NOS COLETIVOS
NOS
AFLITIVOS COLETIVOS DAS
URBANOVIAS
João Joaquim
Tem sido dito em um alto e bom som e todos os ditos
muitos ferinos e malévolos sobre as condições de nosso transporte coletivo nas
cidades e metrópoles. Toda essa cizânia ou quizília verbalizada pela população
contra nosso transporte urbano não sé dá sem razão. Todavia, vamos a todas
as vias de cada argumentação. Tem alguma coisa de certo e errado de
um lado e outras de mesmo quilate e essência na parte oposta. Cada qual quer
puxar a brasa para a própria sardinha ou pegar o pouco pirão para cada prato glutão
.
Pelo lados das empresas, os gestores da concessão
afirmam com base em planilhas que a margem de lucro é muito baixa; por
isso tem que serem corrigidas tais taxas transporte da multidão . E
não adianta tachar os empresários de intransigentes. Os governos também têm
culpa em todo esse contingente. Quando se palmilha as queixas
dos usuários se vê que uma de suas reivindicações é ter tarifas compatíveis com
os salários que recebem. São confrontos de reclamações! Os empresários
que mais parecem usurários! Os usuários que de fato com míseros salários não
conseguem pagar os gastos diários . Outros motivos apontados
pelos presidentes do transporte coletivo têm sido o preço do petróleo.
Se pegarmos
as explicações do atual governo, desde os idos dias das campanhas eleitorais
tudo vai desaguar no mesmo imbróglio. Qual seja, no afã , embustes e
logros para se perpetuar no poder o partido dos trabalhadores tudo prometeu ao
povo. E “ab ovo”, isto é, desde a fase de embrião , tudo é a mesma empulhação .
Uma vez no poder foi PT saudações para aquelas vazias promessas. O certo é que
de quermesse em quermesse o governo que aí está só tem adotado
medidas que mais arrocho traz às pessoas no ir e vir dos superlotados
coletivos urbanos que não param no leva-e-traz das vilas e outros centros conturbados .
Quando se inquire do povão, à boca
miúda, todos têm a mesma opinião. Na verdade, assim refere o povo, o que de
fato existe é um conúbio entre governo e empreiteiros e tudo é armado para que
o lucro só chova na horta dos patrões interesseiros .
Na verdade, copilando os arrazoados inteiros, têm
mais razão os passageiros. E não se trata tão somente da questão de preço.
Basta ver com muito apreço e isenção a natureza e o labor de cada ocupação .
Afora o tipo de atividade, o servidor sai de madruga e vai para as filas dos coletivos.
Até aqui, nada opus aos pontos dos ônibus . Tem ainda o trajeto como
transeunte ,com os riscos de trombadas e trombadinhas. Quando a pessoa se
embica para subir naquele trambolhão tem
sempre aquele esperto e engraçadinho que dá uma mãozinha e completa o içamento.
Alguém acha que acabou o infortúnio. Ledo engano.
Cada motorista que conduz essas pessoas mais parece peão de uma boiada. Toda
vez é a mesma toada. Ele arranca de súbito com aquele possante e todos que se
atraquem lá pra trás. E entre os passageiros? pensam que reina a
paz? Que nada, ali é cada um por si e Deus por todos. Em cada ponto ou um reles
toldo é um tal de entra e sai de gente, tudo aos safanões. Nessas horas tanto
sofre idosos, crianças, e haja encostamento e os tais dos empurrões .
E entre a mulherada ?Quem pensa que fica nisso a
escassez de respeito é porque nunca teve alguma mão boba roçando em seu peito.
Quem mais testemunham de modo contrafeito esses ataques são as meninas e moças
que de modo faceiro, natural ou com silicone abundam essa e
aquela anatomia sem provocar a menor suspeita.
Agora como sugestões em proponho mais subsídios
para o preço dos passes urbanos. Não se peita aqui os empresários para esses
benefícios, a despeito das razões dos combustíveis. Não se pode perder de conta
que precisamos de mais coletivos. Para tanto que todos estejam atentos e
altivos.
Em que pese o lado forte ou patronal se digladiar
por ganhos e mais lucros, a ponta fraca desse confronto, qual seja a dos
viajantes, não deixa de ter razão. Outra tese sobre os transtornos do
transporte urbano quem a me deu foi ninguém menos que um médico parteiro.
Disse-me esse profissional-cegonha que a causa maior das superlotações e
ruindade nos coletivos é questão de descontrole da natalidade. Dito de outra
maneira, mais fabrica-se criança do que se faz ônibus, por isso há escassez do
tal veículo para deslocar tantas pessoas ou
pingentes nas metrópoles e grandes centros que pululam de gente num
ritmo inclemente. Julho/2015.
João Joaquim de
Oliveira médico – articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com