terça-feira, 20 de outubro de 2020

PARA NÃO LER

 

                            COMO CRIAR PESSOAS-PROBLEMAS

 João Joaquim  

 

Atenção senhores Pais, mães, cuidadores, tutores, educadores! Tomem uma criança em seus cuidados e façam dela o que quiser. Com este mote eu desenvolvo este sucinto artigo. A proposta é como através de um processo educacional de qualificativos éticos, morais e construtivos fazer de uma criança um adulto também com os mesmos qualificativos e mesmos valores éticos, morais e sociais.

NO reverso fazer o oposto. Ter uma criança sob sua guarda, sub sua influência e modelo e fazer dela um futuro adulto inservível, fútil, inútil e até delinquente. Tudo conforme a ausência de uma educação. Vai depender de os pais, os educadores ou responsáveis pela criança, tutores; não importa quem a educará. Esses primeiros educadores ( em geral os pais) estarão construindo um futuro jovem e adulto com graus variados de inutilidade ou problematização ( omissão, tudo pode, leniência, proteção, privilégios, imunidade filial).

Na esteira dessa não utilidade ou pessoas-problemas poderemos ter ainda na adolescência, permito-me empregar duas gírias que bem expressam a ideia= poderemos ter os chamados mauricinhos e patricinhas.

Mauricinhos e patricinhas são aquelas crianças e adolescentes criados (atente ao termo criação, não educação) com direitos a todos os mimos, brincos e objetos de entretenimento. Com um destrutivo agravante (ponto de vista educacional); se a eles não é atribuído nenhum limite corretivo.

Trata-se de um processo contra-educativo de alta eficácia na desconstrução do indivíduo. Termo algo até impróprio, porque na verdade esse indivíduo nunca se construiu na vida, ele nunca se transformou. Nasceu, e apenas existe. Nada de essencial. Vive como outro bestial qualquer.

Enfim, o que se quer mostrar neste breve ensaio é de como uma educação omissa, canhestra, tolerante e marcada por sim, sim, sim e nunca múltiplos nãos pode levar à criação de uma geração de jovens e adultos perdulários, irresponsáveis, dependentes eternos de quem os guiem, os socorram e os mantém no estilo de vida que foi a sua infância, adolescência e juventude. Esgotada a fonte de renda na manutenção desse estilo de vida há enorme risco de problematização familiar, delinquência, busca por drogas ilícitas e criminalidade.

O risco mínimo que correm esses filhos e filhas é eles se tornarem eternamente mauricinhos e patricinhas das famílias.

Como modelo de caso clinico e social imaginem aquele(a) filho(a) , de um casal não aficionado e apto a uma boa educação, porque também não recebdeu essa boa educação; e dar para esse filho de tudo que ele pedir, para o seu agrado, prazer e felicidade. São festinhas caras de aniversário, são objetos e joias de ouro, objetos e anéis preciosos, comidas e petiscos exóticos e os mais saborosos; a repetida mensagem e convicção a essa criança de que ela é um nobre da casa, um príncipe, uma princesa, de que não pode trabalhar, não pode ter alguma frustração, não pode sofrer limites e correções, etc. Pronto! Está estabelecida a receita para a formação de um tiraninho, um príncipe, um mauricinho ou patricinha. Enfim, um monstrinho e futuro adulto-problema. Só isso. Nada além disso. Comparado ao confeito de um bolo, uma torta. O conteúdo sairá exatamente conforme a casca, a forma, o invólucro. O líquido tomando o formato do frasco que o contém.

 

 

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Desamparo

 

Servidão por opção


João Joaquim  

 

São três circunstâncias que abordo neste artigo- o desamparo das pessoas no mundo, a aceitação da vassalagem ou subjugação ao outro, a busca de alguém como amparo para a falta de significado da vida na sociedade. Basta imaginar que por natureza somos criaturas frágeis. E cada um per si tem seu grau de fragilidade, de carência, de necessidade de um amparo, de uma escora na vida, na proporção dessa vulnerabilidade. É assim a regra dessas três condições existenciais.

Começando pelo sentido de nossa finitude na vida. Por que muitos e milhões de indivíduos são levados a ser enganados e ludibriados por muitos pastores, padres, religiosos, gurus, falsos profetas? Porque esses falsos messias, têm um algo a mais do que essas frágeis vítimas, eles detêm a habilidade da enganação, da ilusão, do falso amparo, de tornar venal aquilo que eles apregoam. Por isso o melhor rótulo para eles é esse: um falso profeta, um falso messias. Não é sem razão que o planeta está infestado desses tais. Seriam então os joãos de deus, os josés de deus, os divinos tais, os bispos tais, os apóstolos tais, as bispas tais. Ligue a TV, percorram os canais, e lá estão eles em seus poderosos merchandising, em seus marketings da fé, da salvação da alma, com seus ardis, suas palavras de ordem , com suas estratégias de lavagem cerebral, com as retóricas do terror, do medo, de fragilização da alma dos incautos, dos menos letrados, dos deprimidos, dos desamparados, e assim por diante.

O mesmo efeito da condição do sujeito ser um ente em desamparo se dá em muitas formas de crime, e podemos destacar os crimes de pedofilia. Quem são os maiores abusadores de crianças, adolescentes, jovens e mesmo mulheres adultas? Os parentes mais próximos, aqueles que em princípio detêm poder sobre as vítimas. Quem deveria ser o protetor, o tutor, o física e moralmente superior, tem uma hierarquia maior do que a pessoa abusada. Para tanto e concretude dessa realidade basta reestudar as estatísticas dessa perversidade. O mesmo se dá para muitas e milhares de forma de estupro. Os estupradores estão no entorno das pessoas. A maioria deles.

O silêncio ou aceitação de alguma forma de servidão ou vassalagem ao outro se dá no mesmo processo psicológico dos chamados assédios. Como bem descritos três são as principais formas desse controle do outro: o assédio sexual, o moral, e agora mais modernamente o processual. No sexual, de todos sabido, o assediador busca um favor sexual mediante opressão; e ameaça prejudicar a vítima, por exemplo na demissão de um emprego, de perda de uma justa vantagem adquirida no trabalho, etc. O moral, é o constrangimento de um subalterno, espezinhando-o, humilhando-o no seu trabalho, e explorando a sua fragilidade. O assédio processual é popular chicaneiro. É o sujeito vagabundo, que quer levar vantagem em muitas coisas e recorre à justiça para obter uma paga, uma indenização, o ganho de uma açao sem fundamentação plausível .

Por último , imaginemos aquela pessoa, aquele sujeito, aquele homem que meio fragilizado em suas relações, precisa, ele carece de uma escora, um amparo na vida para amainar sua condição de solidão, de desamparo, de isolamento social. Nessa atmosfera, nada mais imediato do que angariar, conquistar a complacência, de outra pessoa. Sendo hetero, ele vai em busca de uma parceira, uma esposa. Ele, nesse arranjo, aceita inclusive ser pai, mesmo não tendo o devido preparo social, psíquico e financeiro para essa sensível e nobre empreitada. E a outra pessoa aceita. Está satisfeita essa fragilidade e carência de amparo, de escora de apoio de intentos, de objetivos, de metas no curso da vida. Essa é uma realidade arrevesada de tocar a vida. Ou não. Olhemos o nosso redor.

SE é Para Complicar...COM a gente mesmo

 

MEDALHA DE OURO PARA O Brasil NO RANKING DA BUROCRACIA

João Joaquim  

 

 

É de senso comum que o Brasil é um dos países onde mais há burocracia. Como exemplos de entraves na obtenção de um bem, de formalizar um documento, de uma solicitação qualquer basta lembrar quantas não são as pessoas que precisaram ir a um cartório reconhecer uma assinatura como sua, ou mesmo assinatura de terceiros. Até mesmo em prescrições médicas, às vezes, o beneficiário desse serviço precisa primeiro ir a um cartório e provar para a farmácia, drogaria, que aquela receita não é falsificada, que o carimbo de fato pertence àquele profissional, que aquele papel timbrado não foi adulterado ou impresso como fraude.

 

Diante dessas e tantas outras dificuldades, nas ocasiões que tive que enfrentar e ainda enfrento como obter documentos públicos ou privados eu adotei uma atitude de não mais reclamar. Quando muito pondero a esse atendente, a esse funcionário que me atende, que estou de acordo. E complementarmente acrescento a esse servidor que em se tratando de Brasil, torna-se compreensível, onde a desonestidade, o jeitinho torto e sinistro de se viver fazem parte da cultura e senso das pessoas.

Em outros termos, significa o que? Que se fôssemos majoritariamente constituídos de pessoas probas, justas, corretas e honestas em tudo, não haveria necessidade de tantas exigências para se provar que nós somos nós mesmos, os que estamos ali presencialmente, que aqueles documentos apresentados são  de fatos nossos, que não houve fraude, que aquela assinatura que subscrevo naquele papel é de fato a minha, e assim, similarmente em muitas outras circunstâncias da vida de cada um.

E em se tratando de burocracia há situações que soam hilárias, em que pese até meio fúnebres e trágicas. Um bom exemplo é o do herdeiro que estava tratando do espólio do pai e chega em um órgão público para dar seguimento à partilha dos bens. Esse agente que o atendeu pediu o atestado de óbito da pai. E ele então exibe o documento original, que datava de 2 anos, emitido pelo cartório de registro civil. E qual não foi seu espanto ao ser inquirido pelo órgão (ou esse atendente do protocolo) que voltasse ao cartório que emitiu aquele documento porque aquele estava vencido. Dois anos. Como se tal documento, tivesse uma data de validade. Imagine tal disparate burocrático. Seria como se uma cédula de 5 anos, 10 anos não tivesse mais valor.

Outra cena useira e vezeira de nossa malfadada burocracia é a seguinte:  o cidadão chega em um certo órgão de governo ou mesmo privado para obter um serviço, registrar um documento, apresentar um requerimento para determinado fim. Ali é recebido pelo funcionário atendente. O interessado preenche os seus dados, faz um cadastro, fornece todos os dados pessoais, RG, CPF, endereço. Alguns lugares exigem até para qual time o sujeito torce e qual religião ele professa. Feito todo esse histórico pessoal, ali na presença e visão do atendente ele assina os documentos, assinatura idêntica àquela nos documentos originais que são ali mesmo copiados pelo servidor. Findo toda essa etapa, esse servidor, com a mais natural aparência faz mais uma exigência, a de o requerente se dirigir ao cartório e fazer um reconhecimento oficial de sua assinatura. Agora, veja se não é de dar engulho e nó na garganta, se esse brasileiro não estivesse habituado a essas esdrúxulas burocracias! Só mesmo no Brasil.

E por fim um exemplo da esperteza, do jeito desonesto e de levar vantagem ou mesmo roubar dos mais incautos. Dia desses o retrovisor interno de um carro meu, oito meses de uso, quebrou de forma espontânea e caiu no meu colo. Sem nenhum trauma, nenhuma avaria no interior do carro.  Procurei a concessionária para o reparo ou reposição. Era  só recolocar a peça. Não é que o funcionário da loja, representante autorizada da fábrica do veículo cobrou quase ®$ 300,00 pelo serviço. Inconformado liguei na fábrica. Para minha surpresa e surpresa do atendente honesto da fábrica do automóvel, aquela peça não  poderia ter sido cobrada, porque estava na garantia. Enfim, como expressam nosso folclore e nossas expressões idiomáticas, são jabuticabas e jabutis peculiares de nossa Pindorama, que anda pegando fogo, atolada em corrupção e outras ingerências e (des)governança como nunca se viu, nessa nossa  pátria varonil .

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...