MACONHA INOFENSIVA
A MACONHA EM SI É INOFENSIVA
João
Joaquim
Eu queria! Eu
imploro! Imploro a quem de saber e detentor de conhecimentos
biológicos e de fisiologia sobre um, unzinho que seja! Apenas isto, um
beneficiozinho do uso da maconha no organismo humano.
Quero aqui ressalvar também apenas e tão somente, assim
mesmo sob controvérsias, o uso desta droga em casos muito seletivos, com
estritos critérios, em pacientes terminais. Atentem bem para o verbete.
Pacientes terminais. A indicação médica seria para pacientes com dores
intratáveis, excruciantes, para os quais já falharam todos os analgésicos
opióides (morfina) de última geração.A questão aqui envolve dar a um paciente
incurável uma vida final mais
digna, sem muita dor em seus últimos dias. Na verdade uma “boa morte”, a
eutanásia ou ortotanásia.
O desafio que ora lanço àqueles adeptos do uso da maconha,
não deve se fundar na ciência do “achismo”, do princípio do “eu defendo porque
experimentei e gostei”. Não, esta defesa deve ser fulcrada em trabalhos sérios,
de pessoas sérias, em instituições científicas de renome, chefiados por
pessoas não usuárias da “cannabis sativa”( nome botânico da maconha).
Com uma trajetória de três décadas de profissão médica, eu
sou um profissional que somo experiência de casos clínicos de
adictos de maconha e outras drogas , acrescida de metanálise de literatura
pertinente aos efeitos de vários entorpecentes.
Tudo que vi, que estudei e aprendi; encoraja-me,
autoriza-me a bradar e recitar em alto e bom som! A maconha, inexpugnavelmente,
diabolicamente conduz o seu usuário aos danos os mais destrutivos como um ser
social. Ela o aliena, o apequena, o atrofia, o degenera em todas as suas
dimensões. Seja na dimensão biológica, física, psíquica e social. Há um
agravante para o uso, ainda que recreativo, eventual , ou
esporádico de qualquer droga com potencial menos ofensivos como a maconha. Que
agravante ? Ela se torna um engodo, a senha para o experimento de drogas
mais pesadas. Caso de cocaína, crack, merla
e êxtase.
Recentemente o mundo tomou ciência da legalização da
maconha pelo Uruguai e no estado do colorado (EUA). A mim e a muitos, causa
perplexidade, pessimismo e preocupação a liberação do uso recreativo da droga.
No Brasil, ainda não há participação direta do governo na oficialização para o
consumo de maconha.
O que temos de legal e sem punição, em nosso país,
é a condição de usuário. Portar algumas gramas e baseados para o próprio
uso não é crime. Tráfico de maconha é crime! O que gera um contra-senso. O
adicto, o dependente químico adquire o entorpecente (qualquer) de quem? A droga
não vem do inferno. Ela é cultivada, colhida e acondicionada para venda. Para
tanto existe o traficante. Que ironia do Estado!
Na certeza de que qualquer droga tem
efeitos altamente destrutivos e diabólicos para o ser humano eu continuo do
lado do bem e contrário a qualquer excesso de liberdade para o comércio, uso
recreacional ou descriminalização de qualquer bagulho, inclusive a enganosa e
pseudo-inofensiva marijuana, maconha ou cannabis sativa. Aliás, faço um
reparo, a maconha se compara a uma cascavel, a uma jararaca, a um veneno
qualquer como estricnina e cianureto. Cada um desses exemplos são neutros em si
. Se alguém não toca ou molesta um animal peçonhento ele não lhe fará mal algum
. A maconha é inofensiva, não faz mal a ninguém , desde que ela não seja
introduzida em nosso organismo, por algum usuário. Fui claro ou não ?
João Joaquim médico- cronista DM joaomedicina.ufg@gmail.com