domingo, 29 de dezembro de 2019

Desafetos e Pseudoamigos

Mais amo um desafeto longe....

João Joaquim  
Há estudiosos humanistas, sociólogos e mesmo pessoas comuns que afirmam ser a amizade um dos maiores bens que possamos ter. E de fato é essa a opinião deste modesto escriba, possuir um amigo fiel e verdadeiro é ter um tesouro. Aliás, a amizade é inclusive um sentimento invocado nas boas relações entre a nações. Na política, no esporte, nas relações comerciais, se busca o sentimento amizade no sentido de estreitar o diálogo e o entendimento. A ligação do Brasil com o Paraguai por exemplo é feita com diplomacia e com a ponte da amizade.
O esporte é outra atividade onde também as competições são azeitadas pela amizade. São os jogos amistosos que ocorrem no futebol, no voley, etc.
Existe até um princípio curioso na relação amistosa entre duas pessoas que afirma: se um amigo se torna inimigo é porque ele nunca foi amigo. Tanto que amigo fiel e verdadeiro são poucos. Eles podem ser contados nos dedos de uma só mão, ou nem de tantos dedos precisa.
Um dos segredos para a perpetuação da amizade é não convivência sob o mesmo teto. Tanto é real tal princípio que anda alto o índice de divórcios ou separações. Inicia-se uma amizade, se as pessoas optam pelo casamento grande risco da perda dos dois sentimentos: a amizade renunciada e o amor. Existem outros fatores capazes de arruinar uma amizade. Enumeremos alguns dos mais encontradiços: empréstimos de dinheiro. Talvez desse risco de inimizade é que surgiu o aforisma de que dinheiro não traz felicidade. Como corolário também não traz amizade. E assim também outros negócios que podem desandar para o credor pela inadimplência do “amigo” devedor.
Um último fator que pode também desandar uma amizade são as sociedades , anônimas ou limitadas. Há sempre a possibilidade de algum dos sócios usar de esperteza, querer tirar vantagem e quebra de confiança; com as desavenças tudo pode desandar em nocivas e perigosas inimizades.
No tocante à questão da raridade da amizade verdadeira tem aquela referência à amizade canina. É o princípio de ser melhor um cachorro amigo do que um amigo cachorro. Tanto que tem aquele teste que consiste em prender um amigo e um cachorro por 4 horas. Solte os dois e veja quem continua sendo amigo.
Ouvi de um sábio uma certa vez de como se prevenir de certos amigos e suas pérfidas intenções. Segundo esse conselheiro o perigo é sempre o amigo porque ele está sempre por perto e pode nos trair. Já com o inimigo, não , porque ele está sempre mais distante e não nos preocupa tanto.
De minha parte eu afianço possuir poucos amigos e alguns ex pseudoamigos. Com parentes e contraparentes sempre adotei um princípio de não emprestar dinheiro nem ter outras transações envolvendo dinheiro.
Nessas tratativas de não admitir negócios ou negar empréstimos de dinheiro , eu sempre me divirto e me deleito com aquelas pessoas que tornaram-me desafetas e inimigas. Assim, eu tenho a certeza de que elas não mais me representam risco de perfídias, de falsidades, trairagem. Neste sentido vivam a minha franqueza a minha coragem de dizer não em  alto e em bom som, e minhas negativas aos caloteiros. Eu sempre estimei e admirei um desafeto ou inimigo, principalmente aquele(a) que mora e vive bem distante de mim. Porque os “muitos amigos” que me rodeiam, podem sempre ser um amigo da onça e oportunista.

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