COVARDIA NA SÍRIA...
BARBÁRIE E GENOCÍDIO NA SÍRIA, ATÉ QUANDO ?
João
Joaquim de Oliveira
“O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS MAUS, MAS O SILÊNCIO DOS BONS”
Martins Luther King
Há momentos em que as pessoas , amigas do bem e de
sentimentos de altruísmo e fraternidade, devem se auto-interrogar: até aonde pode
chegar a maldade e a crueldade contra o outro. E com uma observância, este
outro aqui não precisa ser apenas gente, pessoa humana. Vale para qualquer
gênero animal. Sim, porque todos os animais sentem dor e os suplícios que lhes
são impostos. Sentem fome, sede e ficam deprimidos! Têm os mesmos órgãos dos
sentidos do animal humano. Aliás, com uma enorme diferença, os irracionais não
têm o sentimento da vingança, do revide. Lembra daquele cão que um dia levou
uma surra e maus tratos do dono? No outro dia ele tudo esquece, late, vibra a
cauda e afaga o dono como se nada tivesse acontecido; um belo exemplo de perdão para o bicho homem!
Por que será que na
espécie humana, existem indivíduos, e não são poucos, capazes de tanta maldade,
de tanta torpeza e vilania contra outros de sua própria espécie? E o que é muito
pior, considerando as mais degradantes formas de crueldade e de modo gratuito.
Nós estamos num
estágio tão alto de desrespeito ao outro, de acirramento de ânimos; de intolerância; que um simples olhar de reprovação de atos de
alguém se torna de risco de sermos atacados ou mortos sumariamente. As
justificativas de homicidas ou suas investidas e tentativas contra vidas
humanas são as mais fúteis e injustificáveis. Eu matei ou agredi porque ele me
xingou disto ou daquilo, eu exterminei minha(meu) ex porque ele(a) não quis mais me “amar” e ficar comigo.
Imagina a ofensa de não amar alguém e por isso ser condenado à pena de morte!
Parece mesmo
estarmos a viver tempos apocalípticos. Um contra todos, todos contra um. Pais
contra filhos, filhos exterminadores de famílias, de maneira metódica e fria a
deixar uma nação perplexa, pasma e interrogativa: por que?
Tudo isto que
presenciamos no dia-a-dia nos choca, nos entristece, nos comove, nos abala na
fé e na esperança que depositamos nas pessoas, numa sociedade e num planeta
mais justo e fraterno. E quais homens deste mundo podem contribuir para uma sociedade mais justa e pertencente a todos? Responderia
com razão e inteligência as pessoas bem pensantes que este é o dever de todos .
No que eu convirjo; mas sobretudo dos
homens e chefes de Estado. Todos são responsáveis pelo mundo bom ou ruim à sua
volta. Cada um na sua medida contribui para a paz ou a guerra no planeta. Os
chefes de Estado, os governantes, não importa a forma de posse para dirigir uma
nação, têm, obviamente maior responsabilidade em promover a paz e os direitos
humanos de todos os governados.
Pois então imagina viver em um país onde
homens de Estado, usam de todo os meios legítimos, embora imorais e genocidas contra seus próprios
compatriotas. Sem falar num Egito ou Sudão, a bola da vez é a Síria. Até quando a ONU, sobretudo os EUA
deixarão o algoz, o tirano, o déspota e sanguinário Bashar Assad exterminar o
seu povo? Muito pior do que isto, exterminar inocentes e crianças com o uso das
repulsivas armas químicas ?
As cenas a que temos
assistido vindas daquele país são de causar horror e perplexidade, até mesmo nas
pessoas mais sádicas e dadas à prática
do mal. São centenas de mortos e mutilados, muitas vitimas são crianças de
baixa idade, por forças de segurança
daquele ditador, que se julga vitalício no poder; e de fato ele herdou o poder
de seu pai, Hafez Assad, outro tirano autocrático, que governou por décadas . Já
passam de 100.000 mortos o saldo fúnebre da guerra civil naquela nação .
Até quando o mundo, a ONU e o guardião da
democracia e direitos humanos, os EUA, assistirão passivamente tamanho
genocídio e cenas de barbárie ? Até quando e por quê?
João Joaquim de
Oliveira médico- cronista DM joaomedicina.ufg@gmail.com