segunda-feira, 25 de maio de 2020

A construção do In-divíduo

AS FAMÍLIAS E O ENTORNO SOCIAL CONSTROEM JUNTAS O SUJEITO
João Joaquim
Na era atual, século XXI, tempos da informação e digitalização, torna-se difícil falar em domínio do conhecimento que não seja com base na  racionalização e nas ciências. Devem prevalecer hoje os princípios cartesianos que, entre outros postulados, recomendam a dúvida como a única certeza, antes da comprovação científica. Renê Descartes ou Renatus  Cartesus(1596-1650), daí o adjetivo cartesiano, se tornou o grande filósofo da dúvida. É dele o princípio: cogito, ergo sum= penso, logo existo. É o 1º postulado do cartesianismo.
De todo modo eu me alinho com outros pensadores menos racionalistas e menos matemáticos como o foram Jean Jacques Rousseau, John Locke , David Hume, filósofos do empirismo, da contemplação e observação da vida.
O escocês David Hume (1711-1776) compõe com John Locke (1632-1704) e George Berkeley (1685-1753) a famosa tríade do empirismo. Este sistema filosófico opõe-se ao racionalismo e cientificismo de Descartes porque fundamenta o conhecimento em fatos, em vivências e experiências. Na mesma linha dessa corrente de pensamentos temos também o sociólogo Jean-Jacques Rousseau, autor da teoria do bom selvagem: “todo homem nasce bom a sociedade é que o corrompe”. Estas preliminares foram com o propósito de dar mais consistência ao presente artigo;  o obtivo é trazer tais ensinamentos para a sociedade de hoje, na qual estamos inseridos.
Mais e mais tem sido objeto de debate o futuro de nossas crianças, adolescentes e jovens. Os mais céticos e realistas veem nesses jovens uma geração perdida. Se nem tudo está perdido, resta esperança; mas, há motivos de preocupação. Tudo parece estar centrado na questão educacional. O mundo evoluiu, houve avanços sociais, consolidaram-se os chamados direitos humanos. Em se tratando de Brasil, nunca vivemos tanta liberdade como agora. Liberdade de imprensa, de opinião, de costumes. Até na expressão e orientação (opção) sexual temos irrestrita liberdade. Para tanto pode-se amputar ou construir órgãos genitais. Cortam-se pênis fazem-se vaginas, mamas, glúteos, lábios, sobrancelhas etc. As pessoas podem mudar de sexo.
Vivendo mais uma página na temática do empirismo e no papel preponderante da educação, no destino e construção do indivíduo. O que se tira da vida prática e estatística? Imaginemos um sujeito que desde a infância é (des)educado para a ociosidade, para uma vida sem conhecer o significado do não e do sim. E assim, ele vai pulando as etapas da vida. Primeira, segunda infância, adolescência, juventude, maturidade. Esse indivíduo chegou à vida adulta. Do ponto de vista escolar e conhecimentos técnicos, ele se alfabetizou, cursando, torto ou direito, uma faculdade.
Mas, naquele aprendizado familiar das relações humanas com o trabalho, o labor produtivo, do ensino de entender a  provisão à própria subsistência e autonomia pessoal etc.. ele é analfabeto, inapto e incapaz. O que lhe valeram ter frequentado boas escolas, obtido boas notas, um diploma de curso superior? Nada versus nada. A observação e convivência dessas pessoas, nos mostram isso, nos prova essa tese que se torna concreta.
Cada pessoa, cada sujeito, o indivíduo, todos nós somos produto, resultado do meio social onde fomos criados, construídos, formados. Esse meio social é um todo constituído em primeiro lugar pela FAMÍLIA, pelo entorno de convivência, de entretenimento, de cultura, de lazer, de diversões, de valores da vida.  Por fim, pelas escolas e grande meio social, a comunidade de que compartilhamos, e o próprio país com seus costumes, sua cultura, suas leis e valores morais e de civilidade.

Nenhum comentário:

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...