de pensar, criar, e projetar o futuro.
 Todos parecem realizados, satisfeitos e confortáveis em suas mídias. As crianças e adolescentes vem trocando os encontros lúdicos, as brincadeiras de socialização pela reclusão da Internet. O que pode trazer sérias consequências até na maturação como cidadão e interações sociais as mais diversas. 
 Mas, sendo essas as consequências predominantes da internet com suas tão apelativas e alienantes mídias e redes sociais, o que cabe aos pais, famílias, cuidadores e escolas para com as crianças, adolescentes e jovens, nesses tempos de tantas transformações ? A palavra mágica é educação, no seu sentido o mais original e abrangente.
 Basta lembrar que a educação se faz por etapas, onde cada ensinamento recurso e tecnologia se dá conforme a idade certa. Como exemplo, devemos ter como coerente e lógico ensinar primeiro os fundamentos de leitura, matemática, desenho, interpretação de um texto. E como se dá esses passos da educação? Folheando livros, rabiscando papeis, aprendendo álgebra de cabeça. Os recursos de informática terão seu lugar e sentido em ciclos mais avançados. Então fica patente que o uso abusivo, desvirtuado, massivo, de forma fútil e viciosa se dá sobretudo por uma questão de educação e maus exemplos dos próprios pais  e cuidadores;  e mesmo de escolas que oferecem os coloridos e encantadores utensílios de informática em idades muito precoces.
 Educar se dá por etapas. Há famílias e educadores que andam distraídos em apenas agradar e dar coloridas e apelativas telas mágicas aos filhos e alunos. São recursos que mais deformam do que formam a nossa juventude. Já há estudos mostrando que quando uma criança de 5 ou 6 anos vai para a escola , esta criança já tenho assistido centenas de horas de vídeos, filmes  de tudo; dos games a outros atrativos coloridos em mídias digitais e de TV . O que é pior e desalentador , sem nenhum cunho ou sentido pedagógico ou de alfabetização.
Uma pergunta que esse modesto escriba faz a pais, escolas e pedagogos. Essa criança chega na escola, será que  ela vai querer pegar em lápis, papel ou folhear livros ou desenhos escritos? Essas primícias do ato de educar exigem um pouco de trabalho, de pensar, do uso da mente , das mãos e músculos.  Em casa ela não foi educada para esse inicio de educação. Objetos de mídias, celulares, tablets exigem apenas o olhar, toques digitais, tudo mágico. Imaginem se os pequeninos querem essa troca ! Eu duvido                        Março/2016.


João Joaquim - médico - articulista DM - www.drjoaojoaquim.com     joaojoaquim@drjoaojoaquim.com


O DIABO-CHEFE....

NA POLÍTICA O DIABO É BRASILEIRO
       João Joaquim  


Todos nós brasileiros estamos assistindo, alguns aterrados, outros desesperançados ao esboroamento de algumas instituições, garantias de segurança e estabilidade a que todos têm direito num país democrático e civilizado.
Assim posto, vamos lembrar algumas dessas condições e órgãos públicos garantidores desses estados aos cidadãos.
A nossa própria garantia de saúde, de vida e integridade física. Ninguém, em nenhuma cidade desse país se sente em absoluta segurança. Todos têm medo de sair em vias públicas. Notadamente se a pessoa porta um bem. Seja um adorno ou utensílio pessoal. Trazer uma pulseira valiosa, um relógio ou celular tornou-se um chamariz para delinquentes. O medo não é ficar sem os pertences, mas ser fria e sumariamente executado por hordas de criminosos e drogaditos.
 Muitos desses brutamontes e energúmenos costumam ter outras características: são classificados como “ de menores” (de 18 anos), e se são pegos em flagrantes não são presos, mas apreendidos. São, às vezes, levados com rostos tapados para as antigas febems (hoje casas); são proibidos ou melhor protegidos de dar entrevista; e com no máximo 3 anos são fichas-limpas. São bandidos frios, cruéis, irrecuperáveis; e assim vivem e tocam a vida  sob o pálio do Estado e da leniência e proteção dos chamados direitos humanos ( leia Estatuto da Criança e Adolescentes- ECA e código penal).
O cidadão  e as famílias não se sentem em segurança sequer em seus domicílios. Ninguém está a salvo. Os assaltos à mão armada não têm mais hora ou local preferencial. Todos corremos risco. Armas de fogo se tornaram objetos vulgares, muitas delas clandestinas. Que significado teve o expediente do desarmamento? O Brasil não tem pena de morte! Para os criminosos, claro. Por ano são milhares de assassinatos. Execuções sumárias por motivos fúteis são noticiadas diariamente. O trânsito vive infestado de bêbados e drogados. A estatística de mortes nesse cenário lembra a guerra da Siria, são mais de 50,000 mortes por ano.
Abstraindo da segurança. Na área de saúde pública, que não deixa de ser uma forma de segurança, a da integridade do bem estar e da vida. Parece uma ironia do Estado com o segurado do SUS (direito constitucional). O paciente frente a uma doença grave, se procurar um pronto-socorro está correndo risco de vida porque a situação não permite espera nem burocracia. Imagine um indivíduo com um infarto ou vítima de acidente de trânsito. O atraso no atendimento, a falta de médico e UTI significam sentença de morte, como ocorre nos hospitais públicos.
No âmbito da educação, todos sabemos a pobreza que se tornou a educação pública brasileira. Tudo começa nos prédios que abrigam nossas escolas. Há deficiência em tudo, a começar por um currículo nacional decente (base nacional comum curricular); até equipamentos, professores e merenda escolar que, às vezes, é desviada (dinheiro) em corrupção.
Se as famílias não tinham segurança (qualidade) educacional pública, surgiu a montante outra insegurança, os traficantes de drogas nas escolas. Enfim, temos razão para estar muito aterrorizados,  outros tantos sem esperança de melhora a curto prazo. O governo e congresso estão acuados com tantas acusações e indícios de crimes, que nada mais fazem do que se defender. Não vimos nenhuma autoridade do governo vir a pública, trazer algum grande projeto. Apenas desculpas e desqualificação de mais e mais acusações, das investigações de Policia Federal e Ministério Público. A cada dia um escândalo , um terremoto de indícios e evidências da participação de quem esteve e está no comando dessa grande Nau chamada Brasil; que de abalo em abalo se encontra adernando prestes a mergulhar em pélagos mais profundos. Ufa!  O que será de nós ?
Resta-nos então o judiciário, que por enquanto e oxalá que sempre, nos traga algum amparo, mais segurança e decisões justas com todos aqueles mandatários que nos colocaram nessa tempestade e procela de ondas pavorosas e ameaçadoras em toda a nação. Onde será que vai parar todo esse furacão  ?   Mar./2016.  


João Joaquim - médico - articulista DM - www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

RATOS E CORRUPTOS....

  JUSTIÇA E GATOS  À CAÇA DE  CORRUPTOS E RATOS
  João Joaquim  



Hoje, assistindo às cenas políticas do Brasil me volto à minha infância. Não que meu período de criança tivesse cenas políticas que pudesse ver, eu mal ouvia rádio. Nossos políticos de agora é que me remetem aos albores de minha vida. E vamos pontuar porque. Todos estamos acompanhando capítulo por capítulo, a uma novela que parece sem fim, ao curso dos maiores esquemas de corrupção do Brasil e do mundo. Basta lembrar os medonhos e repulsivos episódios do mensalão e petrolão. Isto para ficar nos mais recentes.  Um  escândalo, de roldão, vai apagando o outro. Passa-se alguns meses e o país entra em amnésia dos fatos passados (desculpe a redundância).
Vejam exemplos de amnésia coletiva. Alguém se lembra ou comenta  a construção do porto de Mariel para a ditadura cubana pelo governo do PT?  Lembram do perdão de dívidas que Lula fez a algumas ditaduras africanas? Dos escândalos na construção da refinaria Abreu e Lima , em Pernambuco  ? Da corrupção que correu ,à discrição de enxurros,   na construção dos estádios e arenas para a copa FIFA-BRASIL 2014? Este  fenômeno do esquecimento faz parte de nossa índole e até do funcionamento das instituições públicas. Quer instituição  mais desmemoriada, retardada e esquecida do que o próprio judiciário? E assim, nesse remanso e mar de esquecimentos, de amnésias, de frouxidão com as coisas não privadas,  é que nadam nossos iníquos e corruptos gestores e dirigentes públicos.
 Ora, por que os agentes públicos de hoje, nossos homens da política me lembram a minha infância? O embate que se dá no Brasil de hoje (mensalão e petrolão) entre o Estado legal , o poder  oficial,  e o estado criminoso ( esquemas de corrupção) dentro das próprias  instituições públicas e privadas mais parece uma briga de gato e rato. Os gatos aqui de nossas cenas políticas e urbanas são todos os atores da lei. Ministério Público, polícia federal, juízes independentes etc.
E os ratos? Todos os ladrões, ladravazes e corruptos, travestidos de representantes do povo e se passando por  servidores do povo e da nação.
De quando menino e adolescente, lembram-me cenas onde fui criado, interior mineiro. Havia muitos ratos, roedores mesmo, aqueles bichos pestilentos de esgoto quem transmitem doenças ( ex leptospirose). Meu pai para combatê-los tinha gatos que os caçavam. Muitos deles( os ratos) se infiltravam debaixo das espigas de milho dos silos (paióis). Ou  então subiam para a cumeeira das construções. Não havia gato que os pegasse.
Outro expediente que se adotava era o emprego de ratoeiras. Os primeiros caiam na armadilha e eram exterminados. Mas, os que viam a cena aprendiam e nunca se aventuravam a beliscar as iscas de queijo no interior das armadilhas. Puro jogo de gato e rato.
Agora, tornemos para nossas cenas políticas. Imaginemos um governante, um presidente, um ministro, um parlamentar qualquer. Basta que ele seja dado ao embuste, ao roubo, ao furto, aos ilícitos, às mentiras ; e seus intentos serão alcançados, em todas as chances propícias. E aqui com uma assertiva das mais pertinentes. Esse corrupto e ladrão das coisas do Estado, não se faz ladrão pela oportunidade que tem. Ele já nasceu ladrão e cria as condições e meios para o seu fim que é roubar descaradamente. E o faz em conluio e em comunhão com os membros de sua camarilha, ou quadrilha como a nomina  a Justiça. Pergunta-se : alguém imagina que algum corrupto será pego em quebra de sigilo fiscal, bancário ou telefônico ou de e-mail? Ele guardará os tesouros roubados em paraísos fiscais, em nome de laranjas, de familiares, em espécie num cofre secreto, etc.
 Por que desta afirmação? Simples dedução. Estando este agente público dentro do Estado Legal, ele detem todos os meios de como escapar de eventuais futuras investigações. Ele conhece os expedientes e meios investigatórias de Ministério Público, de polícia federal, de órgãos judiciários. Por conseguinte, esse corrupto, travestido de servidor público e da nação, a exemplo do rato não cairá em armadilhas de polícias e Ministério Público de forma tão fácil. Por isso que as provas contra esses gatunos da nação se tornam quase inalcançáveis pela Justiça.
O que resta nesses casos seria o princípio de não haver crime perfeito e sobrar  algum cochilo do rato ou ladrão das coisas públicas. E a partir desse descuido então se pegar tal larápio, embusteiro e mentiroso.
Outra esperança de se pegar tais criminosos de terno e colarinho branco é o instituto da delação premiada que vem sendo empregado  pela Justiça. E o faz muito bem. Aqui poderia até se aplicar o princípio: ladrão que delata ladrão, merece um bom perdão.
Como se vê a semelhança entre ratos, corruptos e ratoeira é muito grande. Se um x(xis) ou y(ipsilon) de um problema, de uma investigação   já se torna um incógnita complicada, agora  imagine essa incógnita multiplicada por três  para a justiça.  Haja  lupa, luneta, bons detetives, bons gatos( Polícia e Justiça)  e matemática para tanto enigma. Ufa!                 março /2016    



João Joaquim - médico - articulista DM   Goiania  Go             www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

ANARQUISTAS E GOLPE MILITAR

MILITÂNCIA COMUNISTA NA INCITAÇÃO AOS  GOLPES DE ESTADO

João Joaquim  


O homem por uma inclinação inata é um animal político. O sujeito se dizer apolítico soa  não verídico   porque se ele é um ser pensante, normal, e tem discernimento do que faz e deve ser feito ele está praticando política. Ser político não significa ser filiado ou engajado com esse partido  e outra ideologia, é bem diferente.
Essa era uma concepção do grego Aristóteles. Quando eu falo  de política, de imediato,  lembro-me de outro grande pensador, Platão. Isto por causa de sua magnífica obra A República. Se tivesse que definir qual o regime político ideal eu não hesitaria eu tascar: aquele que tivesse as diretrizes do que recomenda essa grande obra, A República. Ali encontram-se os preceitos de excelência no que se refere ao modo ou sistema de governo de qualquer nação.
Impelido pelos dias convulsos em que vivemos eu pus-me a algumas reflexões relativas à política e aos sistemas de governo. E assim fazendo eu estou praticando política.
Vamos partir da seguinte premissa, todos queremos a paz. Vamos pensar em nosso país, com um regime republicano e democrático. O povo brasileiro, por índole e cultura, é um povo pacifico e ordeiro .  Quais características tem esse governo? Ele é composto de três poderes; o executivo que é o governo central, o legislativo bicameral com senado e câmara dos deputados, e o judiciário com todo o seu organograma de juizados especiais federais (1º instância) , o superior tribunal de justiça (2º instância) e o supremo tribunal federal (3º instância ou corte suprema).
Além desses três poderes, existem várias outras instituições e órgãos que compõem o aparelho de Estado.
Quais têm sido nossas marcas e conquistas como democracia? A liberdade de livre locomoção, a de expressão e opinião, a de imprensa, a de opção religiosa e sexual, etc. Claro que no atual período democrático existiu algum governante que quis impor regras à imprensa; em limitar o direito de opinião de partido adversário etc. Outras duas anomalias de nosso regime é a tal obrigatoriedade de comparecer às sessões eleitorais em datas de eleições e a tal incompreensível imunidade parlamentar e política de que gozam muitos membros do governo e das casas legislativas.
No concernente às forças armadas:  Exército, Marinha e Aeronáutica. Elas são instituições permanentes, cuja principal função é a garantia de segurança,  da integridade física e territorial da nação, de nossa soberania. E elas sempre se houve muito bem nessas principais atribuições. Não se esquecendo o genocídio de que ela participou que foi a guerra do Paraguai. Mas, enfim são fatos terríveis enterrados nos recônditos de nossa História. Que foi triste foi!
Como se caracterizam as instituições militares? Noutros termos para melhor contexto: como se dá a ética, ou como se fazem ou sucedem as normas de conduta da função militar? Em objetivas linhas seriam:  ordem, hierarquia, disciplina, patriotismo e honestidade.
Já quadrando e arredondando minhas reflexões. Como se estabelecem ou se implantam os chamados regimes militares pelos golpes de Estado? Se torna de uma conclusão acaciana ou franciscana;  eles surgem por exemplo diante das conflagrações políticas, das convulsões ideológicas e de desgoverno como as que vivemos em nosso país, com as denúncias( Ministério Público Federal , Polícia Federal)   de tanto escândalo, corrupção e crimes de responsabilidade perpetrados pelos nossos atuais mandatários
A solução de uma intervenção militar em muitas nações se estabelece como um mal menor. Diante do apodrecimento das relações daqueles que nos governam com crimes organizados, do risco do esgarçamento das instituições públicas, talvez não  haja  outro caminho como a tomada de poder e de governo pelas forças armadas. Uma das causas de golpes militares se dá, não pela ameaça que vem  de fora,  mas  por esses inimigos internos, de compatriotas traidores. O que soa muito mais melancólico, de compatriotas sem nenhum patriotismo e amor pela pátria . Quão triste imaginar fatos como esses.  
É oportuno imaginar o que devem estar pensando os comandos de nossas forças armadas diante do estado de ânimo em que se encontram os grupos pró e contra o desgoverno que se estabeleceu em nosso país.
Falam muito mal de nossa ditadura recente(1964-1985). É bom lembrar que se não fossem os militares, talvez os comunistas e guerrilheiros daquela época tivessem nos transformados em  uma grande Cuba. Os presidentes daquele mal afamado regime( militares) morreram todos pobres, não tiveram nenhum filho milionário e nenhum deles teve qualquer indício de corrupção. Eu penso e tenho a concepção que a pior das democracias ainda é preferível à mais branda das ditaduras. O que temos é que buscar uma solução constitucional , legal e democrática para o pandemônio e balbúrdia em que se tornou o cenário econômico e político do momento.  Eu espero e acredito numa solução pacífica, até porque temos instituições e um judiciário ainda acreditável.   Março/2016. 


João Joaquim médico articulista DM           www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...