sábado, 29 de setembro de 2018

OS MURAIS DE FELICIDADE

UM CENÁRIO SEM CRISES E DE  PURA FELICIDADE
João Joaquim  

Fala-se de momento que a sociedade brasileira está mergulhada na maior crise de sua história. E é fato. Há uma, não , há várias crises. E todas atingem as pessoas em seus sentimentos, em sua autoestima, no seu significado de brasilidade, de amor à pátria, de esperança. Santa esperança! Oh, pandora ,mantenha incólume  o seu baú.
Guarde em sua caixa essa nossa sobrevivente. Mas, nem todas as pessoas estão perdidas em sua felicidade. E aqui estão as provas. Há um mundo e um mar em nosso mundo onde exubera, transborda, alegria, autoestima e felicidade. O mundo das redes sociais. 
Quando a nação ianque inventou e criou a rede mundial de computadores, a world wide web, rede de alcance mundial (www), os tecnólogos e cientistas tiveram uma ideia. Qual foi? Uma intercomunicação de computadores para transmissão de dados, textos, mensagens, informações digitadas.
A princípio, foi imaginada ser tal rede apenas para uso institucional. NASA, forças armadas, órgãos de governo. A coisa, quer dizer, a invenção se tornou tão fantástica que os seus criadores foram generosos com as pessoas comuns. E a internet, em seus objetivos iniciais foi propiciada e tornada pública e   popular. Todos, ou quase todas as pessoas, hoje, têm a internet. Já temos agora a Internet das coisas. Santa tecnologia. Suas funções e aplicações foram amplificadas.
Com a popularização e privatização da internet, surgiram os empresários do ramo. Os provedores. Como exemplos a microsof, o google, o facebook. De começo, o que se tinha? Troca de e-mails e fonte de pesquisa e informações. Eis que então os tecnólogos e negociantes do ramo tiveram uma sacada (insight). Pensaram eles: está pouco atrativo o que a web está oferecendo( princípio das teses de Schopenhauer). A Dor e o Tédio São os Dois Maiores Inimigos da Felicidade, palavras do filósofo  . Portanto se na aquisição de uma coisa, surge o tédio, vamos incrementar, modernizar essa coisa. Assim foi com a grande rede.
Vamos ampliar as utilidades de nossa rede. Foi daí então que no começo criaram os chats, sms, torpedos;  depois vieram as hoje tão populares redes sociais. Facebook, twitter, watsapp.
Foi o mesmo caminho que deu origem aos, hoje, smartphones. A origem foi apenas a telefonia móvel. O telefone celular, originalmente, foi criado com o objetivo único de ligações entre pessoas (telefonemas), de onde elas estivessem , sem fio; seria a telefonia wifi. Depois vieram os torpedos, as então mensagens (sms) e agora o que se faz de menos, quase nada,  é empregar o celular para ligações telefônicas. Os smartphones se tornaram microcomputadores de mão e bolso. Muito mais de mão que de bolso. Ninguém desgruda mais de seus objetos de mídias. O que vigora de ora avante são , não os PC, os personal computers, mas os HC, Hand Computers. Isto até que surja outra frente de comunicação social.
Com a massificação das redes sociais surgiram duas modalidades de comunicação entre as pessoas. Neste sentido duas redes ganharam grande uso e ampla visibilidade: o youTube e o whatsApp. A maioria das pessoas, não mais escreve. Não é que elas se tornaram ágrafas. Trata-se de duas novas e econômicas formas de mensagens, imagens e áudios. O grande risco nesse processo é de fato para nossos infantis e juvenis internautas. Por uma questão de atalho ninguém mais quer escrever ou digitar. São áudios e vídeos. Com a internet e as ubíquas redes sociais temos então a geração Z do audiovisual. A geração do nenhum esforço.
Outra geração surgida com as redes sociais é a geração da felicidade eterna. A marca primeira dessa felicidade está estampada nas fotos com que as pessoas exibem em seu perfil. São sempre as mais perfeitas e clicadas nos momentos mais festivos e de maior alegria e prazer. Com uma outra característica: a maioria das fotos, vídeos,  não são as atuais, mas, da pessoa no esplendor da juventude e beleza. Muitas com um incremento decorativo do photoshop. De quando em vez  há um susto, porque vê-se a pessoa bela, pele lisa, bem maquiada, pintada, atraente,  lá nas páginas virtuais, quando há um encontro físico, presencial, aquele susto. Surge aquela dúvida. Uai! É você mesma daquelas fotos ? Pensei que fosse a avó ou mãe .
Só alegria, beleza e felicidade nas redes sociais. Tudo da pessoa é exibido à exaustão. As melhores comidas, as melhores viagens, as melhores roupas, as libações mais prazerosas, os abraços, beijos, afagos. Às  vezes até em roupas sumárias ou suntuosas. Muitos risos e gargalhadas. Rsrsrs, kkkk. Enfim, às favas as crises do Brasil e de quem está fora das redes.

Redes sociais, um mundo sem crises. Onde todas têm sua visibilidade, alegria e felicidade em profusão, mesmo que depois venha algum tipo de depressão.   Setembro/2018.  

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