sábado, 30 de março de 2019

Pressão e Diabetes

CLÍNICA.CARDIO.EXAMES joao joaquim consultoriojoaojoaquim@gmail.com (enviado por joaomedicina.ufg@gmail.com)

ter, 19 de mar 16:00 (há 11 dias)

para Opinião

COMO NÃO MORRER  DE PRESSÃO OU DO DIABETES
João Joaquim  

 Quero neste texto discorrer e alertar para duas doenças muito frequentes, que são negligenciadas pelas pessoas e que mais matam no mundo. Estou a falar da hipertensão arterial e do diabetes. Basta lembrar que 30% das pessoas em geral são hipertensas e 10% tem também o diabetes, ao mesmo tempo. A coexistência dessas doenças traz um alto grau de morbidade e mortalidade. A somatória dos danos na saúde se torna devastadora quando o portador desses dois diagnósticos se torna displicente e descuidado nas recomendações terapêuticas oferecidas pela medicina.
Tanto a hipertensão como o diabetes têm efeitos deletérios nos mesmos órgãos vitais. Ou os chamados órgãos alvos: coração, sistema circulatório, rins e retina. Elas são as principais causas de infarto do miocárdio, de derrames cerebrais, de insuficiência renal irreversível  e cegueira (retinopatia hipertensiva e/ou diabética).
Em face portanto dessas características quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento menos riscos corre o paciente. Uma marca comum de ambas essas doenças é que elas podem ser silenciosas na maioria de seus portadores. Uma pessoa saudável deve aferir a pressão pelo menos uma vez por ano, o mesmo se recomenda com a prevenção do diabetes, com uma dosagem da glicose sanguínea uma vez ao ano. Para os hipertensos ou diabéticos essa monitorização se torna mais rigorosa que será ditada pelo médico que orienta e assiste o paciente.
Em medicina ou saúde em geral temos a classificação dos chamados fatores de risco (FR) para as doenças. Por definição FR é aquela condição, característica ou comportamento que aumenta a chance ou probabilidade de um indivíduo desenvolver alguma doença ligada àquele fator.
Para ilustração vamos a alguns exemplos. O tabagismo é um fator de risco enormíssimo para câncer de pulmão; o álcool para o alcoólatra é um grande FR para a aquisição de cirrose hepática. Tanto o câncer de pulmão quanto o alcoolismo se equivalem em termos de prognóstico e expectativa de vida.

Existem alguns FRs que são genéticos, têm influência familiar, por isso hereditários. Dois exemplos como modelos. O câncer de mama na mulher. Muitas pacientes têm um gene de alto  risco para câncer. Outro exemplo: a presença de pólipos no intestino grosso (polipose familiar). Trata-se de uma anomalia intestinal que uma vez diagnosticada tem que ser extirpada porque se transforma em câncer.
Em se tratando estritamente dos FRs para doenças cardiovasculares. Eles são muitos e vamos tratar dos principais. O primeiro grande fator para morte cardiovascular é genético e ele não deve ser negligenciado. A própria hipertensão arterial é uma doença poligênica em cerca de 80% das pessoas, ou seja tem uma causa hereditária, com múltiplos genes envolvidos. 
Para sistematizar, os principais FRs para as cardiopatias e acidente vascular cerebral (AVC) são a hipertensão, o diabetes, o tabagismo, o uso de drogas ilícitas, o colesterol alto, o sedentarismo e a obesidade.
A cardiologia tem uma tabela de análise dos FRs para cada perfil de pessoa, baseada na idade e naqueles atributos presentes no paciente. Em termos práticos e objetivos, quanto mais FRs tiver o indivíduo, mais grave é a sua situação em probabilidade de ter uma doença cardiovascular. 
Existe um somatório de pontos e interação negativa pela concomitância dessas condições mórbidas. A coexistência desses fatores tem sido muito presente em nossa sociedade, com um alto percentual de indivíduos sedentários, tabagistas, obesos, com hipertensão sem medicação e alterações metabólicas a exemplo de glicose e colesterol elevados. São condições mórbidas silenciosas.
Em conclusão, deixo reiterado o alerta inicial, da coexistência muito encontradiça da hipertensão e diabetes. São os FRs mais nocivos no sentido de comprometer órgãos vitais como coração, rins, retina e cérebro.
A notícia boa é que ambas as doenças, e ao mesmo tempo como grandes fatores de risco , têm pleno controle e prevenção. Basta a observância  das recomendações médicas para mudança no ritmo de vida e de da alimentação, mais o emprego  correto dos medicamentos específicos. Nesses termos é como se a pessoa estivesse curada desses doenças altamente mortais e causadoras de graves sequelas. Como alerta citem—se  as sequelas de um derrame cerebral ou da insuficiência renal e amputações por que passa um diabético que não seguiu corretamente as prescrições médicas.  Não quer morrer dessas doenças terrificantes ? Siga fielmente os conselhos e prescrição do médico. MARÇO/2019.     
João Joaquim  médico e cronista do Diário da Manhã .

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