PAPA FRANCISCO
O Papa e o Estadista a Serviço dos Povos e do Planeta
João Joaquim
Volta e meia a imprensa noticia aqueles encontros
de estadistas ,líderes mundiais, reuniões e cúpulas de chefes de governo,
painel isso, painel aquilo, reuniões da OEA, da ONU, da UNASUL, do Mercosul,
dos diretores da FIFA, dos chefes do estado islâmico e o escambau. Por falar em
FIFA e escambau, que fase está vivendo nossa decrépita e retrógada entidade
milionária que sempre mandou, desmandou e mal gerenciou o esporte mais
popular do mundo, o futebol. Um dia a casa ia cair e caiu. Até seu, ainda
chefão , está arriscado e ser promovido de presi-dente a presi-diário. O
Sr Joseph Blater se julgava intocável. Ele terá muitas coisas para explicar à
Justiça Suiça, suas traficâncias com outros larápios do futebol, inclusive os
ex presidentes da CBF José Maria Marin( se encontra preso em Zurique) e Sr
Ricardo Teixeira, investigado( por ora).
Mas, nesta última semana de setembro/2015, nada
repercutiu tanto na imprensa como a exposição de um único personagem. Trata-se
do papa Francisco ou o “Pope Francis” como o chamam em inglês. Ele, sim, com
justiça um autêntico “pop star” para cristãos, não cristãos e até ateus.
Eu considero que nunca na História recente uma
viagem de um estadista trouxe tanto impacto positivo como esse de Francisco. É
bom rememorar que ele encampa o chefe mundial do catolicismo e chefe de Estado
do Vaticano. E isto perde importância em seus périplos pelo mundo dada a
importância das mensagens que ele traz em prol da humanidade,
sobretudo pelas pessoas mais pobres e à margem dos benefícios do progresso.
O que reverbera e soa de muito bom e construtivo
nos discursos e homilias de Francisco não são a interpretação dos evangelhos e
textos bíblicos; isto é o de menor monta e significância em suas falas. Suas
súplicas e exortações são sempre no sentido do bem-estar, fraternidade e
justiça social para os desvalidos e sem-nada neste mundo.
Outra questão muito exaltada pelo papa tem sido o
cuidado com a natureza, com o meio ambiente. Como de muitos sabido, Francisco
lançou recentemente a encíclica (carta pontifícia) Laudato Si. Numa tradução
livre, carta da terra.
Nessa viagem( Cuba , Estados Unidos), o sumo
pontífice esteve primeiro em Cuba e por fim nos E.U.A. Agora fiquei de cá no
Brasil vendo pela TV os discursos; primeiro do ditador comunista Raul
Castro e depois de Francisco, que de forma serena pontuou sobre a pobreza, a
exclusão social, a falta de tantas coisas básicas, enquanto os governantes só
pensam em si e como manter-se no poder em nome de uma ideologia e de
radicalismos autoritários. Imaginem o que pensava aquele povo sem direito a
nada, sem direito a opinião e outras conquistas de outro mundo
democrático, desenvolvido e capitalista. O que será que sentiram os irmãos
Castro ,da revolução de Fidel e do PC Cubano?
Outro ponto alto da visita papal foi sua passagem
pela terra do Tio Sam. O discurso no congresso foi uma efeméride sem igual .
Nunca outra visita ao parlamento americano( Capitólio) tinha sido feita por um chefe
da igreja católica .
Alguns tópicos da visita de Francisco em
Washington são de grande impacto. Como exemplos a produção industrial e consumo
com menos emissão de CO2, a exploração predatória do planeta, as desigualdades
provocadas pelo capitalismo, a exploração das pessoas pelas economias de
mercado, etc.
Até mesmo sobre a reaproximação de Cuba com os
E.U.A, o papa Francisco não deixou de intervir e pedir a suspensão de embargo
econômico vigente desde 1959, com a tomada da Ilha por Fidel Castro.
Enfim por onde passa o papa, independentemente de
credo ou fé religiosa, ele deixa uma renovada esperança nas pessoas pela paz,
pela fraternidade, na justiça e em uma sociedade melhor e um planeta mais limpo
e desfrutado por todos de forma mais igualitária e sustentável. Out /2015
João Joaquim