domingo, 14 de outubro de 2007

GORDURA TRANS

Óleo com menos gordura trans

O órgão regulador para alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (Food and Drug Administration - FDA) passou a exigir que, a partir de 1º de janeiro deste ano, as indústrias de alimentos identificassem nas embalagens a quantidade de gordura trans existente na composição de seus produtos. A diretriz segue recomendações de diversas organizações e agências de saúde internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), que sugerem o consumo de alimentos livres de gorduras trans e saturadas, substâncias geralmente encontradas em massas, biscoitos, margarina e frituras.

Segundo especialistas, a rotulagem do teor de gordura nas embalagens dos alimentos processados tende a ser aprovada mundialmente, já que consumidores estão cada vez mais preocupados com os efeitos que seus hábitos alimentares têm na saúde. É nesse cenário que a Monsanto trabalha em parceria com indústrias de alimentos para oferecer ao mercado óleos mais saudáveis, com menos gorduras prejudiciais ao coração.

O primeiro produto da empresa, disponível no mercado norte-americano desde o início de 2005, é a soja Vistive, variedade com baixo teor de ácido linolênico (3%, enquanto a semente tradicional possui 8%). Seu diferencial é o processamento de um óleo com menor necessidade de hidrogenação, processo de aplicação de hidrogênio na composição para aumentar o tempo de vida útil do produto. Essa técnica leva a uma elevação do teor de gordura trans nos alimentos, causando aumento dos níveis totais de colesterol e, especialmente do colesterol 'ruim' (LDL), o que contribui para o maior risco de doenças cardiovasculares.

A variedade melhorada, que também contém traços de modificação genética para conferir tolerância ao glifosato, foi bem aceita pelos produtores, que encontraram mercado junto às indústrias de alimentos que receberão o grão. Segundo o Conselho de Produtores de Soja dos Estados Unidos (United Soybean Board), a soja com baixo teor de ácido linolênico foi cultivada em mais de 80 mil hectares em seu primeiro ano de plantio, com estimativa de crescimento para 400 mil hectares em 2006.

A soja Vistive pode ser usada no processo de frituras, originando alimentos com baixo teor de gordura trans, enquanto frituras normais contêm alto índice da substância. É importante lembrar que, atualmente, o óleo de soja corresponde a 80% dos óleos vegetais utilizados para a produção de alimentos no País. A Kellog, em parceria com a Monsanto e produtores, será uma das primeiras indústrias do setor alimentício a utilizar a soja melhorada para produzir uma série de alimentos, atualmente feitos à base de óleos hidrogenados, que conterão menor teor de gordura trans.

O relacionamento entre as indústrias de alimentos e produtores de sementes estimula a continuidade das pesquisas com variedades de soja mais saudáveis. As próximas gerações da Vistive estão sendo desenvolvidas com o objetivo de manter as propriedades já existentes do óleo e aumentar sua estabilidade, permitindo seu uso como ingrediente em vários outros alimentos.

Um exemplo da segunda geração da Vistive é o óleo de soja com maior teor de ácido oléico, que terá perfil nutricional similar ao azeite de oliva. Outro óleo de soja, com maior teor de ácido esteárico, está sendo desenvolvido para ser mais estável, podendo substituir a gordura hidrogenada sólida - prejudicial ao organismo humano - utilizada na fabricação de massas e margarinas. Até 2011, a Monsanto pretende lançar a soja Vistive com baixo teor de gordura saturada (de 3% a 7%), enquanto a soja tradicional produz óleo com cerca de 15% da substância.

Maureen DiRienzo é líder global em Nutrição da Monsanto, responsável
pela coordenação das pesquisas com novos produtos de maior

2 comentários:

Cardiologista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cardiologista disse...

Independentemente da idade ou da condição de saúde em que se vive, é importante se consultar com o Cardiologista , por prevenção.

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