quinta-feira, 29 de abril de 2021

Lavanderia

 

CIÊNCIA E LAVAGEM CEREBRAL

João Joaquim  

 

 Platão foi o filosofo do mundo das ideias, para quem a pessoa já nascia com algumas informações sensoriais inscritas em sua mente, no seu intelecto. Muitos céticos diriam: será? Ao contrário , temos a tese dos chamados pensadores empiristas como David Hume e John Locke. Para estes o indivíduo ao nascimento possui o cérebro como esta folha em branco, uma lousa alva, sem nenhum símbolo ou palavra escrita.

Com as informações sensórias, a criança, o indivíduo vai aos poucos, tendo os seus conhecimentos do entorno, do mundo à sua volta. Essa teoria é mais convincente e compatível com a realidade, com a verdade. Diferente da teoria das ideias de Platão. São belas e estéticas, mas pouco convincentes.

É de se ter como verídico que toda criança nasce como uma analfabeta absoluta, completa para tudo. Basta ter como modelo um surdo-mudo congênito. Essa deficiência robustece a tese da tábula rasa, ou lousa em branca dos empiristas.

 E por que da referência à teoria das ideias inatas (inatismo) de Platão e ao empirismo de John Locke? É simplesmente para chamar a atençao para a teoria da chamada lavagem cerebral que acomete os negacionistas das ciências, das vacinas; e preferem crer em bruxarias, em superstição de toda ordem, em falácias, em ilusionismos, em mágica, em curandeirismos, em charlatanismos, em videntes, astrólogos e espiritas.

   Os casos chegadinhos de fresco dessa categoria de coisas, temos com a pandemia da Covid19. Depois de mais cem pesquisas sobre os antibióticos contra o coronavírus, de dezenas de trabalhos e ensaios de vacinas, há gente diplomada em Medicina e Ciências de Saúde que ainda “têm fé” em uma miscelânea de drogas para cura da doença, indo de ivermectina à hidroxicloroquina. Tal crença e fé depois de tantas respostas das ciências, nos fazem imaginar no poder da chamada lavagem cerebral. Fica então esta sensível, esta instigante indagação. Seria a lavagem cerebral um processo ideológico explicado pela teoria das ideias de Platão, ou da tábula rasa dos empiristas? Será que muitos dos negacionista e bolsonaristas já nasceram com informações falsas impregnadas na mente ou foram escolados e adestrados para essa crenças e convivções?

   Isto faz sentido de se perguntar, em pleno século XXI, era digital;  se revela no maior despautério, na maior asneira, nos apresentar, pessoas e comuns e doutores que acreditam cegamente em tais apregoações, em medicamentos, em panaceias e kits para cura da covid 19.




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