sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Filhos e mimos

OS FILHOS MIMADOS DE PAIS E MÃES MUITO MÃE.TERNAIS
João Joaquim  
Já disse em outro artigo do quanto admiro a natureza e como nós podemos aprender com ela no simples gesto da curiosidade e observação. Quero, novamente, trazer à baila o comportamento das mães com os seus filhos. Na verdade, sobre a relação pais e filhos. E esta observação deve começar do mundo dos animais irracionais. Enfim, a ideia aqui é traçar uma comparação entre a mãe (ou os pais) do gênero dos irracionais e a mãe (ou pais) do gênero humano.
A questão proposta refere-se aos sentimentos (comportamento) da chamada mãe superprotetora. A começar então pelas fêmeas do mundo animal, no seu período de maternidade e no seu desígnio de perpetuação da espécie. Este é, como o provam as ciências e os conhecimentos empíricos, o único sentido da procriação e maternidade na comunidade dos bichos irracionais. “Crescei e multiplicai”;  o 1º código do  instinto animal.
Como se dá o curso da maternidade, os cuidados com a sua cria, o desmame e o preparo para a independência dos filhos? Aliás, pode-se até retroceder no ato da fertilização, quando a fêmea vai engravidar , com exceção de alguns primatas (eg; macacos bonobos), a fêmea só aceita cruzar com o macho, se ela estiver em dia fértil. Se estiver no cio; e por efeito hormonal tem o chamado apetite sexual.
Daqui se conclui que não existe adolescentes grávidas nem risco de doença sexualmente transmissível. O risco, portanto, de gravidezes indesejadas, estupros e câncer ginecológico se trona quase inexistente. E esses animais continuam a ser intitulados de bichos irracionais. E nós racionais!!
Falando nos cuidados das fêmeas com suas crias. A proteção, o zelo, os mimos e dedicação das mães são extremos nos primeiros dias dos filhos. Em uma proporção de intensidade inversa à idade dos rebentos. E aqui está o grande ensinamento, a inimitável pedagogia do cuidado que nos dão nossos irracionais irmãos. E como se dá essa natureza, essa lição? A fêmea vai criando o seu filhote, a sua prole ou ninhada, e vai treinando os bichos para a vida, para a independência e autonomia individual. E sem moleza, sem diferenciação, sem muita proteção. De sorte que os filhos, atingida uma certa destreza e habilidade, recebem da mãe uma curta e incisiva mensagem, se virem, sobrevivam porque acabou aqui a minha missão. E assim serão seguidos fielmente os instintos e orientação dos pais, da natureza animal.
O resultado ou saldo dessa conduta e comportamento é que todos os descendentes repetirão ao menos, a mesma carreira, desempenho e sucesso dos pais. Nenhum bicho se torna ocioso, nenhum analfabeto, nenhum vagabundo, nenhum bicho folgado ou delinquente. Quanto diferença faz !
E no mundo das mães humanas, como se dá o processo de se engravidar, da maternidade e cuidado com os filhos? Há muito expediente abestalhado. Não se diz irracional para não ofender os outros animais. Muitas gravidezes não têm planejamento. Mulheres engravidam quando meninas, outras quando passou a fertilidade. Para tanto existem até o mercado e a medicina da chamada fertilização “in vivo e in vitro”. Gravidezes  artificiais.
E nos cuidados e desmame social dos filhos? Existem  mães que são tão (mãe)ternais que tratam filhos já adultos como eternas crianças. E esses marmanjos, embalados e mimados com desmedida proteção, se tornam em absoluta inaptidão. E incapazes  para tudo. Para a formação profissional, para o labor produtivo, para a autonomia social e financeira. São os eternos improdutivos, inaptos, vagabundos, folgados e desocupados. São os filhos e filhas de mães (pais) superprotetoras que padecem da síndrome do ninho cheio. Esses filhos costumam nem sair da casa dos pais.   SÃO pais e mães que  não estimulam e nem educam  os filhos a “crescerem”, a se tornarem adultos , autônomos e independentes. Isto é triste, tristíssimo nos tempos de hoje.  Fevereiro/2020.

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