sexta-feira, 31 de julho de 2020

(Des)governos

INGERÊNCIA E MANDONISMO DE GOVERNANTES
João Joaquim

“Me engana que eu gosto”. Trata-se de uma sarcástica e fina ironia. Porque ninguém em sã consciência gosta de ser enganado. Em nenhum cenário ou atividade de relações humanas gostamos de perfídia ou falsidade. Todavia, este adágio popular se aplica a e se encaixa ou ocorre perfeitamente à Política Brasileira. Neste sentido eu faço uma provocação a cada leitor e eleitor com mais lucidez, aqueles que acompanham o que os eleitos fazem, quando se compara com seus projetos, promessas, plataformas de trabalho, de governo, quando o candidato for eleito, se eleito. Não importa se presidente da República, governador de Estado e outros cargos políticos. 
Vamos aqui a um esboço da realidade brasileira. O bom e útil em qualquer questão tratada é quando se pode mostrar exemplos das cenas propostas, das questões aqui levantadas. E nesse sentido a seara ou plantio nacional está repleto de exemplos bem concretos. Daqueles homens públicos  e mulheres públicas (no sentido político e não impudico). Muitas são as pessoas que candidatam a cargos na administração de governos, prometem atuações que beiram a feitos heroicos. Uma vez eleitos, fazem exatamente o contrário. Ou seja, se enquadrando no adágio popular, do me engana que eu gosto.
Imaginemos aqui um candidato, em geral do sexo masculino. Trata-se de outra particularidade bem brasileira. Discriminação contra as mulheres? Talvez não! Uma mera preponderância do sujeito alfa, ao membro dominante em qualquer  grupo ou horda de  bichos, humanos ou animais.
E aqui abre-se até um colchete, tendo-se em conta o Instituto dos Direitos Humanos. Apregoa-se muito sobre a isonomia de gêneros. É permitir que a mulher exerça as mesmas funções do homem. E como tal tenha a mesma percepção salarial, de emolumentos e gratificações.
Todavia, pensemos, reflitamos de forma neutra, com absoluta isenção no que diz respeito ao reconhecimento de isonomia de cargos, funções e desempenho da mulher, comparada ao homem. Não que Ela tenha cognição, aptidão  e inteligência diferente ou inferior ao homem. Não se trata disso. O que fica patente e temente é imaginar uma mulher general, almirante, marechal no comando e na frente de uma guerra.
E assim, em outras funções menos relevantes e não menos importantes. Exemplos: mulher pedreira, torneira mecânica, mecânica de grandes máquinas, estivadora, etc. Soa meio incongruente, não estético, não tem o mesmo ornamento, não decora, não orna bem. A própria natureza faz essa distinção, através da anatomia, da fisiologia geral, do tamanho dos órgãos quando comparada ao sexo masculino.
Retomo então a questão fundamental. Temos então no período das chamadas prévias eleitorais, escolhido o candidato ao cargo eletivo. Vêm as propagandas eleitorais e eleitoreiras. Referido sujeito pode já ser um expert em atividade da vida pública ou um novato, um outsider na política.
Eis que então ele se acerca de uma récua de assessores, apoiadores e seguidores . E esse termo se aplica  em função da Internet e Redes Sociais. Com isso o cardápio   ou plataforma do candidato será turbinada.
É sabido  que as redes sociais têm milhões de visualizações e usuários. Pronto ! o sucesso da eleição desse sujeito está garantido. Principalmente se esse participante é um cara que contrarie os feitos e fatos dos governantes passados e aposentados na Política. É mais triunfante ainda se for um candidato radical, com expressões épicas, heroicas, comuns de outsider ao cargo pretendido, porque ele representa o novo, a solução final, a realização que os outros não foram.
Em sinopse: Esse pseudo-salvador da situação se elege ,é diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral, recebe um atributo que o diferencia de todos os outros brasileiros, a imunidade política. Ele pode quase tudo, e se bem combinado com chefes de outros poderes pode tudo e reforça seu escudo político.
Empossado no cargo, na cadeira de mandatário, então vai seguir os instintos felinos, mostrar as suas garras, a sua natureza, o seu caráter. Além da absoluta inépcia e inaptidão para o tão nobre cargo, esse graduado servidor público, legitimamente eleito pelo povo, tem outras dívidas a cumprir, feitas de quando era candidato. Basta lembrar das campanhas eleitorais, das promessas mirabolantes à la Odorico Paraguaçu , prefeito de Sucupira.
Lembremos todos que houve campanhas, propaganda política;  e esse candidato , agora eleito, prometeu mundos e fundos a josés , joões e raimundos. Ele foi apoiado pelos seus seguidores, companheiros e apoiadores. Muitos desses nada probos, nada honestos e corretos na vida privada , que agora quer embrulhar o público com o privado.
Conclusão: ingerência na administração pública, omissão, cumplicidade e conivência com os assessores e apaniguados, antes de eleito. Entre esses asseclas e apoiadores, filhos, parentes, contra-parentes, aderentes. Resultado final: desmando, mandonismo, ingerência de toda ordem, desvio de função de gerir a coisa pública, a República. E a  plebe que elegeu esse outsider na Política, continua mais plebe do que nunca, em meio a pestes, mazelas de toda ordem e epidemias de toda natureza. Arre! Que triste!

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