COTAS MINORIAS
SOU CONTRA AS COTAS RACIAIS E EXPLICO
joão Joaquim
Estamos vivendo a era da voz das
minorias. É tal classe disso, daquilo, que não acaba mais. Daqui a pouco vamos
ter a gritaria dos sem minoria. O movimento dos sem minoria. Em tempos um pouco
mais remotos, ali no início da redemocratização do Brasil (1985) não se tinha
as reivindicações de minorias. Fico imaginando uma manifestação dos LGBT no
período do regime militar. Mesmo que não houvesse repressão por órgãos do
governo. Porque a sociedade da época era muito mais carrancuda, conservadora e
tradicionalista.
No fundo isto é uma verdade. Mesmo
que no íntimo a maioria das pessoas goste de mais liberdade e democracia, essa
mesma maioria é influenciada pelo sistema de governo. É o que no popular se
chama lavagem cerebral, ou efeito manada.
Mas, enfim, eis que estamos nos
primórdios do século XXI e temos nos quatro cantos e centro do país o grito, o
alarido e as reivindicações das minorias. Quando promulgou-se a lei das cotas
raciais( 2012), me posicionei contra. E eu explico. De forma simples e objetiva
eu penso que negros, índios, mestiços e mulatos ser contemplados com cotas de
ingresso nas universidades se torna uma forma de discriminação, de preconceito.
É o próprio Estado chancelando esta
forma de discriminação. E os contemplados com tais privilégios vão dizer que
não, que tal concessão do estado não é uma forma de preconceito. E que
interessante! Esses mesmos beneficiários, estudantes cotistas ao negar essa
discriminação do governo estão, eles próprios, afirmando tal forma oficial de
preconceito. Não soa estranho. Muitas vezes a negação é a afirmação da coisa
negada.
A minoria de maior alarido tem sido a
dos negros. Pode-se dizer que eles são a maior das minorias. Curioso é que uma
vez institucionalizada a lei das cotas muitos que não eram negros típicos se
autodeclararam de etnia negra.
E atenção! Temos que tomar cuidado
com as palavras, os termos. Raça por exemplo. Está em vias de extinção. Porque
ela lembra racial e racismo; o mais correto é o termo etnia. Já há quem defenda
que deve-se acabar com etnia tal, etnia qual etc; e unificar, etnia humana e
pronto. Somos uma etnia única, a humana.
Houve até alguns casos de
autodeclaração de pertencimento a etnia negra muito curiosos. O aluno sempre
tido e havido de familiares todos brancos. Na momento de concorrência pelo critério de cotas se
declarou de origem negra. Vai lá saber! Só fazendo estudo genealógico ou de
genoma. Isto demonstra o quanto de viés pode existir no concernente ao
sentimento de discriminação étnica. Se o resultado é em benefício do sujeito
ele troca até de cor de pele e de etnia.
E assim seguem as vozes dos
minoritários. Uma minoria que anda provocando muito barulho e alvoroço tem sido
a das lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). E são minorias só de
nome porque muitos saíram do armário, do anonimato e foram para as ruas. Em
passeatas são numerosos e se tornaram maioria.
As passeatas, de milhares de pessoas,
encerram um grandíssimo espetáculo. Os adereços tem todas as cores e lembram o
arco-íris. Todos ficam em polvorosa, assanhados e irisados. O certo é que os
homoafetivos e transgêneros conseguiram muitos direitos e prerrogativas. Há
quem opine que eles querem implantar a ditadura dos gays. Aí também é
extrapolação de reivindicação e querer muitos privilégios. O que é um absurdo
porque numa democracia todos são iguais e sem privilégios.
Agora se tem uma minoria neste país
que sempre foi discriminada, oprimida e perseguida é a dos povos indígenas. Na
verdade grande parte dos índios do Brasil foi extinta. Algumas etnias
desapareceram e outras em vias de sê-lo. Numa consideração rasa, os indígenas é
que são os verdadeiros donos nativos do país. Eles paulatinamente vêm sendo
massacrados desde a chegada dos portugueses com a chefia de Pedro Álvares
Cabral em 1500. Foram crimes e mais crimes de lesa-humanidade cometido pelos
colonizadores.
As tribos indígenas, sim, constituem
uma minoria a quem o povo brasileiro e a nação devem muito por tanta perda e
infortúnio que padeceram.
Enfim e como epílogo pode-se cravar
que o século XXI, além de nomeado o século digital e da internet e redes
sociais pode também ser intitulado a era do domínio e voz das minorias.
O que não parece decente e aceitável
é a imposição dessas minorias de seus direitos, poder, haveres e privilégios. O
que a constituição cidadã de Ulisses Guimarães( promulgada em 1988) previu e
consignou é que todos somos iguais perante a lei.
Assim ninguém é melhor e mais igual
do que os outros. Todos devem ser agraciados com os mesmos direitos, mais de
igual forma ter ciência e senso de iguais deveres; em suma, isto, sim, é democracia, isto é justiça. E cá entre nós
se todos somos igualmente capazes, de mesmo QI, e de igual aptidão e
inteligência, porque entrar nas Universidades e empregos públicos sem
concorrência de igual para igual ! Por
isso eu concluo, entrar em univerdades e empregos públicos com um nota de corte
menor é ter as benções do Estado e um atestado de inferioridade e discriminação
com os outros alunos e com os próprios cotistas. Não pode , Não pode. Setembro/2017