terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

PODE PIORAR

O QUE ESTÁ RUIM  PODE PIORAR


 João Joaquim

 Quando a gente assiste aos fatos e façanhas políticas, sociais e policiais nestes tempos, temos uma comichão e ânsia de perguntar: será que tem chance de piorar? O desalentador e melancólico  é que pode. É a conhecida lei de Murphy. Se  uma coisa ou realidade tem chance de dar errado ou piorar, cuidado! Porque ela pode dar errado da pior forma possível. Basta lembrar da unha encravada ou calo no dedão. Entre tantos pés alguém sempre pisa no seu.
E por falar em unha encravada quantos encravamentos e travamentos temos hoje pelo Brasil a fora . Eu    não sou de muito pessimismo, mas, do jeito que andam os acontecimentos de norte a sul e leste a oeste não dá para não se vexar, temer e ficar de pelos eriçados pelo futuro de nosso país, tamanhos têm sido os descalabros, ingerências administrativas, ausência de vergonha, roubalheiras e tantos outros malfeitos em todos os segmentos da governança e do parlamento do Brasil.
Uma esperança geral é o novo governo, esperança renovada, Mas, a cada investida da Polícia Federal, Operação Lava—Jato, a cada enxadada, enfim, se acham ninhos e ninhos de minhoca, quer dizer, dinheirama de corrupção. Na última investida, Corrupção no DERSA SP, acharam—se 100 milhões de reais, o dinheiro estava até embolorado.

Para se ter uma ideia do pandemônio e balbúrdia que tomaram conta da nação vamos nos retroceder em nossa história recente e fazer alguns paralelos com fatos de outros momentos tormentosos e que motivaram um golpe de Estado.

 Eu era criança, lembro vagamente;  mas, sempre me interessei e gosto de História do Brasil. Estávamos na década de 1960, mais precisamente foi em  1963, início de 1964. Era presidente João Goulart (Jango). É sabido que ele e seu antecessor, Jânio Quadros ,tinham simpatia pelos regimes socialistas e comunistas. Mais seletivamente admiradores de Mao Tsé Tung (China), Fidel Castro e Ché Guevara.
Jânio Quadros chegou a condecorar Guevara como personalidade do ano. Seria como hoje se o presidente Bolsonaro concedesse alguma honraria a Kim Jong Un da Coréia do Norte( samba do crioulo doido, um de direita com simpatia por algum de esquerda).

Havia na época de Jango uma ameaça ostensiva de se implantar uma ditadura proletária ou comunista à La Cuba de Fidel Castro. Havia uma sublevação  generalizada de parte de operários e comunistas. O presidente João Goulart, à época, de espírito pusilânime começou a se irmanar com alguns movimentos sindicais, inclusive com militares de menor expressão. Diante de tanta anarquia e incerteza do governo, não podia esperar alternativa salvadora que não  a intervenção militar. Foi estabelecida então a ditadura civil-militar que vigorou entre 1964-1985.
A meu ver não havia outra opção para salvar o que seria a cubanização do Brasil. A diferença seria só o tamanho, mas o risco seria o mesmo. Já imaginou se tivéssemos entrado nessa roubada e ter um Leonel Brizola, um José Genoíno e José Dirceu se alternando como ditadores! Os militares, gostem ou não os petistas, nos salvaram desse humilhante destino.
Retomo então ao “status quo” de hoje. Será que a baderna de hoje é menor do que nos idos pré-revolução de 64? A mim me parece que não (aliás coitada da Maria Baderna, por que o nome dela metida em todo tipo  confusão?
 Vamos aqui analisar os descaminhos a que tomaram vários setores essenciais de nosso país. A saúde pública continua de mal a pior , olha os postulados da lei de Muphy de plantão aí .E as escolas e educação brasileira? Vão muito mal e lamento. Basta ler os nossos índices Ideb, prova Brasil, Enem, Pisa e IDH. E a legião de analfabetos, desempregados e miseráveis? Continua estável. Basta consultar os boletins de ocorrências( índices e noticiários)  .  
E nosso PIB de homicídios e crimes de trânsito? De estável para pior. Não computando os feridos, sequelados e inválidos permanentes.
E a segurança pública, nos quesitos do direito do cidadão de ir e vir? Continua insegura e ameaçadora para todos os cidadãos honestos que, aliás,  não podem portar armas de fogo. Os bandidos podem, e   melhores do que as da polícia.  
 E nossa economia? Parou no tempo e no espaço igualzinha ao PAC;  empacou igual jegue teimoso. Nem volta, nem vai pra frente.

O que está também trazendo algum alento é a Reforma da Previdência Social. Terá que passar pelo  crivo do Congresso Nacional. Vamos torcer

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