Celular por livros
FICA DECRETADA A TROCA DO
CELULAR POR LIVROS
Joao Joaquim
Eu fico a imaginar com os
meu botões sobre a relação das pessoas com o seu aparelho celular (o
smartphone); não importa a grife, porque o fim e a eficiência são as mesmas. O
termo vem do inglês, smart, inteligente, phone de telefone. Muito inteligentes
foram os inventores do aparelho e do sistema. Nunca nenhum invento “pegou e
colou” tanto. Chegamos a um estágio tão alto de consumo que hoje ninguém mais
vive sem e nem desgruda de seu objeto móvel. Em estatísticas de Brasil, o
número de celulares já supera em muito o de habitantes. São mais de 220 milhões
de unidades. Quando se pensa em quantidade de chips surgiu no mercado outro
gigantesco insight industrial e de consumo que é o dos chips (número do
telefone móvel).
Nos últimos 10 anos calcula-se que as operadoras de telefonia
móvel tenham vendido cerca de um bilhão de unidades. Tal conta é simples
porque dificilmente o usuário teve um único chip (número do chip celular) nos
últimos 10 anos. Multiplicado por R$ 10,00, o preço por chip, são 10
bilhões de faturamento em chips.
Em se
tratando da importância, das consequências e influência do celular na vida da
sociedade e das pessoas. É de aceitação unânime que o telefone
celular e seu uso como computador portátil representam importantes ferramentas
para as pessoas que trabalham, que produzem, para os profissionais autônomos em
geral. Vale enfatizar que o aparelho celular se tornou um computador de bolso,
uma máquina multifuncional. Dentre suas múltiplas utilidades destacam-se o uso
como telefone, das redes sociais, aplicativos diversos como os de acesso às
contas bancárias; pagamentos diversos e fonte de consultas pela internet.
Está aqui
a se falar então da utilidade de um smartphone para as pessoas portadoras
também de alguma utilidade, compostas por aqueles e aquelas que
trabalham, que têm um ocupação produtiva; não importa o ramo profissional ou
empresarial.
De outro
lado temos a maioria das pessoas, o grande rebanho de gente. Maioria esta
composta por pessoas que não trabalham. Nesse grupo estão aqueles indivíduos
que não trabalham por opção, os desempregados vítimas da crise econômica e
falta de oportunidades, os estudantes em geral, idosos aposentados, menores de
idade e crianças.
Pergunta-se,
inquire-se e interroga-se: Que finalidade traz um smartphone para esse
rebanhão de pessoas? praticamente nenhuma. Quando muito vai aumentar o seu
reportório e cultura em futilidades e nulidades. Ou seja, o smartphone na sua função de computador
de bolso, de bolsa e mãos, representa para uma imensidão de gente, um
instrumento de imbecilização. Não significa que um telefone seja inútil para
essa multidão de pessoas, como telefone propriamente dito. E vêm as explicações.
A finalidade menos usufruída no celular é o de
telefone. Basta observar as dezenas de pessoas à nossa volta; quantas
delas telefonam para outras pessoas ? Em conclusão: eu retomo a minha reflexão
da introdução. O quanto de menos custo e muitíssimo de mais benefícios se essa
massa dos inúteis e desocupados(as) trocasse os seus aparelhos de celular por
livros. O quanto de ganho em termos de cultura e formação técnica teriam esses
usuários de internet, redes sociais e outras excentricidades e futilidades que
um smartphone oferece.
E como
recomendação especial para a juventude. Quando se fala em leitura, não precisa
ser no tradicional livro físico em papel. Bem ao sabor da garotada há os
e-books, os livros nos tablets e notebook; ouçam por exemplo os
audiolivros. Os objetos de mídia podem ser usados, na condição de trazer
entretenimento saudável, cultura e conhecimentos científicos. Tal expediente,
sim, seria de enriquecer a formação do indivíduo e melhor qualificar sua
cidadania, beneficiando a grande massa de brasileiros, ociosa e desocupada, ou
ocupada com ninharias, baixarias e futilidades. Janeiro/2020.
João
Joaquim médico e cronista DM www.jjoaquim.blogspot.com