quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

PAN-TA-lógico

 

NOSSOS HÁBITOS PANTAGRUÉLICOS

João Joaquim  

Nesta suave digressão, o intento é fazer algumas reflexões sobre o hábito useiro e vezeiro de se alimentar, ganhar peso em função desses excessos autofágicos, e de assim, engrossar a tão nociva, mórbida, devastadora, limitadora, discriminadora e multipatológica indexação de massa corporal. Termo, digamos mais polido e politicamente correto.

Em cada data festiva, em cada festa comemorativa, seja de data aniversária, natal, páscoa, casamento; ou até mesmo em um mero rega-bofe gracioso, nós da área de humanas, de saúde – médicos, psicólogos, nutrólogos, nutricionistas- temos como que um laboratório ao vivo, em cores, de forma empírica para analisar este tão costumeiro hábito das pessoas de se alimentar. Comer é preciso. Afinal, através do gesto de se comer, de se ingerir os nutrientes de que nosso organismo carece, de que depende para funcionar, é através de gesto simples e ordinário de comer, que todos os organismos vivos se perpetuam, proliferam, crescem e preservam a espécie. Só que deveria ter limites. A exemplo da ingestão da água pura. Ninguém bebe água a mais, uma vez tendo saciado a sede.

Nosso organismo, embora de simples entendimento, mas vale para justificar o artigo, necessita de todos as substâncias que de algum modo lhe representem um substrato para todos os fenômenos metabólicos, para sua fisiologia, para sua renovação celular, para a síntese de tantas substâncias e hormônios para o pleno e saudável funcionamento de cada órgão, cada tecido.

Entretanto, cada um desses nutrientes, desses substratos nutritivos ou nutracêuticos guardam os limites de que nossos órgãos, nossos tecidos, nossas células tanto precisam. Para tanto vamos aqui fazer uma análise com um motor e seu combustível, seja gasolina ou etanol. Se eu exceder na oferta desse combustível para aquele motor, por uma questão de funcionamento, digamos da chamada bomba injetora, esse motor irá “engasgar “, não funcionar a contento. Ou até se esse combustível estiver adulterado, sofrer danos internos. A analogia visa compreender a importância, do quantum, da dosimetria exigida para que os nossos órgãos funcionem de forma harmônica e fisiológica.

E assim, chegamos ao ponto nevrálgico das razões de um indivíduo ingerir excessos alimentares, a ponto de muita vez atingir um estado de toxidez, perturbações digestivas, como cólica biliar, dor pancreática, diarreia alimentar e até morte por esses descomedimentos e insensatezes no tão necessário hábito alimentar. Estão aqui citados alguns estados agudos dessas desbragadas e pantagruélicas orgias no vezeiro gesto de comer.

Os grandes danos desse pecado capital ( gula NOS seus variados graus) virão de forma sub-reptícia,  insidiosamente, cronicamente, de efeitos muita vez irreversíveis. São os sintomas e sinais no espectro danoso, nocivo dos variados graus de obesidade, ou sobrepeso, ou índice de massa corporal alto; como eufemisticamente referido pelas pessoas e sociedades médicas, para não adicionar os chavões preconceituosos que traz os termos gordos e obesos.

Em conclusão, as razões de uma pessoa ingerir tanta comida, além do fisiológico nutricional para cada organismo, são várias. Entre essas, um lenitivo para os transtornos de ansiedade, um alívio e compensação transitória para o estresse diário de diversas naturezas, uma forma repetida e opção única de prazer gustativo , como se outro prazer e felicidade na vida não houvessem; uma forma quase orgástica gustativa no gesto automático de comer; um gesto puro e simples do efeito manada, a pessoa come seguindo as outras do grupo inicial e incitativo. Basta ter em conta que somos animais de rebanho, imitamos e seguimos um membro alfa, um grupo, por efeito mimético e de obediência ao outro. Simples de entender, como o fazem membros de animais de outras espécies.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

DIGA O CONTRÁRIO

 

VIVER POLITICA E POLIDAMENTE INCORRETO

João Joaquim  

 

Muitos já conhecem os princípios daquele código de postura das boas relações humanas. Existe até algum compêndio e livros intitulados – Do Politicamente Correto. É sobre este tema que discorro este artigo.

Na verdade, agir política e polidamente correto encerra-se em um paradoxo. O adjetivo mais apropriado seria -Incorreto- Política ou Polidamente incorreto. Basta analisar com rigor o que uma pessoa faz quando ela enaltece ou tece elogios a outra pessoa.

Dificilmente um elogio é 100% verídico, real na sua inteireza. A palavra em si já nos dá uma dica pela sua etimologia. Vem de Elo(eu) mais logos (linguagem). Na antiga Grécia era um epitáfio que se inscrevia no túmulo de um falecido. Com o tempo a Semântica trouxe esse termo de referir, atribuir qualidades ao outro.

Na cultura ocidental trata-se de um costume da boa convivência, das boas relações humanas e sociais. Na essência, muitas vezes quando uma pessoa atribui muitos predicados positivos à outra pessoa ela está com fingimento, uma dissimulação muito bem engendrada, que passa despercebida para quem recebe o elogio. Psicologicamente, socialmente, essa pérfida referência esconde uma estratégia do elogiador: que é conquistar a admiração da pessoa elogiada, visa buscar sua cumplicidade, sua amizade, sua adesão e aprovação social.

A psicologia explica do quanto são falsos os elogios; são os sinais de constrangimento do indivíduo elogiado. Em especial quando essa vítima ou alvo dos exagerados(falsos) elogios é uma pessoa mais tímida e retraída. Nota-se até em certos casos um enrubescimento facial, embargo da voz e até sudorese e palpitações. Justamente sabedora essa pessoa elogiada de não possuir aqueles atributos e qualificações do bajulador. Trata-se neste caso da consciência dos limites pessoais, de seus qualificativos e defeitos.

Psicólogos e estudiosos de Marketing Humano sabem bem e explicam como podemos ter uma Política ou Polimento nas relações humanas sem que descambemos para a falsidade e frivolidade. Muitos desses profissionais afirmam que se quisermos ficar bem com uma pessoa nunca, mas nunca mesmo devemos sugerir ou mencionar algum defeito ou falha dela.

Ou seja, para muitas pessoas se quisermos a sua inimizade basta falar o que de fato ela é, ou tem de atributos. Isto vale sobretudo para alguma característica étnica, de gênero, de particularidades pessoais, etc. porque podemos até resvalar para as questões de preconceito, discriminação ou injuria pessoal.

Por último o que se pode concluir em relação aos elogios e louvores ao outro é que de fato inúmeras são as pessoas, não maioria, que faz jus, que são meritórias de rasgos e churros de elogios, de encômios a elas referidos. São aquelas pessoas, aqueles indivíduos que estejam nos seus afazeres públicos ou privados são exemplos de cidadãos construtivos e produtivos. São homens e mulheres que fazem muita, mas muita falta mesmo onde vivem, onde atuam, onde trabalham, onde convivem.

De outro lado há aqueles e aquelas pessoas que não são dignas sequer das referências positivas a elas atribuídas. Muito menos merecedoras ainda, das dádivas, das medalhas e honrarias a elas feitas. “Mais importante do que comendas e troféus é o mérito de recebe-los . Tá falado e dito.--- Censurado ??

ÚTEIS E NAO ÚTEIS

 

PESSOAS UTILITÁRIAS

João Joaquim  

 

Conatos e tanatos são versões de duas energias que podem entrar para o comportamento e relações humanas. Para a vida de cada um e cada uma, em se prestigiando os dois gêneros (homem e mulher). Se formos lá nos sistemas de Filosofia, nos mais diversos ramos das ciências também podemos imaginar essas duas fontes ou instintos de energia [conatos, energia de vida, de viver; tanatos, energia de morte e destruição]. Em muitos cenários, esferas da convivência podemos empregar uma energia vital; ou o contrário, uma energia demolidora. Criar, construir, transformar. São verbos indicativos de ações humanas.  O verbo se fez carne (João 1:1-28); o verbo estará com Deus. Deus se tornou o supremo arquiteto, construiu tudo, se fez luz, criou o homem e todo o cosmo e as maravilhas aqui coexistentes. Todos esses magníficos seres sobrepairam à humanidade, como obras eternas, imanentes.

   Criar - Construir – Transformar. Esses são verbos das pessoas positivas, criativas, transformistas. São criaturas ativas, realizadoras, prenhes da chamada energia citada por Baruch Espinoza, Conatus. Vamos imaginar o despertar do indivíduo depois de uma reparadora noite de sono. Neste momento, o sujeito está dorminhoco, estremunhado, quase inerte. Aos poucos a pessoa vai se aquecendo, se enchendo de energia, as taxas de adrenalina se elevam, o dia vai se aquecendo, se tiver dia ensolarado fica ainda mais energizado. Há um aumento dos pulsos, dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e a pessoa se transforma em outra criatura construtiva e criadora. É o efeito da energia vital, do conatus.

   Temos então aqui a manifestação da energia conatos, citado por filósofos como Espinoza. Assim nas relações humanas, podemos muito bem aplicar os princípios dessas duas energias. Energia essa a que também se pode nominar de instintos ou pulsões (sejam de criação, de vida, de construção; ou de demolição, destruição e morte). Numa singela divisão podemos separar as pessoas em dois grupos: as construtivas e as destrutivas. Ou aquelas que portam o conatos(construtivo) ou o tanatos (destrutivo).

   Muitas são as pessoas, sejam elas notáveis, famosas; ou humildes e anônimas, que têm grande importância, não só como exemplos e modelos de vida, mas ao mesmo tempo atitudes, comunicação, feitos e condutas construtivas para com o outro. Não importa esse terceiro, um amigo, um parente carente de amparo, de cuidados, de respeito. Temos milhões desses benfeitores espalhados pelo planeta.

Em contraponto, deparamos com milhares daqueles do segundo grupo. Eles são como a tecla Delet do computador. São negativistas, negacionistas.  Estão sempre inspirados e guiados pela energia do tanatos. São destrutivos, chantagistas dependentes emocionais porque carecem de cúmplices e apoiadores para seu estilo de vida. Eles fazem mal até para o meio ambiente e planeta. Eles trazem dentro de si um fermento de ódio, de maledicência e mentiras. São então os folgados, aproveitadores e parasitas. Para conhecê-los melhor basta ver os seus posts de suas redes sociais. Tanatos puro. E estes portadores da energia tanatos, não importa o seu grau de formação escolar, seus cargos hierárquicos, seus postos de comandos, suas funções púbicas ou privadas. Muitos desses tais, por ocuparem cargos importantes, fazem grande estrago na vida das pessoas, do país onde vivem, para a sociedade e para o planeta. Eles cometem até crimes de lesa-humanidade e vão sobrevivendo a tudo. Esses deveriam ser julgados com os tridentes de Nuremberg, para se fazer justiça mais justa.

REJEIÇÃO

 

ANIMAL DE REJEIÇÃO


Percorro e passeio no Bosque dos Buritis há mais de 20 anos. Trata-se de um "cartão postal" na região central - Setor Oeste de Goiânia. Representa um parque natural com fauna e flora nativas, pássaros, peixes e outros habitantes aquáticos. No parque ficam também um museu, Centro Cultural, salões de exposição de obras artísticas, cursos de artes em geral e até um orquidário com espécies raras dessa planta.

A qualquer hora do dia que se vai a essa reserva natural encontramos com vários grupos de pessoas, nas suas caminhadas, nos seus momentos de lazer e ócio, atividades físicas ao ar livre. E uma constância: a presença de pessoas com os seus animais de estimação (pets). De estimação porque de fato são animais bem tratados, com direito a todos os recursos de bem-estar, de saúde, de proteção, dieta balanceada, manicure ou salão de beleza, cartão atualizado de vacinação e médico veterinário para uma eventual disenteria e outro achaque qualquer. Ou seja, os humanos aqui estão cuidando rigorosamente do bem estar, da segurança e direito dos animais. Existe, à semelhança dos humanos, o Direito dos Animais. Há gente que não sabe.

Falei dos animais de estimação, falo agora das pessoas carentes de estimação. Nesse mesmo Bosque dos Buritis, existe um outro animal da espécie Homo Sapiens. Um sujeito, ainda jovem, morador sedentário do parque. Ali vive, ali dorme, ali sobrevive, ali subvive, ali como vegeta, na mais vil e degradante condição de indigência e de higiene. A qualquer hora do dia e também da noite que adentre ao parque lá se depara com esse sedentário interno do parque, porque de lá não sai.  Ele se encontra pacífico, resignado, absolutamente submisso a essa humilhante e abandonada condição. Ora sentado, ora deitado, vígil ou dormindo.

   Esse maior(“de maior”) abandonado (pela família, pelo Estado, pela Sociedade) e habitante do Bosque dos Buritis subvive ali há cerca de 10 anos. Na condição a mais precária e repugnante de higiene e de saúde. Ele pouco fala, tem comunicação precária. Teria ele família? Teria ele alguma doença psiquiátrica? Não importa qual dessas seja o motivo de seu abandono. Abandonado, primeiro pelo Estado. Prefeitura, Estado. Segundo, abandonado pela sociedade, por ONGs humanitárias. Rejeitado, repugnado e invisível por todos os transeuntes, por passantes e donos dos tão amados animais de estimação.

A pergunta que fica é esta: se cuidamos tanto, se amamos tanto os animais de outro espécie, por que abandonamos outros indivíduos animais de nossa própria espécie? Pergunta dirigida às autoridades e aos criadores e amantes de seus pets de estimação.

O que tanto impressiona nessa ignóbil figura é justamente esta. A sociedade, o poder constituído, o Estado enfim, responsável por administrar bens, impostos, dinheiro cobrado dos outros. Não é só o Estado o responsável. Deveria causar algumas reflexões nas pessoas que ali trilham, desfrutam e gozam dessa beleza tão natural, pessoas que dão dignidade de humanos aos seus intitulados bichos de estimação. Todos sorridentes, tomando suas águas de coco, os seus deliciosos sorvetes, os seus picolés. Todas essas gentes, rigorosamente felizes, mas que portam uma absoluta indiferença, frieza, rejeição e desprezo a um outro homem como se ele fosse um rejeito, um dejeto, um inumano, um molambo e espectro de gente. Todos zelosos com seus pets de estimação.

FIXAÇÃO

 

FIXAÇÃO E DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

João Joaquim  

 Há um consenso entre muitos estudiosos e profissionais de ciências e disciplinas de humanidades que todos aqueles que no seu labor diário tenham como foco de trabalho as pessoas devem ter conhecimentos de psicologia. Pode ser a psicologia geral. Como boas noções da psicanálise. Estudar os fundamentos da psicanálise de Freud. Um pouco de Charcot e Carl Jung também ajudaria muito.

   Ninguém melhor do que Freud nos estudos do desenvolvimento da criança nas questões relativas a personalidade, na passagem(fases) da maturidade sexual. Conforme uma dessas fases ficassem mal resolvidas haveria o risco da chamada fixação. Seria a pessoa quando adulto ter canalizada sua libido para aquele órgão de transição de prazer – basta lembrar – fase oral, anal e, por fim, a genital. Para quem queira revisar essas mudanças basta acessar as centenas de artigos e ensaios científicos sobre tão instigantes matérias. Vale a pena, repito para os profissionais de saúde em geral.  

O registro desses estudos de Freud e seus discípulos foi com o pretexto de falar de outro fenômeno emocional, psíquico que acomete muitas pessoas. E fica como uma marca de sua personalidade, de seu comportamento. Sequelas possíveis do mesmo processo de fixação da infância, nas suas mal resolvidas maturação sexual. É como se aquela energia vital libidinal houvesse de alguma forma sido armazenada para se manifestar na sua fase adulta. Mas agora de alguma forma com manifestações diferentes.

   Dia desses assistia a uma palestra de saúde psíquica, a  temática da psicanalista era exatamente um tema correlato: fixação ou dependência emocional. Tal distúrbio é muito mais comum do que imaginamos. A questão está nos dois lados, as duas pessoas envolvidas, enxergarem este fenômeno. Uma profissional que também aborda com propriedade esse desvio comportamental é a psicóloga Cristina Bonsani da Beneficência Portuguesa SP.

   Hoje com as mídias e com a tecnologia da informação, o fenômeno da fixação ou dependência emocional é muito mais patente e presente nas relações humanas.  Porque os instrumentos de mídia, exemplo o celular, se tornou muito mais fácil o contato virtual. Em geral a pessoa acometida do transtorno na verdade se escuda no seu celular, na seu whatsapp, no seu facebook, etc. E a pessoa do outro lado, a escolhida como alvo que aguente a sufocação, o assédio, as dezenas de chamadas, de posts, de mensagens as mais frívolas, as mais raras nessas comunicações. E então resta aquela pessoa bombardeada com tantos contatos, com tanto assédio, com tantos pretextos dos contatos rever uma saída. O que essas vítimas podem fazer? Bloqueio do contato. Ser franca do quanto mal essa tóxica relação está causando. Ou nada fazer. Eis a questão!

Esse transtorno social, esse epifenômeno e doentia relação é muito mais prevalente do que imaginam nossas vãs filosofias no convívio diário. São casais, cônjuges que se separaram, namorados, amigos e parentes, as pessoas envolvidas nos dois lados.

EFEITO E CONTRA

 

PARA CADA FATO OU FEITO UM CONTRAFEITO

Para quem deseja entender um pouco mais de sociedade, de pessoas, da vida enfim, nada melhor do que estudar, independentemente de um curso formal, estudar Filosofia. Neste sistema de conhecimentos podemos ter contato com as reflexões de grandes pensadores, de cientistas de várias áreas das Ciências. Sim, porque podemos aplicar a Filosofia em todos os ramos do saber. Um exemplo simples, Filosofia Clínica. Trata-se da compreensão da natureza humana, de suas reações, de seus atributos e sensações, na ajuda, na explicação de muitos de seus sofrimentos, seja na esfera psíquica, seja na física, nas relações parentais, conjugais.

Uma das grandes fontes de sabedoria nós encontramos na Filosofia Ocidental- mais especificamente na  Antiga Grécia e Roma (Filosofia Greco-romana). Todavia, não podemos deixar por menos as fontes de sabedoria oriental. São aqueles ensinamentos atemporais. Válidos em todas as civilizações, em todas as culturas, em todos os tempos. Basta lembrar o que representam como referenciais os postulados, os princípios e lições de vida deixados por uma Buda, por um Confúcio, por um Lao-Tsé, entre outros luminares dessa antiga cultura e civilização.

E aqui trago alguns desses práticos ensinamentos do oriente para nossas vidas, nossas relações sociais, nossas desavenças, nossas antipatias, nossas quizilas, nossas desafeições. A vida em sociedade é feita das diferenças, da alteridade. Só que tem gente, tem gentinhas e pessoinhas que não pensam assim. Há um princípio da filosofia oriental (Buda, Confúcio) de que até uma folha que cai de uma árvore, o faz por um motivo, uma razão. Todo fato ou feito, enfim, provocado por nós tem um motor inicial. Se alguém me fez essa e outra consideração! Vejamos o porquê!

Nesse sentido vamos aqui pensar juntos. Nada que que o ser humano faz e pratica lhe é alheio. É humano, simples assim. Porque desse princípio? Muitas vezes questionamos, protestamos, acirramos os ânimos contra alguma coisa feita contra nós. E esquecemos que fizemos alguma coisa para ter aquela atitude, aquele feito, aquela fala sugerida, insinuada ou dirigida a nós, com nome e endereço. Bastaria eu me perguntar: Será que não fiz nada mesmo? Será? Vejam o que sejam carma e Darma

 Se analisarmos o sentido hinduísta da palavra Darma, veremos que tem uma conotação mais geral e abrangente, no sentido talvez de resumir a conquista à “salvação” ou a “ascensão aos céus” adquirindo Darma, que é  Verdade. Boa ação.

Carma e Darma são duas Leis, entre tantas, do universo que interagem (e regem) 24 quatro horas por dia sobre todas as nossas ações. Para simplificar como agem cada uma dessas leis, as palavras que me vêm à mente no momento são “crédito e débito”. Ou seja, Darma é crédito (saldo) e Carma é débito (dívida). Este crédito ou este débito são baseados em nossas atitudes diárias. Tudo que fazemos aqui no planeta Terra (plano físico ou terceira dimensão) e em qualquer outra dimensão ou mundo, ou plano espiritual (cada vertente dá-se um nome) todos estes atos ficam registrados e tem suas consequências Positivas ou negativas.

A cada ato positivo, de bondade, solidariedade, compaixão, caridade, misericórdia e outros milhares pequenos ou grandes que causem o bem, adquirimos Darma (crédito). E a cada ato negativo, de maldade, covardia, violência física ou mental, desonestidade, humilhação, crimes de toda sorte, falsidade, traição e outros milhares pequenos ou grandes que causem o mal, adquirimos Carma (débito).

O Carma e Darma também se dividem em espiritual (etéreo) e físico (material). Onde o espiritual é quando a pessoa adquire mais consciência ativa se aproximando cada vez mais da Divindade. E o material é quando adquirimos bens materiais de toda sorte, dinheiro, propriedades - Carma e Darma. 

 

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...