sábado, 30 de abril de 2016

SER ÚTIL OU FÚTIL...

O PIB NEGATIVO OU POSITIVO DE CADA UM

João Joaquim


O que é a vida? Eu penso ser uma das indagações mais difíceis de respostas. No plural mesmo dada a complexidade do que é esse maior bem de que somos todos possuidores. E esses termos já podem ser uma de tantas definições. Estar empossado na vida já é em si uma afirmação e sua característica. Vida, qualidades e condições que caracterizam um ser, tais como metabolismo, sensibilidade, reflexos, capacidade sensitiva, instintos de sobrevivência, de luta e fuga, sentidos aguçados, o estar no mundo de forma ativa , passiva ou parasita etc. A escolha é de cada um. 
No caso humano, ainda poderíamos acrescentar: pensamento, atributo da razão, dualidade corpo e alma, participação na Política, nos destinos de minha Nação  etc.
Se selecionarmos a vida no estrito campo humano quantas chaves podemos abrir nessas descrições. O que é uma vida produtiva? Uma definição : aquela voltada para toda forma de labor. Seja este dispêndio na geração de serviços, produtos; ou na produção artística. E aqui a arte em todos os seus ramos. Ao elaborar este texto eu estou de certa forma numa vida produtiva; uma arte singela? Não deixa de ser. Tenho essa como uma questão pacificada. Mas, na seara literária a crônica é uma forma das muitas expressões literárias. Assim como é a poesia (de poiesis, produção), o conto, o ensaio, a biografia, o romance etc.
O que se tem de certo é que o homem tenha surgido de uma monera ou ameba em priscas eras, ou da evolução do macaco como supôs Darwin, ou de Eva e Adão segundo o gênesis; pouco importa, teve sua concepção para ser um agente ativo, participativo. O que  nos conforta é que o homem desde os primórdios teve o desígnio e desiderato para uma existência produtiva. Se esse ou aqueloutro é do partido bt, xp, pcc e nada produz a questão é dele e não do País que já anda atolado em mazelas e outros cancros  éticos , sociais e políticos. Se algum também, de igual forma, anda pendurado sugando nas tetas do Estado, de um pai, de uma família, de quem for; o acerto no Armagedon também será desse improdutivo e roaz  parasita.
Considerando então tais fundamentos que balizam a vida humana, necessário se faz que a cada período, de um ano por exemplo, façamos um balanço desse grande desígnio, a nossa própria vida. É o mesmo processo que se faz da vida de uma empresa, de uma entidade, de uma ONG, até de uma organização estatal; do Estado (país) por exemplo. O que faz cada nação por exemplo em cada tri, semestre ou 12 meses? Um balanço de vida. Como foi o PIB ?  a balança comercial ?  índices IBOPE para o governo ?  inflação, índices da educação, como anda a popularidade, tem risco de o impeachment passar ?  
O mesmo tirocínio e descortino podem ser feitos para a vida individual.  O que eu produzi até aqui ? O que eu fiz no mês presente? No ano que se passou? Ou vou ficar apenas nos festejos de cada noite, cada final de semana e ceias de natal e ano-novo?
Por falar em festas, baladas, comemorações, patuscadas, diversões, ócio, lazer e entretenimento; como andam essas ocupações do bicho-homem ? Claro que além da vida produtiva o homem surgiu com direitos e pendores também voltados ao divertimento, ao descanso e momentos de prazer. Estudos e ensaios existem na área comportamental e de bem estar que recomendam por exemplo pelo menos 50% do dia (24h) dedicado ao ócio e entretenimento ; com uma recomendação não menos importante: que esses momentos sejam também produtivos, de saúde, qualidade de vida e cultura para a pessoa praticante dessas horas voltadas a essas finalidades. E então chegamos às questões dilemáticas e emblemáticas.
Basta que de por si cada um faça essas indagações. Sou parasita, comensal, e não faço nada  ? Se gero alguma coisa de bom e útil, trabalho ou arte, ficam os quesitos.  Será que além da vida produtiva no trabalho, estou também produtivo em questão de diversão e entretenimento? Será que meus períodos de ócio têm sido produtivos para a minha própria pessoa? para meu engrandecimento pessoal, para minh’alma  como um semovente dotado de razão, inteligência e espírito ?
Em suma e em  síntese, o que temos constatado no que chamam de diversão e entretenimento têm sido de dar náuseas e engulho aos que têm uma vida produtiva e que num balanço periódico tem sempre algum saldo no  azul e positivo.
E nenhum setor escapa. É na televisão, na culinária, nas escolas, na cultura, nas relações humanas; em tudo! A vida das pessoas se tornou tão improdutiva, tão fútil e inútil, que ficamos sem saber o que pensam esses praticantes de tanta banalidade, de tanta vulgaridade, de tanto caradurismo, de tanta hipocrisia, de tanta desocupação , fuxico, bisbilhotices, devassidão e corrupção. Tais assertivas e afirmações, não se sustentam em apenas um achismo deste e outros articulistas. Para tanto basta dar uma olhadela e passeio pelas mídias televisivas, smartphones , outras telemáticas , Internet como um todo e as tão degradantes e nauseantes redes sociais. 
Afinal o que é mesmo a vida para essas pessoas?  Abril/2016.

João Joaquim de Oliveira - Médico - Cronista do DM Goiânia Go  www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

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