sábado, 30 de março de 2019

Nossos choros

                          CHOREMOS EM UNÍSSONO  PELA EDUCAÇÃO
João Joaquim  

Pegue uma criança e dela faça o que quiser. Toda criança, ressalvados os casos patológicos, nasce com o mesmo potencial de se transformar em um adulto bom, correto e produtivo, enfim, numa pessoa bem resolvida em todas as esferas da vida. 
O mundo sofreu mudanças gigantescas, as ciências, as tecnologias, a sociedade sofreram profundas transformações nas últimas décadas. As organizações de Estado tiveram que mudar. Novos tempos, nova mentalidade, instituições e constituição novas. Muitas ditaduras ruíram porque se tornaram insustentáveis ante o clamor e protestos sociais. Que bem o atestam os antigos regimes socialistas e comunistas da união Soviética e China, de muitas tiranias comunistas de países do Leste Europeu, de regimes nazifascitas da Alemanha (de Hitler) e Itália (de Mussolini). Esses e assemelhados regimes de exceção  nunca mais. 
As presentes frases, verídicas na sua inteireza, como matéria de abertura foram apenas para dar vazão a outra conjectura.
Afinal de contas, e a educação de nossas crianças e jovens, de nossos filhos e filhas desse Brasil; o que fizeram da educação? Mais especificamente, da educação oferecida pelos pais (de berço) e oferecida pelas escolas brasileiras?
Ao problema em si.  Tornemos aos tempos subdesenvolvidos; os pais então ensinavam mais aos filhos, os filhos aprendiam mais. Os filhos pensavam mais, muitos sabiam até português e matemática, os jovens falavam mais uns com os outros, presencialmente. Muitos até redigiam e trocavam cartas. Ainda estavam em voga o raciocínio lógico e a abstração. Falava-se muito em criatividade.
Com a mudança de muitos regimes e sistemas de governo, a juventude foi para as ruas. Era a reivindicação por mudanças. E elas foram chegando; aqueles jovens protestantes atingiram a maturidade e se tornaram pais.
O Brasil no contexto das mudanças. Instaura-se a democracia, abertura plena. “Egalité, fratermité, liberté”. Grupos ativistas por justiça social e direitos humanos. Constituição de 1988, a constituição cidadã, promulgada por Ulisses Guimarães.
Continuam em Ascenção os grupos de direitos humanos. Legislação ou leis infraconstitucionais foram promulgadas. Estatuto do idoso, estatuto da criança e adolescente. Passeatas, protestos, cobrança das minorias por “mais” direitos. Como exemplo:  direito a cotas raciais para ingresso nas universidades. Os afrodescendentes, os índios adquiriram esse passaporte.
Movimento dos sem terra (MST), dos sem-isso, sem aquilo. Continuam em ação os grupos de direitos humanos. Direito a isso, direito aquilo. Tudo direito.
Não se tem notícias de algum grupo dos deveres humanos. Só direito a tudo que se tem direito. Ops! As escusas pela esquecida educação. Frente a tantas mudanças e transformações sociais e de estado parece que um setor andou para trás, tresandou e piorou. As políticas das famílias e de Estado. Educação. Esqueceram-na, abandonaram-na. Aonde vai parar a educação de nossas crianças, de nossos filhos e filhas?
Com a descoberta das últimas maravilhas do progresso, das ciências e da tecnologia parece que a educação antes praticada pelas famílias foi parar no lixo. O surgimento da internet e suas redes sociais, do telefone celular e smartphone era o que faltava para as nênias e exéquias da educação.
Choremos todos, num uníssono pelo descalabro da Educação. Aliás, até ir para a escola, se tornou um risco, pela invasão das drogas e do terrorismo. Melhor mesmo ficar em casa, pelo menos os riscos são menores, porque até onde se sabe os pedófilos e abusadores costumam não matar suas vítimas, apenas as seviciam e molestam com sequelas permanentes.  Março/2019.    

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