Assédios
ASSÉDIOS
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Mensagem partilhada originalmente por OpiniãoPública JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ – GOIANIA GO 19.01.2017 João Joaquim
Mensagem partilhada originalmente por OpiniãoPública JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ – GOIANIA GO 19.01.2017 João Joaquim
Diuturna
ou eviternamente a humanidade vive em conflitos, em escaramuças, em agressões,
em abespinhamentos, fúrias e difamações. Os sentimentos ou motivos que levam a
tais reações são multifários, de tal natureza que fica árduo o seu ordenamento.
Assim temos a inveja, a cobiça, o “ciúme passional”, os assédios moral e
sexual, a atitude de vingança ou retaliação por uma injúria ou objetivo
não alcançado entre outros sentimos destrutivos e de violência contra o outro
que passa a ser um desafeto ou invejado.
A questão
ou tratativa aqui proposta da agressividade, de agressão ao outro (moral ou emocional, da honra) e
desqualificação de alguém exclui aquelas condições mais graves envolvendo
tentativa de homicídio ou feminicídio. Embora pode-se até chegar a este cúmulo.
Nem tão pouco se refere aos crimes com participação e efeito de drogas
ilícitas, nem por assaltos. As violências e lesões aqui tratadas pretendem ser
as de natureza contra a moral, a honra e a dignidade das pessoas. Ao que
sugerem os fatos e o comportamento das relações, é o que nos mostram estudos e
mais estudos de psicologia , antropologia e da sociologia; os
sentimentos de vingança, da inveja e da difamação do outro estão plasmados no
DNA de cada agressor. Assim nos atesta a história que tem casos bem típicos que
remontam aos nossos ancestrais. Basta como amostra grátis revisitar as
histórias de uma rainha Cleópatra, do imperador Júlio César e muitas outras
narrativas palacianas antigas e recentes. Afora os fatos que circundam cada
pessoa, seja no seu meio social e profissional ou divulgados pela mídia, que
existem em profusão .
O bom e
proveitoso é quando certas passagens e circunstâncias tais ocorrem em nossas
vidas e possamos delas fazer alguma crônica pitoresca ou picaresca, naquele
princípio de uma amara tangerina se fazer um capitoso e saboroso refresco.
Eu já na madureza de minha juventude cheguei a
trabalhar no Banco do Brasil (entrei antes do Henrique Pizzolato, do mensalão).
Exercia duas atividades, era médico e bancário. Trabalhava num departamento de
nome cesec (já extinto). O chefe dessa divisão se chamava Wagner Ferreira Lima.
Agora, imagine um chefe xerife, chato, perseguidor. Era ele em pessoa. As
atitudes de perseguição, de assédio moral eram tão ostensivas, que um dia
resolvi e mandei ele aos diabos e pedi demissão. Foi uma decisão sumária,
foi uma vingança inusitada de minha parte. Ao que parece, o
indigitado chefe assim agia por pura
inveja. Ele não suportava que eu fosse médico e fizesse um bico de emprego no
Bando do Brasil. Se ele for gente que leia as minhas crônicas , mando a ele meu
abraço, e o aqui relatado são águas passadas, nenhuma ojeriza contra ele.
E no
realce de assédio, relembro um outro episódio. Era plantonista do Hospital
Unimed. Na minha equipe uma colega, Lúcia Helena. O certo é que convívio
próximo reforça algum vínculo ou inconformismo pessoal, revigora alguma
antipatia. E assim foi o sucedido. Nos tornamos antipatizantes mútuos, por
questiúnculas pessoais não atendidas no cotejo dela, Lúcia Helena. O
tempo passou, mas as memórias e desejos de revinditas nunca. Certo dia, uma
paciente inconformada com um pedido que lhe neguei (de forma ética e
regimental) fez uma queixa em meu desfavor. A chefe da comissão de ética era
justamente a médica Lúcia Helena. Imagine que oportunidade ímpar. Fui
impiedosamente denunciado pelo feito. Embora contundentemente absolvido de
nenhuma infração ética ou técnica ou administrativa. Passei por sérios aborrecimentos em
demonstrar minha inocência. O que seria mais ético e digno em uma situação
dessa? A pessoa( no Caso Lúcia Helena Goetz) se considerar impedida e não
uma atitude no mínimo de alta suspeição e sem credibilidade, ou chance de se
vingar de uma quizila antiga não sanada, entre dois colegas de Hospital.
Por
último um exemplo autêntico de desforço ou revindita ou mesmo uma atitude de
talião. Numa fase de minha vida, jovem e solteiro, loquei um apartamento de duas irmãs, de nomes
santos, Ana Maria e Lúcia; com uma das quais tive um certo flerte, de
pouca monta e curta duração. Findos aqueles mútuos contatos de atração eu
subloquei o imóvel para minha namorada de então( hoje vive casada nos EUA).
Pronto, foi o motivo bastante para que eu e a antiga namorada(sublocatária)
fôssemos escorraçados (despejados) do imóvel de forma arbitrária,
ilegal e violenta com a participação de um delegado de polícia, amigo das
ditas irmãs. Isto tudo contrariando as cláusulas de contrato de aluguel .
Mas,
durmam com uma maldição ou anátema desses que o destino nos reserva. Passados
tantos anos e já na era da internet, não é de ver que uma dessas irmãs se casou
com um parente meu. É a dinâmica do mundo e suas voltas. E a sede de revindita
dessa dita cuja continua vigente e eviterna( “ até de cujus”) . Enfim e ao cabo
esta é a natureza, genética e índole do bicho humano. Complexo, imprevisível e
incompreensível.
O temo
assédio vem do latim,” adsedere, i.e, sentar-se em, ou de ad , a, mais sedere”.
Tinha o sentido do guerreiro e combatentes quando se sentavam ou cercavam uma
cidade. Curioso e coincidente com o que
vemos com espíritos dotados de algum rasgo de egoísmo pusilânime ou feiura
moral interior. São os labéus ou máculas que cada um pode portar em seus
registros internos por um processo hereditário ou defeito de caráter
educacional e mesmo vivencial advindos
de suas famílias e meio social, que a psiquiatria ajuda a entender
. Janeiro/2017.