terça-feira, 30 de março de 2021

O Drama Evitável do vírus

 

DRAMA E TRAGÉDIA

João Joaquim  

 Tomo da caneta para falar de fatos diários. Estamos vivendo uma das maiores tragédias sanitárias que possa acometer a humanidade. Poderia também ser rotulada de drama. Só para uma distinção entre tragédia e drama. A cultura e filosofia grega nos fazem esta distinção. A tragédia seria algo como provocado pelos deuses (aqui nos conceitos da mitologia). Para tanto bastaria revisitar as obras de Eurípedes e de Ésquilo. Antígona e Oresteia por exemplo. Transpondo para nossa cultura e compreensão: tragedia seria os efeitos fúnebres de fatos fora do domínio humano. O drama seria aqueles eventos provocados ou evitáveis pela ação humana. A devastação de um tufão se equivale a uma tragedia, uma queda de avião seria um drama, ação humana, por exemplo por falhas mecânicas de manutenção.

   Quando se analisa os eventos funestos causados pela pandemia da Covid, eles têm parte de tragédia e de drama. Quando se pega a origem e disseminação do novo coronavírus. Há hipóteses de que ele surgiu na Cidade de Wuhan China. Mas como ele ganhou todo o planeta? Teve ação do homem? população local? Consumo de carne de morcego (ah que asco e nojo!)? Assim foi desde a origem a ponta de um drama. Evento este que dada a virulência do agente infeccioso e pela dimensão mórbida se tornou uma tragédia, porque ainda não tem tratamento etiológico.

   Análise do Brasil como epicentro da pandemia. Existem uma cara de tragédia e uma de drama. Porque a doença não tem tratamento causal, não existe antibiótico contra o vírus. Sabe-se como evitar o contágio. E neste contexto entra a ação ou omissão humana: dos governantes e gestores da saúde; mas também das pessoas que negam em seguir as normas sanitárias, não lavar mãos, não usar máscaras.

   Desde a disseminação planetária do vírus as ciências mostram como não contrair a Covid. Adiantou alguma coisa para parcela significativa das pessoas?  Nada. São os festeiros, os baladeiros, os farristas, os glutões, os beberrões, os vagabundos de toda ordem. Esses tipos que entram no sanitário e não lavam as mãos.

   Causa-nos perplexidade e espanto imaginar qual é o limite da insensatez humana! A irresponsabilidade das pessoas em negar, em ser omissas, em ser essas pessoas os vetores, as carregadoras do vírus para suas casas e contaminando toda a família. Muitas dessas pessoas, isoladas e reclusas em casa, idosas, doentes e vulneráveis às formas mais graves e letais da doença.

   Faltam a esses insensíveis indivíduos, os sentimentos da compaixão (= se tornar a companhia na dor alheia), da generosidade, da solidariedade e da empatia (envolver-se ou imaginar sentir a mesma dor no lugar do outro).

   No tocante a um presidente da República, a um governador, prefeito e ministro da saúde. O pecado e crimes desses agentes públicos são bem piores do que os erros e omissões das pessoas comuns. Porque esses gestores detém o poder, a responsabilidade pelo bem comum, pela segurança e saúde da população. Juntando pessoas comuns e agentes públicos resultam todos como malfeitores e detratores da nação e da sociedade. São todas pessoas autoras desse grande drama com ares de tragédia que é a pandemia da Covid 19. Para governantes são delitos tipificados como de lesa-humanidade e mesmo genocídio.

domingo, 28 de março de 2021

MÉDICOS de Manuais de Instrução

 

NOSSOS PROFISSIONAIS DE  MANUAIS DE INSTRUÇÃO

 

O aqui sucinto artigo versa sobre a formação profissional universitária. Eu início o texto  com a afirmação de que não se faz mais profissionais e doutores como antigamente. Não se nega que grandes foram os avanços físicos e tecnológicos nas Instituições de Ensino. Aumentou igualmente o número de universidades e faculdades. O que não se deu na mesma proporção foi a qualidade do ensino em todos os cursos superiores. Trata-se de um fato que tem suas raízes lá no ensino primário e fundamental.

   Formam-se até muitos mestres e doutores; todavia quando se avalia a formação cultural “lato sensu” e humanística desses complementos de pós graduação ela é precária, ela é segmentada, seletiva, muito especifica e altamente concentrada naquele título, naquela área escolhida pelo formando. O indivíduo se forma como se tivesse uma viseira, um antolho, ele não vê nada além do mínimo exigido.

Nesse contexto independentemente da formação acadêmica, o que seria desejável para qualquer carreira profissional? O ideal seria o detentor de que título for, que essa formação complementar abarcasse como exigência curricular conhecimentos, ao menos basilares, em Sociologia, em Filosofia e dois ou mais Idiomas estrangeiros. E esses fundamentos não se veem nas formações de mestrado e doutoramento.

   E para trazer mais elementos e substância para a baixa qualidade de ensino universitário basta abstrair daqueles(as) poucos que buscam fazer mestrado e doutoramento em suas áreas. Ou seja, os formandos fora dessa pequena leva de pessoas que procuram carreira de licenciatura para serem professores (ensino fundamental ou universitário). Imaginemos aqui três profissões de nível superior muito requisitadas ou concorridas no ENEM e Sisu das universidades. A quantas anda a formação do advogado, do dentista e do médico? Todas essas três categorias profissionais são exemplos cristalinos de quantidade vultosa e qualidade duvidosa dos egressos desses cursos.

   Pegue o exemplo do advogado. Ele tem um curso de 5 anos, os livros e manuais para estudar, os códigos, as leis. Ao final algum estágio e exame de OAB e vai para o mercado de trabalho. O dentista idem. São 5 anos, ao final alguma especialização, obtém a sua expertise naquele segmento escolhido, algum manual das técnicas aprendidas e vai cuidar da boca dos outros. O médico segue o mesmo padrão. Faz uma residência, quando faz, registra no CRM e vai trabalhar. De tudo ele aprendeu ao menos 50% (nota 5 para aprovação). Se faz residência, em geral 2 anos, tanto melhor. Cardiologia, cirurgia plástica, intensivista.

   O que se conclui da formação desses doutores e profissionais é a constante que vem regendo e norteado a sua carreira. No curso de graduação eles seguem em comum uma cartilha, o mesmo compêndio, as mesmas apostilas, hoje quase tudo em formato digital, e-book, etc. Fazendo um comparativo do advogado com o médico: no Direito há os códigos e leis; na Medicina existem as Diretrizes ou protocolos e os códigos dos procedimentos e das doenças (CID). Enfim, para ser advogado e médico, o que se exige como formação? Saber ao menos esses códigos e protocolos. A formação para esses profissionais, a licença para eles atuarem como tais se resume e se encerra em ler e interpretar bem esses manuais de uso e de instrução. Como se fossem manuais de instrução de um micro-ondas ou máquina de lavar roupa.

   E o mais triste e melancólico: muitos aplicam mal, muito mal os manuais básicos trazidos das universidades. Basta ver as estatísticas de erros médicos e a qualificação das petições e peças dos advogados recém formado.

VILÕES da Sociedade

 

MALFEITORES E DETRATORES DA HUMANIDADE


  Quando vamos a uma excursão, em alguma atividade turística ou recreativa, temos à frente o profissional intitulado guia turístico ou cicerone. Esse funcionário(a) ou autônomo tem como funções ou qualificativos mostrar tudo que existe de interessante e atrativo no trajeto e nos pontos de parada daquele passeio, daquela visita e excursão. Pode ser em lugares naturais, ou instituições públicas ou privadas. Museus, igrejas, monumentos históricos.

   Todos os viajantes e turistas nesses itinerários de entretenimento, de lazer, ou mesmo de caráter educativo ou profissional estabelecem uma forte, confiável e estreita confiança com esse guia turístico. E com os motivos mais óbvios. Afinal, o nome ou função dessa pessoa já diz o suficiente: Guia. Esse (a) profissional reúne pleno conhecimento do lugar percorrido, suas características físicas e geográficas, os pontos de atração, os monumentos históricos, Etc. Em relação aos turistas: Todos estabelecerão uma intima conexão ou relação de confiança com esse guia turística. Expresse e explique esse guia tudo de fiel e verídico ou não das coisas, fale dos conhecimentos e história dos pontos e instituições visitadas. E nessa circunstância se apresenta uma outra questão. Conforme a eficácia e poder de persuasão do profissional turístico, todas as pessoas acreditarão em seu discurso, em suas preleções e informações de tudo a esses visitantes apresentado. Serão a forma e o poder das palavras.

   Façamos agora um paralelo ou comparação de qualquer líder de um grupo social, profissional, religioso ou político com nosso guia turístico. A influência que esse chefe, líder, pastor ou chefe de Estado estabelecerá com as pessoas por ele comandadas será a mesma, como se um guia turístico. No primeiro momento esse líder passará a chamada influência de imagem ou efeito sensorial visual. Nesses termos a postura desse líder, chefe ou presidente terá um efeito substancial nas pessoas expetadoras. Os gestos, a atitude postural, a mímica, as roupas, o estado de alinhamento e higiene. Todo esse aspecto exterior do líder transmitirá uma ideia perfeita ou de modelo a ser copiado e imitado. Trata-se do efeito sensorial e visual.

   E então vem a fala do líder, o chefe de Estado. Todos que ouvem e veem o seu discurso o fazem com o objetivo de ter aquele falatório, as explicações e proposições como regras boas, honestas, produtivas e diretrizes a serem seguidas, compridas e imitadas. Assim considerado, todo líder exerce uma função de guia, como se de fato um guia turístico fosse. Ele terá a diferenciada missão de conduzir as pessoas por ele(líder) influenciadas e dirigidas.

Agora pensemos juntos! Imagine um líder, um governante, um dirigente, um chefe de Estado que não tem a devida preparação para a função pública na qual foi empossado como representante do povo e governante de um país.  Empossado no cargo esse político e agora governante no curso de uma pandemia de covid nega e desdenha da gravidade da doença. Como mau exemplo não adota as medidas sanitárias para conter o avanço da pandemia. E aos milhares as pessoas vão morrendo à mingua, sem ventiladores, sem UTI, sem assistência digna, sem oxigênio, porque faltou gerenciamento e logística.

   Na verdade, esse líder, esse governante é um vilão da nação, um detrator e delituoso no cometimento de crimes contra a humanidade. Mau exemplo de imagem, de discurso, de feitos e fatos. Tudo isso. O que é triste!

Néscios e suas Necedades

 

 


PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS DE ESCRITA E LEITURA

 

 

   O tema aqui refere-se à saúde mental no contexto da internet. Existem já vários trabalhos, pesquisas e estudos de seguimento relativos aos danos cognitivos, ao intelecto, ao tão popular quociente (quantidade) de inteligência(QI) das pessoas que usam em demasia as conexões e recursos da internet. Muitas são as recomendações do quantum de hora o indivíduo deve estar online, notadamente as crianças e adolescentes. PRESTE atenção pais e professores.

   Em nome de distinção e exatidão façamos aqui uma divisão: temos assim, a internet (estado online) com toda a rede de computadores (provedores) ; A informática (aparelhos e objetos de salvamento e armazenamento de dados); Os aparelhos de acesso aos dados gravados (CDS, player, pendrives, computadores, tablets). Porque uma questão é a Internet ou o estado online permanente, outra questão são todos os aparelhos, ferramentas, objetos físicos de guarda de dados, textos.

Os danos, os déficits cognitivos, o rebaixamento do intelecto vêm sendo demostrados pelo excessivo tempo que as pessoas despendem em conexão com a internet, com tudo aquilo de fútil, de nocivo e inútil que circula nas plataformas digitais, na chamada conexão online. Não se trata de um parecer ou opinião, mas informações de estudos científicos, comparativos de quem usa com moderação com os excessivamente conectados nas mídias digitais.

   Os grandes representantes do “status” online são as ubíquas (globais) redes sociais: como exemplos:  de forma hegemônica  facebook, o whatsapp e sites de gosto para tudo. Para todo este cardápio de opções o tão popular, massificado e sonhado telefone celular perdeu a função de telefonia móvel. Ele se tornou um computador de mão ou PC digital. São toques com as polpas dos dedos e de pronto o  contato com o mundo (ou submundo) e as pessoas de meu “convívio virtual”. São os “amigos e fantasmas” virtuais, poque não os vejo fisicamente.

   Ainda não há indicio e evidências de algum dano ou efeitos negativos na saúde mental, no bem estar psíquico ou funções cognitivas no uso diário dos recursos de informática ou equipamentos digitais para acesso a informação, textos profissionais, de cultura e entretenimento. Tudo que se faz hoje em um escritório de contabilidade, de advocacia, em uma seção de recursos humanos e tesouraria, se faz empregando não mais fichas de papel, livros-caixa e cadernos. Faz-se tudo em recursos de informática, nos computadores, inclusive com cópias de segurança (back-ups). Nada se tem provado que o uso profissional desses recursos traga qualquer déficit psíquico ou no QI das pessoas. É o exemplo bem empregado dos e-books, de textos e trabalhos no livro eletrônico.

   Quando se traz ao conhecimento e ciência das pessoas sobre a doença mental da webdependência (nomofobia, fomofobia), alerta-se sobretudo dos danos cognitivos do abuso na conexão com a internet e as tão massivas e nocivas redes sociais. São transtornos psíquicos, sociais, afetivos e cognitivos já catalogados no DSM-5, da Associação Americana de Psiquiatria; trata-se essa diretriz (DSM) de um manual de transtornos mentais. A chamada “gamedependência” (mesmo em uso  off-line) já está também bem descrita e provada cientificamente.

Ao se abordar, atualmente, os danos psíquicos e cognitivos da hiperconexão (muitas horas/dia) com a internet e redes sociais vêm à lembrança o grupo mais vulnerável das crianças e adolescentes. E de fato é o grupo que mais merece atenção e foco dos estudiosos e pesquisadores. Atenção! Pais, psicopedagogos, educadores, profissionais de ensino.

   Mas, não se pode esquecer e subestimar uma legião de usuários e internautas acima de 40 anos, os indivíduos da chamada   geração X. Esses consumidores e hiperconectados, são provas vivas e ambulantes dos danos psíquicos e cognitivos que traz o emprego abusivo do celular e objetos digitais. E como permissivos aos filhos em desenvolvimento, eles estão contribuindo a que os filhos trilhem o mesmo descaminho: futuros adultos com graves perdas das sinapses cerebrais; candidatos a deficientes nas habilidades mais básicas de matemática, de leitura, de redigir, do senso crítico, criativo e do pensamento abstrato( palavras do neurocientista francês  Michel Desmurget).  CENSORSHIP

uh, Coitado

 

 SÍNDROME DO COITADISMO


 

 Entre os muitos rótulos que a sociedade, que as novas famílias vem atribuindo aos filhos temos a síndrome do coitadismo. Ele , esse rótulo,  refere-se ao excesso de mimos e proteção que se imprimem aos filhos. A eles todos os direitos ao prazer, ao ócio, a desocupação, ao lazer, ao entretenimento, à melhor comida, aos apetitosos acepipes e tudo mais que eles reivindicam. Nesse cenário, como grande escola, existem à disposição a internet e as nocivas, as intrusivas e abusivas redes sociais. Para vê-las, não existe triagem, não há controle de qualidade, ou seleção do que é construtivo ou destrutivo e deturpador para a criança, o adolescente e jovens.

   O recurso mais utilizado para ingresso a esse feirão de futilidades é o smartphone. Este aparelhinho hoje se tornou uma extensão da anatomia corporal das pessoas. Sem este dispositivo é como se a pessoa, o jovem, o adolescente fosse um amputado, um portador de necessidade especial. A vida ficou sem sentido se desconectada do mundo virtual. E atenção! Esse novo comportamento, cultura e adesão não se referem aos mais jovens, muitos são os adultos, maduros, madames, sujeitos grisalhos e barbados que não mais vão ao sanitário, à missa, a uma consulta médica (no ato desta), sem ao menos desligar seu celular. Daí o conceito de ser o celular pertencente ao corpo da pessoa, uma extensão das mãos e dos dedos.

   Torno aqui ao tema fundamental, a esse novo título e rótulo que é a síndrome do coitadismo. “Coitado, que judiação”! É uma expressão ouvida de muitas mães e pais quando um filho, um parente, um irmão passam por alguma privação, alguma frustração ou pequeno fracasso. Os nãos , a proibição a certos itens, os limites de aquisição, de diversão, de prazer e acesso a tudo se tornaram proibidos, são palavras censuradas.

   Muitas são as famílias que criam, tornam os filhos crescidos, adultos, robustos fisicamente. Todavia, imaturos e inaptos, socialmente e produtivamente; para tudo eles se tornaram dependentes. Eles têm carências especiais, necessidades especiais. E podem assim se constituir eternamente. Eles não têm culpa, tiveram sim, uma educação deformada, super protetora, coberta de mimos, direito a todos os penduricalhos inúteis e nocivos oferecidos pela indústria e mercado dos prazeres, do regalo e diversão. Nocivos e destrutivos na formação social, ética e profissional do indivíduo.

   Em consequência dessa pedagogia do excesso protetor e liberal, a Psicologia do comportamento familiar para com os filhos, Ela, a PSICOLOGIA vem estudando a agora chamada síndrome do coitadismo. São então os filhos, às vezes barbados e grisalhos que para subsistência não prescindem do arrimo e suporte de outros membros parentais ou que tais façam o mesmo papel.  Se o mundo acabasse e só eles restassem, eles também sucumbiriam porque não foram preparados para prover a própria sobrevivência. Como sobreviver se não trabalham mais, nem  estudam. Às vezes nem vontade têm para tal, não produzem; são como que inaptos para a vida

   “Coitado, que judiação”! Ele teve que fazer isso e aquilo e não teve quem o fizesse; um diagnóstico definitivo da Síndrome do Coitadismo. Epidemia da hipermodernidade, de nossa era liquida, fluida e digital, como bem preconizou Zigmunt Bauman.   CENSORSHIP

DESpudonor

 

A PEC DOS PRIVILÉGIOS E DA DESFAÇATEZ

João Joaquim  

   Já perceberam o que andam fazendo os nossos congressistas? Isto mesmo! Os nossos representantes da câmara e do Senado, os deputados e senadores ( senadores, senhores!). Eles, deputados e senadores, são eleitos pelas pessoas para representá-las ante os outros poderes; a saber, o Executivo (presidência da Republica) e Judiciário (são 4 instâncias de justiça, como uma escada, 4 degraus).

   Só para relembrar, tudo quanto existe de leis, código de processo civil, código de defesa do consumidor, Código penal; todo esse emaranhado de leis é de autoria de nossos congressistas. Impostos? Toda forma de tributo é de elaboração de nossos representantes. As verduras que ingerimos, a água que bebemos trazem embutidos os impostos. Malquistos impostos! Imposto de renda! Já imaginou que forma de tirania! A pessoa rala, sua a roupa, fadiga, trabalha, trabalha! Quanto menos ganha mais imposto! É um paradoxo já provado matematicamente. O rico paga muito e paga rindo porque para ele não faz falta, ele já é rico. Se ele paga um pouco mais, porque possui muito.

   Se há uma classe de pessoas que anda se lixando para as leis e os impostos, duas classes na verdade, dos políticos, dos congressistas e dos ricos. Para mais exatidão essas 3 categorias de gente. E sabe por que? Aquele que chega à almejada função pública já vai de olho nos privilégios do cargo. Alto salário, verbas até para chapéu e pet de estimação, além de outros arranjos que todo brasileiro já sabe. São os ganhos que não aparecem na conta bancária dele, porque para isso há os laranjas, um cofre particular, bens móveis, joias, etc. Até bancos para guardar as propinas e dinheiro de corrupção. Bancos dos paraísos fiscais.

   Levantamento dos chamados portais da transparência e da imprensa investigativa demonstram que a maioria (77,7%) dos congressistas têm inquéritos e/ou processos em andamento no Supremo Tribunal Federal. Alguns parlamentares respondem a dois ou mais inquéritos ou processos. Muitos são réus e nunca cumprem penas.

   As causas dessas investigações são variadas. Desvio de verbas públicas, propina de empreiteiras, rachadinha, etc. Rachadinha no popular é roubo, assalto de dinheiro dos funcionários de gabinete dos congressistas. De duas uma escolha para o servidor: ou ele entrega parte de seu salário para o patrão ou ele perde o emprego (assalto).

   Diante desse cenário, fica nítido que um trabalho, enorme trabalho a que se dedicam os nossos digníssimos representantes é se defender das apurações, inquéritos e processos pelo Ministério Público e Tribunais Superiores. Para tanto, esses investigados e processados, representantes do povo, dos eleitores, contam com uma turma, uma banca dos melhores criminalistas. E mais, com o tráfico de influência política que eles (parlamentares e advogados) exercem nos juízes e ministros dos tribunais de 3ª e 4ª instâncias. Não é sem razão que raramente os políticos e autoridades recebem punição ou devolvem o dinheiro roubado.

   De momento os deputados, quase todos, de todos os partidos estão muito ocupados, afoitos e trabalhadores numa única empreitada. Trata-se da proposta de emenda constitucional (PEC) da imunidade, ou melhor, da impunidade parlamentar. Refere-se essa hedionda PEC, a uma espécie de salva guarda, uma garantia de um parlamentar não ser preso ou investigado no cometimento de qualquer crime. Não importa a tipificação desses delitos. Homicídio, feminicídio, corrupção, etc. Macacos nos mordam, mas esses são os representantes que elegemos para administrar o país e nossas vidas.  Março/2021

sábado, 27 de fevereiro de 2021

A VERDADE acima de tudo

 

 

Qualquer pessoa que usa sua massa cerebral cinzenta para pensar, analisar e refletir deve ter a sociedade, as pessoas e suas atitudes e maneiras de vida como um laboratório de Estudo e ensaios críticos. Esse deve ser o papel daqueles que escrevem, que opinam, que buscam se aprimorar em ramos científicos de toda natureza. Todo conhecimento, todo saber, a ciência, representam como que lupas, microscópios com que possamos enxergar melhor e deslindar o mundo, os fatos, o comportamento humano e as tendências de todas as esferas da vida, da sociedade.

   Ser filosofo, ser um sujeito pensante, ser um crítico em qualquer área do conhecimento. Estas são atribuições significativas e que demandam profundidade de causa, de responsabilidade e isenção. Sem radicalismo, sem sectarismo, sem ideologias monolíticas. O opinador, analista e parecerista não pode arrogar para si o monopólio da verdade; ser assertivo e incisivo nos argumentos, mas também ser capaz de oitiva e considerar o que pensa o outro, o interlocutor. Conforme apregoava Zigmunt Bauman estamos imersos na chamada hipermodernidade de um mundo plástico e liquido.

   E para este mundo liquido, da fluidez e transitoriedade, a Internet e as globalizadas redes sociais (antissociais) são as principais responsáveis dessa celeridade e superficialidades em tudo. Na esteira dessa modernidade estão as ações, as tendências, o comportamento, a caráter, os valores éticos e morais das pessoas.

   A rapidez e fluidez das coisas e fatos propiciaram a que a sociedade, as pessoas também adotassem novos padrões de comportamento, de interpretação do mundo e adoção de novas e modificadas relações sociais.

   Paralelo aos avanços científicos e sociais as pessoas se tornaram também mais ativas na Política, na discussão das decisões tomadas pelos governantes, pelas casas legislativas, pelas instâncias de justiça, por autoridades como as Polícias e Ministério Público, seja em âmbito regional ou nacional. São expressões de Democracia.

Decorrente dessa maior participação política temos o fenômeno da polarização. O que vem a ser? Revela-se no choque, no confronto de ideologias (uma subversão de ideias). Nessa rivalidade do que pensa e defende uma pessoa, um grupo, um partido, um governo surgem exaltação de ânimos, disputas por apoiadores, seguidores, simpatizantes, sectários e patrocínios. Ou até mesmo se no âmbito individual e minoritário os cúmplices e defensores. E desses nocivos antagonismos (polarização) vêm o ódio, cultura do ódio, conflitos, disputas, clima beligerante, agressões e até mortes.

   E como conclusão, é aqui que devem atuar com equilíbrio e moderação aqueles que pensam, que escrevem, que opinam, que fazem um jornalismo técnico e científico. Porque estes emitem opiniões (concretas, textuais) com base em fatos verídicos, reais e comprovados, como hoje são tão fáceis de provar com as tecnologias da informação.

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...