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A BANDA PODRE E PUTRESCÍVEL DAS
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇAO
João Joaquim
Eu tenho para mim que em toda a
história da humanidade nenhuma invenção, descoberta ou tecnologia provocou
tanto fascínio nas pessoas como as tecnologias da informação(ti). Aqui
entendidas como os equipamentos de informática, a internet e os recursos digitais.
Todos esses inventos vieram
para o bem e para o mal. E já explico. Em principio, lá na origem de cada uma
dessas tecnologias, os seus criadores pensaram apenas no bem de cada coisa.
É o mesmo raciocínio que
poderíamos fazer para a foice, o machado e a faca de cozinha. Qual foi o
desiderato ou desígnio de cada uma destas ferramentas? Cristalinamente, para
servir ás pessoas no seu labor e faina diária, no trabalho, enfim. Mas, eis que
de vez em quando surge lá um sacripanta, em abestalhado e comete desatinos,
violência, mortes; desviando o fim utilitário desses instrumentos.
Ninguém, nenhum cientista da
computação imaginou um dia criar um computador, a internet ou o celular para
armazenar cenas de pedofília, comércio de drogas, prostituição virtual, fofocas,
difusão de boatos e mentiras e práticas desonestas e criminosas. Nenhum
inventor ou cientista teve tais concepções em seu estro criador, em suas
invenções. O desígnio primordial foi apenas o bem. O projeto original foi
trazer qualidade de vida, bem-estar, baixo custo nos contatos entre
as pessoas, bem assim na aquisição de cultura, informação e
entretenimento.
Vamos então fazer uma dissecção, um
escrutínio do que os humanos pós tais TI têm feito delas; seja lá para o bem e
para o mal. Nessa análise poderíamos então dividir a humanidade em dois braços
ou faixas, a exemplo do que se faz em ensaios científicos. Em termos mais
técnicos poderíamos nominá-los (tais braços) em o grupo putrescível e o grupo
sazonado ou frutífero da sociedade. Por uma questão de ventura da humanidade a
banda podre dos usuários dessas tecnologias sugere ser menos numerosa. Dentre
esses adeptos e praticantes temos por exemplo os cibercriminosos, os pedófilos,
os difamadores, os traficantes de drogas “lícitas e proibidas”, os mercadores
de medicamentos piratas e de risco para a saúde, etc. Aliás, em tempo, sem
falar nos boateiros, nós pós-verdadeiros, nos fofoqueiros e bisbilhoteiros da
vida alheia. Ainda no grupo putrescível dos internautas podem-se destacar um
subgrupo, aqueles (as) dados ás frivofutilidades que são veiculadas a jorros
pela grande rede.
De tudo fútil, de sexo e sem
nexo se acham na internet. Depende do gosto do consumidor. Fugindo da seriedade
e expressando mais ameno. No concernente ao grupo sazonado ou produtivo das TI.
Na certa o que temos hoje é um novo padrão de cultura. A instantaneidade e
velocidade da comunicação virtual trouxeram uma outra cultura, aquela que se
expressa por sons, sinais e imagens. Os recursos dos áudios e vídeos têm sido o
modo predominante da comunicação entre as novas gerações, aquelas nascidas e
educadas pós internet e tendo essas mídias inclusive nas grades de
ensino.
A literatura escrita ou tradicional
como tínhamos até os anos de 1990 vem “pari passu” se constituindo em
guetos restritos de pessoas. É obvio que o valor dos autores clássicos da
literatura continua, sendo lidos e procurados mas agora com os recursos do
livro eletrônico, dos e-books, dos tabletes e notebooks. São formas de cultura
dos novos tempos, da era digital.
Um outro vasto campo onde tem sido
empregadas as TI tem se tornado nas esferas dos inquéritos policiais e nas
provas desses crimes na justiça, inclusive nos chamados crimes do colarinho
branco. Quantos crimes têm sido desvendados e punidos graças apenas às imagens
obtidas das ações dos autores. Por isso tudo, podemos aclamar: santas e
benditas tecnologias digitais, ou TI. Fevereiro/2017