sábado, 11 de fevereiro de 2012

CRISES ..FAMILIA .. SOCIEDADE

CRISES SOCIO-FAMILIAR E ECONÔMICA
João Joaquim de Oliveira
Ao assistirmos como um seriado a crise econômica que vive a Europa, sobretudo a Grécia, berço da filosofia e sabedoria ocidental , é natural indagar do porquê de tamanha atrapalhada e confusão financeira a que chegamos em plena era iluminista da comunicação e da informação!
E vejam que trata-se de um fato que iniciou em 2008 nos EUA, teve lampejos de solução em 2009 e 2010, se fez como rastilho de pólvora atingindo outros países, passou por períodos de calmaria e agora coloca a Grécia novamente no turbilhão da crise . E de roldão ameaça enredar outras nações da Europa.
Não sou economista. Mas, será que equilibrar receitas e despesas , déficits e superávits, produção e consumo é tão difícil assim para os sábios economistas e tecnocratas de cada Estado? Meu Deus! aonde esse mundo pode chegar?
Na obscuridade de tão grande turbulência das finanças global , evoco aqui outras crises que queiramos ou não guardam alguma relação com esse furação que teima envolver países de outros continentes, mesmo regiões não atreladas ao Euro.
Crise tem sido um termo na rotina da sociedade. Nesta rasa digressão gostaria de rememorar algumas delas. A crise da família parece representar hoje a célula-máter de muitas outras que o mundo enfrenta. Cada vez mais somos obrigados a conviver com padrões de comportamento e vínculos entre as pessoas que deixam em segundo plano o amor, o afeto e a generosidade mútua. A virtude, a moral e o respeito nas relações familiares e esponsalícias foram trocadas por prazer, culto ao materialismo e ao consumo. O lema é consumir, consumir e paga-se quando der . E a irresponsabilidade das uniões, Hoje casa-se até pela internet e procuração .
Crise de cidadania e educação. A omissão que o estado e a família têm com a educação dos filhos coloca nossa juventude em risco de perdição total. As manchetes dos jornais nos alertam para isto. As crises ou os excessos de liberdade e da tolerância fazem com que nossos adolescentes e jovens se descambem para o ambiente sem limites do sexo, das drogas, do uso indiscriminado de coisas supérfluas e perda total de reverência aos pais, a professores e a valores éticos e morais que devem permear e nortear as relações sociais em todos os níveis.
Na temática dos deveres e direitos, mesmo na esfera familiar, tem-se dado grande ênfase aos direitos de filhos e aos adolescentes. Tornou-se careta e proibido corrigir filhos e alunos nas escolas. Professores que corrigem com mais rigor um aluno correm o risco de ser processados pelos pais. Um absurdo!
Parece que aos poucos pais, escolas e a própria psicologia moderna vêm percebendo que o ensino e a pedagogia dos limites e deveres devem vir antes da concessão dos direitos e liberdade. É muito racional que o gozo destes decorram do correto exercício de limites e obrigações nas relações interpessoais. Essa inversão de ensinamento é um equivoco e perigosa na educação dos filhos .
O mundo atual tem um campo minado que vem esgarçando os atributos de humanidade e de moralidade das pessoas. Trata-se do mundo virtual e sem lei da internet. Pais e educadores precisam acordar para esse monstro que vem aterrorizando e pervertendo as famílias. Sites da internet têm sido um cenário para práticas anônimas e sem punição de tráfico de drogas, racismo e pedofilia e outros crimes contra a honra e a vida das pessoas.
São crises que parecem menores frente à desordem econômica de que falamos. Mas, somadas colocam-nos todos em risco. Ou a sociedade acorda para estas ameaças que vêm solapando as famílias e a sociedade ou estaremos todos perdidos.

João Joaquim de Oliveira Médico - joaomedicina.ufg@gmail.com

Um comentário:

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