segunda-feira, 26 de agosto de 2013

COVARDIA NA SÍRIA...

BARBÁRIE E GENOCÍDIO NA SÍRIA, ATÉ QUANDO ?
                                                            
 João Joaquim de Oliveira  


“O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS MAUS, MAS O SILÊNCIO DOS BONS”

Martins Luther King



Há momentos  em que as pessoas , amigas do bem e de sentimentos de altruísmo e fraternidade,  devem se auto-interrogar: até aonde pode chegar a maldade e a crueldade contra o outro. E com uma observância, este outro aqui não precisa ser apenas gente, pessoa humana. Vale para qualquer gênero animal. Sim, porque todos os animais sentem dor e os suplícios que lhes são impostos. Sentem fome, sede e ficam deprimidos! Têm os mesmos órgãos dos sentidos do animal humano. Aliás, com uma enorme diferença, os irracionais não têm o sentimento da vingança, do revide. Lembra daquele cão que um dia levou uma surra e maus tratos do dono? No outro dia ele tudo esquece, late, vibra a cauda e afaga o dono como se nada tivesse acontecido;  um belo exemplo de perdão para o bicho homem!
Por que será que na espécie humana, existem indivíduos, e não são poucos, capazes de tanta maldade, de tanta torpeza e vilania contra outros de sua própria espécie? E o que é muito pior, considerando as mais degradantes formas de crueldade e de modo gratuito.
Nós estamos num estágio tão alto de desrespeito ao outro, de acirramento de ânimos;  de intolerância;  que um simples olhar de reprovação de atos de alguém se torna de risco de sermos atacados ou mortos sumariamente. As justificativas de homicidas ou suas investidas e tentativas contra vidas humanas são as mais fúteis e injustificáveis. Eu matei ou agredi porque ele me xingou disto ou daquilo, eu exterminei minha(meu) ex porque ele(a)  não quis mais me “amar” e ficar comigo. Imagina a ofensa de não amar alguém e por isso ser condenado à pena de morte!
Parece mesmo estarmos a viver tempos apocalípticos. Um contra todos, todos contra um. Pais contra filhos, filhos exterminadores de famílias, de maneira metódica e fria a deixar uma nação perplexa, pasma e interrogativa: por que?
Tudo isto que presenciamos no dia-a-dia nos choca, nos entristece, nos comove, nos abala na fé e na esperança que depositamos nas pessoas, numa sociedade e num planeta mais justo e fraterno. E quais homens deste mundo  podem contribuir para uma sociedade  mais justa e pertencente a todos? Responderia com razão e inteligência as pessoas bem pensantes que este é o dever de todos . No que eu convirjo;  mas sobretudo dos homens e chefes de Estado. Todos são responsáveis pelo mundo bom ou ruim à sua volta. Cada um na sua medida contribui para a paz ou a guerra no planeta. Os chefes de Estado, os governantes, não importa a forma de posse para dirigir uma nação, têm, obviamente maior responsabilidade em promover a paz e os direitos humanos de todos os governados.

 Pois então imagina viver em um país onde homens de Estado, usam de todo os meios legítimos, embora  imorais e genocidas contra seus próprios compatriotas. Sem falar num Egito ou Sudão, a bola da vez  é a Síria. Até quando a ONU, sobretudo os EUA deixarão o algoz, o tirano, o déspota e sanguinário Bashar Assad exterminar o seu povo? Muito pior do que isto, exterminar inocentes e crianças com o uso das repulsivas armas químicas ?
As cenas a que temos assistido vindas daquele país são de causar horror e perplexidade, até mesmo nas pessoas mais  sádicas e dadas à prática do mal. São centenas de mortos e mutilados, muitas vitimas são crianças de baixa idade,  por forças de segurança daquele ditador, que se julga vitalício no poder; e de fato ele herdou o poder de seu pai, Hafez Assad, outro tirano autocrático, que governou por décadas .   Já passam de 100.000 mortos o saldo fúnebre da guerra civil naquela nação  .
 Até quando o mundo, a ONU e o guardião da democracia e direitos humanos, os EUA, assistirão passivamente tamanho genocídio e cenas de barbárie ? Até quando e por quê?   

    

João Joaquim de Oliveira  médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com

Nenhum comentário:

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...