sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Pais.filhos

                   PAIS MUITO PROTETORES GERAM FILHOS  INAPTOS PARA A VIDA 

João Joaquim  

Escrever em primeira pessoa dá nisso. E não tem como fugir a essa tendência porque mesmo em qualquer ficção o autor reflete o seu repertório, o seu conteúdo psíquico, o seu patrimônio empírico e científico. Gosto muito daquele senso comum de que devemos aprender com a natureza, seguir o seu curso, suas regras, leis e constantes. Nesse sentido inúmeros foram e são os cientistas que não inventaram nada, não criaram nada. Muitos deles tiveram a imensa curiosidade de desnudar, desvendar; ou como diz a cultura geral, eles foram os grandes descobridores das equações, das constantes e segredos com que a natureza administra e rege todas as coisas do universo. Eis aqui a minha opinião. 
Ainda dentro dessa concepção inicial basta ter em consideração os feitos e descobertas de um Copérnico, de um Galileu, de  um Einstein, de um Stephen Hawking(1947-2018). Foram renomados físicos e cientistas que pouco inventaram. Foram notáveis curiosos, incansáveis pesquisadores que descobriram (desvelaram) os grandes fenômenos que governam o universo.
Nada inventaram, como o fez um Graham Bell(1847-1922), ao inventar o telefone;  e um Santos Dumont(1873-1932), inventor do avião. Na perspectiva de observação da natureza e do que ela sempre nos ensinou aprecio muito o paralelo e imitação que podemos fazer do comportamento de muitas espécies de animais com a natureza humana ( como vivem os animais e como vivem os humanos).
É nesse contexto,  com um registro importante que se refere à constância do comportamento animal que discorro neste artigo. No mundo dos classificados irracionais, cada bicho já nasce com os instintos predefinidos. Eles nascem já guiados por um código genético instintivo. Em uma definição mais clara, um pássaro nasce com o instinto de voar, a cobra de serpentear, o felino com instinto de predar e o peixe para nadar. As abelhas e as formigas são operárias e monarquistas desde quando surgiram no planeta; ou seja, o comportamento delas é uma constante. Os humanos diferem dos outros animais porque como racionais e mais inteligentes pensam, criticam e têm a aptidão da mudança, da adaptação e criação(invenção).
Uma belíssima e convincente comparação que se pode estabelecer é da maternidade das fêmeas do mundo animal e da relação das mulheres com os seus filhos.
O que observamos com as mães ditas (classificadas) de irracionais? Começa-se pelo tipo de parto que são espontâneos, naturais, sem cesariana e sem anestesia. O trabalho e esforço para os filhotes já têm início no ato de nascimento.
Um vez vindo à luz, cada filho, de cada espécie já sabe o passo a passo, as instruções de como se virar, se guiar e se salvar. Os filhos necessitam dos cuidados maternos por um período bem predefinido. Findo o prazo da proteção materna (ou paterna), os pais passam uma mensagem curta e incisiva para as crias : se virem porque a minha missão já acabou. E assim se dá em cada espécie e gênero animal. Bastar contemplar e admirar o que faz a cadela com os seus cachorrinhos, os felinos com os seus gatinhos, a águia que treina e empurra o filhote para voar. 
E no reino dos humanos como se comportam as mulheres? Muitas sofrem da chamada síndrome do ninho cheio, para as quais e das quais os filhos são eternos dependentes e adictos. São mães cujos filhos não “crescem”, não adquirem maturidade individual e autonomia emocional. Em geral, esses indivíduos, filhos de mães e pais super protetores, estão propensos a uma adaptação social difícil, a instabilidade emocional e total dependência para as exigências mais triviais e  comuns da vida.
Toda essa fragilidade social e dependência de sobrevivência autônoma são originárias da falta de desmame social e perpetuação do excesso de proteção maternal. Cada vez mais temos visto uma geração de jovens que perpetuam a adolescência. São os adolescentes retardados de 30 anos, 40 anos, ainda sob a tutela  dos pais.  Só isso! Fev/2020.

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