quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Animalização ou Humanização, QUEM ?

 IDIOTIA na relação pessoa/animal
 
Quando o assunto se refere aos animais, nossos irmãos irracionais, eu sou um ardoroso e entusiasta defensor de todos os bichos. Eu evito eliminar até mesmo as formigas-doceiras, aquelas que compartilham o nosso açúcar de mesa. Já morei em uma casa onde existiam dezenas de caramujos, aqueles moluscos da espécie escargô. Sempre que chovia eles saiam de caracol às costas, iam para a rua e eu tinha que devolvê-los ao jardim, de onde eclodiam da terra, eram um de meus animais de estimação. Muitos riam de mim! Pelo simples fato de declarar os gosmentos caramujos de animais de minha estima e proteção. Quando mudei desse sobrado dos moluscos, possuía também uma cadela e uma gata. Aí surgiu um impasse porque fui morar em apartamento. Uma condição logo foi imposta: não dá para ter os dois animais em apartamento. Não combina e não orna, diria algum filósofo. Depois de algumas ponderações conformamos em viver com o gato, que se adapta bem em confinamento e doamos a cadela para nossa passadeira. Ela mora em uma mini chácara com muito espaço. E lá a megue (a cadela) vive na maior alegria e felicidade.

Essa breve resenha foi no estrito sentido de me declarar um ferrenho e perpétuo defensor de qualquer espécie animal, da vida, da natureza, da ecologia, do planeta, enfim, como um organismo vivo, sensível e que tudo nos provê.

Duas outras questões de grande estridência trago à apreciação no concernente à relação do homem com os animais. A primeira diz respeito aos maus tratos. E aqui poder-se-ia abrir páginas e páginas sobre tal comportamento. Grosso modo, temos aqueles indivíduos que graciosamente não se comove nem se move com o sofrimento de qualquer bicho. Seja em seu domicilio ou nas vias públicas ou natureza. Pior do que isso: existem pessoas que escravizam e exploram o trabalho e sofrimento de animais; um bom exemplo são os animais de tração: cavalos, muares e bois.

Um outro exemplo, aqui em grande escala refere-se à exploração industrial do animais nos chamados frigoríficos e abatedouros. E o que é mais estarrecedor, tudo sob o pálio e condescendência das leis. A forma como muitos animais são criados e sacrificados para consumo nesses grandes frigoríficos e abatedores nos rememora as cenas do homem do nazismo. Todos esses  crimes para justificar os fins da ganância de lucros desses mercadores de animais. E na ponta final está a última razão de toda essa sanha dantesca, os consumidores das carnes desses animais ou seja, quase a humanidade toda. 
A segunda consideração da relação com os bichos diz respeito à humanização dos animais. É dar atributos de gente aos intitulados pets. Na prática como se dá esse processo de conferir faculdades humanas a qualquer animal doméstico. Massivamente ocorre  com os cães. E por demais frequente os donos e donas dos cães chamá-los de meus filhos, e a eles dirigir-se como o pai e a mãe. Muitos desses pets vivem em franca intimidade com as famílias. Eles recebem tratamento alimentar, médico e festas de aniversário como se tudo compreendessem racionalmente. E aqui chega-se ao cúmulo de muitos bichos usar os mesmos aposentos e cama dos donos(“pais”). Eu vejo diuturnamente muitos desses animais sendo carregados em carrinhos de bebê. Muitos torturantemente viajam em longos distâncias de carro ou de avião. 
Para fecho de tanta perversão ou idiotia, imaginemos a cena de um dia, a mãe gestante vai parir seu filho no hospital, hoje é comum , os partos só ocorrem aqui. E na maternidade no fecho da cesariana, em vez de choro um latido de um cãozinho. O pavor seria tamanho que até o obstetra vai desmaiar. Menos, talvez,  o pai ao lado e mãe. Por que? Eles já não tem em casa uns  filhos 4 patas? A quem chamam de filhos e deles consideram pai e mãe? Foi apenas mais um que nasceu. Deu-se a mesma relação de inteligência e racionalidade. Ter um cachorro como filho e a ele se dirigir como seu pai ou mãe.   Outubro/2019.  

Nenhum comentário:

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...