sexta-feira, 31 de agosto de 2018

REAÇÕES QUÍMICAS E HUMANAS


RELAÇÕES  HUMANAS  SÃO COMO ÁTOMOS DE  NITROGLICERINA


 João Joaquim 


Podemos comparar as relações humanas com as reações químicas. Do encontro de duas substâncias podem-se obter os mais variados compostos, ou relações ou reações físico-químicas. Um exemplo vital para qualquer animal, a relação de hidrogênio (H) com o oxigênio (O). Quer exemplo da melhor, da mais benfazeja,  da mais feliz relação (reação) química do que esta ?  Do encontro de dois gases, tem-se o mais precioso dos compostos químicos. A água (H2O), imprescindível a toda e qualquer forma de vida no universo, seja aqui e supostamente em outros planetas siderais( permitam-me o pleonasmo).
Em raciocínio oposto basta imaginar quando duas substâncias incompatíveis se encontram , se misturam. Podem-se ter os resultados, os mais nocivos, perigosos e lesivos, como o são os venenos e explosivos. Nesse exemplo ,um modelo simples é o da nitroglicerina (C3H5N3O9) ou seja, isoladamente o carbono, o hidrogênio, o nitrogênio e o oxigênio são inócuos ou essenciais a vida, mas quando juntos se tornam destruidores com potencial explosivo. Daí surgiu até o adjetivo, o sujeito se muito colérico ou irascível é tachado de nitroglicerina pura.
Ora, o mote comparativo aqui presente faz muito sentido. Se na química temos ilimitados exemplos de incompatibilidade dos elementos, basta fazer o mesmo paralelismo com nós humanos. Somos constituídos, aliás, de elementos e compostos químicos. Carbono, nitrogênio, oxigênio, cálcio, hidrogênio,  água ,etc.
E para complicar as relações humanos somos constituídos de sistema nervoso, de inteligência, de emoções, de sentimentos os mais diversos, de racionalidade e pensamentos. Pensamentos concretos e abstratos.
Tomando em consideração os exemplos da química os mesmos princípios podem ser aplicados na convivência humana, nas relações sociais, de amizades, afetivas, de namoros e conjugais. Até nas relações profissionais, corporativas, trabalhistas e empresariais. Nestes últimos modelos, quantas não são as relações societárias, comerciais e mercadológicas que acabam desfeitas, com desavenças, litígios, processos judiciais, inimizades e até homicídios. Se analisadas com as necessárias diligências, tudo se deu por escolhas infelizes dos elementos humanos, as pessoas constitutivas dessas relações (reações) de negócios.
Na seara das relações sociais, tomem-se os exemplos mais comezinhos, os namoros. Cada pessoa ao deparar com outra e surgir, nesse encontro, alguma atração, não importa a faixa etária, deveria levar em conta todos os qualificativos do interessado(a). Se há tantos pontos e predicados incompatíveis, o afastamento lento e civilizado é o melhor conselho. Não queira transformar essa relação em uma reação química explosiva, às vezes, até de fissão nuclear, como uma bomba de hidrogênio, ou quando menos de nitroglicerina.
Muitas têm sido as relações humanas de pura infelicidade, de sofrimento psíquico, de insegurança e mesmo crimes (feminicídios). Todas por absoluta falta dos critérios na hora de escolha do parceiro.
No campo das relações de amizade e relações parentais eu miro nos relatos de um dos poucos, pouquíssimos amigos que cultivo. Trata-se de sujeito de moral irrepreensível e alta qualificação profissional e acadêmica: conta-me ele que cultiva alguns inimigos e antipáticos, e escassos amigos.
Ou seja, subsiste nos inevitáveis contatos uma aura muito forte de antipatia e inimizade.
De certa feita, revelou-me esse amigo de poucos amigos, houve um diálogo mais áspero (bate-boca) com um desses inimigos. E ele então pode passar a limpo, algumas dessas incongruências com o seu opositor. E ele foi enumerando alguns desses pontos incomuns. Em tradução livre e pessoal foi esse o diálogo, que no caso virou um monólogo.
- Nenhuma frustação ou decepção resta-me de sua inimizade. Eu sou um indivíduo produtivo e trabalhador. Dividas não tenho sequer com cartão de débito ou crédito.
-Todo o meu patrimônio, continua o interlocutor ao inimigo,  seja ele moral ou material eu os ganhei com o labor de minha mente e bagagem  profissional. Nunca em nossas relações, nada lhe pedi e nada devo, portanto, mantenho minha consciência, minha alma e minha ficha limpas ;  passar bem é o mínimo que lhe desejo.
Nesses termos e em conclusão, o que muitas vezes conquistamos são também invejosos. E com esses devemos ter muita cautela. Maledicências e malquerências pululam pelo mundo físico e  pelas redes antissociais. Agosto/2018. 

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