terça-feira, 28 de abril de 2020

Movidos a psi e neurotrópicos

A TRAGÉDIA DO ÁLCOOL E DAS DROGAS LEGALIZADAS EM TEMPOS DA COVID19
Joao Joaquim
As drogas, indistintamente, merecem extensos estudos no que se refere aos efeitos no organismo humano. As chamadas substâncias psicoativas têm a idade do próprio homem. Neste sentido basta estudar a história do ópio, da beladona, do tabaco, da coca. E modernamente a cocaína, o crack, a maconha, a merla, a heroína etc.
A imprensa e as mídias em geral quando noticiam sobre drogas, estão a falar nas chamadas substâncias ilícitas. Como modelo os derivados da maconha (cannabis sativa) e cocaína. A palavra coca vem do quíchua, kuka. Trata-se de um arbusto que produz um pequeno fruto. Das folhas e casca se extraem alguns alcaloides psicotrópicos (ex cocaína) de intensos efeitos deletérios  no sistema nervoso central.
Sempre que a imprensa e meios de comunicação divulgam e discutem sobre drogas, todos esses veículos de informação referem-se às chamadas “drogas ilícitas”, porque a legislação proíbe  o uso e comércio. São aquelas cujo negócio e tráfego são fiscalizadas e policiadas. Que se registra, entretanto, que portar pequena quantidade como usuário ou consumidor não é mais crime. Foi-se esse tempo.  Assim o deliberou o nosso supremo tribunal federal (STF). Pode até alguém não entender, mas no Brasil é assim que funciona. É a força da prerrogativa do livre-arbítrio, referendado pela Justiça.
Vontade liberal esta que traz embutido um escárnio ético. Noutra definição, se traduz em que de momento, enquanto eu posso fazer tudo, estou liberado para tudo que me aprouver. No esquecimento de que o meu atual livre-arbítrio de agora pode no futuro gerar uma enorme fatura ou fratura moral e social . Posso assim, de minha liberdade do livre agir provocar e exigir de alguém ou do Estado(Ente público administrativo) um obrigado-dever de agora, incapaz  que me tornei, de prover a minha própria subsistência, logo ficar dependente de outro. Que livre-arbítrio foi esse de meu passado?
Trazendo tais princípios para a vida prática. Imagine uma pessoa boêmia, que vive em patuscadas, pelos bares, churrascos e goles da vida. Essa pessoa tem a sua vulnerabilidade, vai adoecer, cirrose hepática, derrame cerebral  com sequelas, fraturas, invalidez e dependência de cuidadores, familiares, fisioterapeutas, ajuda perene. Tudo o quê ? Consequência do antes meu livre-arbítrio.
Quando se dá uma audição ao tema drogas, cada um há de imaginar, o senso coletivo imagina as referidas drogas ilícitas. Nunca consideramos as chamadas substâncias lícitas. E destas destacamos em primeiríssimo lugar o álcool, nas suas mais variadas apresentações e forma de ingestão (ex:, pinga, whisky , cerveja, licores, aguardente, destilados). E num numerosíssimo segundo grupo os psicotrópicos.
Álcool e psicotrópicos são as drogas mais consumidas no mundo. Estas, em face do alto percentual de usuários, têm efeitos mais dramáticos e mórbidos do que os narcóticos ilícitos. Milhões de invalidezes, de violência, de mortes em consequência do álcool e psicotrópicos
Basta ter em conta quantas são as pessoas que se amparam nos ansiolíticos, nos antidepressivos, nos soníferos, nos calmantes, nos antipsicóticos, para alívio de suas questões existenciais.
Muito deste uso e abuso de psicotrópicos, de remédios para depressão, ansiedade, hiperatividade e transtornos de humor possui uma causa originária: o lobby e marketing da indústria farmacêutica. E por efeito cascata ou energia (efeito) manada, a sociedade, o mundo inteiro embarca nessa onda.
Por isso vem se afirmando e classificando nossa humanidade como uma legião e sociedade de  pessoas “drogaditas”. A maioria dos cidadãos nessa sociedade de drogaditos para funcionar “melhor” precisa de algum aditivo químico . Maconha, cocaína, álcool, ansiolíticos estão nas gôndolas do mercado vendedor para quem não der conta de viver sem drogas. Para tanto existe até o beneplácito das leis e dos médicos nessa apelativa consumação. Abril /2020

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