sábado, 30 de abril de 2016

QUE DEPRÊ..

 NÃO CAIA NA FOSSA E NA DEPRÊ 

João Joaquim

Pensava eu com meus cadarços e botões  em como somos conectados com o passado, com todos os fatos, notadamente os ruins que sucederam em nossas vidas;  e também “pré-ocupados”( ocupação antecipada) , angustiados com o futuro. Que bom seria viver apenas o presente.
Se fizéssemos um paralelo, uma analogia de nossa mente, nossa memória com um gravador ou o disco rígido de um computador, como seria melhor para controlarmos aqueles acontecimentos, vivências e  reminiscências que nos causam pesar, dor e sensações negativas. Fosse assim nosso cérebro , bastaria evocarmos essa ou aquela lembrança dolorosa e deletá-la permanentemente de nossos arquivos mentais. Mas , por razões que a nossa própria razão ( de racional ) desconhece, quis nosso criador-mor, Deus, que não fôssemos como máquinas inventadas pelo criador-minor, o homem. Temos que guardar tudo, todos os entulhos e lixos psicológicos e emocionais que nos ocorrem. Por isso haja neuroses, depressões, recalques, sentimentos de ódio, vingança e outros desejos do mesmo naipe.
 Diante de uma ofensa, grave injúria, difamação ;  siga este conselho: perdoe o ofensor. Não significa esquecer o caráter , a indignidade, a baixeza do  autor da ofensa. Perdoar significa no mínimo não ter uma atitude de retaliação, de vingança, de desforra. Esqueça pelo menos o ofensor.
Não sem motivos temos a medicina, a psicologia, a psiquiatria, a psicanálise; justamente para auxiliar o ser humano em suas doenças psíquicas, em sua dor existencial, nos seus mais variados conflitos sociais decorrentes das relações interpessoais. Numa análise simplista assim de plano, são três as grandes causas dos sofrimentos existenciais e emocionais das pessoas. Primeira  , as decorrentes de conflitos na relação pais/ filhos. Segunda  , da relação interprofissional. Terceira , da relação conjugal .
 Conflito de gerações . Pelo choque ideológico entre pais/filhos, estribada ainda por  uma educação frouxa e frágil dos ditos tempos modernos decorrem os inúmeros conflitos nas relações humanas, na vivência diária de cada pessoa . Trata-se de um esgarçamento do convívio humano que frente às futilidades mundanas tende a piorar. As famílias e Escolas andam embevecidas com a modernidade e distraídas com os valores éticos e cívicos que moldam o caráter humano. Educar uma criança tem se tornado uma tarefa complexa nesses tempos digitais.
Na área profissional - Surgem os atritos porque no trabalho as pessoas não têm um natural senso ético de respeitar o outro, e das diferenças surgem os confrontos. No ambiente produtivo e profissional têm sido recorrentes  dois tipos de assédio;  o moral, onde o chefe ou supervisor de um funcionário se acha melhor e superior a ele e usa de gestos ou termos de menosprezo ou mesmo graves ofensas a esse colega subalterno. Parece mesmo um ranço, um resquício do senhorio feudal ou dos escravagistas. Os chefes e gerentes de hoje tratam  o empregado ou auxiliar como um escravo, como um sujeito de dignidade inferior. É como se dignidade e honra tivessem uma classificação , uma escala, inferior, média e alta. Uma autêntica estultice ou idiotice de quem assim pensa e age.  
 O outro assédio , e de igual modo muito ignominioso e degradante,  o sexual, onde alguém hierarquicamente acima daquele(a) colega tenta algum favor sexual.  Felizmente , ante essas duas ofensas ,as leis trabalhistas têm se pronunciado a favor das vítimas desses predadores.
No namoro ou casamento por uma escolha desastrada, inesperada ou enganosa do par conjugal por exemplo. E nesta seara como as pessoas sofrem por não se soltarem das armadilhas e amarras de um casamento mal sucedido! Penso, embora na prática também sofro  por não me desvencilhar do meu próprio  passado, que o bom seria ser como os filósofos epicuristas ( exaltação do prazer ); do princípio de  viver essencialmente o dia de hoje, o agora;  o que passou, passou!  O que importa é o dia presente ou como recomendava o poeta Horácio “ carpe diem “, colha o dia de hoje, aproveite o seu presente porque o  futuro a Deus pertence e passado é coisa de museu  . Mas quem há  de buscar esta opção  ! Tente  e seja  muito mais feliz!- abr/16


João Joaquim - médico - articulista DM www.drjoaojoaquim.com                  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

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