domingo, 28 de março de 2021

Néscios e suas Necedades

 

 


PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS DE ESCRITA E LEITURA

 

 

   O tema aqui refere-se à saúde mental no contexto da internet. Existem já vários trabalhos, pesquisas e estudos de seguimento relativos aos danos cognitivos, ao intelecto, ao tão popular quociente (quantidade) de inteligência(QI) das pessoas que usam em demasia as conexões e recursos da internet. Muitas são as recomendações do quantum de hora o indivíduo deve estar online, notadamente as crianças e adolescentes. PRESTE atenção pais e professores.

   Em nome de distinção e exatidão façamos aqui uma divisão: temos assim, a internet (estado online) com toda a rede de computadores (provedores) ; A informática (aparelhos e objetos de salvamento e armazenamento de dados); Os aparelhos de acesso aos dados gravados (CDS, player, pendrives, computadores, tablets). Porque uma questão é a Internet ou o estado online permanente, outra questão são todos os aparelhos, ferramentas, objetos físicos de guarda de dados, textos.

Os danos, os déficits cognitivos, o rebaixamento do intelecto vêm sendo demostrados pelo excessivo tempo que as pessoas despendem em conexão com a internet, com tudo aquilo de fútil, de nocivo e inútil que circula nas plataformas digitais, na chamada conexão online. Não se trata de um parecer ou opinião, mas informações de estudos científicos, comparativos de quem usa com moderação com os excessivamente conectados nas mídias digitais.

   Os grandes representantes do “status” online são as ubíquas (globais) redes sociais: como exemplos:  de forma hegemônica  facebook, o whatsapp e sites de gosto para tudo. Para todo este cardápio de opções o tão popular, massificado e sonhado telefone celular perdeu a função de telefonia móvel. Ele se tornou um computador de mão ou PC digital. São toques com as polpas dos dedos e de pronto o  contato com o mundo (ou submundo) e as pessoas de meu “convívio virtual”. São os “amigos e fantasmas” virtuais, poque não os vejo fisicamente.

   Ainda não há indicio e evidências de algum dano ou efeitos negativos na saúde mental, no bem estar psíquico ou funções cognitivas no uso diário dos recursos de informática ou equipamentos digitais para acesso a informação, textos profissionais, de cultura e entretenimento. Tudo que se faz hoje em um escritório de contabilidade, de advocacia, em uma seção de recursos humanos e tesouraria, se faz empregando não mais fichas de papel, livros-caixa e cadernos. Faz-se tudo em recursos de informática, nos computadores, inclusive com cópias de segurança (back-ups). Nada se tem provado que o uso profissional desses recursos traga qualquer déficit psíquico ou no QI das pessoas. É o exemplo bem empregado dos e-books, de textos e trabalhos no livro eletrônico.

   Quando se traz ao conhecimento e ciência das pessoas sobre a doença mental da webdependência (nomofobia, fomofobia), alerta-se sobretudo dos danos cognitivos do abuso na conexão com a internet e as tão massivas e nocivas redes sociais. São transtornos psíquicos, sociais, afetivos e cognitivos já catalogados no DSM-5, da Associação Americana de Psiquiatria; trata-se essa diretriz (DSM) de um manual de transtornos mentais. A chamada “gamedependência” (mesmo em uso  off-line) já está também bem descrita e provada cientificamente.

Ao se abordar, atualmente, os danos psíquicos e cognitivos da hiperconexão (muitas horas/dia) com a internet e redes sociais vêm à lembrança o grupo mais vulnerável das crianças e adolescentes. E de fato é o grupo que mais merece atenção e foco dos estudiosos e pesquisadores. Atenção! Pais, psicopedagogos, educadores, profissionais de ensino.

   Mas, não se pode esquecer e subestimar uma legião de usuários e internautas acima de 40 anos, os indivíduos da chamada   geração X. Esses consumidores e hiperconectados, são provas vivas e ambulantes dos danos psíquicos e cognitivos que traz o emprego abusivo do celular e objetos digitais. E como permissivos aos filhos em desenvolvimento, eles estão contribuindo a que os filhos trilhem o mesmo descaminho: futuros adultos com graves perdas das sinapses cerebrais; candidatos a deficientes nas habilidades mais básicas de matemática, de leitura, de redigir, do senso crítico, criativo e do pensamento abstrato( palavras do neurocientista francês  Michel Desmurget).  CENSORSHIP

uh, Coitado

 

 SÍNDROME DO COITADISMO


 

 Entre os muitos rótulos que a sociedade, que as novas famílias vem atribuindo aos filhos temos a síndrome do coitadismo. Ele , esse rótulo,  refere-se ao excesso de mimos e proteção que se imprimem aos filhos. A eles todos os direitos ao prazer, ao ócio, a desocupação, ao lazer, ao entretenimento, à melhor comida, aos apetitosos acepipes e tudo mais que eles reivindicam. Nesse cenário, como grande escola, existem à disposição a internet e as nocivas, as intrusivas e abusivas redes sociais. Para vê-las, não existe triagem, não há controle de qualidade, ou seleção do que é construtivo ou destrutivo e deturpador para a criança, o adolescente e jovens.

   O recurso mais utilizado para ingresso a esse feirão de futilidades é o smartphone. Este aparelhinho hoje se tornou uma extensão da anatomia corporal das pessoas. Sem este dispositivo é como se a pessoa, o jovem, o adolescente fosse um amputado, um portador de necessidade especial. A vida ficou sem sentido se desconectada do mundo virtual. E atenção! Esse novo comportamento, cultura e adesão não se referem aos mais jovens, muitos são os adultos, maduros, madames, sujeitos grisalhos e barbados que não mais vão ao sanitário, à missa, a uma consulta médica (no ato desta), sem ao menos desligar seu celular. Daí o conceito de ser o celular pertencente ao corpo da pessoa, uma extensão das mãos e dos dedos.

   Torno aqui ao tema fundamental, a esse novo título e rótulo que é a síndrome do coitadismo. “Coitado, que judiação”! É uma expressão ouvida de muitas mães e pais quando um filho, um parente, um irmão passam por alguma privação, alguma frustração ou pequeno fracasso. Os nãos , a proibição a certos itens, os limites de aquisição, de diversão, de prazer e acesso a tudo se tornaram proibidos, são palavras censuradas.

   Muitas são as famílias que criam, tornam os filhos crescidos, adultos, robustos fisicamente. Todavia, imaturos e inaptos, socialmente e produtivamente; para tudo eles se tornaram dependentes. Eles têm carências especiais, necessidades especiais. E podem assim se constituir eternamente. Eles não têm culpa, tiveram sim, uma educação deformada, super protetora, coberta de mimos, direito a todos os penduricalhos inúteis e nocivos oferecidos pela indústria e mercado dos prazeres, do regalo e diversão. Nocivos e destrutivos na formação social, ética e profissional do indivíduo.

   Em consequência dessa pedagogia do excesso protetor e liberal, a Psicologia do comportamento familiar para com os filhos, Ela, a PSICOLOGIA vem estudando a agora chamada síndrome do coitadismo. São então os filhos, às vezes barbados e grisalhos que para subsistência não prescindem do arrimo e suporte de outros membros parentais ou que tais façam o mesmo papel.  Se o mundo acabasse e só eles restassem, eles também sucumbiriam porque não foram preparados para prover a própria sobrevivência. Como sobreviver se não trabalham mais, nem  estudam. Às vezes nem vontade têm para tal, não produzem; são como que inaptos para a vida

   “Coitado, que judiação”! Ele teve que fazer isso e aquilo e não teve quem o fizesse; um diagnóstico definitivo da Síndrome do Coitadismo. Epidemia da hipermodernidade, de nossa era liquida, fluida e digital, como bem preconizou Zigmunt Bauman.   CENSORSHIP

DESpudonor

 

A PEC DOS PRIVILÉGIOS E DA DESFAÇATEZ

João Joaquim  

   Já perceberam o que andam fazendo os nossos congressistas? Isto mesmo! Os nossos representantes da câmara e do Senado, os deputados e senadores ( senadores, senhores!). Eles, deputados e senadores, são eleitos pelas pessoas para representá-las ante os outros poderes; a saber, o Executivo (presidência da Republica) e Judiciário (são 4 instâncias de justiça, como uma escada, 4 degraus).

   Só para relembrar, tudo quanto existe de leis, código de processo civil, código de defesa do consumidor, Código penal; todo esse emaranhado de leis é de autoria de nossos congressistas. Impostos? Toda forma de tributo é de elaboração de nossos representantes. As verduras que ingerimos, a água que bebemos trazem embutidos os impostos. Malquistos impostos! Imposto de renda! Já imaginou que forma de tirania! A pessoa rala, sua a roupa, fadiga, trabalha, trabalha! Quanto menos ganha mais imposto! É um paradoxo já provado matematicamente. O rico paga muito e paga rindo porque para ele não faz falta, ele já é rico. Se ele paga um pouco mais, porque possui muito.

   Se há uma classe de pessoas que anda se lixando para as leis e os impostos, duas classes na verdade, dos políticos, dos congressistas e dos ricos. Para mais exatidão essas 3 categorias de gente. E sabe por que? Aquele que chega à almejada função pública já vai de olho nos privilégios do cargo. Alto salário, verbas até para chapéu e pet de estimação, além de outros arranjos que todo brasileiro já sabe. São os ganhos que não aparecem na conta bancária dele, porque para isso há os laranjas, um cofre particular, bens móveis, joias, etc. Até bancos para guardar as propinas e dinheiro de corrupção. Bancos dos paraísos fiscais.

   Levantamento dos chamados portais da transparência e da imprensa investigativa demonstram que a maioria (77,7%) dos congressistas têm inquéritos e/ou processos em andamento no Supremo Tribunal Federal. Alguns parlamentares respondem a dois ou mais inquéritos ou processos. Muitos são réus e nunca cumprem penas.

   As causas dessas investigações são variadas. Desvio de verbas públicas, propina de empreiteiras, rachadinha, etc. Rachadinha no popular é roubo, assalto de dinheiro dos funcionários de gabinete dos congressistas. De duas uma escolha para o servidor: ou ele entrega parte de seu salário para o patrão ou ele perde o emprego (assalto).

   Diante desse cenário, fica nítido que um trabalho, enorme trabalho a que se dedicam os nossos digníssimos representantes é se defender das apurações, inquéritos e processos pelo Ministério Público e Tribunais Superiores. Para tanto, esses investigados e processados, representantes do povo, dos eleitores, contam com uma turma, uma banca dos melhores criminalistas. E mais, com o tráfico de influência política que eles (parlamentares e advogados) exercem nos juízes e ministros dos tribunais de 3ª e 4ª instâncias. Não é sem razão que raramente os políticos e autoridades recebem punição ou devolvem o dinheiro roubado.

   De momento os deputados, quase todos, de todos os partidos estão muito ocupados, afoitos e trabalhadores numa única empreitada. Trata-se da proposta de emenda constitucional (PEC) da imunidade, ou melhor, da impunidade parlamentar. Refere-se essa hedionda PEC, a uma espécie de salva guarda, uma garantia de um parlamentar não ser preso ou investigado no cometimento de qualquer crime. Não importa a tipificação desses delitos. Homicídio, feminicídio, corrupção, etc. Macacos nos mordam, mas esses são os representantes que elegemos para administrar o país e nossas vidas.  Março/2021

sábado, 27 de fevereiro de 2021

A VERDADE acima de tudo

 

 

Qualquer pessoa que usa sua massa cerebral cinzenta para pensar, analisar e refletir deve ter a sociedade, as pessoas e suas atitudes e maneiras de vida como um laboratório de Estudo e ensaios críticos. Esse deve ser o papel daqueles que escrevem, que opinam, que buscam se aprimorar em ramos científicos de toda natureza. Todo conhecimento, todo saber, a ciência, representam como que lupas, microscópios com que possamos enxergar melhor e deslindar o mundo, os fatos, o comportamento humano e as tendências de todas as esferas da vida, da sociedade.

   Ser filosofo, ser um sujeito pensante, ser um crítico em qualquer área do conhecimento. Estas são atribuições significativas e que demandam profundidade de causa, de responsabilidade e isenção. Sem radicalismo, sem sectarismo, sem ideologias monolíticas. O opinador, analista e parecerista não pode arrogar para si o monopólio da verdade; ser assertivo e incisivo nos argumentos, mas também ser capaz de oitiva e considerar o que pensa o outro, o interlocutor. Conforme apregoava Zigmunt Bauman estamos imersos na chamada hipermodernidade de um mundo plástico e liquido.

   E para este mundo liquido, da fluidez e transitoriedade, a Internet e as globalizadas redes sociais (antissociais) são as principais responsáveis dessa celeridade e superficialidades em tudo. Na esteira dessa modernidade estão as ações, as tendências, o comportamento, a caráter, os valores éticos e morais das pessoas.

   A rapidez e fluidez das coisas e fatos propiciaram a que a sociedade, as pessoas também adotassem novos padrões de comportamento, de interpretação do mundo e adoção de novas e modificadas relações sociais.

   Paralelo aos avanços científicos e sociais as pessoas se tornaram também mais ativas na Política, na discussão das decisões tomadas pelos governantes, pelas casas legislativas, pelas instâncias de justiça, por autoridades como as Polícias e Ministério Público, seja em âmbito regional ou nacional. São expressões de Democracia.

Decorrente dessa maior participação política temos o fenômeno da polarização. O que vem a ser? Revela-se no choque, no confronto de ideologias (uma subversão de ideias). Nessa rivalidade do que pensa e defende uma pessoa, um grupo, um partido, um governo surgem exaltação de ânimos, disputas por apoiadores, seguidores, simpatizantes, sectários e patrocínios. Ou até mesmo se no âmbito individual e minoritário os cúmplices e defensores. E desses nocivos antagonismos (polarização) vêm o ódio, cultura do ódio, conflitos, disputas, clima beligerante, agressões e até mortes.

   E como conclusão, é aqui que devem atuar com equilíbrio e moderação aqueles que pensam, que escrevem, que opinam, que fazem um jornalismo técnico e científico. Porque estes emitem opiniões (concretas, textuais) com base em fatos verídicos, reais e comprovados, como hoje são tão fáceis de provar com as tecnologias da informação.

A NATURALIZAÇÃO do antinatural

 

Vivemos tempos, habitamos uma época quando a vida tem sido regida e guiada por 3 enes (N). Os NN da normalização, da normatização e da naturalização. Para tanto basta que observemos os costumes, os hábitos, as atitudes, as relações humanas; enfim que fiquemos atentos ao que esse mesmo mundo e essa sociedade chamam de tendência das coisas.

   Todas essas mudanças, essas tendências guardam estreita harmonia com os avanços das ciências, das tecnologias, com as conquistas sociais no âmbito dos Direitos Humanos, da Medicina, da Biologia, da Engenharia genética, etc. E para turbinar toda essa evolução, vêm contribuindo de forma marcante a Internet e todos os recursos dela derivados. É a informática e a tecnologia da informação, através das mídias digitais acelerando tantas transformações das pessoas em todas as suas ações. Sejam estas velocidades para o bem ou para o mal.

   Vamos aqui deslindar cada um desses princípios ou regras de vida de nossa hipermodernidade. Normalização. Seria tornar normal aquilo que as gerações mais idosas não consideram normal. Exemplos: um adolescente ou jovem não respeitar um avô, avó, um indivíduo idoso. De idêntica forma tratar um idoso, um avô por você ou ele se referir sem o mínimo de consideração ou respeito. De mesmo gênero de desrespeito não ter a devida cerimônia ou tratamento com a professora (professor). Enfim, são encontradiços esses gestos de normalização nas relações humanas. Seria uma nova semântica dos costumes, das relações humanas, entre as pessoas, entre as gerações mais jovens.

   Normatização. Seria a criação de novas regras, novas normas nas diferentes esferas de atividade. Dois exemplos bem atuais. A união homoafetiva se tornou uma norma oficial e aceita pelo Estado e grande parte da sociedade civil, sem opor a essa normatização.

   A pandemia da Covid trouxe normatização de hábitos e comportamentos que antes ou não existiam ou eram negligenciados: lavar as mãos e os alimentos, fazer assepsia de mãos com água e sabão ou álcool em gel e uso de máscara em vias públicas e reuniões.

  Naturalização. Muitos são os cenários da vida onde tem havido uma disseminação de coisas ruins, inaceitáveis e condenáveis em todos os tempos. Temos assim: o calote; pessoas tomam de empréstimo dinheiro, objetos, bens e não pagam. Os crimes de toda ordem: contra o Estado, contra a honra, os danos morais, a violência contra a mulher, a difamação pela Internet e redes sociais.

   Enfim, são as novas tendências que vem se disseminando pelas sociedades do Planeta. Não se trata de um atributo do Brasil, mas da tribo global, dos humanos, das pessoas no uso dessas modernas ferramentas como o celular e as redes sociais. Evoluímos nas áreas das ciências e das tecnologias, mas recuamos nos quesitos de Ética, de solidariedade, de gentileza, de amizade, de respeito e empatia pelo próximo. Quão triste essas novas tendências.

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...